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Friday, August 25, 2006

Quadras em decassílabo

Meu amor se escondendo faz doer,
O que jamais senti por essa luz.
Amor só, sem amores, não seduz,
Nem mesmo me dá forças p’ra viver...

Num barco se navego, sou distante;
Na vida sem ciúmes tenho medo.
Quem sabe do meu parto, meu degredo,
É quem me permitiu ser inconstante...

Na mata tem palmeiras, tem Palmares,
No campo tenho flores impossíveis.
Amores são deveras insensíveis,
Procuro por amor, noutros lugares...

Setembro já me trouxe primavera;
As flores que brotaram nessa mata,
Misturam-se no belo da cascata.
Amores de verdade, quem me dera!

Tenho mudanças nessa minha vida;
Que não consigo máximo nem tédio,
A vida transbordou esse remédio,
Amor é uma cantiga despedida...

No beijo de Maria sei Dolores,
Nem quero pressentir tanta mudança;
Quem me dissera lúdica esperança,
Murchou num triste vaso sem ter flores...

Num momento de glória quis Jesus,
Que o perdão fosse enfim, uma verdade,
Por isso meu amor, por caridade.
Perdão te peço, em nome dessa Cruz...

De tantas valentias que menti,
Não peço nem pergunto por que queres,
Se sabe Tiradentes, foi alferes,
Esferas são as feras só por ti...

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