Search This Blog

Saturday, February 20, 2010

25176

Nas ânsias deste pária que vasculha
Escombros pelas ruas e sarjetas,
Aquém do Paraíso que prometas
A ponta envenenada desta agulha

Adentra a pele em rugas tão precoces,
Os pelos abundantes, o mau cheiro,
Um ato tão vulgar e corriqueiro
Por mais que em fantasias tu adoces

Espalha pelas ruas da cidade
A imagem mais perfeita do que seja
Humanidade herética; em bandeja
De prata nos servindo a realidade.

E assim vestindo a rota fantasia
Demônio eternamente se recria.

No comments:

Post a Comment