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Friday, February 19, 2010

25147

Vultos quase informes do passado,
Apóiam-se no umbral e vejo bem
Que quanto mais a noite desce vêm
Tecendo um quadro amargo e assombrado

Vencido pela insânia, nada levo
Senão uma incerteza fria e atroz,
Ao abafar assim a minha voz
Destroçando a esperança que inda cevo

Deixando esta carcaça sobre o solo,
E peremptoriamente nada resta
Imagem destruída e tão funesta
Enquanto inutilmente eu já me imolo

Nas ímpias profundezas de minha alma,
Um distorcido luar traz a calma.

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