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Sunday, December 19, 2010

Um feliz aniversário
Minha amiga eu te desejo,
Já marquei no calendário
Esta data em que eu prevejo
Tanta festa e alegria,
Num abençoado dia.
Publicado em: 12/12/2007 21:20:43
Última alteração:23/10/2008 07:50:25




Não quero teu controle sobre mim,
Se faço ou não faço, passo
Caço e se descalço, estrepo o pé.
Dane-se!
Ou melhor, a vida e o pé são meus.

Não me deixe tão sozinho assim amor...
A noite não saberá o que fazer comigo.
Espero nas esquinas com ardor,
A bala que virá no fogo amigo.

Abrigos casamatas matas casas,
Camas e ressacas.
Ninguém é de ferro,
Se berro neste aterro nem atrevo.
Revivo e não mereço.

Ah! Tropeço faz parte do passo.
Do passo e do passado, passarinho...
Rimo o que vejo e o que estimo.
Extremo e não contente, resumo.

O sumo do que sou está exposto
Em vidros hermeticamente fechados,
Na quitanda da esquina.

Politicamente correto, sem matas que mate
Sem balas que negue
E sem amor que resfrie.
Sorriso balsâmico,
Anêmico e tetânico.
Correto.
Sempre correto.
Feto que aborto
Esgoto que jogo,
Vomito no fim.

Pedaço de mim
Que, vergonhosamente, escondo.

Luxúrias e lamúrias. Sangrias...

Espero que este espelho se quebre em mil pedaços.
Mil cacos, migalhas...
Espalhando meus restos pelas ruas
Formando as especulares fantasias.

Na órbita dos sonhos, sou hipócrita.
Ou pelo menos penso.
Imenso em um vazio sem precedentes.
Dentes e olhos vazados pela firme vontade de morrer.

Fumo desbragadamente.
Vergonhosamente
Estupidamente
De repente
Nada mente
E sou sincero.

Diabético, açúcar na poesia e na alma.
Sou dialeticamente imperfeito e profeticamente incauto.
Um auto retrato pútrido e fantasmagórico.

Não falo de Nada que não seja meu.
Eco de mim mesmo não aprendi a ser solidário.
Sol de mim mesmo, solitário.
Mas que se dane a noite e o dia.
A chuva é mais tinhosa.
E mentirosa como o frio
Que nunca vem se eu não quiser.

Ano que vem irei mudar...
Prometo, quem sabe?
O dente de sabre
Espera na esquina
E desatinadamente me agrada.

Amo sim.
Claro que temo isso,
Não sou burro.
Mas de fininho, vago sentado na cadeira
Por horas e horas.
Buscando o que não sei nem sei onde.
Mineiro compra bonde
O meu descarrilou...

Felizes anos velhos e ano novo.
São os mesmos e serão,
Ser tão ingênuo a ponto de achar
Que o simples fato de comprar folhinha nova
Muda a vida...
Eu sei que não.
Corro atrás,
De mim mesmo
E nada encontro
A não ser essa vontade
Louca de, louva deus,
Me entregar a um amor suicida
Que decida minha vida.

Mas, querida, me dê a mão
Que o sol desponta
E o ano novo apronta
As mesmas desilusões...
Publicado em: 29/12/2007 13:19:45
Última alteração:22/10/2008 21:21:46


Um Feliz Natal e Presenteemos o Aniversariante.

Desejo-te, por certo, um feliz Natal.

Com muitas alegrias, festas, ceias, brinquedos, trocas de presente e tudo que temos direito.

Mas, espero que penses no Natal de uma forma diferente, pelo menos por alguns momentos.

Nesta data comemoramos o nascimento de uma criança pobre, filha de exilados, em pleno deserto e em uma manjedoura, nome mais sofisticado para curral, estrebaria.

Essa criança pobre, um filho de carpinteiro, veio ao mundo com uma missão: não somente confirmar as leis divinas, como também traduzi-las e acrescentar a maravilhosa noção do perdão e do amor absoluto.

Amigo, será que, dois mil e seis anos depois, aprendemos alguma coisa?

Mil perdões, mas acredito que a maioria de nós continua a fechar os olhos para a miséria, para a fome e para as injustiças.

Uma criança faminta, na televisão, sensibiliza.
Ao vivo, nem tanto.

Como é aniversário de uma criança
Que nos ensinou a amar e perdoar.

Dê um presente ao aniversariante.

AME E PERDOE!

Mas, acima de tudo, reconheça nos injustiçados e famintos o teu irmão.

E farás a vinda de Cristo ter, a cada dia, mais sentido.

Brindemos ao Aniversariante
Com o vinho do nosso sangue
E com o pão nosso, de cada dia.

NOSSO.

DOS SEIS BILHÕES DE IRMÃOS QUE TEMOS, MUNDO AFORA!
Publicado em: 06/12/2006 12:42:14
Última alteração:26/10/2008 23:12:58



Meus Votos de Feliz Natal

Aos queridos amigos e companheiros a quem tive o prazer de conhecer e conviver por esse período.

Aos queridos irmãos que a vida me trouxe e que me fazem, a cada dia, ser melhor como gente e mais manso e doce como homem.

A todos que aprendi a amar e que se fizeram presentes nesta deliciosa jornada pela vida.

A todos os que, distantes, não ouviram meus lamentos, mas sabem do que falo quando grito.

A todos aqueles que acreditam ou não no aniversariante mas amam alguém e, simplesmente por isso têm o verdadeiro amor dentro do peito.

A nós todos que somos irmãos na maravilhosa raça humana.

Filhos e filhos do amor e da enorme compaixão de Deus.

Que nunca nos esqueçamos de que nesse dia se comemora, não somente para os cristãos, mas para toda a humanidade o nascimento de uma nova era do amor absoluto e incondicional.

Da era do perdão e da caridade.

Era em que começamos a descobrir que somos todos nós iguais em importância para a humanidade.

Amemos pois, indiscutivelmente é o melhor remédio para todas as dores e angústias da vida.

Feliz Natal

E que o Renascer do Amor se faça a cada dia em nossos corações.

Marcos Loures
Publicado em: 30/11/2007 12:11:32
Última alteração:26/10/2008 23:12:16


Estando quage curado
Depois de tanta amargura,
Encontrei tanta ternura,
Novo campo novo prado,
Meu cantar apaixonado,
A vida tinha razão,
Eu abri meu coração
E parti no meu caminho,
Gosto de andar sozinho,
Desde os tempos do sertão

Eu andava sem tristeza,
Com tanta felicidade,
Numa grande claridade
Num momento de beleza,
Nesse mundo de surpresa,
Encontrei um casalzinho,
Muntado num jeguezinho,
Lá prus lado dessas mata,
Pru riba duma cascata,
Onde canta um passarinho...

A moça muito bunita,
Muntada naquele burro,
Eu pensei cá num isturro
O meu coração se agita,
E bem dipressa parpita,
Oiando praquela moça,
Nu seu rostinho de louça
Uma beleza sem fim,
O moço oiando mansim,
Devarim nem faiz força...

Dispois de tanta clareza,
Arreparei num sigundo,
Num havéra nesse mundo
Nu mei de tanta tristeza,
A tumanha buniteza
Daquele casá que incontrei.
Na pobreza ele era rei
Tinha doçura de santo,
Uns passarim no seu canto,
Tanta carma eu incontrei...

Mais dispois arreparano,
Que de perto se ve bem,
Tava esperano nenem,
Tanta coisa nos prano
Oiano nunca me engano ,
Nascia ansin por tarveis
Inté no finár do meis...
Cumprementei o casá,
Pula estrada vô vortá
No meu caminho otra veis...

A tardinha já chegô,
Meu camim vô pricorrê
Num podeno me esquecê
Daquele campo di frô,
Daquele reino di amô,
A noite tava chegano
As istrela iluminano
Di riba prême luá
Naturaleza a cantá,
Vida num escóie prano...

Dirrepente lá no cé
Uma coisa arreparei
De tanta coisa que sei,
Numa eu boto mais fé,
Nos óio di quem me qué,
Dos amô qui dá na gente,
Ansim mei qui dirrepente,
No cé eu vi a briá
Mais bunita qui luá,
Uma istrela das cadente...

Nu mei daquele sertão,
Do meu solo nordestino,
Um brio mais cristalino
Anunciano a ampridão,
Arrupia u coração,
Martrata quem se qué bem,
Não aperdoa ninguém,
Uma istrela mais bunita
Qui na noite tanto agita,
Lá du cé caino vem...


Dispois de te reparado
Naquela istrela a caí,
Bem dipressa repeti,
Um pedido apaxonado
Desse cabra margurado,
Com sodade dos amô,
Espreitano pela frô
Tocaiado da sodade,
Viveno mais sem maldade
Nas ispera dum calô.

Dirrepente nas istrada,
Uns moço tudo enfeitado,
Todos treis acoroado,
Disparado em debandada
Surgiro como do nada,
Me preguntaram se vi
A bela istrela a caí
Quar era essa direção,
Apontei lá pru sertão
E vi us tres prossegui...

Um brío qui nunca vi,
Arreparei lá no fundo
Crareava todo o mundo,
Coisa qui nem esqueci,
Deu vontade de parti,
Mas acabei por ficá,
Eu vi o só a raiá,
Na noite do meu nordeste,
Eu sô cabra da peste,
Mintira num vô contá!
Publicado em: 14/12/2006 21:18:03
Última alteração:26/10/2008 23:13:26




Na festa em que se louva o nascimento
Daquele que espalhou amor, perdão.
Permita-se lembrar por um momento
Que cada semelhante é teu irmão.
Não deixe que injustiça este tormento,
Invada e te domine o coração.
Mais forte do que sino ou campanário
É o sentido deste aniversário...
Publicado em: 20/11/2007 06:31:29
Última alteração:26/10/2008 23:12:39


Natal, Papai Noel
Estrelinhas lá no céu
Que felicidade!
As ruas enfeitadas
Presentes pra criançada!
Que bom!
Bate o sino pequenino...
As lojas estão cheias
Os corações vazios...

Natal é tempo de paz,
Papai Noel chegou,
A família reunida
A ceia, mesa tá posta
Tanta coisa que se gosta.
Tem leitão e rabanada.
Mas que nada,
No Natal tanto presente.
Cadê o aniversariante?

Ah! Ele não veio,
Quem veio foi São Nicolau,
Com os veadinhos todos,
Numa alegria gigantesca
Passou pela chaminé
De carroça ou mesmo a pé
Veio atender a cartinha
Que o menino escreveu.
Escreveu, o pau não leu,
O comércio, a indústria,
Todos comemoram!

Mas cadê esse aniversariante
Que não vem?

Deve ser porque nasceu
No curral,
E as casas estão muito enfeitadas,
Ou por que ele é, com certeza,
Envergonhado.

Mas me faça um favor:
Qual o nome dele mesmo?
Publicado em: 04/12/2007 17:44:52
Última alteração:26/10/2008 23:12:13


Toda a minha esperança esbarra na saudade
Que sempre me rondando está deveras perto.
Meu mundo sem carinho, um vazio deserto.
Espero então que morra a triste realidade.

Sonhando a cada dia, a minha alma soluça
Espero por um dia, a vida estando calma,
Que Deus já me liberte abraçando a minha alma
Que sem ter outro colo, em ti já se debruça.

Amor se fez quimera e clama o triste fado,
A luz desse luar reclama um sonho, uma asa
Que possa libertar apagando essa brasa
Devoradora. Clamo um brado amargurado...

Fecho-me sem saber que o frio amor recorta
Os céus por onde andei em fúria e se levanta
Dando-me a sensação perfeita que me encanta
Do amor que tanto quis batendo em minha porta!
Publicado em: 24/11/2006 21:33:20
Última alteração:31/10/2008 01:44:09



Perdão minha Mãe, perdão...

Eu sou um ignorante, sou filho da vida difícil na roça, filho de peão, irmão de peão e pai de futuro peão.

A vida me deu pouco, meu pai foi embora no primeiro rodeio que passou na cidadezinha, meu pai, José, como tantos, um homem forte, mas distante, dele sei que tenho os olhos, os olhos de meu pai.
Tanto tempo distante de tudo, correndo atrás do meu ganha pão, ajudando minha mãe, Maria, Maria Aparecida.

Meus irmãos, filhos de outros pais, filhos da mesma Maria, triste sina.
Na vida, a enxada como caneta, a terra foi o meu caderno, e o suor, a tinta que me ensinou a ler e escrever na sina palavras simples e doídas, como solidão, medo e desesperança.

Aos dez anos, as mãos calejadas, os olhos tristes, olhos de José, o peão, tive vontade de sumir, fugir para outro lugar, longe de Maria, pobre Maria.
Não suportava mais as lágrimas esculpindo as rugas no rosto tão bonito de minha mãe.

Minha mãe, fugindo, percorrendo outras terras, de outros tantos coronéis e de outras serras e montanhas.
Filho de peão, peão sou, como meu pai, hábil peão, poucos me suplantaram na vida, poucos peões como eu, no enxadrezado da vida, dominando os cavalos, tentando dar xeque mate na desilusão.

Vencido por uma dama, doce dama, minha Maria, das Graças, dei graças pelo gracioso presente dado a mim por meu Pai, soberano Pai.
Mas, seguindo o roteiro da vida, o que era doce, foi-se com a doce Graças, desgraçada pelo amor de um Padre, levada para nunca mais, na sela de um cavalo, roubada pelo Bispo que me tirou o sonho, deixando o filho, mais um peão...

Ganhei dinheiro com as vaquejadas, fiz minhas economias, comprei terras, construí meus castelos com as Torres, fortalezas...

Fortaleza, de Fortaleza veio o companheiro, desleal e ladrão.
O castelo e suas torres destruídos, sobrando somente, as ruínas.
A morte seria a solução, o mergulhar no vazio, o salto no espaço, minha sina, caipira sina de um peão, peão mineiro, caipira mineiro.

Mas, ontem me lembrei de ti, Mãe, minha Mãe, Aparecida, tanto quanto Maria, a que me colocou nesse mundo, Maria Aparecida, perdida no tempo, Mãe Aparecida, estou aqui.

Minha oração é a minha vida, a única que sei. A sina da escuridão de uma vida sem sentido, onde mina somente a dor, a dor de outrora e de sempre, a dor desse caipira, de Pirapora, que quer Teu perdão e Tua luz.

Trago-te as mãos vazias e o peito sangrante, mas ainda tenho meus olhos, os olhos de um peão perdido há tempos, os olhos de meu pai e que meu filho herdou, num último brilho de esperança.

Baseado em Romaria de Renato Teixeira
Publicado em: 10/12/2006 07:48:51
Última alteração:24/10/2008 13:54:06



Um acidente a menos nunca é demais...
78

Mote

Um acidente a menos nunca é demais...

Os caminhos mais amenos,
Não desprezemos, jamais,
Pois um acidente a menos,
Nunca, na estrada é demais.

Marcos Coutinho Loures

Capotando em cada curva
Desta estrada perigosa,
A visão ficando turva,
Deixa a sorte caprichosa...
Publicado em: 20/11/2008 14:12:54
Última alteração:06/03/2009 18:42:44


UM ALTAR À SOLIDÃO

Coleciono as pedras
Do caminho,
E delas
Faço um altar
À solidão...
Publicado em: 22/05/2008 15:33:55
Última alteração:21/10/2008 06:32:22


UM AMIGO SINCERO


Amigo sincero
Se vê num abraço
Conversa jogada
Em um botequim.
Sorriso mais franco
No dia que branco
Regado à certeza
Do apoio na luta.
Minha casa aberta
O peito escancaro
Amigo é tão raro
Da gente saber.
Presente se ausente
Constante na vida,
Certeza de apoio.
Vencendo as distâncias
E os medos da vida,
Amigo sincero
São poucos, decerto.
Mas sempre por perto
Em qualquer aperto
Abraço mais certo,
Risonho e fraterno.
Brincar de sonhar
Sonhar de brincar
Com coisas mais sérias,
Porém sem mistérios
E sem ironia...

Por isso meu caro
Eu tanto agradeço
Pois sinto no faro
Bem mais que mereço
O teu braço forte
Ajuda em meu norte
Fazendo da sorte
Um lugar mais perto...
Vencer um deserto
Que a vida nos traz
Mostrando que a paz
Perfeita e capaz
Que nos satisfaz
É feito do afeto...
Publicado em: 25/07/2007 09:19:00
Última alteração:30/10/2008 15:10:56


UM AMIGO VERDADEIRO /

O tempo vai curar, mas não sei quando -
Pois não é ele o melhor remédio?!
Mas dá para eu viver - ir me virando
Procuro um amigo - um intermédio,

E ver que a vida vai nos ensinando:
Que deves ser ruim; ou bom - não médio.
Que impeça a solidão ou mesmo o tédio
E não pergunte nunca como e quando.

Amigo de verdade é mesmo aquele
Ao qual todo segredo se revele
Sem medo de que o mesmo já se espalhe

Comparsa nas estradas, companheiro,
Mesmo que um dia – humano – venha e falhe
Se mostre sem disfarces, verdadeiro...

GONÇALVES REIS
MVML
Publicado em: 14/08/2007 18:41:22
Última alteração:05/11/2008 16:16:45



UM AMIGO VERDADEIRO/

Eu quero um amigo verdadeiro
Que goste de ouvir
Eu quero conversar um dia inteiro
Poder chorar e rir.

Eu quero um amigo pra ajudar-me
Na lida que não cessa
Para amenizar o espinho pela carne
Sem prazo e sem pressa

Amigos; encontrei pelo caminho,
Eis a pura verdade,
Porém ao retornar, sigo sozinho
Na busca da amizade

Que muitas vezes sinto atrás da porta,
Mas que tanto falseia,
É faca de dois gumes que me corta,
Uma movediça areia...

GONÇALVES REIS
MVML
Publicado em: 04/09/2007 19:38:45
Última alteração:05/11/2008 07:49:21



Quem tem amigos leais
Tem anjo-da-guarda forte.
Há de viver sempre em paz
Pois é um cara de sorte.

Meu querido companheiro,
Também eu assino embaixo,
Um amigo verdadeiro,
Tesouro que enfim eu acho.

Homem rico neste mundo,
Eu te falo e isso é verdade,
Muito mais que amor profundo,
O que tem viva amizade.

Vitório Sezabar
Marcos Loures
Publicado em: 17/05/2007 18:36:57
Última alteração:06/11/2008 07:41:24


Um amigo verdadeiro
Um amigo verdadeiro
Se faz sempre companheiro
E não teme mais distância,
No coração já se abriga
E fazendo dele estância
Permitindo que prossiga

Esperança de viver
E de ter total prazer
Na alegria de quem sabe
Que amizade não tem preço,
Não é bem que um dia acabe
Apoiando no tropeço.

O valor de uma amizade
Quando é feita na verdade,
Ninguém pode medir,
É por isso minha amada,
Que nada pode impedir
Nossa firme caminhada...
Publicado em: 02/10/2008 16:20:55




Às vezes eu me pego distraído
E sinto que, contigo, sem mistérios
Eu falo do que tenho conseguido
E vivido, e te falo sem critérios,

Eu não tenho segredos, compartilho
Contigo tantas coisas que não falo
Prá mãe, prá pai, irmão, irmã e filho;
Que até para mim mesmo, às vezes calo.

Tu és mais do que tudo, meu amigo,
Espelho onde confesso meus pecados,
Sabendo que não corro nem perigo
Ao ter os meus segredos revelados,

Temor algum sequer, aí me assalta,
Eu posso até pensar em voz mais alta...

Emerson, em um momento feliz disse que: “Um amigo é uma pessoa com a qual se pode pensar em voz alta.”; isso é uma verdade absoluta.

Existem algumas situações em nossa vida que nós preferimos ocultar até de nós mesmos, e quando temos uma pessoa na qual podemos confiar plenamente, sem perceber, desabafamos.

Isso muitas vezes nos alivia, o simples fato de compartilharmos desses momentos faz com que uma amizade verdadeira seja uma das colunas fundamentais para que possamos construir a felicidade.

Se tens uma pessoa à qual possas confiar os teus mais íntimos segredos, sem medo de desnudares tua alma, agradeça a Deus pelo fato de teres um amigo.

Jóia rara que, quando encontrada, deve ser guardada nos cofres da alma.

Publicado em: 10/03/2007 07:58:59
Última alteração:27/10/2008 19:08:58



Minha alma se mostrando machucada
Depois que amor senti se aproximando,
Em lástimas e dores; demarcada,
Não sabe ser feliz nem mesmo quando
Percebe algum prazer e, deleitada
Ao menos se escondendo, disfarçando.
Quem dera se eu tivesse algum amigo,
Daria pra minha alma um manso abrigo...
Publicado em: 15/11/2007 21:53:05
Última alteração:24/10/2008 15:13:34



"Se você sente que tudo perdeu seu sentido, sempre haverá um "te quero", sempre haverá um amigo. Um amigo é uma pessoa com quem se pode pensar em voz alta." (Ralph Waldo Emerson)

Na triste sensação deste vazio,
Onde uma solidão já nos assalta,
Se temos um amigo, que nos quer,
Poderemos pensar em voz bem alta!

Publicado em: 27/03/2007 22:59:12
Última alteração:27/10/2008 19:03:24



Um amor bateu na porta

Um amor bateu na porta
Fui abrir, me constipei,
A saudade não se importa
eu jamais te esquecerei!
Publicado em: 12/09/2007 08:33:48
Última alteração:28/10/2008 01:03:48


Digo sim, minha senhora
Não me canso de falar,
Nosso amor nunca tem hora
Não demoro, eu chego já...
Publicado em: 03/03/2008 20:40:29
Última alteração:22/10/2008 14:12:38



Quem teve amargas penas pela vida,
Distante do brilhar destas estrelas,
A sorte abandonada e desvalida,
Paixões são dolorosas, porém belas,
As rosas impossíveis de colhê-las

Distante do que fora meu jardim.
Ao ver florir a rosa em meu canteiro,
Perfume que me invade sem ter fim,
Percebo que meu sonho derradeiro
Começa a fervilhar dentro de mim.

Amor, que em negras trevas se escondia,
Pressente assim contigo uma mudança,
Numa alvorada clara traz o dia,
Tramando contra a dor sua vingança...



UM AMOR DE VERDADE...
Não me canso de pedir
A quem amo, um simples beijo
Um carinho repartir
E na cama um bom desejo,
Vivo sempre a repetir
No meu canto benfazejo
Que encontre felicidade
Neste amor que é de verdade!
Publicado em: 04/11/2007 22:53:20
Última alteração:24/10/2008 15:00:47



UM AMOR EM AMIZADE
Sentindo este teu canto soberano
Tocando bem mais fundo no meu peito,
Percebo todo alento mais humano
E fico, com certeza; satisfeito,
Depois de tanto tempo em desengano
Agora o meu caminho é mais perfeito
Percebo neste canto a qualidade
Imensa de um amor em amizade...
Publicado em: 05/11/2007 21:28:53
Última alteração:24/10/2008 15:02:07



Um amor igual ao nosso
Faz inveja a toda gente,
Coração bate contente
Sem ter dor ou ter remorso,
Cada sonho me remoça.
Cada beijo uma alegria,
Teu carinho é minha guia
Tua boca tanto adoça
Mergulhando nos teus lábios
Sou feliz e não me queixo,
Nos quadris um remelexo,
Hábeis mãos, desejos sábios
Sabiá cantando livre
Coração em disparada,
Amor maior? Nunca tive,
Minha vida alvoroçada
Segue a tua e não se cansa
Jamais pensa noutro rumo,
Teu amor minha esperança
Se eu te adoro? Sim. Assumo!
Publicado em: 05/05/2009 21:14:38
Última alteração:17/03/2010 19:58:57



Mergulho do mais alto precipício,
O sexo da sereia procurando,
No corpo tão fantástico meu vício
Nos braços desta deusa me entregando,
Embora seja duro o meu ofício,
A saia da sereia levantando.
Na luta quase insana nada vejo.
Que faço se a sereia, assim desejo?
Publicado em: 10/11/2007 11:02:33
Última alteração:24/10/2008 15:04:10


Um amor sem par
Beleza que é sorte
Mudando o meu norte
Na deusa/luar
Que gira em meus sonhos
Estradas e viço
Amor que cobiço
Sem nunca parar
Rondando o teu corpo
Qual um pirilampo
Em busca do brilho
Da estrela maior.
Eu sinto o teu cheiro
Amor verdadeiro
Que há tanto procuro
Que há tempos sonhei
Vazios completa
Amor me repleta
De tudo o que quero
Meu verso singelo
Porém mais sincero
No qual já venero
Amor fonte pura
Que traz a ternura
De um beijo macio
Do gosto do vinho
Que tanto inebria
Amor que vicia
Vivência divina
Que aos poucos domina
Transforma e refaz
Amor quando audaz
Em versos, canções,
Em mil turbilhões
Num redemoinho
Rodando a cabeça
Amor que ofereça
Carícia e carinho...
Publicado em: 09/04/2008 18:47:45
Última alteração:21/10/2008 18:19:43



Bela lua não discuto
Teu amor tanto se deu,
Só digo que inda luto
Por amor somente meu...

Desta lua fascinante
Que não minguará jamais.
Ter aqui a todo instante
Teu amor e querer mais.

Minha amada, nossa sina,
Não dá tréguas, continua,
Quero essa lua menina
Deitada comigo, e nua...
Publicado em: 04/12/2007 20:11:21
Última alteração:24/10/2008 15:19:17



Se não sentes o meu cheiro
Quando adentro na janela
Deste amor que é feiticeiro,
Tanto brilho se revela.

Vou beijando de mansinho,
O teu corpo tão gostoso,
Devagar, eu já me aninho
No teu sonho caprichoso.

Tu és minha companhia
Toda noite, meu amor,
Meu motivo de alegria,
Tanto bem a te propor.

Passageiros na viagem,
Desta estrada, nossa vida,
Meu amor não é miragem
Nem tampouco o teu, querida...




Um amor verdadeiro em luzes já se faz
E mostra a cada dia o quanto é necessário
Viver completamente um sonho feito em paz
A cada novo verso um mundo imaginário
Transborda em alegria, e mostra-se capaz
De superar tormento, audaz e temerário.
Contigo caminhando a vida sem descanso,
A tal felicidade, enfim, agora alcanço...



Cantar amor, amor;
E soltar a voz...
Cantar nosso amor.
Que é manso e atroz.
Cantar amor, amor.
Os nossos desejos...
Cantar nossos beijos,
Cantar nosso amor...

Trazendo uma brisa
Levando a notícia
As ondas do rádio
Sinais e fogueira
Falando de amor
Em todos jornais
Nos barcos, nos cais.
Falar desse amor...


Falar sem ter medo
De tanto que é bom
Sem ter nem segredo
Amor dá o tom.
Nas ondas do rádio
Notícias, jornais.
Vivendo esse amor
Que é o nosso cais.

Cantar amor, amor,
Amor cirandeiro
Que foi mundo inteiro
Depressa voltou
Aos braços que quero
Amor verdadeiro
Que é manso, que é fero,
Meu amor primeiro...

Cantar amor, amada...
As bocas abertas
Janela fechada
Por sob as cobertas
Nas ondas do mar
Amor pede amar.
Amar pede cais
A paz que desejo...

