Eu não tenho sequer tempo a perder
E tento disfarçar num outro mote
Antes que a própria vida nos desbote
E negue necessário, este prazer.
O beijo que podia reverter
Agora já quebrou a ponta e o pote,
Reconto sem destino até que brote
Na espera do vazio, um novo ser.
Assombreado bosque em luz serena
A calma noutro tanto agora acena
Mudanças prometidas desde quando
Ao perceber o mundo desabando
Tijolo por tijolo, recomponho
O mundo que me deste tão bisonho.
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