Amor vai se rindo
Tramando brinquedos
Amor sem segredos
Vivendo de amar.
Eu quero teu mar.
Nas ondas, no cais.
Amor quero mais
Não canso de amar...
Publicado em: 05/01/2007 00:43:45
Última alteração:30/10/2008 17:01:47



A cada novo passo, novo enlace,
Deixando as dores todas no passado,
O quanto for preciso que se passe
Trazendo nosso peito enamorado,
Não tema mais mentiras nem disfarce
Um sonho deve ser comemorado
Nos braços de um amor bem mais sincero,
Aquele que decerto, sempre espero.
Publicado em: 02/01/2008 21:40:37
Última alteração:22/10/2008 19:52:50



Amor tão verdadeiro
Precisa de cuidado
Vem logo que esta chama
Te chama pro meu lado
No frio que aqui faz
Vontade de te ter
Teu corpo enamorado
Vencendo a solidão
Chegando de mansinho
Tocando com vontade
Tramando a claridade
Que é feita do carinho.
Meu campo desolado
Depois de mal arado
Agora te esperando
Sou um bom lavrador
Arando devagar
Teu corpo encantador
Irei fazer a flor
Nascer rosa perfeita
Na cama em que se deita
Deleita um beija flor...
Publicado em: 02/04/2008 19:28:29
Última alteração:21/10/2008 16:53:38





Polvilhas mil estrelas no meu céu
Beleza que irradias, sem igual,
O pensamento voa em liberdade
Fazendo da alegria um ritual.

Encantas sem receios e temores,
Vibrando dentre em mim, a poesia,
Sacias os meus olhos, bela Diva
Vivendo esta emoção que o sonho cria.

Crivando de cometas universos
Aonde caminhaste, sem destino,
Meus versos te reclamam junto a mim,
Distante deste brilho, desatino...

Vem logo que não posso mais viver
Sem ter o teu perfume, sem teu cheiro,
O amor que pouco a pouco nos domou,
Por ser maravilhoso, é verdadeiro...

Publicado em: 24/04/2008 16:40:32
Última alteração:21/10/2008 13:26:16



Um amor verdadeiro em luzes já se faz
E mostra a cada dia o quanto é necessário
Viver completamente um sonho feito em paz
A cada novo verso um mundo imaginário
Transborda em alegria, e mostra-se capaz
De superar tormento, audaz e temerário.
Contigo caminhando a vida sem descanso,
A tal felicidade, enfim, agora alcanço...
Publicado em: 10/05/2008 13:56:05
Última alteração:21/10/2008 14:35:20



Quando vieste, lembro-me sereno,
Prometeste-me um mundo delirante
Na chama que incendeia cada amante
Amor um sentimento mais ameno...

Sonhei em cada noite que passamos
Com tempos mais felizes e fantásticos
O medo, a solidão, teriam drásticos
Finais. Mas, entretanto nós erramos...

Quero-te, isto me basta plenamente!
Não quero teu passado e sim futuro
Do chão que já pisaste, mesmo duro,
O vôo que prometes, num repente

Me importa muito mais do que imaginas...
Não quero teu lamento nem teu pranto.
A vida se renova em cada encanto
Que guarde tuas garras assassinas!

Não quero este perfume que carregas,
Olores que tu trazes do passado.
Se foram as estradas, velho cardo.
As horas se partiram, morrem cegas...

Não quero que transformes nosso caso
Em sombras que não posso carregar.
Cada dia trazendo novo amar
Fazendo do que foi simples ocaso.

Não posso te trazer a primavera
Se nunca se esqueceres deste inverno.
Nossa vida será eterno inferno.
Quem nunca se renova, nunca gera.

Percebo que tu queres neste instante
Reviver esta chama que te queima.
Do fogo que trouxeste e sempre teima
Reacender na noite delirante

Onde estamos distantes e tão perto
Teu prazer eu não quero e não preciso
Vá viver teu passado paraíso
E me deixes seguir no meu deserto!
Publicado em: 12/09/2008 17:31:28
Última alteração:17/10/2008 13:25:42



Vencido pela fria sinfonia
Que trouxe tanto frio que não quis
De tanto que sofri não peço bis
Em meio a tempestade e fantasia.

Vencido pelo canto que não tramo
Nem mesmo se quisesse poderia,
A lua que me fez a sinfonia
Espelha cada galho e cada ramo.

No barco que meu arco fez remendo
Um parco sentimento de esperança
Vestido de remendos da lembrança
O medo de ser livre me envolvendo.

Amor que nada cura já se inflama
Depois de certo tempo matará
A sorte que da morte trairá
Talvez inda me leve à tua cama.

Não posso desprezar a nossa luta
Que, bruta, tanto enluta quanto salva.
A lua em sinfonia está tão alva,
Embora dentro d’alma já se enluta.

Amada te desejo num segundo,
É mote que remete ao meu futuro
Que sempre salvará do mar escuro
Aquele que deseja amor profundo!
Publicado em: 14/09/2008 22:00:16
Última alteração:17/10/2008 13:32:28



Eu tenho essa certeza dentro em mim
De amores que passaram e não me deram
As horas que de amores sempre esperam
Aqueles que viveram sempre assim,
Às custas destes sonhos que vieram
Nem sempre eram aquilo que quiseram
Por isso sem amores, chega o fim...

Eu necessito amor que sempre esteja
Ao lado dos meus sonhos, belos dias.
Trazendo em suas doces companhias
A paz que toda a vida se deseja
Em meio a calmarias e alegrias,
Poder viver em paz, as fantasias,
Tudo que meu coração, enfim, almeja.

Amor de serventias sem servil,
Ser calmo como as águas deste lago,
Bebendo da alegria, sempre um trago,
Embora, tantas vezes, ser sutil.
À noite nos meus braços, tanto afago,
Os olhos sonhadores, olhar vago,
Num céu de brigadeiro, puro anil...

Amor que não precisa de saudade
Pois sabe que a saudade dói demais,
Em todos os momentos, sem jamais
Tentar tampar a minha claridade
Percebo que contigo terei paz,
A paz que não achava ser capaz.
Amor que, em ti achei, é de verdade!
Publicado em: 18/09/2008 08:32:42
Última alteração:03/10/2008 13:58:29



A cada novo passo, novo enlace,
Deixando as dores todas no passado,
O quanto for preciso que se passe
Trazendo nosso peito enamorado,
Não tema mais mentiras nem disfarce
Um sonho deve ser comemorado
Nos braços de um amor bem mais sincero,
Aquele que decerto, sempre espero.
Publicado em: 12/02/2009 14:54:26
Última alteração:06/03/2009 06:46:12


Das cinzas renascendo amor que já perdi.
O vento da esperança afaga este jardim,
Mostrando num sorriso, o bem que vejo em ti.
Inalcançável mar que trago dentro em mim,
Tocado em sua praia aguardando o saveiro
Que mostre; finalmente, um amor verdadeiro...
Publicado em: 30/11/2007 15:17:22
Última alteração:24/10/2008 15:18:57



Achei em ti a perfeição buscada
Por quem procura o que de belo existe!
Como mulher por mim tão desejada,
Nada em ti posso ver, amargo ou triste.

Tens alma pura, meiga e delicada,
Como as grandes mulheres do passado;
E por seres assim aureolada
Não tens em ti, a mancha do pecado!

Mas se és assim, tão pura e tão perfeita,
Que fazes nesta terra conturbada
Por gente tão feroz e tão malvada?

E respondendo a esta pergunta feita
Posso dizer a quem ouvir quiser
Que és um anjo, na forma de mulher.


MARCOS COUTINHO LOURES
Publicado em: 27/08/2008 17:58:39
Última alteração:19/10/2008 20:34:23




Um beijinho no pescoço,
Um carinho mais audaz
Isso, amor é um colosso
Deixo o moço tão voraz...
Publicado em: 20/08/2008 19:56:17
Última alteração:19/10/2008 20:27:23





Um beijinho tão gostoso
Na verdade já me assanha,
Vejo o Sul maravilhoso
Subindo em Minas, montanha...
Publicado em: 03/03/2008 22:14:13
Última alteração:22/10/2008 14:21:29



No beijo tão gostoso da morena
O vento que me trouxe faz voar,
Seu nome o mesmo vento já me acena
E faz todo o meu sonho decolar...

Eu quero teu carinho, minha flor
Morena que por certo já brotou
Trazendo o bom perfume deste amor,
Que sabe, o coração todo encharcou...

Um bem te vi mandou beijar a flor,
Um beija flor falou: Meu bem, te vi,
Um passarinho morre sem calor,
Calor que só consegue ter em ti.

Nas asas dos meus versos, anjo meu,
Voando vou chegar ao teu cantinho,
Iluminando a vida que se deu
No canto deste pobre passarinho...

Amor; pego carona neste vento,
E deito no teu colo sem demora,
Não deixo de pensar um só momento
Vem cá, vem ser feliz! Te chamo agora.
Publicado em: 15/06/2007 20:11:56
Última alteração:30/10/2008 15:17:08


As lembranças deste beijo
Que talvez não tenha dado,
Tanto amor, tanto desejo,
Eu vivo sempre esfaimado.

Na procura da morena
Mais bonita que conheço,
Coração de longe acena,
Suas ordens obedeço.

Vou montando no cavalo
Da emoção de poder ter,
Quem me dera num estalo
Encontrar logo você.

Meu amor se faz estrela
Que passeia no meu céu,
Tantas vezes quero vê-la
Mas a distância é cruel.

Sou um simples passageiro
Que vagando sem parar,
Pensa e pena o tempo inteiro
Querendo te namorar...
Publicado em: 03/06/2008 12:24:30
Última alteração:20/10/2008 20:13:21



Esse beijo é bem gostoso
Pois é dado com amor,
Teu cangote é bem cheiroso
Tem o perfume da flor.

Menina venha comigo,
Não precisa se esconder,
Meu beijo não tem perigo,
Ele é dado com prazer.

Toda vez quando te beijo,
Fico todo arrepiado,
Aumentando o meu desejo,
O resto deixo de lado...

Beijo bão, quando se estima,
Que delícia! Eu também acho,
Quando liga lá em cima
Esquenta tudo por baixo!
Publicado em: 11/09/2007 23:14:57
Última alteração:30/10/2008 14:36:08



Rosa branca pede paz,
A vermelha traz desejo,
Meu amor eu quero mais,
Toda hora peço um beijo...
Publicado em: 13/04/2007 22:03:20
Última alteração:28/10/2008 01:01:55



Um beijo...
Interessante para quem acompanha o desenrolar dessa trama à mexicana armada em Brasília, é o papel representado por dois protagonistas da mesma; uma dupla que, num momento selaram, com um "selinho" uma das cenas mais inusitadas e inesperadas de tudo isso.A Senadora Heloísa Helena que, a cada intervenção da canalha oposicionista, é citada por pessoas de um "gabarito" de Árthur Virgílio, Álvaro Dias, ACM, Agripino Maia, Mão Santa, Heráclito, entre outros, vocifera a esmo, atingindo, tal qual fosse uma metralhadora sem rumo, tudo que possa representar o Governo Lula, segundo ela, o traidor.Isso tem me feito pensar até que ponto, ela crê que seus novos aliados, têm por ela alguma simpatia ou respeito; até que ponto nutrem por ela qualquer admiração. A "ingenuidade" da mesma me traz, de memória, fatos que podem explicar isso...Exite aquela máxima - o escravo adora o escravizador e o chicote e, parece que isso é o que está ocorrendo, já que o caráter da mesma, me parece ilibado; no que, francamente, quero crer. A outra hipótese seria, medicamente falando, um quadro de idiotia que, diferentemente do vulgo, quer dizer, oligofrenia.A senadora, oriunda da terra dos coronéis, subconscientemente, deve sentir orgulho, quando citada por esses, os escravizadores do seu povo. O chicote pode ter deixado marcas indeléveis na formação da personalidade da cara senadora que, repito, creio íntegra.Nada, além disso, me faz crer que a faria endossar o coro de tão nefastas personagens de nossa história. O outro personagem dessa opereta de quinta, é o Senador Eduardo Suplicy; cuja dificuldade de concatenar idéias e ser objetivo já era citada por Paulo Francis que o chamava de Eduardo 'Mogandon' Suplicy, algo como se fosse Eduardo 'Diazepam' Suplicy. O caso desse querido senador é tocante. Um homem de origem nas elites paulistas, vindo de uma das famílias mais ricas e tradicionais de Sampa, com seus sonhos de um país justo mas, talvez, com a inerente marca da elite intelectual uspiana em sua formação, de excelência teórica, mas primáriedade na prática, ao ser bajulado pela mesma oposição, que o mesmo por "ingenuidade" crê ser formada por cidadãos da mesma firmeza de caráter do querido senador, é, via de regra, envolvido pela mesma canalha supracitada.Não creio em desvio de caráter das duas eminentes personagens citadas acima, nem quero crer nisso.A idiotia tb passa longe, já que ambos são professores universitários, se bem que alguém já citou antes "quem sabe faz, quem não sabe, ensina"; esse ditado estúpido, pelo menos nesse caso parece se confirmar.O famoso beijo trocado entre ambos, há algum tempo atrás, era a premonição dessa aliança que, acredito ser baseada na falta de malícia de ambos, extremos tocados por atos e concepções idênticas sobre a vida, curiosamente irmanados pelos mesmos motivos. A utilização direta e indireta de ambos pelas raposas velhas, coronéis de sempre e neocrápulas do antigo desgoverno anterior.Espero, francamente, que ambos acordem e, em pleno acordo com seus mais remotos e longínquos ideais, passem para a História, cruel Juíza, da qual nada escapa, com uma imagem melhor do que a de dois servos, mesmo inconscientes, dessa oligarquia imunda, que há tempos, devora esse país. 3/25/2006
Publicado em: 15/10/2006 11:19:58
Última alteração:23/10/2008 13:16:27


Um boêmio que não bebe,
Um boêmio que não bebe,
Sonhador que jamais sonha,
Tanto amor, amor recebe
Vai babando em minha fronha
Publicado em: 06/08/2008 21:44:18
Última alteração:19/10/2008 22:16:35



Um Bom Dia, com certeza.

Bom dia. Acima de tudo um bom dia!
Mesmo que as coisas não estejam cem por cento, que o sol não tenha brilhado e que o mundo te pareça difícil, tenhas e saibas que vais ter dia bom.
O dia poderá te trazer ou não boas notícias, os problemas podem ser ou não resolvidos hoje mas a solução é uma questão de tempo.
Mesmo que não se resolvam, se resolverão por si só e cicatrizarão. Mesmo que demore um pouco.
Mas se permita ao bom dia que se promete , assim ele virá.
A vida se renova e tu também te renovas, esteja certo disso.
E, dessa renovação, nascerá a borboleta que voará pelas flores e folhas que alimentaram a larva.
Não viva devorando os problemas, observe e assim resolverás.
Deus está contigo e está conosco.
E, por isso, mesmo que seja só por isso, saiba que terás um bom dia!
Publicado em: 01/12/2006 07:03:19
Última alteração:27/10/2008 21:23:36




Já disseram que cachorro é gente, mas para os habitantes das fazendas do interior, cachorro, muitas vezes, é mais que gente.

Assim, não foi nada surpreendente quando os donos de Tigre, um belo pastor alemão, foram procurar um desses missionários evangélicos, ávidos por dinheiro, que fazia seu trabalho, numa igreja recém inaugurada na única rua da vila.

-Bom dia, Pastor!

-Bom dia, o que é que os irmãos desejam?

-Sabe, Pastor, nosso cão de estimação morreu ontem à noite e nós queríamos que o Senhor fosse até à fazenda, fazer a encomenda da alma do pobrezinho.

-Impossível! Que coisa mais absurda! Onde já se viu encomendar alma de cachorro?

-Mas, Pastor, para nós ele era mais que gente, era como se fosse um membro da família!

-De jeito nenhum!

Com aquela resistência, os donos do cachorro morto apelaram:
-Eu queria que o senhor soubesse que, para batizar o cachorro, nós pagamos mil reais e que para enterrar não vamos fazer questão do preço.

Com um argumento tão forte, o missionário sorriu e antes de dizer sim, ainda exclamou:

-Puxa vida! Porque você não disse antes que o bichinho era crente?

Marcos Coutinho Loures
Publicado em: 12/04/2007 13:53:34
Última alteração:29/10/2008 17:42:42


UM CANTO DE AMIZADE


Meus braços com os teus se entrelaçavam,
E os passos benfazejos se faziam,
Os sonhos mais divinos se aclamavam,
E os dias, claridades acolhiam,
Os cantos de amizade que exaltavam
Os rumos bem mais firmes que traziam
Os ventos traduzindo calmaria,
Tramavam esperanças de alegria.

Por vezes titubeio, mas tu vens,
E apóias cada passo que eu for dar,
Por mais que o céu se turve em negras nuvens,
Tu trazes emoção no teu olhar,
E assim ao demonstrar sagrados bens,
Tesouros da amizade a nos mostrar
Que o tempo: ser feliz se faz agora,
E a lua emocionada, o céu decora.

De tantos sofrimentos que tivemos,
Sabemos escolher o bem maior.
Amigos pela vida nós perdemos,
Não posso te dizer qual o melhor,
O barco não caminha sem os remos,
Tampouco existe um canto a se compor
Sem ter nos traços firmes de quem sabe
O quanto desta glória inda nos cabe.

Amiga, não me esqueço de dizer
Do quanto sou a ti agradecido,
Eu sei o quanto é bom disso saber,
Pois dá pra nossa vida, algum sentido,
Estrelas quando passas; recolher,
Jamais deixar que caia em frio olvido
Esta emoção sincera que hoje sinto,
No vinho da amizade, eu já me tinto.

E bebo cada gole, extasiado,
Feliz por te saber, querida amiga,
Depois que achei perdidos rumo e fado,
Agora ser feliz, talvez consiga,
Matando esta tristeza do passado,
Permite que meu passo, enfim prossiga,
Alvorecendo um mundo em liberdade,
Às custas deste amor feito amizade...
Publicado em: 20/10/2007 18:37:30
Última alteração:30/10/2008 13:41:14


UM CANTO DE AMIZADE
Um canto de amizade concedido
Por Deus em seu momento mais sereno,
Trazendo o nosso amor engrandecido,
Vencendo qualquer tipo de veneno,
Quem ama traz o peito destemido,
E o coração deveras mais ameno.
No canto da amizade, toda a glória
Certeza mais sublime da vitória...
Publicado em: 26/10/2007 18:15:11
Última alteração:24/10/2008 14:50:56


Tua boca me alucina
O teu beijo é feito em mel
Venha ser minha menina,
Nosso amor um carrossel
Que não pára de girar,
Tanto gozo a desfrutar...
Publicado em: 15/03/2008 22:11:54
Última alteração:22/10/2008 14:39:22



O quanto comparo
O passo com tanto
Momento que canto
E nele me amparo
O gozo tão raro
Cevando este encanto
E vivo, portanto
No passo mais claro
Rumando ao futuro
De um tempo que escuro
Não pude saber
Do gozo e do riso,
Matar Paraíso
Negando o prazer.
Publicado em: 04/06/2010 13:28:30


Vamos cantar o amor a fantasia!
Vamos buscar as flores escondidas!
Trazer um bálsamo pras feridas!
E acabar de vez toda agonia!

Vamos trazer mais mel - mais ambrosia
Para adoçar um pouco àquelas vidas
Amargas, derrotadas, suicidas
Trazer felicidade - Alegria...

Eu te convido amigo na Jornada
Pra acompanhar-me, então, ness'aventura.
Vamos trilhar a senda inusitada.

Aonde em cada verso, em contradança
Trazendo luz à quem, sempre procura
O brilho salutar de uma esperança

GONÇALVES REIS
Marcos Valério Mannarino Loures
Publicado em: 07/08/2007 22:23:46
Última alteração:05/11/2008 17:07:42


UM CANTO DE LOUVOR À AMIZADE - coroa de sonetos

No passo sempre firme deste sonho,
Vagando na amplidão, cada momento,
Num canto mais preciso eu te proponho
A força mais tenaz de um sentimento,

Que possa transbordar em mar risonho,
Trazendo para a vida um manso vento,
Não quero mais meu passo tão tristonho,
Eu quero esta certeza, num momento

Capaz de transformar em harmonia,
O que se fez temível ventania.
Meu verso te propondo, companheira

Um laço bem mais forte que nos una,
Ao cais desta amizade, a nossa escuna
Enfrenta a tempestade derradeira.

2

Enfrenta a tempestade derradeira
Aquela que destrói; e tudo esmaga
A vida se promete alvissareira
E o vento da alegria sempre afaga

Ao proteger do corte abaixa a adaga
E tendo uma razão por timoneira
Com amizade pura faz a paga,
Numa ternura imensa e costumeira.

Ao ter esta aliança e ser amigo
De quem amigo sempre esteve aqui.
Elevo o pensamento e chego a ti.

Nos versos que te faço, assim eu digo
Do quanto é bom falar desta amizade,
Uma expressão mais pura da verdade.

3

Uma expressão mais pura da verdade,
Aquela que permite um sonho bom,
A vida percorrida ao mesmo tom,
Recende a mais perfeita qualidade.

Nos cantos mais distantes da cidade,
Quem dera se escutasse o claro som
Nos ecos mais fiéis desta amizade,
Decerto mais que tudo, um raro dom.

Eu tenho o peito aberto de quem sonha,
Vencer a solidão cruel, medonha,
Ao lado de quem sei que me quer bem.

É bom poder gritar ao mundo todo,
Que em meio a tantos pântanos, vil lodo,
Eu posso enfim dizer que tenho alguém.


4

Eu posso enfim dizer que tenho alguém
E nada mais eu temo em minha vida,
Sabendo que encontrei o grande bem,
De tantos labirintos, a saída.

Por mais a noite escura eu sei que vem
Não vejo mais a sorte assim perdida,
A mão que acaricia sempre tem
A força de acolher a alma perdida.

Àquele que morreu por todos nós,
Senhor de cada passo, mensageiro,
De todo amor que seja companheiro

Matando com certeza a dor atroz,
Eu posso assim dizer do grande amigo,
Andando o tempo inteiro aqui, comigo.


5


Andando o tempo inteiro aqui, comigo,
Aquele que é cordeiro e salvador,
Não tenho mais temor, venço o perigo,
Pois sinto o derradeiro e santo amor.

É bom poder dizer: divino amigo,
Estou contigo, inteiro ao teu dispor
Felicidade plena que eu persigo
Eu canto tão somente em teu louvor.

Quem veio pra ser Rei, se deu aos pobres,
Vendido por alguns, míseros cobres,
Sofreu e padeceu terror cruel,

Depois de ser entregue e torturado,
Em um momento místico e sagrado
Ergueu-se, se elevando, alçou o Céu...


6


Ergueu-se, se elevando, alçou o Céu,
De todos os mortais, o grande amigo.
As nuvens recobrindo em belo véu
Mostrando que há um pai, o nosso abrigo.

Estrelas desfilando em carrossel,
O quanto desejei eu já consigo
Deixar o meu passado mais cruel
Seguindo cada passo, vou contigo.

Amigo que se fez grande doutor
Curando o mal que aflige a todos nós,
Tornando verdadeiro, o mago amor

O mundo transformado logo após,
Porém há tanta gente que te nega,
A multidão caminha ainda cega.

7


A multidão caminha ainda cega
Distante de teu claro ensinamento,
Quem à riqueza em vida já se apega
Condena seu irmão ao sofrimento.

A vida não se dá pra quem se nega
É muito mais que um simples, bom momento.
O pensamento livre assim navega
E vence qualquer forma de tormento.

Vieste para nós e para tantos,
Na forma de Jesus ou de outros santos
E nisso, meu amigo, tantas vezes

Pastores confundindo suas reses
Querendo ter maior autoridade
Denigrem o sentido da amizade.


8

Denigrem o sentido da amizade
E matam por palavras ou por crenças.
Cegando, mesmo em plena claridade,
No sangue de outro irmão, as recompensas.

Eu creio neste amor em liberdade,
Bem mais que a simples cura de doenças,
Milagre bem maior, fraternidade
Traído pelas frias desavenças.

Amor que tanto encanta quem mais ama,
Permite se manter acesa a chama
De toda uma esperança para a Terra.

Tocando o coração em bem profundo,
Espalha uma alegria pelo mundo,
Numa emoção sincera ele se encerra.



9

Numa emoção sincera Ele se encerra
E faz bem mais possível ser feliz.
Palavra que se espalha em vale e serra
Do puro amor sagrado já nos diz.

Meu peito em sofrimento se desterra
Sentindo que o amor vai por um triz.
Porém uma esperança se descerra
Mudando todo o céu, novo matiz.

Nas cores e nas crenças tão diversas,
Por mais que sejam almas mais dispersas
Ao crerem neste ser que nos criou

Os homens podem ter uma esperança
Em toda humanidade esta aliança
Do amor que em amizade transbordou.


10


Do amor que em amizade transbordou,
Eu sinto uma harmonia benfazeja,
De toda a paz que em vida se deseja,
Apenas quem amou já conquistou.

Amor em amizade ele ensinou
Trazendo o bem sublime que se almeja
Perdão que tantas vezes demonstrou,
Vontade soberana que assim seja.

Os cânticos divinos de louvor,
O riso bem mais franco da criança
Uma alma é bem feliz se for mais mansa

Entregue, sem limites ao amor.
Pois, Oxalá, Jesus, Brahma ou Tupã
Espalha sobre nós bela manhã.


11



Espalha sobre nós bela manhã
O sol que se irradia em amizade,
A vida se permite ao novo afã
Tocada pela vida em claridade.

Deixando para trás a dor malsã
Vivendo enfim a vera liberdade,
Sabendo do sabor de uma maçã
Amor se espalhará na humanidade.

Amigo, tantas vezes vi teu rosto
Em faces tão diversas, vai exposto
No irmão que perambula pelas ruas.

O pai que se mostrou a todos nós
Ao homem deu a força e deu a voz,
Porém sem ser ouvido, continuas...


12

Porém, sem ser ouvido continuas
Amigo que se fez um Rei plebeu,
Em meio a tantos brilhos, céus e luas,
O mundo em um momento concebeu.

Palavras mais sublimes são as tuas
Falando deste amor que se perdeu,
Jogado nas sarjetas, frias ruas
De um homem, o próprio homem se esqueceu;

Na cruz e no martírio que sofreste,
Neste amor que ensinaste e que nos deste
Exemplo tão sublime e verdadeiro

De quem é criador e criatura,
Doutor que nos mostrou com alma pura
O amor que se faz nosso timoneiro.


13

O amor que se faz nosso timoneiro
Permite um sonho bom, uma esperança,
Um canto mais suave traz o cheiro
Sublime do perfume da aliança;

Que seja então amor mais costumeiro,
E todos numa mesma e bela dança,
Verão o Deus perfeito e verdadeiro
Além do que um olhar vazio alcança.

Amigo é necessário um novo norte,
Que à tua maravilha nos transporte
E deixe para trás as diferenças,

O mundo num só canto, mesma prece,
Aos teus desígnos santos obedece,
Tendo em alegrias, recompensas.


14

Tendo em alegrias, recompensas,
Trazendo para nós felicidade,
Unindo num só Deus as várias crenças
Sem donos absolutos da verdade.

Deixando bem distantes horas tensas,
Sem mortes com terrível crueldade
Nas catedrais dos sonhos tão imensas,
Traduzindo enfim, solidariedade.,

Um dia, quando o mundo for assim,
Florindo em puro amor, nosso jardim
Amanhecer será sempre risonho.

No canto da amizade, comunhão,
Amor feito com bases no perdão,
No passo sempre firme deste sonho
Publicado em: 20/01/2008 22:12:04
Última alteração:22/10/2008 16:43:04



Água na boca
Águia liberta
A toca
Tocaia
Magia entre coxas
Loucuras
Curas
E locas...
Farpas
E faros
Ferormônios à solta.
Sotaques
Batuques
Botecos
E brocas...
Rolando enrolando enredando
Carretéis.
Cartéis
E cartas sobre a mesa.
A presa apressa o salto.
Ressalto rascunho.
Cunhando, esculpindo
Carpindo
Curtindo
O fim do mistério
Um caso de amor...
Publicado em: 31/07/2008 14:27:25
Última alteração:19/10/2008 22:04:40



Meu amor se me garante
Que eu não perco o instrumento
Vou ficar todo elegante
Vou chegar neste momento.
Mas espere um só instante
Mais rápido que o pensamento;

Sou um cabra prevenido
Isso eu posso garantir
Embora vá decidido
É melhor me prevenir
Se me pegam distraído
Nem preciso repetir...

Sou teu primo, decorei,
Que veio lá das Gerais
Fortaleza eu encontrei
E querendo muito mais
Somente em ti encontrei
Priminha que satisfaz...

Se ele chega sem aviso
Eu despido e você nua
Estou treinando o sorriso
Pois a festa continua
Sem serpente, o paraíso
Fica brabo e nada atua

Meu amor já se desdobra
Isto é muito natural,
Paixão eu tenho de sobra,
Amor quente e sensual.
O brejeiro corta a cobra
Eu vou pro brejo sem pau...
Publicado em: 24/05/2008 09:01:03
Última alteração:21/10/2008 06:45:48



Um chamego; quem não gosta?
É gostoso pra danar,
Apostei, perdi a aposta
Fui logo me apaixonar...
Publicado em: 15/01/2010 17:05:39
Última alteração:14/03/2010 20:59:19



Um cheiro no teu pescoço
Que delícia meu amor,
Arrepia, é um colosso,
Ô cheirinho sedutor.
Publicado em: 15/08/2008 13:34:46
Última alteração:19/10/2008 20:12:45


Um coleirinho e uma sina...


Santa Martha, pequeno distrito da cidade de Ibitirama, no sul do Espírito Santo, é o cenário desta história.
Entre os seus pouco mais de cem habitantes, havia um que era amado por todos, conhecido por José Coleiro. Tinha herdado esse apelido pelo simples fato de ser apaixonado por passarinhos; a bem da verdade, passarinhos não, coleirinhos para ser mais especifico.
Desde menino, sua presença podia ser associada a gaiola que levava, inseparável, para todos os lugares onde fosse.
O coleiro é um grande cantador e, por isso admirado por quem gosta de criar passarinhos; sendo, inclusive utilizado em torneios de canto.
José Maria, pois esse era o nome do jovem, cuidava dos seus pássaros com todo carinho que podia. Sendo que, durante vários dias, a comida podia escassear para José mas o alpiste e o jiló maduro nunca deixavam de freqüentar a gaiola de um pássaro sequer.
Nos últimos dias, José estava extasiado pois, havia conseguido um coleiro raro, excelente cantador, o melhor que poderia imaginar ter encontrado na vida.
Esse seu companheiro fazia inveja a todos os que conheciam a arte inata dos pequenos animais.
As propostas de compra se sucediam mas José, certo de que ninguém cuidaria com tanto cuidado daquela jóia, não se desfaria dele por preço nenhum era, simplesmente, inegociável.
João Polino, dono dos seus oitenta verões de sabedoria e sensibilidade, falara comigo deste amor gigantesco do João Coleiro por este passarinho especial.
Eu havia percebido, desde algum tempo, que João estava diferente; já não demonstrava a alegria de antes, mesmo motivado pela raridade que possuía.
Aliás, tal pássaro era o motivo de tanta tristeza e apreensão. A partir do momento em que vira a cobiça dos outros aumentando sobre o animalzinho, as noites tranqüilas de José passaram a ter o caráter de pesadelos.
Qualquer barulho ou sinal de movimentação no quintal, deixava o sentinela em prontidão. Várias vezes se viu acordado lá pelas duas, três horas da manhã, alertado por um gato que esbarrara em algum latão, ou por outros alarmes falsos.
Com o interesse demonstrado por Jesuíno pelo pássaro, a situação complicou.
Jesuíno tinha sido uma espécie de jagunço, ligado ao Coronel Farias, mitológico fazendeiro da região, muito mais conhecido por suas lendárias histórias do que por fatos verídicos. Conta-se que matara mais de vinte pessoas no interior da Bahia, onde morara por uns tempos, na fazenda de um doutor, médico, e político.
Mas essas historias nunca foram comprovadas, cabendo mais na imaginação do povo de Santa Martha do que nos anais da justiça baiana, o certo, entretanto, é que Jesuíno metia medo em todos, sentindo um enorme prazer em ver as crianças fugindo a sua presença e as portas se fechando quando saía pelo povoado.
José Coleiro flagrara Jesuíno, num domingo à tarde, com os olhos parados sobre o coleiro e, ainda tivera tempo de ouvir um comentário sobre o passarinho.
Jesuíno interrogara a João Polino se era aquele o famoso coleirinho campeão, ao que João confirmara.
Um adendo, João Polino era um dos poucos habitantes de Santa Martha que não temia Jesuíno. Também, para quem dera uma surra no Saci Pererê e montara na mula sem cabeça, isso era café pequeno...
Ultimamente, os temores de José começaram a se transformar em verdadeira paranóia.
Qualquer comentário sobre o bichinho, ao invés de agradar, começou a deixar nosso herói em estado de tensão absoluta, irritadiço ao extremo.
Começara a agredir quem quer que fosse, desde que esse, inadvertidamente, elogiasse o coleirinho.
Passara a dormir com a gaiola dentro de casa, para desespero de sua mulher, dona Rita, a quem dedicava, por certo, muito menos atenção e carinho do que ao animal de estimação.
Dona Rita, embora se sentisse ofendida no começo do casamento pela clara predileção de José aos animais, com o tempo se acostumara e até ajudava-o na difícil arte de cuidar dos pequenos passarinhos.
Como Deus lhe tinha dado um útero estéril, passara a ver as avezinhas como se fossem verdadeiramente os filhos que a natureza negara.
Dona Rita nem reclamava mais, conformada com a sina de estar, na maior parte do tempo, sozinha, sem a companhia do marido.
Mas, desde que o marido passou a se sentir ameaçado em seu bem mais precioso, dona Rita sentira o peso do mau humor de José; sempre pronto a agredi-la com palavras e, dizem, até fisicamente.
No pequeno distrito, um menino é o dono do mundo. E uma das coisas que mais atraem uma criança é uma bela mangueira carregada de frutas maduras.
No quintal de José, havia uma das mais profícuas mangueiras do distrito. Manga espada, grande e docinha. Deliciosa!
Tenorinho, filho do seu Jurandir, era um dos moleques mais audaciosos daquele reinado. Não respeitava nada e nenhum muro ou cerca.
As marcas que tinha nas pernas e nádegas demonstravam os dentes dos cães e os tiros de sal, troféus da sua heróica meninice.
José fora dormir, como sempre, às sete horas da noite, um ouvido no ronco da mulher e outro atento aos barulhos do quintal.
Mas, nessa noite, estava mais sensível do que nunca; e o ouvido de tuberculoso denunciou um barulho maior no quintal.
Gritara e repetira, diversas vezes para que quem ali estivesse foi embora.
Uma sombra enorme, denunciava que, desta vez, não era um gato ou um outro animal qualquer que o viera visitar, a sombra era de um homem...
Com medo de Jesuíno, mandou que este se retirasse, no que não obteve resposta.
Como a sombra se agigantava e vinha em sua direção, José sacou, rapidamente da garrucha e atirou.
As mangas encontradas no chão, espalhadas próximas à poça de sangue denunciaram, tardiamente, o mal entendido...
Publicado em: 03/01/2008 21:20:51
Última alteração:22/10/2008 21:27:40



UM CONTO DE NATAL.



Neste período natalino, nada mais oportuno que este conto de EÇA DE QUEIROS, compilado por nós especialmente para vocês, que também são especiais:

"Nos tempos em que Cristo andava pelo mundo, vivia em Jerusalém uma triste viúva, a mais desgraçada das mulheres de Israel Seu único filho, todo aleijado, jazia sobre uma cama apodrecida, atrofiando-se e gemendo".

Sobre mãe e filho, como uma noite de pesadelos, caiu a mais profunda miséria. Até azeite faltava, para acender a lâmpada de barro, jogada a um canto!
Um dia, um mendigo entrou no casebre, repartiu o pão que trazia com os dois e, enquanto coçava as feridas da perna, contou que havia aparecer um RABI, na Galiléia, um homem que amava as criancinhas e que prometia aos pobres um reino luminoso, maior que a corte de Salomão!

Com os olhos famintos, a mãe quis saber onde encontrar aquele RABI e o mendigo suspirou:
"Quantos o desejavam e quantos perderam a esperança de encontrá-lo! Obed, tão rico e Sétimus, tão soberano, mandaram caravanas atrás do RABI, com generosas promessas de recompensa... E as caravanas voltaram, sem ter descoberto em que mata em que cidade, em que toca ou palácio se escondia JESUS!"

A tarde caía. O mendigo apanhou o seu bordão, desceu pelo duro trilho, entre a urze e a rocha. A mãe voltou a seu canto, mais vergada, mais abandonada... E então, o filhinho, num murmúrio mais débil que o roçar de uma asa, pediu à mãe que lhe trouxesse esse RABI, que amava as criancinhas, ainda as mais pobres e sarava todos os males, ainda os mais antigos.

A mãe apertou a cabeça, esguedelhada:

- "Oh! Filho! E como queres que te deixe sozinho e meta aos caminhos, à procura do RABI DA GALILÉIA? Obed é rico e têm servos e, em vão, buscaram por Jesus, por areias e colinas... Sétimus é forte. Tem soldados e, em vão, correram por Jesus, por todos os caminhos! Como queres que te deixe? Jesus anda por mito longe e a nossa dor mora aqui, conosco, dentro dessas paredes e, dentro delas, nos prende! E, mesmo que o encontrasse como convenceria eu o RABI a vir até aqui, para sarar um entrevado tão pobre, sobre uma cama tão em pedaços?"

A criança, com duas lágrimas nos olhos, murmurou:
- "Oh! Mãe! Jesus ama todos pequeninos... E eu, ainda tão pequeno e com um mal tão grande e que tanto queria sarar..."

E a mãe replicou, entre soluços:

- "Oh! Meu filho! Como te posso deixar sozinho?
Longas são as estradas da Galiléia e curta a piedade dos homens! Até cães me ladrariam, ao passar... Talvez Jesus morresse... Ninguém o achou! Talvez o céu tenha levado, da mesma forma que o trouxe..."
Erguendo suas mãozinhas que tremiam, o menino suplicou:

- "Oh! Mãe! Eu queria ver Jesus!"

E logo, abrindo devagar a porta e sorrindo, Jesus disse à criancinha:

- "Aqui estou".

ADAPTAÇÃO DE MARCOS COUTINHO LOURES

Publicado em: 27/11/2007 11:36:26
Última alteração:26/10/2008 23:12:28


UM CORAÇÃO APAIXONADO


De tanto escrever na areia,
O teu nome, minha amada,
E, depois, na maré cheia,
Não sobrar, dele, mais nada.
De tanto sonhar contigo,
Buscando teu colo amigo.

De tanto querer em vão,
Poder ter teu pensamento,
Vasculhando todo o chão,
Em busca d’um só momento,
Podendo estar a teu lado,
No final, desesperado...

Por acreditar em ti,
Por não crer mais, nem em mim,
No que fui, tanto perdi,
Queimando a dor, tão ruim,
Quero viver um segundo,
Em ti, o meu novo mundo.

São palavras que lamento,
São verdades que não digo,
Tanto ardor, tanto tormento,
Vida correndo perigo.
Minha sede, no teu beijo,
Matando mais que desejo...

Foi embora, mas, fiquei.
Esperando te encontrar,
Dessas dores, eu bem sei,
Não consigo nem lutar.
Quero afinal, meu descanso,
No mais sagrado remanso.

Teimando em nunca temer,
Achando, sem valentia,
Onde encontrar meu querer,
Seja noite ou seja dia,
Montado nesse alazão,
Que se chama: coração!
Publicado em: 23/09/2007 22:08:08
Última alteração:30/10/2008 13:39:34


Um coração sertanejo
Se entregando ao bem do amor
Carreguedim de desejo
Quer teu beijo encantador...
Publicado em: 02/03/2008 18:37:45
Última alteração:22/10/2008 14:00:39



Um coração sincero não notou
E nisto deveria estar atento,
O quanto tantas vezes desejou,
Viver em plenitude um sentimento.
Coração solitário se mostrou
Tristonho ao perceber que o fingimento
De quem tanto queremos determina,
Além do que se quer e se imagina...
Publicado em: 27/10/2007 16:55:44
Última alteração:24/10/2008 14:49:59



Cada vez que me prometes,
Retornar ao meu viver
Que pecado tu cometes,
Cometes sem o saber.

Vai matando, devagar,
Lentamente sem ter dó,
Que prazer tens em matar,
Esse coração tão só?
Publicado em: 16/08/2007 04:51:48
Última alteração:30/10/2008 15:58:29



Mas aquele deputado, tão orgulhoso quanto analfabeto, resolveu inovar e, ao ir para a cama, vestiu roupas intimas bem avançadas, fato que provocou grande surpresa na mulher que o aguardava depois de longo período de abstinência (ou recesso).
Ao ver o esposo naquelas roupas diferentes, ela deu um grito:
-Meu Deus!
Imediatamente, o parceiro sorriu, agradecido e respondeu:
-Que é isso mulher? Pode me chamar de queridinho mesmo

Marcos Coutinho Loures
Publicado em: 13/04/2007 14:26:25
Última alteração:29/10/2008 18:07:44



Um dia a mais, noutro tempo Décimas
Um dia a mais, noutro tempo.
Noutro tempo fui tão só,
Doendo a vida, dá dó,
A quem tempo e contratempo,
No meu tempo, passatempo,
Foi solitária agonia
Que me fez perder Maria,
Que me trouxe solidão,
Nunca sim, somente não,
Naufragando a poesia...
Publicado em: 13/08/2006 17:24:38
Última alteração:31/10/2008 01:50:54






Ella despidió a su amor
Él partió en un barco en el muelle de San Blas
él juró que volvería
y empapada en llanto ella juró que esperaría
miles de lunas pasaron
y siempre ella estaba en el muelle
esperando
Muchas tardes se anidaron
se anidaron en su pelo
y en sus labios

Fher

Um dia ele partiu – distante mar,
Dizendo que mais tarde voltaria.
O tempo se passando a naufragar
Uma esperança a cada novo dia.

O tempo se perdendo e num olhar,
A moça enamorada refazia
O sonho de – quem sabe – renovar
O amor que eternamente esperaria...

Um sentimento novo e soberano,
Aos poucos a tomava e, sem saber
Apaixonou-se então pelo oceano

E nele reencontrara o seu prazer.
Entregue à fantasia em lua cheia,
Nasceu, num breve instante, uma sereia...
Publicado em: 10/12/2007 21:38:41
Última alteração:10/10/2008 09:08:06


UM DOS DOIS ESTÁ DOENTE... /

Mote – Há muito tempo que a “massa” não vê o pão.

Nesta vida – que desgraça-,
Há sempre contradição:
Há muito tempo que a massa
Nem passa perto do pão!


Uma verdade é bem nobre,
A conhece toda gente,
Um frango em mesa de pobre?
Um dos dois está doente...

MARCOS COUTINHO LOURES
MVML
Publicado em: 15/10/2007 09:37:23
Última alteração:03/11/2008 21:01:29



UM É POUCO, DOIS É BOM...
Quando eu te peguei na cama
Com a mulher do vizinho,
Apagou e acendeu chama,
Mas logo dei um jeitinho
A vizinha não reclama,
Da abundância de carinho...

Publicado em: 14/05/2008 19:54:52
Última alteração:21/10/2008 14:42:30



UM ENCANTO DE PRÍNCIPE

Toda mulher passa a vida inteira sonhando com um príncipe encantando e isso não era diferente com Dona Vera, simpática e romântica senhora que adorava criar animais domésticos.

Certo dia, aquela senhora encontrou uma lâmpada mágica que dava direito a três pedidos e ela os fez:

Encarnando o espírito feminino, ela pediu ao gênio da lâmpada:

- Quero ser uma jovem e bela mulher, com muito dinheiro no banco.

Imediatamente, os dois desejos se concretizaram e ela partiu, de imediato, para o terceiro e último pedido:

- Agora, gênio mágico, eu desejo que meu lindo gatinho angorá se transforme no meu sonhado príncipe.

Na mesma hora, o gatinho desapareceu no seu colo e surgiu uma luminosa carruagem ricamente enfeitada com ouro e brilhantes e assentos de caríssimo veludo, sobre os quais repousava um belíssimo príncipe, de olhos grandes e tristes...

Mesmo um pouco desconfiada daquele olhar tristonho, a nova Vera, bela e rica, abraçou-se com o Príncipe, ocasião em que o mesmo sussurrou-lhe com voz melíflua:

- Agora você vai se arrepender amargamente de ter me castrado, quando eu era mais jovem...

A partir daí, a romântica apaixonada passou a chorar lágrimas de esguicho, como diria Nelson Rodrigues.

MARCOS COUTINHO LOURES
Publicado em: 07/04/2008 12:33:30
Última alteração:21/10/2008 19:59:57



Quando chegou a Cachoeira Alegre, Padre Nonato encontrou uma comunidade bastante receptiva, mas igualmente necessitada de ações pastorais e, neste ponto, ele era imbatível.

Profundamente identificado com a alma do povo, em pouco tempo ele angariou o respeito de todos, independentemente da denominação religiosa ou de convicção política.

Certa vez, ele foi procurado por um grupo de senhoras que, apavoradas, foram lhe pedira para expulsar o demônio que se apossara de uma jovem, numa distante fazenda.

Acostumado a situações semelhantes, Pe Nonato não pensou duas vezes: munido de todo o material necessário, subiu em um cavalo que ali estava esperando por ele e se dirigiu ao local onde o capeta havia se manifestado.

Uma hora depois, antes de abrir a última porteira, pôde ele ouvir os gritos desafiadores da moça possuída:

-Vem cá Zezinho, seu sem vergonha! É você que tem roubado as galinhas da Dona Mariquinha, não é mesmo?

Logo depois mudando de tom, a jovem continuava:

-Chega aqui, Tuniquinho! Vou contar como você passou a perna nos seus irmãos, na herança de seu pai!


Ao ouvir aquilo, Pe Nonato parou, pensou duas vezes e, ao dar meia volta, comentou com as senhoras que chegavam em um Ford 29:

-Sabe, vou deixar esse exorcismo para amanhã. É que hoje, fui pego de surpresa e ainda não fiz minha confissão semanal com o Padre Américo.

Já na última curva da estrada, ele ouviu o desafio que partia da jovem:

-Volta Padre! Pode voltar que eu não vou contar o quê que o senhor diz das mulheres que ficam conversando, na hora da Missa...

Marcos Coutinho Loures
Publicado em: 29/04/2007 12:49:30
Última alteração:29/10/2008 17:44:13




Se confusamente
O passo se escassa
A vida não traça
Caminhos da mente
E quanto mais mente
Expondo-se à traça
Apenas fumaça
O quanto apresente,
Mas quando em amor
A sorte diz cor
Diversa do gris,
Eu posso pensar
Num farto luar
Que sempre e mais quis.
Publicado em: 04/06/2010 13:17:27


UM FELIZ ANIVERSÁRIO !

Um feliz Aniversário
Te desejo, meu amigo.
Coração batendo forte,
Encontrando um doce abrigo

Com churrasco e com cerveja,
Muita fé muita alegria,
Esperanças benfazejas
Comemorando este dia.

Mais um ano que passamos
Do teu lado, companheiro,
Vida longa desejamos,
E um amor tão verdadeiro.

Minha gente não se cansa
De querer comemorar,
Nesta data tão querida,
Felicidade sem par!
Publicado em: 03/10/2007 14:58:07
Última alteração:27/10/2008 19:29:03


No teu aniversário
Eu venho agradecer
Presença tão sublime
De quem me dá prazer;
Amiga eu não me engano,
Eu sei do teu carinho.
Por isto é que te peço
Não me deixes sozinho.
Na festa que fazemos,
Com toda uma emoção.
A quem tanto merece,
Mora no coração
De todos os amigos
Que a vida já te deu,
Amor faz-se presente,
E saiba é todo teu!
Publicado em: 29/09/2007 11:39:11
Última alteração:27/10/2008 19:31:04




Brindemos que esta noite
É nossa, minha amiga.
No teu aniversário
A sorte se repete
A cada novo tempo,
Um tempo de esperança.
Na dança e no banquete
Da presença de Deus
Unindo os olhos teus
A quem tanto admiro,
Verdades que te digo
Nos versos mais sinceros.
Quero a primavera
Do teu sorriso franco.
Podia te dizer
Do quanto que te gosto,
Mas isso vai exposto
No rosto, em minha face,
Por isso aqui prefiro
Falar desta pessoa
Maravilhosa e bela,
É fato que ressoa
Ecoa em quem conhece
De perto a ti, querida...
Publicado em: 06/10/2007 15:13:38



Desejo que tu saibas minha amiga,
Que os sonhos magistrais, a ti alçaram,
E sempre em tua vida assim prossiga
O canto onde meus passos te encontraram,
No teu aniversário que eu consiga,
Falar dos sentimentos que tocaram
Meu coração. Espírito de luz,
Iluminando um ser que me conduz...
Publicado em: 17/10/2007 22:55:42
Última alteração:26/10/2008 21:20:06



Em teu aniversário, cara amiga
Eu peço a Deus que traga a festa plena
Da vida que feliz sempre consiga
Mostrar uma alvorada mais amena.
E toda esta alegria assim prossiga,
Dourando em esperança cada cena
Da vida que se faz em claridade,
Moldando intensa luz: felicidade!
Publicado em: 26/10/2007 13:16:57
Última alteração:26/10/2008 21:19:01



Dizer que estou feliz: lugar comum.
A cada ano que fico do seu lado
Percebo como fui agraciado
Por Deus por ter me dado este prazer
De ter podido, amiga, conhecer
Pessoa tão bonita e maviosa.
A minha alma se sente tão vaidosa
De poder contar sempre com você.

Por isso em mais um dia tão repleto
De festa e de alegria eu já lhe digo.
É bom poder saber que sou amigo
Da rara criatura que conheço
Tranqüilidade e paz é o que eu mais peço
E sei que esse anjo bom que lhe protege
E a todos os que a cercam também rege
Levará nossos votos de alegria.

FELIZ ANIVERSÁRIO!
Publicado em: 28/10/2007 23:02:47
Última alteração:27/10/2008 18:45:45


Um canto amanhecendo uma esperança
Renova o coração de um sonhador,
Que a vida perpetue esta aliança
Que é feita em alegria e farto amor.
Perceba quanto é bela esta lembrança
Que trazes no teu peito encantador.
No teu aniversário eu posso ver
Um mundo todo feito de prazer...
Publicado em: 10/11/2007 09:19:55
Última alteração:24/10/2008 12:19:56


Desejo toda a glória neste instante
A quem se faz prestante e solidário.
Amigo esta palavra deslumbrante
Não deixa um coração ser solitário
No dia que se mostra radiante
Desejo-te feliz aniversário.
E saibas que por ti a minha estima
É mais do que uma simples, leda, rima...
Publicado em: 12/11/2007 21:04:22
Última alteração:26/10/2008 21:39:09



Desejo parabéns a quem se fez
Amiga dos amigos, companheira.
Que a vida sempre traga tanta luz
Palavras de esperança verdadeira
Deixando para trás o sofrimento,
Algoz de quem não sabe ser amada.
Vencendo num momento tantos espinhos,
Permite ser mais bela a caminhada.
Publicado em: 13/11/2007 14:59:43
Última alteração:26/10/2008 21:34:26


Que tenhas o que trazes, paz e glória
Repartes entre nós farta alegria
Por isso é necessário te dizer
Do quanto já queremos que prossigas
Estrela que nos guia em mansidão.
No teu aniversário, Deus permita
Que toda esta emoção sempre repita
Na beleza de uma alma sem igual
Esta festa sincera e tão bonita...
Publicado em: 15/11/2007 10:52:31
Última alteração:26/10/2008 21:33:32




Nunca deixe de crer que noutro dia
O sol renascerá mais fortemente,
O quanto é importante a fantasia,
Mesmo que o mundo seja tão descrente
É necessário o sonho em que se cria
Um canto que se mostre mais contente,
Um coração em festa dura mais,
Fazendo da esperança um belo cais...

UM FELIZ ANIVERSÁRIO PARA VOCÊ, QUERIDA AMIGA
Publicado em: 17/11/2007 13:17:56
Última alteração:26/10/2008 20:54:15


Querida amiga.

Dizer meus parabéns seria redundante.
Isso é obvio e, embora “desconfiamos sempre do óbvio” esse não é o caso.
Acontece que, verdadeiramente estou muito feliz em poder compartilhar contigo essa data tão importante.
Obviamente, na nossa idade isso traz uma certa melancolia de percebermos a estrada se encurtando, mas nos dá a garantia de mais um período, ou uma estação desta enorme rodovia cumprida com dignidade e com, fundamentalmente, carinho e dedicação.

Por isso, te agradeço o poder ser teu amigo.
E, embora possa parecer pouco, para mim é poder ter encontrado uma daquelas jóias que valorizam a vida.
Ourives privilegiado, agradeço, todos os dias e não somente este pela tua existência.
Feliz aniversário e felicidade em todos os seus momentos, é isso que, esperançoso, te desejo.

publicado sob o pseudônimo de NIGROMANTE
Publicado em: 17/11/2007 21:33:05
Última alteração:26/10/2008 20:54:24



Perceba nas palavras que hoje digo
O quanto uma alegria nos domina.
Permita que eu me sinta teu amigo
No abrigo destes braços de menina
Um dia mais pacífico eu persigo
Tal qual belo tesouro em rica mina.
No teu aniversário minha alma canta
Tu tens este poder que sempre encanta...
Publicado em: 20/11/2007 06:28:01
Última alteração:26/10/2008 20:54:54


Na força da amizade, uma defesa
Que tantas vezes, sei, nos protegeu,
Trazendo em plena paz tanta beleza,
Apascentando aquele que sofreu
A vela da esperança sempre acesa
Iluminando o escuro e triste breu.
No teu aniversário, eu já festejo
Um mundo mais amigo que prevejo...
Publicado em: 23/11/2007 13:17:06
Última alteração:26/10/2008 20:55:26




Desejo que tu tenhas nesta data
Felicidade plena e soberana,
Amigos que encontraste pela vida
Irmãos que Deus te deu, anjos tão raros.
No teu aniversário que tu saibas
Do quanto és importante para todos.
A alegria persista no teu peito
Mostrando ser possível novo dia.
No brilho que irradias, tanto e forte,
A vida se promete em pura sorte.
Publicado em: 24/11/2007 16:19:36
Última alteração:26/10/2008 20:55:56



Queria te dizer neste momento
O quanto és importante para mim.
Palavras são levadas pelo vento,
Mas falo com verdade e sentimento
De toda esta alegria que hoje sinto.
Em versos maltrapilhos eu pressinto
Um dia mais feliz em nossas vidas.
Presença de pessoas tão queridas
Permite já pensar felicidade.
No teu aniversário, cara amiga,
Minha alma satisfeita sempre abriga
Um sonho que acalanto há tantos anos.
De dias mais felizes, soberanos,
Momento inesquecível de prazer.
Por isso, venho agora te dizer
E sei o quanto é bom e necessário
Desejar-te um feliz aniverário.
Publicado em: 25/11/2007 10:48:06
Última alteração:26/10/2008 20:56:18



Desejo que esta data represente
Um novo amanhecer em tua vida.
No sonho mais feliz que se pressente
Uma alegria deve ser vivida.
Quem faz a toda gente tão contente
No seu aniversário já convida
À festa em que se mostra, na verdade
O bem tão fabuloso da amizade.
Publicado em: 29/11/2007 13:09:51
Última alteração:26/10/2008 20:58:09



A gente, tantas vezes se esquece de algumas datas. Isso é normal, mas o teu aniversário é INESQUECÍVEL.
Pessoas iguais a você são raras, extremamente raras.
Assim como jóias que o tempo ensina a valorizar.
E, como não poderia deixar de ser, a jóia preciosa traz alegria a todos que a vêm ou as tocam.
Por isso, a alegria de saber que temos este fantástico presente de Deus em nosso convívio é motivo de júbilo e de comemoração.

Muitas felicidades e que continue a transmitir para nós todos essa maravilhosa sensação de privilégio por podermos estar mais um ano ao teu lado.
Publicado em: 04/12/2007 13:52:24
Última alteração:26/10/2008 20:59:03




Eu quero te dizer querida amiga,
Do quanto ser feliz é necessário
Permita Deus que assim sempre prossiga
No amor que se faz bom e solidário
No teu aniversário, num festejo
Todo de bom a ti eu já desejo.
Publicado em: 11/12/2007 18:01:28
Última alteração:23/10/2008 10:06:35


No teu aniversário, cara amiga,
Que a sorte sempre esteja do teu lado,
Felicidade imensa já prossiga
Num dia a dia belo e iluminado.
Que toda a glória esteja bem presente,
No amanhecer sincero e reluzente.
Publicado em: 14/12/2007 21:27:26
Última alteração:23/10/2008 08:28:42


Não falo parabéns para você!
Desculpe mas seria uma inverdade.
És mais do que esse brilho que se vê
Pois és já toda plena claridade!

Em tua mansidão eu conheci
A força que o carinho sempre tem.
Por isso nesse dia, estou aqui,
Cantando em alegria o nosso bem.

Se para bem de todos Deus te fez,
Eu não posso desejar parabéns
Para você. Agora é nossa vez
De dizer a nós mesmos: PARABÉNS!
Publicado em: 21/12/2007 16:09:45
Última alteração:22/10/2008 22:55:29





Mais um ano se passou
Venho dizer obrigado,
Na verdade; amigo, estou
Com certeza, emocionado!

Eu bem sei que já não ligas
Para festas ou presente;
Mas as pessoas amigas
Sempre estão dentro da gente.

Nesse dia comemoro
Um ano a mais de alegria,
Desta pessoa que adoro,
Uma emoção todo dia.

Se não tivesse teu braço,
Te pergunto, companheiro
Me venceria o cansaço,
Não seria verdadeiro...

Teu ombro serve de apoio,
Teu braço serve de abrigo,
Tu és trigo e nunca joio,
Tu és sempre meu amigo.
Publicado em: 22/12/2007 17:53:53
Última alteração:22/10/2008 21:08:19




Meus parabéns companheiro
Por essa data feliz,
Esperei um ano inteiro
Mas meu coração te diz
Que eu estou muito contente
De poder contar contigo
E já digo, de repente,
Como é bom ter um amigo!

A vida muito ensinou
Com alegria e tristeza
Muitas vezes magoou
Não usou de sutileza.
Se não fosse esta presença
Amiga e tão camarada,
Não teria a recompensa
Não seria quase nada.

Neste teu aniversário
Mais um ano de amizade,
Eu marquei no calendário
Com toda a felicidade.
Tu és um anjo divino
Que Deus mandou para mim,
Contigo viro um menino,
Contigo estou ‘té no fim.

Mas não se esqueça jamais
Que tu tens um camarada,
Que está contigo na paz
E também na chuvarada.
Assim vou me despedindo
Pedindo a Deus Meu Senhor
Um futuro bem mais lindo,
De plena paz e de amor!
Publicado em: 31/12/2007 18:35:35
Última alteração:01/01/2008 12:09:46



Um peixinho fora dágua
Não resiste não senhor,
Coração cheio de mágoa
Vai batendo sofredor,
Mas, porém tanta alegria
Nos teus olhos, minha amiga,
Ilumina o nosso dia,
O meu peito já se abriga
Nos teus braços, companheira
Minha amiga, minha fé,
Na cantiga derradeira
Vou do jeito que puder
Te dizer muito obrigado,
Na certeza de viver
Emoção de estar do lado
De quem sempre dá prazer.
E no teu aniversário,
Minha gente está feliz,
Já marquei no calendário
E a folhinha então me diz
que hoje é dia de folia
felicidade e esperança,
minha amiga merecia
com certeza esta festança!
Publicado em: 03/01/2008 15:38:32
Última alteração:22/10/2008 19:31:40



Nos sonhos em que sempre tu navegas
Maravilhosas sendas desbravadas.
A vida ao se mostrar nestas entregas
Permite outras manhãs iluminadas.
Completas mais um ano em tua vida
Estrada em luz suprema percorrida...
Publicado em: 29/03/2008 14:58:05
Última alteração:21/10/2008 20:35:35




Jamais esquecerei do aniversário
Daquela a quem adoro, meu amor.
Porém não me pergunte qual idade
Completa neste dia encantador.

O que me importa não é a quantidade
E sim a qualidade deste tempo.
Vencendo os mais difíceis temporais
Não vendo em seu caminho, contratempo.

Na festa, por favor, pra que velinhas?
Bastando tão somente recordar
Da estrela que completa mais um ano,
A quem jamais cansei de tanto amar.

Contigo a vida fica bem mais fácil,
Nas pontes que colocas no caminho
Atravessando os rios em convulsão,
Não permitiste nunca estar sozinho.

Por isso é que te digo: parabéns!
E tenho mil motivos pra dizer
Que a cada novo dia, eu reconheço,
Que tenho sempre mais a agradecer...
Publicado em: 08/10/2007 16:15:25
Última alteração:26/10/2008 21:21:18


Festejo nesta data
Um dia especial,
Trazendo uma alegria
Que eu sei ser sem igual,
Pois aniversaria
Mulher sensacional
A quem tanto eu queria
Dizer em alto astral
Do brilho que me guia,
Forte e sensacional.
Meu coração em festa
Já vem agradecer
O quanto que me resta
Felicidade empresta
Decerto o bem querer,
Abrindo,o peito em fresta
Gostosa de saber
Amor que amores gesta
Permite perceber
O quanto é necessário
Sempre comemorar
O teu aniversário.
Amiga eu te desejo
Toda felicidade,
Futuro que eu prevejo
Em paz, tranqüilidade!
Publicado em: 31/10/2007 21:50:57
Última alteração:26/10/2008 21:18:20



O dia já nasceu alegremente
E o sol nos deu em luz o seu recado,
Felicidade fez-se então presente
Deixando uma tristeza assim de lado,
No teu aniversário se pressente
Um dia com certeza, iluminado,
A natureza mostra num festejo
Belezas deste amor que eu te desejo.
Publicado em: 10/11/2007 17:46:43
Última alteração:26/10/2008 21:35:01



Motivos com certeza, eu tenho tantos
Pra nesse dia estar bem mais contente
Deitado sob a sombra dos encantos
Que trazes, minha amiga, para a gente,
Ouvindo da alegria os belos cantos,
Que são maravilhosos e envolventes.
Desfruto deste amor tão solidário
Que louvo neste teu aniversário.
Publicado em: 27/11/2007 21:25:39
Última alteração:24/10/2008 12:20:48



Há quanto que eu queria
Poder agradecer
Por ter tanta alegria,
Imerso no prazer
Da vida, dia a dia,
Imenso bem querer.

É teu aniversário
Por isso estou aqui,
Outrora solitário
Desde que eu conheci
Amor mais solidário
Que encontro só em ti

Meu passo bem mais forte,
Sem medos ou mentiras,
Num laço firme. A sorte
Já não cortando em tiras,

E em cada cicatriz
Que trago tatuada,
Eu sei que sou feliz,
Em mão abençoada
Da amiga que eu bem quis,
A minha doce amada...
Publicado em: 04/10/2007 17:25:31
Última alteração:27/10/2008 19:28:18



Desejo
Que tu sejas
Mais feliz
No teu
Aniversário
Relembrando
Os dias
Que tivemos
De alegria
Estrelas
Da esperança
Nos guiando...

Publicado em: 15/04/2008 22:06:07
Última alteração:21/10/2008 18:24:31



Um feliz aniversário
Eu desejo pra você
Tira poeira do armário
Quem no futuro já crê...
Publicado em: 17/06/2008 22:32:57
Última alteração:19/10/2008 21:03:47



No almanaque, o calendário
Eu marquei não me esqueci
Hoje é teu aniversário
E por isso estou aqui.

Publicado em: 20/08/2008 19:37:55
Última alteração:19/10/2008 20:25:49



Um feliz aniversário
Te desejo minha amiga,
Já marquei no calendário
Esta data em que se abriga
A alegria, e o bom prazer
Que nos ajuda a viver...
Publicado em: 28/08/2008 13:11:28
Última alteração:17/10/2008 14:22:57



Quanto é bom poder cantar
Nesta data tão querida,
Só te posso desejar
Todo amor que sei da vida,
Parabéns por este dia,
Feito em paz, luz e alegria!

Publicado em: 01/09/2008 19:59:42
Última alteração:08/09/2008 19:02:32



Mais um ano se passando
Entre as chaminés do meu passado
E os shoppings do presente.
Quem sabe se na robótica do futuro
Ainda possamos ter a oportunidade
De desejar felicidades nos vários centenários
Prometidos aos que virão.
Mas devo te desejar um feliz aniversário,
Obviamente com todos os desejos
De riqueza, felicidade, saúde, etc e tal.
Seria estúpido se não o fizesse.
No teu caso seria mesmo falso.
És realmente, e falo sem pestanejar,
Uma das pessoas que me permite
Dizer que a nossa espécie estúpida
E egoísta ainda tem solução.
Houvesse na Terra mais pessoas
Iguais a ti, seríamos bem mais felizes, decerto.
Desejo-te não somente um feliz aniversário,
Mas uma vida feliz.
Embora todas as dores virão; com certeza.
Publicado em: 30/09/2008 15:59:41
Última alteração:02/10/2008 14:54:14


Feliz aniversário
Desejo quem adoro,
Sinceros os meus votos,
Por isso venho agora
A ti agradecer
Querida companheira
Por seres minha amiga
Que tudo nos pareça
Mais belo neste dia
Aonde uma alegria
Invade a nossa mesa
E traz de sobremesa
Amor que tanto quis.
Por isso é que feliz
No teu aniversário
Amiga eu comemoro
Com coração aberto.
Vencendo mais um ano,
Dos tantos que nos restam,
Amor foi soberano
E justifica a festa
Que a gente te deseja
Com toda esta alegria
Na data em que o amor
Pleno aniversaria...
Publicado em: 01/11/2007 17:26:52
Última alteração:26/10/2008 21:37:44



No concerto universal
Amizade é soberana,
Faz a vida sem igual,
Do carinho já se ufana

Quem tem amizade plena,
E por isso te agradeço,
Minha amiga, em cada cena,
Tu dás mais do que mereço.

É por isso que eu te digo,
Neste teu aniversário
Do carinho em que me abrigo,
Deste amor tão solidário.

Ofereço o meu presente,
Um amor que não tem fim.
Contigo eu irei contente,
Pois te guardo dentro em mim...
Publicado em: 29/09/2007 18:03:13
Última alteração:27/10/2008 19:30:16




Meus olhos tantas vezes já nevaram
Na busca de um carinho feito abrigo,
Apenas mil espinhos encontraram,
Distante dos pendores que persigo,
Porém aos olhos teus já se entregaram,
Deixando para trás qualquer perigo.
No teu aniversário, minha amiga,
Que a vida iluminada, assim prossiga...
Publicado em: 18/10/2007 17:25:26
Última alteração:27/10/2008 18:45:20




O tempo que é preciso e necessário
Não pára um só segundo, eu te garanto,
Percorro com meus olhos, calendário
E vejo nesta data tanto encanto,
Dizendo que hoje é teu aniversário,
Louvando em alegria, doce canto.
Guardado com carinho dentro em mim,
Falando deste amor que não tem fim.

Querida há tanto tempo que eu pretendo
Falar do sentimento que nos une,
Meus olhos de mansinho percorrendo,
Pensara que no amor eu fosse imune,
Porém de teus carinhos, já sabendo,
Eu sinto que esta data nos reúne
E diz, deste presente que eu ganhei
No dia em que, com sorte eu te encontrei...
Publicado em: 20/10/2007 21:10:12
Última alteração:27/10/2008 18:45:28



O tempo de viver se aproximando
No dia em que completas mais um ano,
O coração em festa se mostrando,
Comemorando amor que, soberano,
Em luzes vai aos poucos me inundando;
Distante de tristeza ou desengano.
A festa que fazemos; tão bonita
Que sempre, em nossas vidas, se repita!
Publicado em: 27/10/2007 10:43:05
Última alteração:26/10/2008 21:18:41



Um feliz aniversário
Desejar-te, agora, quero;
O passado calendário
Traz esta compensação
O meu abraço sincero
Do fundo do coração!

MARCOS COUTINHO LOURES
Publicado em: 03/11/2007 08:11:48
Última alteração:26/10/2008 21:37:36


Perceba nestes versos que eu te faço
Um canto em alegria benfazeja.
Benesses que me trazes; belo traço
De quem plena amizade sempre almeja
No teu aniversário passo a passo
Terás toda alegria que deseja
Minha alma em verdadeira comoção
Ao desnudar em festa o coração...
Publicado em: 15/11/2007 21:33:40
Última alteração:26/10/2008 20:54:03




Todo mundo está feliz
Neste dia de alegria.
Toda gente assim me diz
Da beleza deste dia.

Passarinhos a cantar
Uma flor no meu jardim.
Vieram para contar,
De mansinho para mim.

Que o menino mais levado,
Mais sapeca que eu já vi.
Um aninho completado
Que Deus o mandou pra aqui.

A mamãe está contente
O papai tá rindo a toa.
Vai dizendo toda a gente,
Que é essa vida é muito boa.

Lá do Céu um bom anjinho
Marcou no meu calendário.
Hoje é dia de carinho,
Seu primeiro ANIVERSÁRIO!
Publicado em: 04/12/2007 18:14:47
Última alteração:26/10/2008 20:59:09


Não vejo porque sofres tanto assim,
Sou teu e não percebes. O que faço?
Sozinho, neste mundo tão ruim
Eu perco meu caminho, passo a passo.
Se tudo desabou dentro de mim
A vida se perdeu sem teu abraço.
Percebo que não queres mais meus beijos.
Distante de teus olhos, meus desejos...

Felicidade encontro só em ti,
Morena deslumbrante; sempre pense
Em tudo o que te falo desde aqui;
Somente quem amou, no mundo vence,
Não diga que eu, distante, te esqueci,
Pois tenho o coração catarinense,
Jamais te esquecerei, bela morena,
Somente em tua vida, a minha é plena!


¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬

Um ex-governador, conhecido como grande executor de obras foi ao Vaticano receber a bênção do Papa.

Ao saber da presença do famigerado político, o Santo Padre mandou esconder todos os objetos de ouro e foi protelando a audiência.

Com a demora, o político ficou com uma vontade terrível de urinar e assim que o Papa apareceu a vontade estava insuportável.

Sua Santidade aproximou-se dele e, sem perder tempo, o político implorou:


-Por favor, querida que Vossa Santidade me abençoasse logo,pois estou com uma vontade danada de ir ao banheiro.

O Papa sorriu e falou ao ouvido do governador:

-Não se preocupa! Está vendo aquela estátua de São Pedro no fim do corredor?
Vá até lá e urine nela.

O político se assustou e perguntou ao Papa:

-Mas Santidade, como posso urinar no São Pedro?

O Papa então arrematou:

-Nada demais meu filho! Para quem fez tanta merda com São Paulo, um xixizinho no pé de São Pedro não é nada...
Publicado em: 04/04/2007 14:51:39
Última alteração:29/10/2008 18:05:57





Um gaitêro apaxonado
Pru móde virá simente
Cumo o rio na nascente,
Cum o gimido chorado

Vai viveno das parmada
Qui a vida dá sem tê pena,
Atrais da muié amada,
A mão da sorte que acena,

Mostra a cangáia da vida
Que tômbem adivertida,
Traiz a pranta da sôdade
Da missão a sê cumprida,
Aboiando a mocidade,
Já bem distante perdida,
Mais sabêno da amizade
Pulo Deus bem escurpida.

Sô cantadô di viola,
Dançano o cateretê
Coração puis na sacola,
Prá móde nóis aprendê
As lição qui a vida traiz,
Da vida vivida im paiz
Que de há munto satisfaiz
O caboclo que consiga,
Tê na vida, a boa amiga,
Cumpanhêra de jornada,
Qui junto co a passarada
Faiz o dia sê bendito.
Nas grilage da esperança,
Nas artura lá do cé,
É percizo tanta fé,
I tombêm uma aliança
Feita em mucha concordânça
Móde a vida resorvê.
Ansim andano cocê
É qui pude apercebê
Tanta aligria na vida...
Publicado em: 03/09/2007 21:23:13
Última alteração:02/11/2008 21:58:02


Um gesto um sinal
Um gesto um sinal
O corpo se esvai
E quando se trai
A sorte final,
Ausente degrau
O sonho já cai
E o nervo contrai
Caminho abissal,
Navego sem rumo,
E tanto me esfumo
Enquanto me faço,
Do todo que um dia
Pensara seria
Não resta um pedaço.
Publicado em: 23/05/2010 18:03:33


“Suporta-se com paciência a cólica do próximo”
Machado de Assis

Amigo eu quero dizer
Quem nem sempre é ter prazer
O valor duma amizade.
É feita no sofrimento,
Numa negra obscuridade
No meio deste tormento!

Amizade, companheiro,
É seguir o tempo inteiro,
Faça chuva ou faça sol,
É não sumir na fumaça
Não perder o girassol,
Compartilhar na desgraça!

Amigo é cabra completo
De todos, meu predileto,
Nunca deixa o mal crescer,
Amigo é quase que um anjo
Que Deus pode conceber,
Com certeza em bom arranjo...

Amigo não sai do lado,
E como dizia Machado,
Num momento inspirador.
A pessoa mais amiga,
Suporta, mesmo se for,
Uma dor, das de barriga!

Publicado em: 16/03/2007 14:18:31
Última alteração:30/10/2008 16:48:10



UM GRANDE HERÓI

Vários soldados conversavam num quartel, contando suas proezas.
O gaúcho enfatizava: “Olha aqui, tchê! Na minha primeira batalha, matei cinco inimigos.”.
O carioca sem perder o pique, esclareceu: “Pois eu, logo de primeira, matei uma dúzia, somente no pescoção!”.
O paulista, para não ficar pra trás, enquanto comia “dois pastel”, jurou que havia matado mais de cinqüenta inimigos, só com uma baioneta.
Como o mineirinho tivesse ficado em silêncio, os três perguntaram, ao mesmo tempo:
-E você, mineirinho? Quantos matou?
Já de saco cheio de ouvir tanta mentira, o soldado tirou um cigarro de palha, da orelha e respondeu:
-Eu? Eu não matei ninguém! Logo na primeira batalha, eu dei bobeira e morri!

MARCOS COUTINHO LOURES
Publicado em: 22/11/2007 12:45:29
Última alteração:29/10/2008 18:08:56



UM HOMEM PREVENIDO...
Se nem banho de chuveiro resolve a questão,
Tá faltando companhia na sua carroceria,
Sem nenhuma vergomha meu amigo;sexóloga indica:
passe no Sexy shop, lá tem cada mulherão!

SIMONE CONDE

De Sexy shop não entendo
Isto é muita modernice
Mas de chope vou bebendo
Conforme outro dia eu disse
Meu amor me prometendo
Desde a minha meninice;
Devagar obedecendo
Se eu forçar vira tolice,
Ela é virgem, tá dizendo
Se ela fala eu não desdisse
Mas um dia, até que aprendo
O caminho da bobice

Fica abaixo dos umbigo
Bem prus lado das virilha
Acertou num tem perigo
Com certeza é maravilha.
Mas enquanto isso eu não ligo,
Num precisa botar pilha
Qualquer dia até consigo,
Mas fugindo da armadilha
Prevenido assim prossigo
Só não quero filho ou filha...
Publicado em: 16/01/2010 21:31:07
Última alteração:14/03/2010 20:36:19


Um homem, um desejo // Que te busca

pelo seu corpo // querida, a noite inteira

percorro meus versos // esperançosamente

de amor!// ensandecido

Mara Pupin // Marcos Loures

Publicado em: 02/04/2007 20:01:01
Última alteração:28/10/2008 06:07:26



Um homem, uma mulher...// Sonhos distintos

Espetáculo de corpos// Desejos iguais,

unos em amor// caminhos confluentes;

eterno!// amor...

Mara Pupin // Marcos Loures
Publicado em: 23/04/2007 22:08:53
Última alteração:28/10/2008 06:04:38



Um jovem salvou o mundo, e você salvou um jovem.
96

Mote

Um jovem salvou o mundo, e você salvou um jovem.

Por ter o amor mais profundo,
Do Cristo, os atos comovem,
Ele, jovem, salva o mundo,
E você? Salvou um jovem?

Marcos Coutinho Loures

Cristo tantas nos ensina
Com carinho e com amor,
Mas debaixo da cortina,
Vende a palavra, o pastor...
Publicado em: 20/11/2008 15:23:46
Última alteração:06/03/2009 17:06:42




Receba este meu verso como alarme,
Espero que me escutes. Já cansamos.
Não posso permitir que se desarme
A sorte com a qual tanto sonhamos.
Nos dias tão difíceis que enfrentamos.

Chega desta hipócrita palavra
Atreves e ninguém pode contê-lo.
Levanta da cadeira! Secas lavra.
Haverá outro canto a recebê-lo,
Espécie de canalha em profusão.
Irando quem persegue a liberdade,
Roubando uma esperança, uma ilusão,
Ousando inda manter tranqüilidade
Sarcástico vampiro em falsidade!
Publicado em: 11/10/2007 17:25:33
Última alteração:30/10/2008 11:43:14



UM MENINO COMPORTADO
Faz bagunça e não se cansa,
Corre a casa sem parar,
Nos olhares da criança
Vejo a luz sempre a brilhar.
Diz o pai emocionado:
-QUE MENINO COMPORTADO!
Publicado em: 28/08/2008 13:24:04
Última alteração:17/10/2008 14:23:23



UM MENINO ESPERTO
O menino joga bola
Solta pipa e rodopia,
E quando chega na escola,
Aprender! Quanta alegria.
A mamãe diz, já sorrindo
- COMO ESSE MENINO É LINDO!
Publicado em: 28/08/2008 13:21:37
Última alteração:17/10/2008 14:23:18





Um mineiro atrás de um queijo
Não vê mais nada na frente
Mas se ficar sem teu beijo,
Num minuto estou doente...
Publicado em: 04/03/2008 22:46:41
Última alteração:22/10/2008 15:18:20



um mineiro de verdade
gosta muito deste beijo
mas pra ter felicidade
é comer um pão de queijo...
Publicado em: 16/01/2010 22:21:19
Última alteração:14/03/2010 20:35:38



Só tenho um minuto pra falar
Cartão já está pra terminar
Se a gente quer na vera separar
Espera boto outra em seu lugar;
Viaja o pensamento devagar
E tudo que encontrei eu tenho lá
Vontade de partir e de ficar
Sossega se não começo a chorar
Assim este cartão amor não dá.
Preciso o esqueleto balançar
Dançando a noite inteira sem parar
Amor quando demais me falta o ar
A arara arando arado arará.
Sem ririririri nem rararará
Siri nunca foi fácil de pescar
Seria o que não fosse se forçar
Sei lá do lararará lara lara
Arararararararararararararar
O cartão acabou de terminar
Graças a DEUS...
Publicado em: 15/08/2008 15:40:36
Última alteração:19/10/2008 20:39:03



UM NOVO AMANHECER

Por mais que as noites sejam transtornadas
Por mais que a vida mostre dura e cega,
Não deixe de sentir nas alvoradas
A luz que se aproxima e não se nega
Dourando em seu calor novas estradas
E os mares onde um barco já navega
Buscando uma alegria feita em cais,
Deixando a dor da ausência para trás...
Publicado em: 10/11/2007 10:16:00
Última alteração:24/10/2008 15:04:07



UM NOVO AMOR /

Um alvoroço pela mente agora
Já nem consigo mais pensar direito
O que fazer então minha senhora?

A esta dor que invade o meu peito
Disfarço num sorriso - entretanto -,
Os olhos não disfarçam seu efeito...

Mas tudo bem eu já não tenho tanto
Aquela depressão que se aprofunda
Por isso mesmo vou lutar portanto...

Não quero mais a loa moribunda
Eu quero ver a vida mais brilhante
Pois não aguento a alma nessa funda

Tristeza que me toma num instante
O que eu preciso é caminhar apenas
Pois me espera as luzes adiante...

A vida que eu sonhara, em duras penas,
Transforma-se em total insanidade,
Quem dera se tivesse horas amenas,

Teria, neste amor, felicidade.
Mas vejo tão distante esta esperança,
Amor que eu desejei, falo a verdade,

É feito como um sonho que me alcança,
Beijando a minha boca com vontade,
Tramando um novo amor em aliança....

GONÇALVES REIS
MVML
Publicado em: 28/08/2007 16:10:06
Última alteração:05/11/2008 12:52:26



Ouvir o teu lamento, cara amiga,
Que é feito em desencanto, descontente.
Permita que eu te fale, que eu te diga
De tudo que bem sei, já se pressente.
Ternura que se foi, há tempo, antiga,
Resiste no teu peito, impertinente.
Matando esta lembrança do passado;
Passo importante saiba que foi dado...

Perceba que o perfume não mudou,
As rosas rebrotaram, esperanças...
Apenas um espinho que sobrou
Deixado nos armários das lembranças.
A roupa envelhecida embolorou
Não merece de ti tantas fianças.
Refaça tua vida dos escombros,
Eu te ofereço sempre amigos ombros...




Um pedido... // Não me negue

Por mais uma noite//O teu carinho

sentir seu cheiro// delicioso,

em mim...// minha amada...

Mara Pupin // Marcos Loures



Publicado em: 31/03/2007 15:52:43
Última alteração:28/10/2008 06:08:19



UM PERNILONGO...


Mosquito perturbando nunca pára,
Pousando em minha perna, minha orelha,
A minha paciência estou perdendo,
Preciso me livrar deste pentelho.
Um pescoção e nada, ele fugiu,
Atiro o meu sapato, mas errei.
Pior é a cantinela em tom agudo.
Zumbindo o tempo todo em meu ouvido.
Tem horas que eu queria ser um sapo!
Publicado em: 13/11/2007 20:08:05
Última alteração:26/10/2008 19:26:45



Um retrato do Brasil 1989


Quem não me levem a mal,
A nossa crise é moral,
Falta vergonha na cara!
Como pouca gente presta,
Cada vez fica mais rara
A esperança que nos resta!

Já não suporto mais greve
E digo, para ser breve,
Com tudo mesmo eu implico!
Tudo pára, no País,
O rico fica mais rico
E o povo, mais infeliz!

Não existe segurança!
Bandidos na maré mansa,
Têm o melhor e mais belo!
Pra ser fiel nesta luta,
Prendem só pé-de-chinelo,
Preto, pobre e prostituta!

Quando a empresa quer aumento,
Na comida, no alimento,
Promove logo um boicote;
Tudo some, volta e meia
E de tanto dar pinote,
Ninguém vai para a cadeia!

Para o imposto que se paga,
Parece mesmo uma praga,
Outro tanto é sonegado;
Em tudo, passam a perna
Nossa riqueza é roubada
E aumenta a dívida externa!

O Zé Povinho anda bravo
Pois trabalha, como escravo
E é tratado, como gado;
Não há dinheiro pra nada,
Todo o tesouro é roubado
Da Nossa “Serra Pelada”.

Eu apelo para Cristo
Se, por acaso, um ministro,
Outro ministro cutuca.
Um acusa: ele é ladrão
E, se por acaso, ele retruca,
Vejo que os dois têm razão!

Nosso povo anda doente
Nem mesmo tratar de dente
E nem comer, ele pode;
Meu Deus, quanta safadeza!
Não sei porque não explode
A revolta da pobreza!

A cada dia que passa,
Maior fica esta desgraça
E maior o sofrimento!
Mas que conto do vigário:
O tal do congelamento,
Congelou o meu salário...

O bom cabrito não berra,
Já dizem na minha terra
Mas isto não me consola!
Enquanto a gente trabalha,
O governo entra de sola
E a todo mundo atrapalha!

No Congresso, quanta asneira
Há gente que, a vida inteira,
Nunca soube o que é trabalho!
O operário se consome
E vive de quebra galho
Para não morrer de fome!

Gente dos anos sessenta
Que o povo não agüenta
Só pensa mesmo em voltar...
Aí também é demais!
Vamos todos sepultar
Esses maus profissionais!

Ao chegar as eleições
Candidatos trapalhões,
Vão para a mídia, de novo;
Esta sandice me mata
Eles querem- diz o povo-,
É perder a mamata.

Mas pra dizer a verdade,
Onde há tanta falsidade,
Deve existir exceção!
O meu voto é de protesto;
E escolho, nesta eleição,
O que não for desonesto!
Publicado em: 01/12/2006 13:07:12
Última alteração:01/12/2006 13:07:47

Marcos Coutinho Loures


Um sabiá laranjeira
Já sabia, eu te garanto
Tua boca é feiticeira
Cada beijo, um novo encanto.
Publicado em: 04/03/2008 22:16:50
Última alteração:22/10/2008 15:08:14


UM SIMPLES ARRANHÃO?


Essa quem me contou foi o Dr Igor Areas, um dos maiores irmãos que a vida me deu.
O fato ocorreu em Bom Jesus do Itabapoana num daqueles plantões arrastados em que o pinga-pinga de pacientes ocorria em absoluta harmonia com a chuva que caia mansamente há horas.

De repente houve um acidente provocado pela chuva associada com a bebida.

Uma colisão terrível entre um automóvel e um caminhão.

Obviamente o carro levou a pior e, como costuma acontecer nas madrugadas de todo o país, um casalzinho fazia uma festinha particular num motelzinho na beira da estrada.

inebriado pelo álcool e pelas curvas da bela morena, o rapaz não percebeu a carreta que vinha em direção contrária.
O beijo foi terrível.

A moça foi esmigalhada e o cadáver estava irreconhecível, todo estropiado.

Mas o que chamava a atenção do Dr. Igor era a agitação que tomava conta do rapaz que tinha escapado praticamente ileso do acidente, como que por milagre.

Ele chorava copiosamente e a todo momento maldizia a sorte.

Igor, comovido com as manifestações de desespero tentou consolar o rapaz.

- É amigo, a vida é assim mesmo. Mas você é novo e pode se casar de novo.

Surpreendentemente, o jovem olhou para o nosso querido amigo e disse:

- Doutor. O senhor tá achando que eu estou chateado pela morte daquela quenga, vadia?

Aí, no mesmo instante Igor se irritou ao ver a frieza do rapaz.

- Pô! Você dirige bêbado, bate com o carro, mata a menina e ainda fica lamentando os arranhões? Agradeça a Deus e siga adiante.

- Agradecer o quê? A minha vida acabou! É que o senhor ainda não teve tempo de ver direito e tá achando que só foram arranhões. Vai ver o que está na boca daquela puta!
Publicado em: 16/11/2007 10:26:25
Última alteração:29/10/2008 18:09:15


UM SINAL DE RESPEITO?
Mote

Se barba fosse sinal de respeito, bode não seria chifrudo.

Eu digo, sem preconceito,
Pois eu também não me iludo;
Se barba desse respeito
Bode não era chifrudo...

MARCOS COUTINHO LOURES

Companheiro, com certeza
Isso é muito verdadeiro,
Um chifrudo que se preza,
Se conhece pelo cheiro.
Publicado em: 19/11/2008 13:10:26
Última alteração:06/03/2009 19:02:



UM SONHO DE AMOR

Tenho em minha alma uma tristeza atroz,
Que vem cortando todo o meu sorrir;
Sou como um grito de animal feroz
Que à presa incauta faz correr, fugir!

Tenho, no peito, a sufocada voz
Dos sonhos que ‘inda vivo a perseguir;
Sou como o rio que, chegando à foz,
Ao mar revolto tenta resistir!

Trago comigo uma saudade bela
De tudo que guardei e pus num cofre...
Sou como a chama que consome a vela,

Difundindo no redor, luz e calor!
E, neste mundo em que minh’alma sofre,
Eu sou um sonho que se foi, de amor...


Maria Feijó
Marcos Coutinho Loures
Publicado em: 04/08/2007 09:08:23
Última alteração:30/10/2008 16:23:17




Almas
Unas
Ânima
Única
Unidos
Aos mesmos
Credos
E enredos.
Cedo
Concedes
Sendo
O que pedes
Nada impede
O amor que se quer.
Queres querências
Mera aparência
A gente não é.
Sés e altares
Luzes luares
Hera e parede.
Sede sacia
Na boca
O rocio
Vicia
E quer mais....
Publicado em: 13/05/2008 21:04:22
Última alteração:21/10/2008 14:37:51



Dançando nesta noite, o tempo inteiro.
Nas noites do verão de uma existência;
O riso permanente e companheiro

No teu gesto mais brusco, impaciência
O tempo passará num verdadeiro
Martírio que jamais terá clemência...

Os olhos da menina se embaçaram,
Tuas pernas cansadas sem a dança
Os dedos carinhosos maltrataram
Matando o que se fora uma esperança

De toda uma mudança que não veio
Da noite que não trouxe uma alvorada.
A mão que deslizava sobre o seio
Encontra este vazio, o quase nada...

Apenas te restando um paraíso
Guardado no verão, em teu sorriso...
Publicado em: 05/05/2007 10:30:26
Última alteração:30/10/2008 15:25:40



No meu sonho delirante
Os teus braços nos meus braços
Num maravilhoso abraço
De beleza estonteante.

A tarde já traz a lua,
Plenilúnio em fantasia
Ao por do sol morre o dia,
A beleza continua.

Os nossos corpos salgados
Entrelaçados, se fundem.
Noite e dia se confundem,
Nos olham, emocionados...

A beleza delirante,
Traduzida no prazer,
Dá vontade de viver,
E morrer ao mesmo instante!
Publicado em: 05/12/2006 21:21:16
Última alteração:30/10/2008 18:16:32





Quem dera se a brisa
Lograsse tal êxito.
Pudesse perfeita
Trazer-te o deleite
Que o vento mais forte
De um nobre formato-
Teus sonhos, traduzem.
Porém da ventania
Que esperas, nada vem,
Senão o lusco fusco
Das palavras soltas,
Tontas e revoltas.
Frágil sopro.
Nem grácil, nem ágil,
Apenas insosso.
Publicado em: 17/06/2008 20:46:29
Última alteração:20/10/2008 01:15:23




Um sorriso // Um encanto

sem palavras // me faz perceber

revela // minha alma

meu amor // em sentimento


Mara Pupin // Matheus


Publico em homenagem à grande amiga MARA PUPIN e seu filho e parceiro MATHEUS.

Publicado em: 28/03/2007 16:49:51
Última alteração:28/10/2008 05:48:09



Um sorriso no teu rosto,
Paraíso procurado,
Coração ficando exposto
Quando andamos lado a lado...

Publicado em: 28/08/2008 09:01:20
Última alteração:17/10/2008 14:21:04



Se alguém está tão cansado que não possa te dar um sorriso, deixa-lhe o teu. Provérbio chinês

Eu sei que estás cansada desta vida...
Tantas dores mataram teu sorriso
O mundo te negou o paraíso,
A sorte que querias, vai perdida...

Aquele que sonhavas foi embora.
O dia prometido nunca veio.
Deixando o teu olhar a esmo,alheio...
A dor mais violenta já se aflora.

As promessas e enganos te levaram
Aos mais distantes campos da existência
Onde a dor se assomando sem clemência
Teus sonhos nos amores naufragaram...

Adormeces sozinha, sem ninguém,
E pensas que esta vida já se esvai..
Pensaste ser feliz, a noite trai
E nunca mais será a do teu bem...

Vestida de viúva, guardas luto
Em mortalha sofrida e sem encanto,
Teus olhos sempre vertem-se no pranto
O vazio da noite, é sempre bruto.

A máscara dorida da saudade
Está tomando o rosto de quem ama.
Não resta nem sequer faísca e chama
A morte te promete lealdade...

Não posso te dizer quase mais nada,
A não ser que estarei sempre contigo,
Eu tento proteger-te do perigo,
Da dor que sempre traz a madrugada.

Amiga, minha amada te proponho
Um dia mais feliz de mansa lua
A vida não se acaba, continha
Embora teu tormento mais medonho.

Se não posso trazer-te o paraíso,
Se não posso fazer-te mais feliz,
Eu te darei, ao menos, mais gentis
Sonhos. E, se quiseres, meu sorriso!
Publicado em: 23/11/2006 15:38:36
Última alteração:31/10/2008 01:57:36



UM SORRISO..

Chegara de manhã do trabalho e como não havia ninguém esperando, resolveu se deitar.
No silêncio absoluto, começou a rever cada momento de sua vida.
A infância sofrida, sem muitas esperanças mas de alegria farta.
Carrinhos de rolimã, bolas de gude, futebol com bola de meia, meias verdades e ameias, minas esquecidas...
O tempo passa e não deixa nada além de pequenos flashs.
Ainda bem.
Senão ia ser difícil continuar.
Continuo de uma empresa, continuando o sonho e a luta, até certo ponto vencedora.
Conseguira, depois de muitos anos, um emprego num hospital.
Noites e noites.
Sangue, mortes.
Sem nada mais a fazer, dormia.
Dormia, cansado, das noites e das mortes.
O menino, de repente, acordara lá do fundo.
Revirara o baú, levantara; o chamara para soltar pipa, brincar de pique.
Sorriu.
Foi bom assim.
Pelo menos o sorriso aliviara um pouco a tensão dos familiares.
E das visitas, vistas afinal na casa.
Ah! Em tempo.
O féretro sairá da capela principal às 16hrs.
A família, consternada agradece os votos.
E o sorriso, último companheiro.
Esse ele levou para a eternidade...
Publicado em: 07/01/2007 15:22:05
Última alteração:07/01/2007 16:23:29



UM TIRO QUE NÃO SAIU PELA CULATRA


João Polino, muito conhecido lá pros lados de Ibitirama, ou mais precisamente, no distrito de Santa Martha, aos pés do Pico da Bandeira, traz no seu currículo uma rápida, mas marcante passagem como treinador de futebol.
O fato se deu no início dos anos 50 e, como sabemos o Brasil recém derrotado na Copa do Mundo, em pleno Maracanã, vivia uma “ressaca” futebolística.
Lá em Santa Martha não era diferente e, João Polino, como bom brasileiro era um bom palpiteiro, o que o credenciara para ser o treinador do time local.
Haveria, em Alegre, um campeonato distrital e o time de Santa Martha não era tido como um dos mais favoritos, porém tinha no banco o “melhor treinador do Sul Capixaba”.
O time estava até que em forma, exceto o goleiro, conhecido como Pedro Gambá, por motivos meio que óbvios.
Pedro bebia muito, mas, quando não estava embriagado, ainda era o melhor goleiro da região de Santa Martha, sendo conhecido como “Mão de Gato”; isso quando sóbrio.
Nos treinamentos, ele fechava o gol, abstêmio que se encontrava, pelo fato de estar namorando firme uma das meninas mais desejadas de Santa Martha, Laurinda; mais conhecida como Lindinha.
Na estréia do campeonato, o jogo era contra Pedra Roxa e, por causa de uns entreveros pessoais com um pessoal pedraroxiano, João Polino tinha aquele jogo em conta de “honra pessoal”.
Bem na hora da partida, eis que surge o Mão de Gato; na verdade mais para Pedro Gambá do que nunca.
Os jogadores, com medo das reações do treinador do time, ocultaram o fato a João Polino que, sem perceber que o goleiro estava mais bêbado do que nunca, deu as últimas coordenadas ao time.
Para espanto de todos, na “arquibancada” improvisada, Lindinha estava no maior bate-papo com Zezinho do seu Paulo; rapaz meio janota e, portanto, tido como “aviadado” pelos invejosos concorrentes.
O jogo começa e, com menos de 10 minutos, Pedro já tinha iniciado a série de frangos que faria inveja a uma granja, o placar já contabilizando 3 a zero para Pedra Roxa.
Ao se completar a primeira meia hora e, com o jogo já em 8 a zero para a equipe visitante, João Polino, de súbito se levanta e...
Para o susto de todos, saca o revólver e dá um tiro em direção à bola, atingindo-a em cheio, evitando assim o nono gol do time adversário.
Só que, ao atingiu a bola, a bala passou de raspão na mão do pobre Mão de Gato.
Nesse interem, meio que arrependida, meio que assustada, Lindinha invade o campo e se dirige para o amado, ferido de raspão, mas, feliz da vida.
A flecha de cupido salvou o pobre bêbado, na pequena ferida real e no grande ungüento salvador.
O mesmo não podemos dizer do CUPIDO, que teve ali sua “brilhante e promissora” carreira encerrada.
Como não poderia deixar de acontecer, foi o padrinho do casamento de Pedro e Lindinha e, se não me engano, o filho mais velho do casal se chama João, só não sei se é Polino...
Publicado em: 28/11/2007 11:37:12
Última alteração:29/10/2008 18:08:29




Por mais que eu busque explicações, não consigo entender porque o destino é tão cruel para com algumas pessoas, trazendo-lhes, sem nenhum motivo, dor e sofrimento sem fim...

Este é o preço que pago, por ter amado aquela mulher!
Tudo fiz para ser digno daquele amor; mas ela, indiferente aos meus apelos, partiu com outro, desprezando os meus sentimentos...

Os sonhos que sonhei talvez fossem altos demais, agora eu sei, não tive como evitá-los, pois o coração apaixonado não se deixa domesticar.

De nada valeram os esforços que fiz para conquistar seu amor e, por isso, me condeno, embora não tenha conseguido esquecê-la, tirando-a da minha vida, como seria esperado.

Apesar de tudo o que ela me fez, encontro uma forma de recordar aquele amor e, ao me sentir abraçado pela solidão, minh’alma se entristece e sombras de revolta cobrem meu coração.

Nas longas serenatas que ainda faço, abraço o violão, único amigo que restou e me lembro dela, voltando a sonhar com o seu amor, imaginando que a brisa possa levar a ela as queixas que trago no peito.

Doce ilusão que embala meus sonhos impossíveis e que explodem em nossa canção de amor.

Na canção que, um dia, eu lhe dediquei para confessar toda a mágoa que tive, ao perdê-la, apesar de tudo.

Marcos Coutinho Loures
Publicado em: 08/02/2007 15:57:28
Última alteração:28/10/2008 10:39:35



Um trovador que se preza,
Vendo o sol, procura a lua,
Se o amor já me despreza
Esperança continua...
Publicado em: 13/08/2008 12:23:35
Última alteração:19/10/2008 19:54:26




A ti querido mestre toda honra
És uma máquina de sonho e poesia
Fantástico fabrica tantos sonhos
E versos que nos levam a outros mundos
Seu universo imenso as galáxias
A mente que não pára um só minuto
As mãos que parindo versos e sonetos
No coração só pulsa as palavras
Contigo essa viagem não termina
Tristeza sempre foge, elimina
Envolves e seduz com todo charme
Humilde professor entusiasta
Mereces mestre, todas homenagens

GONÇALVES REIS


MUITO OBRIGADO QUERIDO AMIGO, FICO EMOCIONADO COM ESTA HOMENAGEM.
Publicado em: 24/11/2007 08:06:51



UM TÚMULO ESPECIAL
Aquele deputado, famoso pela megalomania, pediu à sua assessoria que lhe comprasse um túmulo para que fosse nele enterrado, mas que fosses um de gente famosa, conhecida no mundo inteiro.

Um dos assessores após longas consultas sugeriu o túmulo de Gandhi e o deputado reagiu:

- Não me serve o de Gandhi! Ele, em vida, fez vários votos de pobreza e pobre me dá alegria, mesmo depois de moro!

Um outro assessor sugeriu:

- Talvez Vossa Excelência prefira comprar o túmulo de João Paulo ii.

Imediatamente, o deputado respondeu:

- Esse também não serve pois não representa a pluridade de votos que eu sempre tive.

Um terceiro assessor, mais instruído e com amplo conhecimento de causa, explica:

- Existe um túmulo vazio, objeto de grandes disputas religiosas, mas deve ser muito caro.

- De quem é?

- De Jesus Cristo, responde o assessor.

Com os olhos brilhando, o deputado aprova a idéia e ordena:

- Parece-me muito bom! Entrem em contato com os responsáveis pelo túmulo e falem do meu interesse. Mas exijam um bom desconto, pois como sabem, só pretendo ficar ali por três dias...

MARCOS COUTINHO LOURES
Publicado em: 08/04/2008 17:00:31
Última alteração:21/10/2008 18:13:20



UM VASO VALIOSO


Edson Siqueira Lima grande médico de Espera Feliz, amigo e companheiro, bom contador de histórias, me falava das circunstâncias que cercaram o credenciamento do Hospital de Espera Feliz pelo INAMPS.

Havia um atendente de enfermagem no Hospital, cujo nome me declino de citar, sujeito muito prolixo e famoso por suas “tiradas” muitas vezes geniais, principalmente nos relatórios de plantão; verdadeiras peças de literatura.

Uma simples briga de marido e mulher transformava-se em uma novela melodramática, com as descrições das lesões superpondo-se aos relatos dos partícipes e testemunhas do entrevero.

Pois bem, era necessário que o Hospital obtivesse uma pontuação mínima para que fosse credenciado; tudo bem, mas a auditoria classificatória para tal credenciamento, por tanto tempo adiada foi, mercê do atraso nos correios, comunicada na véspera de ser executada.

A chegada de tal comunicação levou todo mundo a polvorosa; já que não daria tempo para completar alguns itens que estavam faltando.

Quando os auditores chegaram, esse enfermeiro, loquaz e simpático, começou a falar, não deixando nem o Diretor Clínico, o próprio Dr. Edson abrir a boca.

E foi um tal de cafezinho pra cá, aguinha gelada pra lá, simpatia distribuída a torto e a direito.

Lá pelas tantas, começa o nosso herói a mostrar os equipamentos exigidos pelos auditores, “Essa é a maca do pronto socorro, espera um pouco, Dr. Edson, leva os moços para conhecer o aparelho de RX”.

Edson sem saber nem o porquê tanta solicitude, levou os auditores ao RX, ao retornar a mesma maca, porém com um lençol diferente era apresentada como a “maca do Centro Cirúrgico” e assim foi.

A cada coisa apresentada, multiplicava-se por muitas, a cadeira de rodas velha e abandonada, nessa altura do campeonato já tinha sido mostrada 3 vezes, cada vez com uma nova vestimenta.

Tudo muito bem, tudo muito bom, mas no final dessa averiguação, faltava meio ponto para completar o total necessário para o credenciamento.

Os auditores, após discutirem muito e não aceitarem nenhum tipo de proposta, já estavam se retirando quando, lá do meio do corredor do Hospital surge o nosso enfermeiro escritor, com um VASO DE FLORES NA MÃO.

“Hei, esse vaso não merece meio ponto não?” arriscou.

Os auditores ou por cansaço ou pena por tal esforço sobre humano de agradar, aceitaram o vaso, e deram-se por satisfeitos, credenciando o Hospital.

Alegria à parte, Dr. Edson, com sua matreirice de sempre perguntou de onde havia surgido tal vaso de flores, ao que o nosso amigo, mais que prontamente esclarece o mistério.

Ao levantar o “vaso” é que se reparou que o mesmo não passava do cesto de lixo, com um pano à volta, já as flores... Com certeza o defunto que estava na capela esperando o sepultamento não iria reclamar os galhos de cravo e margaridas retirados às pressas...
Publicado em: 03/11/2007 13:54:50
Última alteração:29/10/2008 14:31:22




Não deixe que amizade decomponha-se
Num ato tão insano se destrói,
Não sabes meu amigo, o quanto dói
A perda tão cruel de uma amizade...
Bem mais do que perder um grande amor,
Que noutro amor renasce plenamente.
Quebrando assim as asas do condor,
Inepto a atravessar um continente.
É mergulhar sem asas, para quedas,
É ter que atravessar a noite escura,
Sem ter sequer os mansos da ternura
Os olhos do farol que, tonto, vedas...

Amigo não se encontra a qualquer hora
Nem mesmo nas esquinas e botecos,
São vozes que em tua alma encontram ecos
É braço que te acolhe a qualquer hora.

Por isso não permita a insanidade
E lute p’ra manter uma amizade...

Publicado em: 28/02/2007 18:33:31
Última alteração:30/10/2008 18:28:41



Amor que fraternal traz amizade,
Permite um novo canto mais feliz.
Vibrando nosso amor em liberdade,
Da vida me tornando um aprendiz.
Pretendo conhecer felicidade,
Cantando uma emoção que sempre diz
Do quanto é necessário ter, amiga,
Um braço que mais forte nos abriga...
Publicado em: 27/10/2007 16:02:07
Última alteração:26/10/2008 19:27:46



Adoro lombrigas
E vermes em geral.
Verdadeiras amigas
Do trato intestinal...
Não é trova
Nem trovisco
Falta métrica,
Mas infelizmente
Nos tempos modernos
São minhas usuais companheiras,
Embora traiçoeiras
Não me matam,
Apenas se aproveitam,
Assim como as maiores
Amizades que encontrei...
Publicado em: 16/01/2010 11:55:30
Última alteração:14/03/2010 21:06:58



Um pássaro sozinho que voava
Em meio a roseirais, vago e tristonho,
Espinhos e torturas encontrava
Invés da magnitude em belo sonho.
Uma alma sem destino, um passarinho
Que busca por recanto em manso ninho.
Publicado em: 08/04/2008 12:45:38
Última alteração:21/10/2008 18:12:26



Amar
A cada instante
Incensos e promessas
As armas
E as palavras
Lavradas em meu peito
Arando um gosto doce
Da fruta que virá
Depois de ter granado
Em gomos de esperança.
Somando o quase tive
Com o tentei bastante
Encontro num instante
Respostas que buscava
Na lava incandescente de teus olhos
Faróis que me indicam
O rumo desejado...
Vencer os meus pavores
Deixando para trás
O quanto não sabia
E nem sequer pensara.
Na boca escancarada
O beijo delicado
E voraz das paixões...
Publicado em: 05/01/2009 08:31:41
Última alteração:06/03/2009 12:36:41


UMA AMIZADE BASTARIA

Vivendo num palácio sem pudores,
As gralhas esquecidas sugam sangue.
Olhos esfomeados, lutos, dores...
O perfume emanado, lembra mangue,
A praça não cabendo esses atores.
Nas mãos estropiadas trazem flores...

O rosto macilento das crianças,
Suas mãos estendidas pedem pão...
Disfarçam pois não querem nem lembranças,
Companheiros dormindo o mesmo chão...
Adormecidas sobram esperanças,
Por sobre essas cabeças, setas, lanças...

As gralhas ao passar, tampam nariz,
O cheiro da miséria contagia.
Quem passa pela vida, um aprendiz,
Já sabe muito bem de tal sangria,
Mas outro que percebe e nada diz,
A vida representa ser feliz...

Nas mãos contaminadas pelo lixo,
Nos vermes devorando tudo, aos poucos...
Não são pessoas, quase lembram bicho,
Os olhos tresloucados, todos loucos...
O mundo se apresenta como um nicho,
Sua alma carregada, carrapicho...

A fome que parece hereditária,
Não deixa nem sequer pedir licença,
Nas mãos que se sangraram, alimária,
O crime parecendo recompensa...

Nas ruas um veneno,
Nos olhos sem segredo,
O mundo é bem pequeno
Viver é um degredo!!!

Onde estarás meu Pai? Que não vê isto!
Crianças vão pedindo por clemência!
Adiantou acaso mandar Cristo?
A fome não espera paciência!

Seus filhos esquecidos na sarjeta
A podridão devora tudo enfim,
Me mande tantos raios, seu cometa,
Rasgando, a tempestade dentro em mim...

Não posso concordar com tal vergonha,
A vida não merece essa desgraça..
O dedo na ferida, venha, ponha,
Não posso conceber tanta falácia!

O sangue já sem tinta desta gente,
Sua cama estendida no chão duro...
Amar é necessário e mais urgente...
Precisamos resgate, dar futuro...

Os olhos dessas gralhas canibais,
Não podem nem aceitam tal verdade,
Os homens sempre foram animais,
Escolhem, encobrindo tal maldade...

Meninos vão brincando nos esgotos...
As almas são lavadas pela merda...
Os risos traduzindo perdigotos,
O corte mais profundo tanta perda...

Depois de certo tempo, a mesma história.
As gralhas nunca deixam nem migalhas,
A cachaça embotando sem memória,
Maconha e cocaína, filhos gralhas...

Restando assim somente a podridão,
Cadáveres jogados nas chacinas...
Recendem no perfume, o coração,
Das gralhas, suas almas, fedentinas...

Onde estarás, meu Deus?
Por favor, eu te espero!
Secai os olhos meus!
O medo, desespero!

Essas gralhas são famintas,
Não perdoam nem centavos...
Desse sangue bebem tintas,
Açoitantes acham bravos,
As bravatas que proferem,
Esses vermes que a querem!

Nos seus carros importados,
Nos seus olhos protegidos,
Fingem nem olhar pros lados,
Nos seus sonhos corrompidos,
Nas viagens esperadas,
Nas suas portas fechadas...

No sorriso de deboche,
Na marca triste e profana,
Ouro carrega no broche,
Sonhos de riso e de grana,
Nas peles falsificadas,
Nas suas portas fechadas...

Na exploração do faminto,
Nos seus lucros infindáveis,
Nos porres do mesmo absinto,
No sangue dos miseráveis,
Nas orgias preparadas.
Nas suas portas fechadas...

Os meus olhos embaço e tento ver
Em meio a tanta dor, uma saída...
Minha felicidade sem porque,
Uma sombra acompanha a nossa vida...
Nos lixões da cidade, exposta a fome,
A alegria envergonha-se, vai, some...

Guardado no meu canto, minha cama,
O olhar dessa pobreza e da miséria,
Uma gralha empombada não reclama,
Cidade adormecida, finge séria...
Do outro lado da rua, na calçada,
Adormece a menina abandonada...

Uma sombra abraçando a tal menina,
Um sorriso feroz, vil ironia..
Num canto apavorante, que alucina,
A noite envergonhada, quieta e fria,
Na penumbra percebo o sombreado,
Desse bico a sorrir, ensangüentado..
Publicado em: 28/12/2007 20:55:05
Última alteração:22/10/2008 21:23:54



Uma amizade imensa
Se faz a cada dia
Trazendo a recompensa
Imersa em alegria
De ter-se confiança,
Sem ter hipocrisia,
Uma perfeita aliança...

Por mais que seja triste
O nosso amanhecer
Sabendo que resiste
Tão bela de viver
Uma imensa amizade
Nos faz acontecer
Viver em liberdade...

Amiga nesse mundo
De tantas ilusões
A dor em que me inundo,
São tantas decepções...
Teu braço e teu carinho
Dando-me tais lições
Não me deixam sozinho.

Amiga, em teu regaço,
A vida vai mais leve...
Sem dor e sem cansaço.
Nesta emoção me leve
À paz que procurei.
De tanto amor que enleve
Minha amiga encontrei...
Publicado em: 26/01/2007 14:57:10
Última alteração:30/10/2008 18:30:00



Não pode ser seu amigo quem exige seu silêncio ou atrapalha seu crescimento

(Alice Walker)

Amigo não nos cala nem detém
Os passos necessários para a vida.
Uma amizade pura quer o bem
E sabe que crescer é a saída!
Publicado em: 03/04/2007 13:56:50
Última alteração:27/10/2008 19:00:17



Procurando nas clareiras,
Nas imensas cordilheiras,
Nos rios, nas corredeiras,
O que sempre procurei.
Enfrentando as fortalezas
Em todas essas bravezas
Levado por correntezas
Esperança naufraguei...

No meio das densas matas,
Descendo por cataratas
Cachoeiras e cascatas,
Nas tristezas mergulhei.
Desatando tantos laços,
Destruindo meus abraços
Nos carinhos mais escassos
Que, nesta vida encontrei...

Depois de tanta má sorte
Temendo meu rumo e norte
Sabendo dessa dor forte
Que me trai felicidade.
Encontrei porto seguro
Clareando o mundo escuro,
No sentimento tão puro
Desta sincera amizade!
Publicado em: 12/02/2007 11:07:02
Última alteração:30/10/2008 16:57:56



Amigos nós devemos ter guardados
Nos cofres da emoção, em nosso peito
Trancados bem a salvo das tempestas,
Somente assim irei mais satisfeito

Pois tenho na amizade uma esperança
De um dia mais perfeito, sem temores.
A vida nos mostrando em sofrimento
O quão são importantes tais valores.

Amiga, eu te agradeço e não me esqueço
Do sentimento nobre que nos une,
A sorte em temperança nos acolhe,
Contigo amiga irei, da dor imune....



UMA AMIZADE SINCERA


Uma amizade é mais que um sentimento,
É um pacto que fazemos pela vida.
Por mais que seja duro este lamento,
E a sorte se demonstre distraída,
O sonho se renova no momento
Cevado pela força concebida
Nesta união perfeita em dois seres,
Dividem irmamente os seus quereres.

Amiga nunca vai em solidão,
Tampouco se adianta numa andança
Ao lado na perfeita proteção,
Aonde o braço firme sempre alcança
Conhece o bom sentido do perdão,
Espelha em seu amigo uma esperança.
Uma amizade feita em pulso forte,
Aponta com firmeza para o norte.

Por vezes, encontramos os problemas
Comuns do dia a dia, mas sabendo
Vencer com tanto apoio estes dilemas,
Palavras benfazejas recebendo,
Mostrando em nosso peito tais emblemas,
O mundo em segurança percorrendo,
Podemos já falar de uma amizade
Cuja base se faz sinceridade.

Nos dias em que a vida nos maltrata
Ao termos a certeza benfazeja
De quem em nó mais firme o futuro ata,
Podemos alcançar o que deseja
O coração sincero, e assim resgata
O sonho bem mais puro em que se almeja
Felicidade plena e tão sincera,
Trazendo eternidade em primavera.

Não deixe que isto morra, pois assim
Tu morrerás também a cada dia,
As flores que nasceram no jardim
Merecem bom cultivo em alegria.
Louvando esta esperança dentro em mim,
Encontro finalmente o que eu queria.
Uma amizade firme e verdadeira,
Permite que se encontre o que mais queira.
Publicado em: 21/10/2007 20:44:00
Última alteração:30/10/2008 11:41:54


UMA AMIZADE SINCERA
Uma amizade tão sincera determina
E na verdade eu sei jamais me pede.
Sabendo da alegria, fonte e mina,
Carinho feito apoio me concede.
Uma amizade pura e cristalina,
Percebe o quanto quer e nunca excede.
Por isso, minha amiga vou contigo,
Sem medo de enfrentar qualquer perigo...
Publicado em: 27/10/2007 11:51:59
Última alteração:24/10/2008 14:51:06

De tantos sentimentos que se viram
Tocando nossa vida com encanto,
Os olhos mais felizes descobriram
Nos olhos de uma amiga o claro manto,
Aonde os meus desejos repartiram
Conhecimento e ajuda contra o pranto.
Beleza que se mostra mais perfeita,
Duma amizade imensa sempre é feita...
Publicado em: 01/11/2007 15:51:22
Última alteração:24/10/2008 14:49:13



Uma amizade sincera
Vem trazendo uma certeza
De uma eterna primavera
Espalhando uma beleza.
Tanta alegria que gera
Nos ajuda na defesa
Contras as feras, emboscadas,
Iluminando as estradas.

Minha amiga nestes versos
Agradeço esta presença,
Embora às vezes dispersos
Sabe desta recompensa
Nos teus braços vão imersos
Não permitem que uma ofensa
Vil, maltrate. Uma amizade
É feita em sinceridade.
Publicado em: 03/11/2007 10:42:45
Última alteração:24/10/2008 14:48:47


Uma amizade sincera
Encarando a correnteza
Espalhando a primavera
Demonstrando esta certeza
Do amor que sempre gera
Para nós tanta beleza
Os meus versos, na verdade
Enaltecem a amizade!
Publicado em: 04/11/2007 22:33:08
Última alteração:24/10/2008 14:48:43


Encontro nos teus versos tal beleza
Que deixa emocionado o coração.
Eu quero que tu tenhas a certeza
De toda esta alegria, da emoção,
De ter tua amizade; pois, Teresa
Traduz em poesia, perfeição!

PARA TERESA CORDIOLI, POETISA ÍMPAR E AMIGA SINCERA.
Publicado em: 05/11/2007 23:03:54
Última alteração:24/10/2008 15:02:27



Quem tem uma amizade como lema
Já sabe a decisão a ser tomada,
Pois tendo apoio sana este problema
E muda num momento a sua estrada
Amiga, na verdade nunca tema
A dor que se escondeu numa emboscada.
Quem sabe ser feliz não teme a guerra
Numa amizade a força já se encerra...
Publicado em: 09/11/2007 19:22:42
Última alteração:24/10/2008 15:02:56


A amizade é um amor que nunca morre.
Mário Quintana

Numa amizade encontro eternidade
Enquanto um grande amor, tão cedo acaba
Na força em que se emana esta verdade
Amizade sincera não desaba
E mostra ser possível para nós
Atarmos com firmeza, velhos nós...
Publicado em: 09/11/2007 19:51:49
Última alteração:26/10/2008 21:35:40


Fagulhas do que fomos já se espalham
No meio das calçadas, nos esgotos,
Em todas as sarjetas, nos botecos,
Remotas esperanças quebram becos
Sem ecos perco o nexo, mas persisto,
Trazendo uma ironia por defesa,
Quem sabe mergulhar na correnteza
E ver o meu reflexo nos bueiros.
Amiga, já restamos; vamos unos.
Resíduos caminhando sobre a terra,
Unidos pela fome e pela guerra.
Publicado em: 13/11/2007 21:25:08
Última alteração:26/10/2008 19:26:40



Seguindo passo a passo do teu lado
As horas infelizes vão dispersas,
Quem teve o seu passado acorrentado
Não houve da tristeza tais conversas
Numa esperança amiga mergulhado,
Deixando as velhas dores mais dispersas,
Sabendo da amizade e seus pendores,
Já sabe cultivar melhor as flores...
Publicado em: 14/11/2007 15:53:10
Última alteração:26/10/2008 19:26:28


UMA AMIZADE SINCERA

Não quero mais a tal patifaria
Congressual que deixa tantos mortos.
Matando a fantasia em noite fria
Nos bolsos de quem manda, ricos portos,
Deitando sobre o povo a putaria,
As esperanças são simples abortos.
Quem dera se pudesse, na verdade
Haver algum resquício de amizade...
Publicado em: 19/11/2007 22:57:52
Última alteração:24/10/2008 15:14:46



O canto que em tristezas se moldou
Agora quer em portos mais seguros
Deixar para o passado o que cortou,
Momentos mais difíceis e tão duros.
De todo o sofrimento o que restou,
Tornou-nos bem mais fortes e maduros.
O coração se mostra obediente
E busca uma amizade coerente...
Publicado em: 24/11/2007 16:36:48
Última alteração:24/10/2008 15:16:31




A sorte não se esquece e traz ao pensamento
A glória em que se faz destino sina e meta.
Palavras se perdendo entregues, vão ao vento
Minha alma se transborda outrora tão inquieta
Buscando para a vida a base e o fundamento
Numa amizade plena a atitude correta
Mostrando para a sorte um ato em perfeição
Além do que soubera a dor de uma ilusão..
Publicado em: 01/12/2007 16:37:43
Última alteração:24/10/2008 15:19:13



Uma amizade é feita em fortaleza
A cada novo dia demarcada
Forrando nossa vida em tal beleza
Deixando o que passou em outra estrada,
Amigo, por favor tenha a certeza
Da vida que se mostra bem talhada
Nos passos da amizade vou em frente,
Decerto sem temores, mais contente.
Publicado em: 02/01/2008 21:38:19
Última alteração:22/10/2008 19:27:18


Uma amizade sincera
Que nossa vida tempera
Com calma e com poesia.
Traz o gosto da esperança
No verso que não se cansa
Dessa incontida alegria...

Nas horas mais complicadas
Das noites frias, geladas;
Onde a dor não quer sair.
Eu encontro em ti, amada,
O calor duma alvorada
Beleza de sol a sair...

Toda vez que sangra a vida
No coração, a ferida
Tão profunda no meu peito,
Quando a dor duma saudade
Latejando de verdade,
Não me deixa satisfeito;

Quando a noite vem surgindo
Todo amor se despedindo,
Morrendo a felicidade.
Eu encontro meu consolo
Volto a tocar neste solo
Da nossa santa amizade
Publicado em: 21/09/2008 20:43:05
Última alteração:02/10/2008 20:21:56



Meu amigo e companheiro,
Eu devia te falar,
Deste chão que é o derradeiro
Aonde irei cultivar

Esperança que restou.
De tanta dor que passei,
Já nem sei para onde vou,
Nem meu nome mesmo eu sei.

Mas percebo o teu afeto
Teu abraço firme e forte,
Nesta amizade completo,
E agradeço a Deus tal sorte.

Uma amizade sincera,
São poucas em nossa vida,
São flores na primavera,
Não conhece despedida.

É por isso que eu te falo
Da alegria de poder,
Aproveitando o embalo
Eu venho te agradecer.
Publicado em: 29/09/2008 22:05:40
Última alteração:02/10/2008 14:50:36



A sorte não se esquece e traz ao pensamento
A glória em que se faz destino sina e meta.
Palavras se perdendo entregues, vão ao vento
Minha alma se transborda outrora tão inquieta
Buscando para a vida a base e o fundamento
Numa amizade plena a atitude correta
Mostrando para a sorte um ato em perfeição
Além do que soubera a dor de uma ilusão..
Publicado em: 16/01/2009 17:16:06
Última alteração:06/03/2009 07:19:51



Uma amizade tão sincera determina
E na verdade eu sei jamais me pede.
Sabendo da alegria, fonte e mina,
Carinho feito apoio me concede.
Uma amizade pura e cristalina,
Percebe o quanto quer e nunca excede.
Por isso, minha amiga vou contigo,
Sem medo de enfrentar qualquer perigo...
Publicado em: 23/01/2009 15:10:29
Última alteração:06/03/2009 07:05:28



Uma amizade é feita em fortaleza
A cada novo dia demarcada
Forrando nossa vida em tal beleza
Deixando o que passou em outra estrada,
Amigo, por favor tenha a certeza
Da vida que se mostra bem talhada
Nos passos da amizade vou em frente,
Decerto sem temores, mais contente.
Publicado em: 11/02/2009 17:29:14
Última alteração:06/03/2009 06:48:01


Seguindo passo a passo do teu lado
As horas infelizes vão dispersas,
Quem teve o seu passado acorrentado
Não houve da tristeza tais conversas
Numa esperança amiga mergulhado,
Deixando as velhas dores mais dispersas,
Sabendo da amizade e seus pendores,
Já sabe cultivar melhor as flores...
Publicado em: 20/03/2009 16:48:36
Última alteração:17/03/2010 20:58:26


Eu não temo dor imensa
Eu não temo luz intensa
Pois bem sei da recompensa
Que depressa chegará.
Esperando a bela fonte
Que tramando um horizonte
Tão belo que sei me aponte
A vida que brilhará.

Quero o canto mais liberto
Quero o peito sempre aberto
Destino que, antes, incerto,
Apontando um novo rumo
Que me faça mais contente,
Que saiba do amor urgente
Do valor de sermos gente
Na tempestade, meu prumo...

Quero a luz nesta neblina
Beleza de turmalina
Sensação que descortina
A total tranqüilidade...
Quero um gesto tão sereno
Neste vento tão ameno,
Que me invade e me faz pleno,
Em teu apoio e amizade...
Publicado em: 13/02/2007 00:02:42
Última alteração:30/10/2008 16:58:03


Amigo compartilha das tristezas
E dos sorrisos goza sem cobranças.
Inveja? Na verdade nunca tem
Quem tem uma amizade em alianças.

Vibrar com a vitória de quem ama,
E consolar na dor de uma derrota.
Assim uma amizade verdadeira
Nos abre com certeza imensa porta.

Por isso, companheira, é que te falo
Que tenho sempre em ti tal lealdade,
Além da confiança mais suprema,
Pois sei do teu carinho e da amizade...
Publicado em: 29/09/2007 14:36:27
Última alteração:30/10/2008 13:43:32



Querida, quem procura cultivar
Decerto colherá sempre bons frutos.
“ A vida só se dá pra quem se deu”,
Diamantes quando achados estão brutos

Porém se lapidados são perfeitos,
Arando o bom terreno já se grana,
Se não for bem cuidado nada dá,
Esta verdade é plena e soberana.

Também uma amizade necessita
Tal qual uma pepita, lapidagem,
O tempo, somente ele, mostrará
Se é de verdade ou falsa, uma miragem...
Publicado em: 29/09/2007 19:46:06
Última alteração:30/10/2008 14:33:40



Caminho por estradas
Distantes, tão distantes,
Pessoas encontrando,
Em todos os instantes
Constantes estrelas
Que passam, cometas.
Entranham em nosso peito,
Acariciam e vão embora,
Sussurram palavras
Ao vento, assopram.
Muitas vezes mordem,
Ferem, mas não deixam
Sequer cicatrizes.
Porém amiga verdadeira,
Com garras benfazejas,
Projeta sobre nós,
Adentra com firmeza.
Deixando as impressões
Em marcas indeléveis.
Benditas cicatrizes...
Publicado em: 01/10/2007 11:06:29
Última alteração:30/10/2008 11:47:46



Sabendo desta luz em sedução
Meu peito no oceano em paz se lava,
Sabendo com certeza da razão
à qual há tanto tempo procurava
E tendo assim por ti, admiração,
A cada verso feito imaginava
Um dia em que pudesse perceber
Beleza que encontrei no alvorecer.

Sangrara tantas vezes nos espinhos,
As pedras me impediam de tentar
Chegar; em calmaria, aos doces ninhos
Onde pudesse, ao menos, desfrutar
Delícias que se encontram – raros vinhos-
Na adega generosa, em que o amar
Não seja tão somente uma palavra
E sim, uma esperança em bela lavra.

Mergulho em tua luz e assim prossigo,
Tramando um novo tempo em que eu já possa
Dizer que finalmente, encontro abrigo.
A amizade sincera sempre endossa
Mostrando na pureza deste trigo
Sem joios onde a vida sendo nossa
Permita que pressinta eternidade,
Na eterna sensação de mocidade.

Meu sonho eu realizo quando vejo
Teus braços junto aos meus na caminhada,
Se um tempo mais feliz, agora almejo,
Sem curvas nem espinhos, bela estrada,
É por que neste encanto benfazejo
A vida deu em paz esta guinada
Deixando a solidão bem mais distante,
Seguindo com firmeza sempre avante.

Se tantas vezes falo da promessa
Que é feita num momento mais feliz,
Passo deve ser dado. Se a alma engessa
Mudando este cenário, pobre atriz,
Felicidade plena já tem pressa
E mostra o que este sonho enfim me diz
Trazendo em forte brilho a solução,
Que é feita da amizade e do perdão!
Publicado em: 21/10/2007 22:37:05
Última alteração:26/10/2008 19:33:38



Quem sabe uma esperança venceria
A dor da solidão que sei tamanha,
E o mundo se entornando em fantasia,
Tocado pela sorte em que se banha
O mar de uma emoção. Contemplaria,
A luz de que me alvoroça e enfim se entranha
Trazendo todo o bem que procurei,
E apenas na amizade, eu encontrei...
Publicado em: 26/10/2007 14:35:17
Última alteração:24/10/2008 14:50:53



Vivendo esta amizade plenamente,
Cultivo em meu jardim, divinas rosas,
Amiga, na verdade um bem consente,
Ao permitir estradas fabulosas,
Um coração amigo é mais contente,
Nas mãos que já se afagam carinhosas.
Uma amizade é feita de emoção,
Porém vai baseada na razão.
Publicado em: 27/10/2007 21:12:42
Última alteração:24/10/2008 14:49:36



Um sentimento invade e traz em transparência
O quanto que desejo a vida com decência.
O verso em que declaro uma amizade imensa
Permite que eu conceba um sonho bem maior.
Trazendo para a vida amor em recompensa,
Um mundo em que viver se torne bem melhor...
Publicado em: 30/10/2007 19:09:55
Última alteração:24/10/2008 14:49:24



A vida tantas vezes mostra pressa
E perde-se, sem rumo, já se esfuma.
Um mar feito em tristezas atravessa
Com mais furor, maltrata e se acostuma,
Porém quando a maldade se arremessa
Uma amizade vem em força suma
E traz uma alegria renovada,
Mostrando a vida, enfim, apascentada...
Publicado em: 07/11/2007 21:07:10
Última alteração:24/10/2008 15:02:47



Construímos nossa amizade no dia a dia, embora saiba que, mesmo distantes temos em quem possamos confiar.

Aos poucos, um sentimento tão nobre quanto este nos leva mais pertos de Deus.

Ser amigo é mais do que ouvir, é corrigir.
É mais do que receber, é compartilhar,
É mais do que elogiar, é ser honesto,
É mais do que saciar a sede, é tentar impedi-la.
É mais do que aliviar a dor, é tentar preveni-la
É mais do que ser o apoio, é carregar no colo, se preciso.
É mais do que ser o que socorre, é avisar.
É mais do que ser amado, é amar incondicionalmente.

Por isso querido amigo, conte comigo.

E saibas que te quero não somente como co-partícipe em momentos de alegria ou de tristeza.

Quero-o sempre que possível, ao meu lado
Pois:

“A amizade é um caminho na areia, que desaparece se não se pisa constantemente nele.”
Publicado em: 03/09/2008 10:14:17
Última alteração:08/09/2008 04:50:33



Uma amizade nobre e soberana
Permite que prossiga a caminhada,
Decerto uma pessoa tão humana
Ajuda quando a vida anda pesada,
Amiga verdadeira nunca engana,
Ajuda a cada passo e não quer nada
Senão ao traduzir sua amizade,
Deseja a quem se quer, felicidade...
Publicado em: 11/11/2007 20:44:06
Última alteração:26/10/2008 19:27:17



Vivendo esta amizade plenamente,
Cultivo em meu jardim, divinas rosas,
Amiga, na verdade um bem consente,
Ao permitir estradas fabulosas,
Um coração amigo é mais contente,
Nas mãos que já se afagam carinhosas.
Uma amizade é feita de emoção,
Porém vai baseada na razão.
Publicado em: 06/01/2009 06:43:43
Última alteração:06/03/2009 12:29:43



Uma amizade move e me clareia
Na mão que delicada, assim, me estende.
Trazendo para a vida, a lua cheia,
E cada desencontro, sempre entende,
Os medos desta vida não receia,
Dourada fantasia já pretende
Quem tem uma amizade como a tua,
Ao Deus em perfeição vem e cultua.
Publicado em: 18/10/2007 15:26:08
Última alteração:26/10/2008 19:40:21



Uma amizade move e me clareia
Na mão que delicada, assim, me estende.
Trazendo para a vida, a lua cheia,
E cada desencontro, sempre entende,
Os medos desta vida não receia,
Dourada fantasia já pretende
Quem tem uma amizade como a tua,
Ao Deus em perfeição vem e cultua.
Publicado em: 30/11/2008 20:41:19
Última alteração:06/03/2009 16:28:46



Minha amiga e companheira
Vou cantar nestes meus versos
Amizade verdadeira
Cruzando rumos diversos
Trazendo em sua bandeira
Os sentimentos dispersos...

Amizade se constrói
Pouco a pouco, todo dia,
Nada amizade corrói
Na tristeza, na alegria
Amizade não destrói
Procura dar harmonia...

Cantando esse sentimento
Nunca deixo de lembrar
Felicidade é qual vento
Cedo para de soprar
Sobrando ressentimento.
Nada mais irá salvar...

Uma amizade segura
É porto que nos ajuda
É lume na noite escura
Se preciso, amiga acuda
Quem tanto amor e ternura
Trama que nunca se iluda.
Publicado em: 26/01/2007 21:05:24
Última alteração:30/10/2008 16:42:07



Passarinho, com certeza,
Sabendo da correnteza,
Para evitar a tristeza,
Protege-se com carinho.
Instinto da natureza,
Sabe bem sua defesa
Construindo com pureza
Delicadeza do ninho...

Sabendo que a vida arranha,
Sabendo da dor tamanha,
Quem nem sempre a gente ganha.
Tanta dor que se receia...
Na inteligência tacanha,
Com sagacidade e manha
Mesmo a simples aranha,
Sua sanha. Faz a teia.

Evitando o sofrimento
Proteção contra tormento,
Ajuda nos dando alento,
Protege da falsidade...
No ninho do pensamento
Na teia do sentimento,
Na defesa contra o vento,
O poder de uma amizade!
Publicado em: 10/02/2007 19:35:59
Última alteração:30/10/2008 16:37:42



Eu tenho tua força aqui comigo,
E nisso eu acredito com vigor,
Nas horas mais difíceis teu abrigo
Sinônimo absoluto para amor.
Não temo qualquer golpe de uma sorte
Teu braço do meu lado, sempre forte.

Amiga, tenho fé numa vitória
Que sei, mais cedo ou tarde sorrirá,
Assim como esta luz em nossa glória
Eternamente, enfim, já brilhará.
No canto resoluto que tramamos,
Amiga só Deus sabe, nos amamos...
Publicado em: 28/06/2007 17:18:53
Última alteração:30/10/2008 15:14:50




Plantei o meu canteiro
Num dia alvissareiro
Repleto de janeiro
Aguardo em esperança
Quem sabe primavera,
Depois de tanta espera
Amor que fora fera
Já segue de mudança

Em rota tão mundana
Estrela soberana
Da natureza humana
Perfeita sintonia
Abraço-te querida,
E vejo esta saída
Na mão tão decidida
Que plena de alegria

Mostrando a claridade
Nos braços da amizade
Salvar humanidade
Somente assim, alcanço.
Espero que isto venha,
Pois amizade é senha
Do amor em calma lenha,
De um mundo novo e manso...
Publicado em: 10/09/2007 18:04:48
Última alteração:04/11/2008 18:05:30




Começo do ócio meu a envergonhar-me
Depois desta labuta que enfrentei
Vivendo sem motivos, enfadonho,
No vago coração eu me enfronhei.

Depois deste vazio por herança
Do amor que nada trouxe e só levou,
Olhar perdido a esmo, sem destino,
Minha alma neste instante já nevou.

Mas tenho no calor de uma amizade
Um cais perfeito em forma de promessa.
Num vício que me toma e me domina,
Amor em amizade se confessa.
Publicado em: 22/09/2007 15:54:35
Última alteração:30/10/2008 13:39:07





Por mais que tantas vezes padecesse
Achando tão cruel a minha vida,
Por mais que o rumo- incerto- eu já perdesse,
Pensando esta batalha estar vencida,
Por mais que a solidão; cruel, temesse,
A luta não de deu jamais perdida.
Sabendo da amizade e seu encanto,
Uma esperança vence qualquer pranto...
Publicado em: 25/10/2007 17:18:19
Última alteração:24/10/2008 14:50:34



Uma amizade encontra no caminho
A sorte que decerto eu procurava,
Da glória de viver, já sou vizinho,
Minha alma em plenitude namorava
O sonho mais perfeito em que me aninho,
Palavra benfazeja que inspirava
A todos os que em noite dura e fria,
Buscavam na manhã farta alegria...
Publicado em: 09/11/2007 21:37:09
Última alteração:24/10/2008 15:03:23



Um sonho que permita a claridade
Trazendo uma certeza pro meu peito,
Encontra numa amiga a lealdade
Deixando o nosso mundo satisfeito,
Poder que emanando da amizade
Transforma-nos decerto em um eleito.
Um sentimento intenso e tão profundo
Quem dera se espalhasse pelo mundo...
Publicado em: 13/11/2007 06:28:41
Última alteração:26/10/2008 19:26:55


Uma amizade é fato soberano
Que mostra em nossa vida tal beleza
Deixando para trás um desengano,
De um mundo mais perfeito, uma certeza.
Vencendo qualquer vento, mesmo insano,
Ajuda a não temer a correnteza
As dores deste mundo, ela afugenta
Em bases mais divinas, se sustenta...
Publicado em: 20/11/2007 14:13:58
Última alteração:24/10/2008 15:14:59



Quem tantas vezes; triste, imaginava
Um dia bem melhor e foi vencido
Às vezes não percebe quando andava
O vento da amizade enfraquecido.
Caminho que em espinhos se moldava
Pedia; com certeza, outro sentido.
Jogado pelas ruas, desse jeito,
A solidão batendo no seu peito...
Publicado em: 23/11/2007 14:11:54
Última alteração:24/10/2008 15:16:18


Desenganos permitem aprender
Que nem sempre teremos afeição
Embora uma amizade, a solução,
Tantas vezes ganhamos em perder.

Melhor caminhos livres sem enganos,
Tropeços fazem parte desta vida.
Amizade que se foi sem despedida
Não cabe no futuro em nossos planos.

Amigo que não sabe perdoar
Portanto não conhece pleno amor,
Em vida destilando seu rancor,
Depois de tanto mel, vem amargar.

Quem fora companheiro, nos traindo,
Nos mostra quanto a vida é tão instável,
Amizade, nem sempre é encontrável,
Pior quando nos mata, distraindo...
Publicado em: 16/09/2008 21:23:42
Última alteração:17/10/2008 13:51:24



UMA AMIZADE
Saber do diamante da amizade
Que sempre nos trará tanta riqueza.
Disso nunca se esquive.
Saber dessa importância para a vida
Trazendo a garantia dum apoio.
Nela se sobrevive.

Saber dessa importância da amizade
Que sempre nos ajuda a caminhar.
Uma força inerente.
Saber do diamante desta vida
Riqueza que garante sem cobranças.
Nos salva, de repente...

Numa alma triste sofrida
Depois de tanto penar,
Depois que se viu perdida,
Depois de tanto lutar.
Contra tanta tempestade
Contra a força da paixão
Já perdendo a liberdade
Já matando uma ilusão.
Procurando a claridade
No meio da escuridão.
Tudo o que resta, amizade;
Fortaleza; coração!
Publicado em: 18/09/2008 20:26:35
Última alteração:03/10/2008 13:05:05


Sublime sentimento que, divino,
Invade o coração sem desengano,
Reflexo deste sonho cristalino,
No gesto mais altivo e soberano,
Numa amizade imensa, eu descortino,
Ungindo cada passo, cada plano.
Tornando a minha vida triunfante,
Uma amizade é mais que diamante!
Publicado em: 23/09/2008 13:27:40
Última alteração:02/10/2008 19:22:29



Nós fomos tão amigos, companheiro,
Tudo acabou
Depois de ter vivido o tempo inteiro
Nada restou
Mas trago uma lembrança deste tempo
Que terminou,
Embora no final só contratempo
Que nos tomou.
Agora que já sei que não tem volta,
Já nada sou.
Não posso te dizer de uma revolta
Que se acalmou.
Te peço que não fales de detalhes
Do que passou.
Permita cicatrizem os entalhes
Onde cortou.
Sigamos nossas vidas simplesmente,
Aonde vou.
O que aconteceu jamais comente
Só se calou.
Uma amizade morta é dolorida
É lágrima rolada dor sentida,
Mas nessa correnteza que é a vida
Nos resta uma saudade tão querida.
Respeite o que passou.
Publicado em: 02/10/2008 10:53:53
Última alteração:02/10/2008 13:42:16



Nas horas mais difíceis, pois extremas
Externas teus carinho sem fastio.
Palavras que se mostram mais supremas
Permitem que não haja este vazio
De toda uma alegria, vera gema,
Enaltecendo um sonho outrora frio.
Agora nos estios da amizade
Encontro o meu caminho em liberdade...
Publicado em: 20/02/2009 11:05:47
Última alteração:06/03/2009 01:59:32



Quem tantas vezes; triste, imaginava
Um dia bem melhor e foi vencido
Às vezes não percebe quando andava
O vento da amizade enfraquecido.
Caminho que em espinhos se moldava
Pedia; com certeza, outro sentido.
Jogado pelas ruas, desse jeito,
A solidão batendo no seu peito...
Publicado em: 23/02/2009 19:03:21
Última alteração:06/03/2009 01:54:14



A vida que prepara uma defesa
A quem em ledos sonhos suspirava,
Permite que se empenhe em outra empresa.
E mesmo que o passando inda cortava
Aquele que pensara na surpresa
Benigna deste mundo que sonhava,
Ao ter uma amizade mais sincera,
Saberá apascentar a dura fera...
Publicado em: 15/05/2009 08:31:27
Última alteração:17/03/2010 19:40:33



Uma árvore frondosa no caminho
Impede um caminheiro que prossiga
Pela estrada diversa que sonhara
Durante tanto tempo em sua vida.
Assim este andarilho talvez tenha
Apenas um remédio para tanto.
Beber deste arvoredo cada rama
Ou mesmo perceber chegado o fim.
Não tendo mais um riso, vai calado.
Sabendo que o final já se aproxima.
Enquanto nada faz, ele imagina
O rosto da mulher insana e puta
Que tantas vezes foi a companhia
E agora está distante de seu braço.
Assim também seguindo tão sozinho
Sem ter uma presença mais amiga,
Vivendo por viver, nada me ampara
Nem mesmo uma presença tão querida
Do amor que se queimou, virando lenha.
Só resta no final, em desencanto,
O gosto do vazio em minha cama,
Matando o que restou, eu sei, de mim.
Diante dos meus erros do passado,
Apenas ilusão decerto prima,
Mostra a profundidade desta mina
Nem mesmo um eco ainda lá se escuta.
Talvez numa amizade esta alegria
Que pinte menos rude, cada traço...
Publicado em: 27/10/2007 23:02:19
Última alteração:24/10/2008 14:46:38



Nenhum caminho é distante
Nenhuma dor lacerante
Se encontrei amor constante
Que me traz felicidade.
Companheira, minha amiga,
Toda dor já não se abriga
Renovando uma cantiga
Cantada na mocidade...

Depois dessa dura estrada
Depois desta caminhada
Que pensei não desse em nada,
Adivinho a claridade
Que procurei nesta vida
De tanta estrada comprida
Tanto beco sem saída
De tanta dor, falsidade...

A distância diminui
Quando a vida, mansa, flui
Tanta coisa boa influi
Nos trazendo a liberdade
Neste canto mais profundo
Não deixo nenhum segundo
De buscar, no largo mundo,
Essa ponte, uma amizade!
Publicado em: 10/02/2007 16:51:13
Última alteração:30/10/2008 16:58:07



Deixando esta janela quase aberta
Espero uma amizade mais sincera,
A vida se mostrando quase fera
Pressente a solidão, e vai deserta...

Conselhos tanto deram que lotaram
Um coração em erros, desenganos,
Errático, me perco em tantos planos,
Meus sonhos de futuro se abortaram...

Só resta esta esperança: uma janela
Exposta à calmaria e tempestade,
Estrela companheira, mansa e bela,
Desejo em teu carinho, uma amizade...

Publicado em: 27/02/2007 21:00:44
Última alteração:30/10/2008 16:50:49


Que a voz de uma amizade se levante
E faça em calmaria esta viagem,
Tomando nosso sonho a cada instante
Tristeza vai distante, é só miragem.
Que o canto da amizade triunfante
Permita em alegria esta roupagem
Que veste o dia a dia de quem sabe
O quanto de euforia já lhe cabe...
Publicado em: 10/11/2007 16:29:22
Última alteração:24/10/2008 15:04:43




Fazendo da amizade o meu jargão
Pernoito pelos bares na procura
Daquela em que consiga a solução
Da solidão terrível, minha cura.
Ao menos que inda tenha compaixão
Quem sabe meros laivos de ternura.
Eu quero tão somente uma amizade
Que traga para mim, tranqüilidade...
Publicado em: 15/11/2007 21:29:42
Última alteração:26/10/2008 19:26:08



UMA BABÁ DESEJADA
Uma das três difíceis tarefas é a de entrevistar candidatas a BABÁ nas cidades grandes, uma vez que poucas pessoas se conhecem e as referências são poucas.

Aquela mãe já estava extenuada com a tarefa quando a última candidata se apresentou diante dos quatro filhos menores e da dona da casa.

O interrogatório, depois das preliminares entrou na parte objetiva:

- Você tem experiência de lidar com crianças menores?

- Tenho, mas não muita. Respondeu a jovem.

- E você gosta de crianças.

-Adoro, como se fossem meus filhos.

-Muito bem! Agora me diga porque saiu do seu último emprego?

- É que eu me esquecia de dar banho nas crianças...

No mesmo instante um coro de quatro vozes se ouviu:

- Fica com ela, mamãe. Fica com ela.

MARCOS COUTINHO LOURES
Publicado em: 07/04/2008 14:17:39
Última alteração:21/10/2008 20:00:46



UMA BELA E INESQUECÍVEL HOMENAGEM DA MINHA AMIGA GLAUCE TOLENTINO
Achei o meu poeta preferido
Depois que o bom Vinícius foi embora
Não tenho mais o coração partido
A minha emoção é tua agora

Jamais imaginei reencontrar
Os versos que perdi, palavras tantas
Foi quando, então, passei a admirar
A linda poesia que tu cantas

Garanto, "o poetinha" lá no céu
Já pode descansar tranqüilamente,
Pois deixa como herança seu troféu
Nas mãos de quem merece, obviamente

Se leio os teus sonetos, meu amigo
Vinícius de Moraes fala comigo ...

GLAUCE TOLENTINO
Publicado em: 20/09/2008 20:06:28


Meu amor saiu correndo
Da bicada do urubu,
Esse bicho tão horrendo
Sem juízo bica o cu.
Publicado em: 07/08/2008 18:23:33
Última alteração:19/10/2008 19:42:23



Te encontrei no momento
preciso e necessário.
Eu te quero, meu amigo,
bem juntinho, aqui, comigo
consolando o meu lamento,
enfeitando o meu cenário.

Minha amiga, uma certeza,
Que carrego no meu peito.
Uma beleza infinita.
Que em minha alma sempre grita,
Sem lutar com correnteza
Me deixando satisfeito.

A certeza mais querida
Que não canso de cantar
Cada vez que estou contigo;
Sempre ser um bom amigo,
Coisa rara nessa vida.
E de poder te gostar...

Muito bom saber que existe,
Uma menina tão plena
De vontade de viver.
Sabendo me dá prazer,
Não me deixando mais triste...
Ah! Muito obrigado, Helena!

HLuna
Marcos Loures
Publicado em: 09/02/2007 13:28:41
Última alteração:06/11/2008 12:09:13



UMA BOSTA DE APOSTA...

Num dos bancos da pracinha da cidade, naquela tarde calorenta, dois aposentados , depois de jogarem damas por muito tempo, resolveram ficar espiando as pessoas que iam e vinham, pela rua principal.

Foi quando avistaram um senhor, bem magro, andando de maneira esquisito e resolveram “palpitar”:

- Aposto que aquele lá tem a perna direita mais curta que a outra.

- Pois aposto que é a esquerda, a mais curta.

- Deixa ele chegar mais perto que a gente pergunta.

Alguns minutos depois, ao passar perto dos aposentados, o transeunte foi surpreendido pela pergunta:

- Meu amigo, você me desculpe mas, pelo jeito do seu andar, nós estamos aqui apostando que você tem a perna mais curta que a outra. Eu acho que é a perna direita e o meu amigo acha que é a esquerda. Quem acertou?

O homem respirou fundo e tendo notado que o assunto era sério, respondeu:

- Infelizmente, os dois estão errados.

- Mas, se não é perna curta, por que é que você anda esquisito deste jeito?

- É que estou com uma tremenda dor de barriga e o intestino está....... desarranjado.

Por incrível que pareça, depois desta conversa ele voltou a andar normalmente...

Para tristeza dos dois e suplício dos olfatos...

MARCOS COUTINHO LOURES
Publicado em: 16/10/2007 17:45:39
Última alteração:29/10/2008 18:09:42


UMA CAIPIRINHA BEM SAFADA

De graça, até caipirinha do Carlos Alberto.

Espera Feliz tem uma das mais animadas feiras agropecuárias da região.
Todos os anos, grande parte da população da cidade e dos municípios vizinho se reúnem para assistir a shows musicais; as crianças se animam para irem ao Parque de Diversões. Há corridas de motocross, etc.
Como o frio impera no julho caparonense, com os termômetros tendendo a zero grau de temperatura, há a venda de bebidas para aquecer esta friagem.
Carlos Alberto, sabendo disso, resolveu ganhar uns trocados com a venda de sua caipirinha, famosa entre os amigos.
Fez quase um galão da bebida e foi vender na festa.
Sem perceber, colocou sua barraca próximo a um camarada que vendia pinga com mel. Este era um antigo barraqueiro que todos os anos ia até a pequena cidade para “fazer a festa”.
Com o começo da festa, nosso amigo Carlos Alberto iniciou a venda de sua caipirinha.
“Caipirinha a um real, somente um real...”.
Ao que o vendedor de pinga com mel reagiu: “Pinga com mel a setenta e cinco centavos”.
Logo depois, a reação de Beto foi cruel: “Caipirinha a cinqüenta centavos...”.
O frio aumentando, Beto vendendo uma bebendo outra, esquentando o frio e ficando tonto. Cada vez mais quente e mais tonto.
Nessas alturas do campeonato, percebendo que não poderia concorrer com Beto, o barraqueiro já estava se retirando.
Quando, Beto percebeu isso, foi inexorável:
“Caipirinha de graça, só pra terminar o estoque, vamos nessa...!”
Obviamente, acabou tudo em pouco tempo. Beto, mais bêbado que tudo, foi para o meio da festa e ficou até de madrugada.
Dia seguinte, plantão no Hospital, Beto meio de ressaca, chegou para trabalhar.
De repente, começaram a aparecer vários pacientes com uma queixa comum: diarréia e vômitos.
Havia algo de podre no reino da Dinamarca. Nessas alturas, Beto se escondeu na Sala de Raios-X, sob o pretexto de que estava cansado...
Sebastião, outro funcionário, deu a resposta para o mistério.
“Beto, sua caipirinha estava até gostosa, mas não entendi aquele cheiro estranho e também não estou entendendo essa dor de barriga que está dando em todo mundo, inclusive em mim.”
Beto, na maior cara de pau esclareceu com um sorriso meio maroto:
“O problema não foi da caipirinha não, o que aconteceu foi que, depois de ter feito a mistura toda, é que eu reparei que tinha feito numa lata de querosene, dessas de cinco litros, que estava no quintal lá de casa”.
O primeiro a dar uns tapas no pé da orelha de Beto foi Sebastião.
Ainda bem que a maior parte dos que tiveram a diarréia não se lembraram da caipirinha dada por “cortesia” pelo nosso amigo...
Foi a estréia e despedida de Carlos Alberto na promissora vida de barraqueiro; para agradecimento de todos, inclusive o meu. Plantão como aquele eu não esperava ter tão cedo.
Publicado em: 07/12/2007 14:35:14
Última alteração:27/10/2008 17:37:51


UMA CALÇA MAL ASSOMBRADA
Um amigo do meu pai, Francisco, estava vindo do serviço na roça a pé, mais à noitinha, quando começa a passar na "matinha", lugar considerado muito mal assombrado, começa a ouvir ruídos. Ele parava, o ruído parava. Andava, o ruído andava. Ele pensou que tinha alguém ou algum ser de outro mundo atrás dele. Sem pensar duas vezes saiu de galope. Aí foi que o bicho pegou, pois o negócio parecia que estava correndo atrás dele. Numa encruzilhada, encontra um amigo e comenta com ele. Esse amigo diz: "Ah, Chicão, esquenta cabeça não homem, é a calça jeans que faz esse barulho. Já aconteceu comigo também!". Até ele saber que era o atrito da calça jeans com as pernas que fazia aquele farfalhar, ele passou é muito susto!
Gabriela de Oliveira Marquito
Publicado em: 06/03/2008 11:34:57


UMA CANÇÃO DE AMOR
Das notas que perdidas
Vagando sem destino,
O amor velho menino
Descreve nossas vidas.
Os sons de uma esperança
Vibrando no meu peito
Refazem desse jeito
O sonho da criança
Que teima em não morrer
Fazendo estripulia
Dizendo da alegria
De poder conceber
Eterna liberdade
Que não nos deixará
Enquanto a melodia
Ao longe, eu escutar...

Publicado em: 30/07/2008 11:11:57
Última alteração:19/10/2008 21:52:58



“Minha vida era um palco iluminado”
Nos versos da canção, enamorado,
Sentia, nos acordes, coração...

Andando pelas ruas, serenatas,
Boêmio, me levando por cascatas,
Em mansa correnteza da ilusão.

Vestido de esperanças e de sonhos,
Os céus, nesta noite alta, tão risonhos
Cantava para a deusa em sua rua...

Vivendo em nosso amor uma escultura,
Tua alma tão sincera quanto pura
Estátua majestosa, deusa nua...

“A lua vem surgindo cor de prata”
Aos poucos me domina e me arremata
Nos lábios que beijei é lenitivo...

“A noite estava assim, enluarada”
Reflexo da mulher que é tão amada
Por quem tanto me encanto e sonho, e vivo...
Publicado em: 25/02/2007 13:40:16


UMA CARONA

Mote – Alegria de chofer é moça pedindo carona.

Desminta-me quem puder,
Que a verdade vem à tona:
Alegria de chofer
É moça pedindo carona...

Ela pode ter defeito,
Mesmo que ela esteja só,
Tem que reparar direito
Se a moça não tem gogó!

MARCOS COUTINHO LOURES
MVML
Publicado em: 16/10/2007 20:41:49
Última alteração:30/10/2008 13:41:23



UMA CARONA...

A querida Juliana me disse que, todas as vezes que lê histórias de assombração, fica tendo pesadelos, da mesma forma que aquela outra amiga que ao lê-las, sonha com touro bravio, que a persegue nos sonhos, sufocando-a...

Apesar de respeitar as duas, não posso deixar de contar aqui mais uma história verídica, acontecida há muitos anos, na serra de Petrópolis.

Um motorista de caminhão indo para o Rio em uma noite chuvosa, sentiu que havia atropelado alguém.

Imediatamente, encostou o caminhão, pegou a lanterna e, logo, encontrou um corpo jogado no asfalto. Ao tentar tirá-lo da pista, puxando-o pela mão, viu que era o corpo de uma mulher idosa, sem dentes e que lhe faltava o dedo mínimo da mão direita!

Apavorado, ele deixou a mulher à beira da estrada e seguiu viagem, rumo ao Rio de Janeiro.

Passou a comprar todos os jornais e não viu uma só notícia a respeito do acidente.

Mais calmo, resolveu voltar para Muriaé, numa noite chuvosa como aquela do acidente.

Era quase meia-noite e o caminhão subia a serra quando, na claridade de um raio, viu um vulto pedindo carona.

Instintivamente, encostou o carro e a pessoa entrou na cabine sem dizer palavra.

Notou que era uma mulher bem idosa a quem faltava os dentes e, relembrando o acidente, começou a tremer.

Tomando coragem, ele perguntou:

- E a senhora, vai descer onde?

A mulher, ao indicar o local, com a mão direita estendida, fez ver ao motorista que, ela também não possuía o dedo mindinho.

Ao toque da meia-noite e na claridade de mais um raio, ele perguntou:

- Afinal de contas, quem é você?

Apontando com o dedo indicador na direção do motorista, a mulher gritou:

- FOI VOCÊ! E desapareceu no espaço!

O motorista perdeu o controle do caminhão que despencou serra abaixo, ficando todo despedaçado.

No dia seguinte, moradores encontraram o veículo e, na cabine, o cadáver do motorista com os olhos abertos de pavor.

Da carona? Nenhum sinal...

MARCOS COUTINHO LOURES
Publicado em: 11/10/2007 17:06:04
Última alteração:29/10/2008 14:45:57





Meu amor, tanta alegria
Todo dia me convence
Da loucura e da magia
De uma bela cearense....


Publicado em: 22/12/2007 17:16:25
Última alteração:22/10/2008 21:07:22


UMA CEBOLA TARADA...


Nas minhas andanças pelo interior de Minas, lá pros lados de Caiana, cidadezinha próxima a Espera Feliz, onde morei por vários e felizes anos, conheci um senhor, dessas antiguidades ambulantes que soem só serem encontradas nos grotões do país.
Um homem sisudo, caladão quase sem palavras.
Pois bem estava eu, um dia de plantão quando o enfermeiro me chama, lá pelas duas horas da manhã, para atender uma urgência, na verdade, um caso insólito.
Para minha perplexidade, o tal senhor me chamou de lado e me afirmou meio que envergonhado, que ao se levantar para ir à cozinha tinha escorregado e...
Não sei como, e também por respeito ao cidadão, cujo nome me recuso até a morte em declinar, segundo o próprio, ao escorregar, caíra sentado sobre uma cebola. Na hora não atinei bem para o fato, o quê que uma cebola poderia causar de mal a um cidadão?
Como ortopedista que sou, fui logo perguntando ao mesmo se tinha machucado ou se estava sentindo alguma dor, já meio aborrecido de ter sido chamado às pressas para atender um caso aparentemente sem maiores conseqüências, pois o cidadão estava caminhando com certa normalidade, embora sentisse que estava mais empertigado do que de costume.
Para meu espanto, aquele homem, tão sisudo, com aspecto de seriedade inconteste ao se ver sozinho comigo me disse:
- Doutor, o senhor não está entendendo, eu caí sentado sobre a cebola e... Como posso dizer? Ela entrou...
Tentei me atinar por que aquele senhor estaria desnudo àquela hora da madrugada, pois já passava das 2 horas da manhã, mas, na hora fiquei quieto, inibido talvez pelo inédito fato.
Claro que, a cebola seria expulsa naturalmente sem nenhum problema, mas devido ao constrangimento e pânico de tal cidadão, resolvi “ajudar a natureza”.
Pois bem, ao ser anestesiado o esfíncter, para minha surpresa, a cebola era das grandes e, pelo fato de estar devidamente intumescida, não foi muito fácil retirá-la.
A partir daquele dia, o “sisudo” senhor, cada vez que me encontrava, abaixava a cabeça, e nunca mais voltou ao Hospital, pelo que me consta, a partir daquele dia, sempre que sentia alguma coisa, se dirigia imediatamente à Carangola, cidade mais próxima, onde o risco de alguém saber de suas preferências, digamos, leguminísticas, eram desconhecidas...
Publicado em: 28/11/2007 08:58:27
Última alteração:29/10/2008 18:08:34



UMA CONSULTA MÉDICA...
Eu:

To dodói...Quero um remédio

Pra aliviar minha dor doutor!

Você que é poeta

Médico ortopedista

Me examine

Alivie essa dor doída









Ele:

sou ortopedista!!!

qualquer coisa é só me procurar,

terei o maior prazer em te consultar,

a receita não vem em forma de poesia não.



EU:



Estou com tendinite...

Será artrose, artrite

Deve ser de tanto ler

E digitar sem medida

Que dor sofrida.









Ele:

Pra tendinite um anti-inflamatório

Compressas sei que ajudam, minha amiga.

Melhor te examinar no consultório

Assim um bom remédio não periga.



Tu sabes quanto eu quero ver-te bem

Sem ter as dores todas que hoje trazes.

Na queda se machucas, bom também

Um belo curativo pede gazes.



Espero que não seja necessário

Fazer depois de tudo, cirurgia.

Te aguardo sem marcar sequer horário,

Quem sabe talvez fisioterapia.






















Estou traumatizada

Foram tantos ossos quebrados

Nervo ciático rompido

Fiquei estressada

Seis meses na cadeira de rodas

Andador, bengala.

Nervo ciático rompido

Braço fraturado

Agora me dói a coluna

De tanto andar a mancar

Por causa do nervo rompido

De salto alto não posso mais usar

Já fiz eletroneuromiografia

RPG, fisioterapia.

Hidroginástica, muito analgésico,

Antiinflamatórios aos montes

Nem sei mais quantos ao certo

Tenho pinos e haste de titânio

E meu quadril dói demais

Parece que deu artrite

Não sei o que será mais

Deve ser bucite

O que sinto?

Tendinite ou LER

Mas acho que é de tanto

Ficar sem fazer exercício, ou de pé,

Ou muito sentada sem fazer nada.

Só sei que tudo que queria era voltar

A mexer meu pé.

Tem solução pra mim

Já foi muita terapia

O que quero agora tem jeito?

Voltar a ser quem fui um dia?



Ele:




Por mais que seja dura a tempestade,

O dia nascerá tenha a certeza,

E quando uma alegria nos invade

A vida nos prepara uma surpresa.



Eu tenho diabetes, outro tem

Hipertensão, são pesos de uma cruz

Que quanto mais se teme, ouça-me bem

Mais pesa. Mas te falo eu não me opus



E sinto que isso ajuda a caminhar,

Bebendo da alegria, e da emoção,

Fazendo do desejo o meu altar

Eu abro com firmeza o coração.



No fundo, ninguém pode ser perfeito.

Só falha de caráter não tem jeito...




Eu:

Sua receita foi amor

Foi esperança, Confiança

Pena que não me ajudou fisicamente

Mas de uma coisa eu sei doutor

Aprendi hoje contigo o amor.


Paula Belmiro
Publicado em: 30/07/2008 16:11:14
Última alteração:19/10/2008 21:59:06


UMA COROA PARA UMA RAINHA
01

Impossível deixar de te querer,
Pela meiguice imensa desse olhar;
Pelo teu jeito sensual de ser,
Que teus carinhos faz-me desejar!

Como esse amor, bem sei, não posso
Só me resta, contigo então sonhar;
E como não consigo te esquecer,
Eu pela vida vou a me enganar.

Em sonhos pois ao teu amor me entrego
E a ti me prendo, num lascivo abraço
E mil viagens por teu corpo faço...

E as fantasias a que, então, me apego,
Vão de ilusões, enchendo minha vida,
Rainha dos meus sonhos, tão querida

02


Rainha de meus sonhos, tão querida;
Outra mulher mais bela não conheço!
Vais muito além daquilo que mereço,
O grande amor com que sonhei, na vida!

Do teu sorriso lindo não me esqueço
Faz ele minha estrada mais florida:
Paixão embora não correspondida,
Para te amar talvez seja esse o preço!

Mas sufocando as forças do desejo,
Quando, tão bela, nas manhãs, te vejo,
Plenamente me sinto realizado!

Naquele instante, vendo-te o meu lado,
Na insanidade dos meus devaneios,
Vem-me o desejo de beijar-te os seios!

03

Vem-me o desejo de beijar-te os seios
Quando te vejo, linda, sorridente,
Ali postada, bem à minha frente,
Livre de medos, de tabus, receios!

Vontade de sentir a chama ardente
Desse teu corpo, em loucos devaneios
Realizando atávicos anseios,
Que faz um grande bem à alma da gente!

Impossível amor, a que me empenho,
Na ilusão de poder realizá-lo!
E assim vivendo, nesse doce embalo,

Do belo sonho que, na vida, tenho,
De teu corpo explorando os mil segredos,
Da história deste amor, traço de enredos!

04

Da história deste amor, traço os enredos,
Para o final deixar sempre em aberto,
Porque nosso destino sendo incerto,
Vai abrigando diferentes medos!

Mas nada impede que te queira tanto,
Como a mulher com que sonhei, um dia,
A minha paz e lua, minha alegria,
Anjo-ternura e todo meu encanto!

Quando de ti me sinto mais distante,
O coração aflito, te procura
E para longe manda esta amargura.

Pois quero-te a meu lado, a todo instante
E como a abelha não dispensa a flor,
Procuro sempre o mel do teu amor...

05



Procuro sempre o mel do teu amor
Que alimenta a vontade de viver,
Pois sem o teu carinho e bem-querer,
A vida vai perdendo o seu sabor.

E quanto me faz bem um bravo aceno
De tuas mãos suaves, de cetim!
E vendo esses teus lábios junto a mim,
Todo tormento tornando-se pequeno!

Fonte de paz e doce inspiração,
Do teu olhar emana a luz da aurora
Que, lá bem fundo, atinge o coração.

E fruto deste amor que o peito sente
Minh’alma então sorria e comemora
O sonho de beijar-te a boca quente.

06

O sonho de beijar-te a boca quente
Há muito que me segue e me alucina;
Sentir teu corpo ardente, de menina,
Vibrando de uma forma diferente!

Tocar, com minhas mãos, teu colo lindo
E nos teus seios colocar meus beijos;
Dar-te prazer, matando meus desejos
E segurança, neste mar infindo!

De sonhos tendo o coração marcado
E de ilusões, o peito carregado,
Por companheira tendo a Poesia

E nesta doce e amável companhia,
Minh’alma neste amor fortalecida
Aqui se prostra, agradecendo a vida!

07

Aqui se prostra, agradecendo a vida,
Esta minh’alma que, de sonhos, vive;
E dentre os sonhos que, mais belos, tive,
A história deste amor, vi repetida.

Mas se os fatos se parecem similares,
São outros personagens, com certeza.
Mas cada história tem sua beleza,
Como são belos todos os luares.

Porém nada mais belo nem mais puro,
Que este amor que nasceu de um quase nada.
Amor só de presente, sem futuro

Mas que deixou minha alma apaixonada!
Amor que me acompanha, noite e dia,
Amor de sonhos, luz e fantasia!...

08


Amor de sonhos, luz e fantasia
Que à minha vida trouxe um novo alento;
Se, num instante, é suave, leve vento,
Em outros, tempestade e ventania!

Dos sonhos que sonhei, o preferido,
Pois nele estás em toda a plenitude!
E em contraste com tua juventude,
Um coração cansado e envelhecido.

Mas o direito eu tenho de te amar,
Melhor que seja assim, sem preconceito,
Pois sufocar o amor, aqui no peito,

É dar adeus à vida, ao coração.
E sem qualquer ressalva ou restrição,
Que eu possa ser feliz, só por sonhar!

09

Que eu possa ser feliz, só por sonhar,
Foi esse o meu pedido ao Criador;
E desde então, tornei-me um sonhador,
Pois nos meus sonhos, sou capaz de amar.

Amar as curvas do teu corpo eu quero,
E do teu rosto, as tímidas covinhas;
Amar de tuas mãos, todas as linhas
E amar teus beijos- bem que tanto espero.

Amar todo o teu corpo, os teus quadris,
Teus braços, tuas pernas, teu sorriso,
Por seres a mulher que eu sempre quis.

E amando assim, de forma decidida,
Imaginando estar no Paraíso,
A mais bela mulher que vi na vida!


10

A mais bela mulher que vi na vida,
Tem mãos aveludadas e bem feitas;
Delicado perfil, curvas perfeitas,
É alegre, reservada e decidida.

Tem ela o olhar d tímida pantera,
E tem a transparência dos cristais!
No movimento, os gestos naturais,
E no sorriso a luz da primavera.

O seu perfume exótico, no espaço
Fala de amor no coração tristonho
E traz no corpo predisposto, o sonho!

E esta mulher que, no meu sonho, abraços,
Por quem o coração tanto reclama,
Só pode ser você, Divina Dama!

11

Só pode ser você, Divina Dama,
Esta mulher, por mim, tão desejada:
A Musa Inspiradora, a minha Fada
Por quem o coração tanto reclama.

És, na verdade, muito especial
Por tudo o que, na vida, já passaste
E se isto trouxe a ti algum desgaste,
Não te causou, por certo, nenhum mal.

Por isto, te querer não é favor,
Pois amar o que é belo é nossa sina
E a força deste amor ninguém domina.

E livre assim, para sentir o amor,
Ao te fazer aqui, tal confissão,
Eu ponho, em tuas mãos, meu coração...


12


Eu ponho, em tuas mãos, meu coração,
Um coração de muitas cicatrizes,
Que sempre procurou criar raízes
E poucas vezes soube dizer não.

Se acaso, for agora, desprezado
Talvez procure achar no isolamento
A remissão de todo sofrimento,
Por não ter sido o sonho realizado.

Mas ninguém vai tirar-me esta vontade
De ser feliz na vida e ser feliz,
Talvez seja curtir uma saudade

De um grande amor que, em sonhos, se viveu!
Que apenas ser feliz um dia quis,
Amor que só no outono apareceu...

13

Amor que só no outono apareceu
Dando a meus dias, novo colorido,
Na insensatez de um caso proibido
Que a chama do desejo reacendeu...

Um belo sentimento mais maduro,
Quase inocente e livre do pecado,
Que deixa os preconceitos bem de lado,
Em que o presente passa a ser futuro.

Enquanto busco fatos na memória,
Cada lembrança traz nova emoção,
E assim terminha minha confissão,

Que é precedida da dedicatória,
Nestas páginas que, da pena, escoa:
- Para a rainha, fiz esta Coroa!

14

Para a rainha, fiz esta Coroa,
Que certamente fez por merecê-la,
Por ser a minha luz, a minha estrela
Que meus erros desculpa e inda os perdoa.

Talvez, mais tarde, quando, na memória,
For eu apenas, tímida saudade,
Por te dizer, assim, minha verdade,
Tu lembrarás, por certo, desta história.

E onde estiver, enfim, meu coração,
Em outra esfera ou nova dimensão,
Eu pensarei em ti, constantemente.

Pois terei aprendido, finalmente,
Que quem te amou, um dia vai saber,
Impossível deixar de te querer!

MARCOS COUTINHO LOURES

COROA DE SONETOS
Publicado em: 10/04/2008 13:44:11
Última alteração:21/10/2008 18:21:08



Vicejando a bela rosa
No jardim de uma esperança,
Moça bonita e dengosa
Na certeza sabe a dança
Que promete ser formosa,
Restaurando uma aliança
Brasa na noite fogosa
Aquecendo já me amansa.
Embarcando em cada verso
Universos tão distintos,
Acendendo dos dispersos
Até os vulcões extintos.
Cadafalsos, no caminho,
Encontrei, falo a verdade,
Caminhando tão sozinho
Não quis ver a claridade.
Mas agora cicatrizo
Cada corte, cada chaga,
No teu corpo eu me matizo,
Teu carinho assim, me afaga...




Hoje...sinto-me descarada...
Romântica...um turbilhão
de emoções....
Deixo que o meu coração
fale, grite...
O teu nome....
Seja egoísta e partilhar-te
não queira...
E queira que seus caprichos
satisfaça................

Eu quero te falar do meu amor,
Insano sentimento que domina,
Menina como é bom poder dizer
De todo o bem querer que me comanda.
Buscando te encontrar além do mar,
No porto delicado dos meus sonhos,
Risonhos, os meus dias, eu garanto,
No manto que nos cobre de prazer.
Poder falar do brilho que encontrei
No amor que nestes versos declarei...

MARTA TEIXEIRA
MVML
Publicado em: 28/10/2007 21:48:36
Última alteração:03/11/2008 18:43:10



Flutuo...
Nos sonhos...
No sossego da noite...
Na paixão que nos ultrapassa...
Toma conta de nós...
Na certeza..
Na verdade do amor que conquistamos..
No tempo.........

Viver tendo alegria como meta,
Tramando um dia raro, belo e lindo,
Quem dera se eu pudesse ser poeta
E ler nesta beleza, traduzindo,
Amor que me penetra em fina seta,
A porta dos meus sonhos; já se abrindo.
Os dias mais felizes que chegaram
São barcos que meus portos ancoraram...

MARTA TEIXEIRA
MVML
Publicado em: 29/10/2007 21:00:18
Última alteração:03/11/2008 19:04:18





Noite a dentro sem pudores
nos entregamos a amores,
talvez mesmo bacanais.
Eu não sopito meus ais
ao sentir que tu me abraças,
e os meus seios são taças,
são valiosos cristais.
Desce a noite mansamente...
Mãos nas mãos, corpos cansados
nos quedamos abraçados -
só nós dois e nada mais

Lúbricos amantes, noite imensa
A recompensa feita num prazer
Vivendo em cada gozo eternidade
Aos poucos me permito perceber
O quanto nosso amor, doce pecado
Permite este desejo se aflorando
Tocando nossos corpos sem juízo
Em louca sinfonia enlanguescente
Orgástica viagem: paraíso..

HLUNA
MVML
Publicado em: 13/11/2007 17:49:31
Última alteração:31/10/2008 15:03:21



Dedilho as esperanças, vou aos céus
E volto num momento sem ter asas
Um Ícaro perdido em ilusões.
Mas ouço ao fim da tarde um acalanto
Trazido pelo vento em campo aberto
Acolho teus carinhos e liberto
Permito-me sonhar com verso e canto.
Palavras que me ofertas, benfazejas
São asas que encontrei e que permitem
Chegar ao Sol sem medo de que a cera
Das minhas esperanças se derretam...





Errando por teu corpo eu me permito
prazeres loucos e inusitados.
Às vezes os desejos correm aflitos,
corcéis a galoparem, indomados.

Diviso o Paraíso infinito,
aonde adentramos, doce amado,
para gozar do amor, sempre bendito,
que creio foi por Deus abençoado.
Não quero nada mais que ter-te enfim
agora e amanhã só para mim.

Encontro no teu corpo um paraíso
Além do imaginável, perfeição!
Um sonho que se vem sem dar aviso
Invade e crava as garras, coração!
Na mansidão imensa de um sorriso
Alcanço as maravilhas da paixão.
Sou teu e isto me faz ser mais feliz,
Agora tenho tudo o que mais quis.

HLUNA
ML
Publicado em: 23/11/2007 12:52:24
Última alteração:31/10/2008 12:17:23


Amor em tatuagem, cicatriz;
Marcando minha pele eternamente,
Mudando de uma vez velho matiz
Rondando, dominando minha mente.
Sou teu e só por isso eu sou feliz,
A vida está completa, totalmente.
Nesta declaração de amor, sinceridade
Ao traduzir enfim, felicidade...




Cravar minhas longas unhas em tuas costas
Contornada por teus fortes braços
Sufocada por desejos deleitosos
Sentir a fúria dos teus desejos
Arrojar-me a tua tara felina
Desbravarás os meus encantos
Entre coxas e suspiros
Gemidos ais insanos
Dois corpos em apenas um
Cios misturados
Seios bocas línguas catedrais
Prazeres mil orgásticos
Enveredar teu sexo nas minhas tocas
Cataclismo em nossos sexos
Cevar-nos de mel gostoso
Gozos fartos turbilhão

No gozo de sentir o teu prazer
Roçando em minha pele, fúria intensa.
No corpo insanidade em recompensa
Orgástica loucura a percorrer

Caminhos onde sempre se convença
Da imensa sensação de te saber
Deitada sobre a seta audaz e tensa,
Na fonte desejosa me embeber...

Requebros e meneios sensuais,
Querendo repetir e sempre mais
Na inesgotável noite em vendaval

Nos cios misturados a promessa
Das sábias conjunções que sem ter pressa
Permitem explosão celestial...

GELIS
ML
Publicado em: 09/12/2007 21:46:25
Última alteração:23/10/2008 09:35:43



Amor que, tantas vezes, me acompanha
Em noites solitárias, esperanças...
Tomando em tua boca da champanha
Roubando das estrelas luzes mansas,
Vontade de te ter, sede tamanha,
Revendo em cada sonho, nossas danças.
Eu amo e nada, assim, me importará
Nem mesmo a solidão me alcançará!

E Mesmo tão distantes de teu porto,
Meus barcos vão buscando ancoradouro,
Aos dias em que fomos, já reporto,
E sei que em tua pele, o meu tesouro,
Renasce um sentimento outrora morto
Abrir do peito a porta onde me douro
Da luz do amor imenso, fantasia,
Refém desta emoção, aguardo o dia.

Virás em cada raio deste sol
Trazida na alvorada em fogo intenso,
Permita que eu reflita o girassol,
E perca nos teus braços todo o senso,
Sentindo deste olhar, claro farol,
Já posso ser feliz e me convenço
Da existência sublime de um bom Deus,
Matando antigos credos, pois ateus.

Recolho os rastros teus pelo caminho,
Seguindo estas pegadas, me encontrei,
Bebendo do teu corpo o doce vinho,
Percebo, num momento ser o rei
Do império fabuloso em que me alinho,
Fortuna em fantasias, eu criei,
Sabendo que tu vens no amanhecer,
O jardim de minha alma a florescer.

Não quero mais saber desta tristeza
Que um dia, foi sincera companhia,
Rompendo das paixões, cada represa,
Num mar de amor intenso, em ventania,
Transborda inundações, na correnteza
Voraz que me transporta em alegria
Encontro a solução para os meus ais,
No amor que me invadiu, meu porto e cais...
Publicado em: 20/10/2007 10:56:12
Última alteração:26/10/2008 19:36:52



Quando queres verdades, dás mentiras,
Quando mentes cidades, vives campos,
Sertanejas sandálias nunca tiras,
Atiras nos pacatos pirilampos...

Me negas sentimentos que padeces,
Nas preces a prudência não te salva,
Nas horas mais vividas desfaleces,
Perfumas meu cadáver com a malva...

Vencida não se entrega quer vingança,
A lança que quebraste já não fere.
Desferida esperneias esperança,
Na dança que fingiste não me espere.

As amas que secaste não deleite,
O leite que me deste foi azedo,
Azado este momento, me respeite,
Aceite meu tormento por segredo...

Arremedo poema não tem fim,
A fim de esquecer tua falsidade,
Verdade é que não gostas mais de mim.
Carmim a boca doce da saudade.

Vontade de ficar mas tenho pressa,
Confessa que não viste este penedo.
O medo me transfere para Odessa,
Dessa mesma maneira que me enredo...

Vontade de voraz caricatura,
Na escura mansidão que não me negas...
Navegas pela mata mais escura,
Candura que fingiste não me apegas...

As pegas corvorizas nas sarjetas,
Tarjetas que ultrajaste incompletas...
As fases que tiraste dos cometas,
As bocas que lambeste vão repletas...

Vontade de saber o que não cabe,
Amarras os convés e não ancoras,
Descoras insensatas regalias,
Nas gralhas que imitaste sem demoras,
Amoras que comeste em noites frias...

Versículos, capítulos, promessas,
Compressas quase nunca são bastante,
Distante de meus olhos, já me apressas,
Verdades sempre em forma delirante...

Nas teclas que pianas operetas,
Nas marcas que maceras nas maçãs,
As maças que amassaste nas vendetas,
As vendas que fechamos, cortesãs...

Amor, te quero mesmo sendo insana,
Amar-te é ser o mesmo que não ter...
Calor demasiado a vida abana,
A morte é a vontade de viver...

Entre tanto entretanto na entressafra,
A pele que compele se completa...
A mão que me ebaniza da deusa afra,
Das paixões que me deste a predileta.

Amar a tal pantera me inebria,
Originariamente me devora,
Cigarros que fumei na noite fria,
A tosse intransigente me decora.

Amar a negritude desta bela,
Nos laços dalmatizam meus amores,
Contrastes sempre foi forma singela,
Da homenagem que peço enfim às flores...

Amando-te esperando meu desejo.
No canto que te embale a despedida...
No gosto chocolate de teu beijo.
És a razão final de minha vida
Publicado em: 28/09/2007 22:11:34
Última alteração:30/10/2008 13:43:46


Amor um sentimento soberano,
A jóia que procuro; perla rara,
Momento mais feliz calando o engano,
No qual uma esperança se antepara,
Vivendo nosso amor eu já me ufano
E sinto a poesia, bela e clara,
Amor que se declara dia a dia,
Trazendo para a vida, a fantasia...
Publicado em: 09/11/2007 21:34:50
Última alteração:24/10/2008 15:03:19



Anônimas ternuras tantas vezes
Salvando da temível solidão.
Das putas, das vadias, das insanas,
Carinhos sempre mostram sedução.
Vadios sentimentos livres corpos,
Esgotos e sarjetas, bocas cruas,
Delícias que se lambem, podridão,
As peles, corpos almas, frágeis, nuas...
No palco desta rua, botequins,
Grandezas que se lambem, primaveras
Mordidas e salivas, noite exposta
À saciedade intensa destas feras...
Publicado em: 19/11/2007 20:53:51
Última alteração:24/10/2008 15:14:30


Em todos os momentos mais difíceis
Que passamos na vida, companheira;
Nas guerras que nos trazem bombas, mísseis,
Na luta mais cruel e verdadeira,
Amor sempre será o vencedor
Nada pode vencer o nosso amor!

Quando o cansaço surge ao fim do dia
Nossa alma empoeirada e maltratada
Pelos vários espinhos desta estrada
E quase morta toda a fantasia,

Quando o tempo parece que não corre
A saudade machuca, o mundo cresce,
A noite tenebrosa, aos poucos desce
Vemos que a esperança já se escorre
Deixa-nos, lentamente, em carne viva
O mundo nos matando já nos priva

E impede a caminhada pelas ruas
Mais floridas. Os olhos lacrimejam
Distantes desses sonhos que desejam,
Flores despetaladas, quase nuas.

O sorriso se esconde e não ressurge,
A vida nos parece triste senda.
Vontade de morrer, a tristeza urge,
Felicidade mostra-se uma lenda.
Em meio à tempestade violenta
Toda dor dentro d’alma se arrebenta.

Quando estamos sozinhos, sem um norte,
A solidão renasce como fera,
Invade e nosso mundo nada espera
A não ser este frio e a dura morte.

O amor com toda a força e rebeldia
Aparece e comanda uma mudança
Feita a base do sonho e da alegria
Nos mostra um novo brilho de esperança.
E transformando nossa realidade
Em todos os espaços, santo, invade...
Publicado em: 11/12/2007 07:55:02
Última alteração:23/10/2008 09:41:09



Meu corpo te buscando e na vontade
Que um dia em fantasia me tomou,
Entorno sem limites, saciedade,
De tudo o que aprendi, e agora sou,
Descubro- até que enfim – felicidade,
Na pele que em loucuras me tocou.
Do gozo mais perfeito que persigo,
Apenas junto a ti; amor, consigo...
Publicado em: 05/01/2008 18:27:30
Última alteração:22/10/2008 19:35:02

Errante cavaleiro sem destino,
Em busca de um descanso, uma miragem,
Às vezes me perdendo, vou sem tino,
Procuro um coração, uma estalagem
Aonde possa enfim; arriar sela.
Onde arrieiro peito se revela.
Publicado em: 06/01/2008 20:49:14
Última alteração:22/10/2008 19:35:41



Fui feliz e não sabia
Mas agora sou bem mais,
Se toda paz e alegria
Nosso amor somente traz,

Tu és mais do que divina,
És rainha pra valer,
Tua glória me ilumina
Teu amor me dá prazer.

Vamos sempre caminhando
Sem pensar no que deixamos
Lado a lado te adorando.
Como é bom saber que amamos...
Publicado em: 07/01/2008 20:55:52
Última alteração:22/10/2008 19:55:54



Tu vives dentro em mim, mesmo à distância,
Eu nunca me esqueci, por isso volto,
Amor que me acompanha desd’infância
Um grito de alegria ao ver-te, solto...

Morria todo dia sem te ter,
A voz já embargada, não saía...
Rompendo os velhos elos do meu ser
A noite entristecida já doía...

Que bom que estás aqui, nada mudou...
Apenas a alegria redobrada
De ter esta mulher amante amada,
Estrela que meu mundo iluminou...
Publicado em: 20/04/2008 19:18:34
Última alteração:21/10/2008 13:14:21


Não quero falar de amores tontos,
Nem quero perceber quais foram os sonhos...
As madrugadas parecem mais risonhas,
Os meus dias são pétreos abandonos...
Queria navegar teu horizonte.
Da fonte dos desejos, uma moeda;
A mordaça cansaços e delírios.
As crisálidas que fomos não vingaram...
Quero o defeito de não ter solução,
Quero o direito de não ter mais meu fracasso.
Aço fraco, frascos, ascos e escusas...
As blusas abertas, o blues que tocas..
As tocas onde deixo meus degredos e segredos...
Meus medos, sutis medos, temerário...
Meu salário que recebo, um passo sem estrada...
Uma escada sem degraus. Um mar sem ter naus...
O caos absoluto...
Me enluto e não te esqueço. Tropeço, vou do avesso...
Me arremesso, não peço nem prossigo.
Se persigo não consigo consistência. A ciência
Da consciência esparsa, farsa...Belas taças
Jogadas num vago espaço...
Trago o aço da batalha, navalha, falhas e pecados...
Quero o acero da alma, a chama, acalma e tramas sem nexo...
Quero o frio gosto do rosto exposto sem rugas...
As rusgas as tropas e as trôpegas pegadas...
As pegas, os rogos, os lagos e barcos.
Arcos, areia, marcos, penteia a sereia os cabelos...
A morte não traíra nem traria uma traição.
Ação e coragem, aragem e sertão.
As serralhas e as fornalhas, acendidas.
As mãos descansadas, o peito aberto.
Meu medo completo, a nau, o sol...
Quero teu prazer e tua lei.
Quero poder ser teu rei
Quero o que não sei,
O seio, o veio,
O meio
Um mar
Distante mar,
Luz e luar, plenilúnio
Quero saber teu infortúnio.
Quero nada mais que minha sina.
Um frágil delírio, um vício, um principio.
Um banal gesto trazendo um desencontro louco,
As tarde sem Marina. Saudades fúteis e inúteis, fétidas...
Se ainda me quisesses não poderias dizer adeus...
Quem sabe os sonhos meus te trariam de novo.
O gosto amargo da saudade... Olhos tristes,
A vida resiste e não insiste, existe. Exige!
A face da esfinge se finge ágil e frágil.
As horas não passam, nem peço.
Meus passos, tropeço.
Me apresso
E não
Vou....
Publicado em: 24/04/2008 13:11:41
Última alteração:21/10/2008 13:24:28



Nasci naquela tapera,
Perto da curva do rio,
Onde à noite tanta fera,
Traz mais forte seu bafio,
Derrubando, sem demora,
Sem temer nem ir embora...

Tanta dor que me tempera,
Não me deixa mais vazio,
De tocaia, vou de espera,
Conheço vela e pavio.
Nem todo ovo que se gora,
Nem todo gosto d’amora...

Joguei cravinote longe,
Matei onça de empreitada,
Minha mãe fugiu com monge,
Pelos palpos dessa estrada.
Não tem mais como pereça
Virou mula-sem-cabeça!

Puxei forte da peixeira,
Sangrei mais de dez safados,
Fiz da morte, coisa useira,
Cantei rimas desfiados,
Fiz das primas meu deleite,
E não há quem não me aceite...

Sou peste sem pestanejo,
Desejo toda morena,
No meu sonho sertanejo,
A dor de longe, me acena,
Quem quiser ser a mulher,
Tenho casa de sapé.

No umbigo da montaria,
Atrelei minha placenta,
Vou correndo a fantasia,
Quero ver quem me agüenta,
Sou, de lado, vou de banda,
Vendo sangue na quitanda...

Tropecei nesse defunto,
Esquecido no relento,
Tanta coisa que fiz junto,
Meu olhar mais remelento,
Trago o gosto da remenda,
O luar faz minha tenda...

Mas não temo nem temia,
Venda nova nem fracasso,
Mingau da vida rugia,
No poleiro do cangaço.
Fiz mais três combinação,
Quisera ser Lampião!

Teimoso qual cascavel,
Escorpião da caatinga,
Roubando o brilho do céu,
No véu da noiva respinga,
Cascata da melodia,
Dourando essa cercania...

Meu falar enviesado,
É difícil traduzir,
É que, nele, vem atado,
O que melhor vai luzir,
Tradução de coração,
É brotado de emoção.

Vingança tem saliência
Coça na mão e no coldre,
Se for boa eficiência,
Traz logo, cheiro de podre.
Urubus descendo ao chão,
Querem dizer proteção.

Não virei mais à tardinha,
Nem de noite mais virei,
Na calada, vai sozinha,
A rainha desse rei.
Que não tem nem pode ter,
Contas para receber.

Já cumpri meus mandamentos,
Já te fiz meus rapa pés,
Nas feridas, sei ungüentos,
Misturando tantas fés.
Mastigando tais mezinhas,
Riscando com ladainhas...

Minha manta sei de couro,
Como é de couro o chapéu
Na boiada, meu estouro,
É o estorvo do meu céu.
Buscapé buscando gente,
Queima tudo, de repente.

No repente da viola,
Eu puxei minha peixeira,
Arrebentei a sacola,
Fiz promessa a vida inteira,
Nada consegui depois,
Na boiada, fui os bois...

Ferido de morte triste,
Aposentei o meu laço,
Esqueci tudo que existe,
Abandonado sanhaço,
Fui marcado sem perdão,
Tanta dor no coração.


O sol quando encoberto , no mormaço,
Lembra-me nosso amor quase falido.
Ao tempo vai, aos poucos, corroído
Em uma oxidação veloz qual aço.

As nuvens no romance já são tantas
Que , embora, sempre vente não sustenta.
A noite se promete vil tormenta
Nas trevas tão ferozes que te espantas.

Amor que necessita de cuidado
Em queda se transforma em solidão,
Esmaga nossa sorte pelo chão
E tem o seu futuro destroçado.

Mormaço, sem cuidado, também queima
Sem brilho, ou alegria nem ventura.
Na chama sem prazer que nos tortura
Amor se sobrevive só de teima.

Lutemos pelo brilho do luar,
Que a tarde já se passa, sem encanto.
Talvez um novo dia, traga o canto
Que possa, nosso amor, revigorar!
Publicado em: 29/04/2008 12:27:03
Última alteração:21/10/2008 14:26:23




Nos teus níveos sorrisos, as promessas...
Sultana que escraviza um coração!
Meu mundo transtornaste e não confessas,
Rastejo te implorando teu perdão!
Tantas vezes, a vida prega peças
É preciso encontrar um guardião.
No meu plácido rumo, não me peças
Que deixe de prestar tanta atenção.

Não posso caminhar sem os teus pés.
Não posso respirar sem o teu ar...
A vida não perdoa: és meu convés!
Tudo que é preciso nessa vida,
De nada mais seria sem te ter.
Saberia que estrada vai perdida
Uma nau sem destino, sem te ver.
Guardiã dos desejos e delírios...
De que vale, sem frutas, meu pomar?
Sem jardim, minha amada, p’ra que lírios?
Publicado em: 05/05/2008 20:41:38
Última alteração:21/10/2008 14:31:53



Amor é ser paciente e poder ver
Que a luz nos ilumina, sem dar tréguas
Embora tantas vezes disfarçada
Jamais nos deixará de recobrir.
Por vezes mal entendo algumas coisas,
Mas deixo que este barco siga em frente.
Urgentes sentimentos que nos tocam,
Que a morte um dia chega de repente.
Não tem por que pedir então desculpas,
A vida prosseguindo mostra o rumo,
E mesmo as duras pedras não impedem
Que possamos seguir nossa viagem.
Um dia saberás de barco e cais.
Ancoradouro vivo da esperança
Que é feito em carinho e em aliança
E não descansa nunca. Busca a paz...
Publicado em: 17/05/2008 21:26:42
Última alteração:21/10/2008 15:06:27



Vida efêmera
Trama a vida
Nos laços do amor
Que enquanto se tocam
Traduzem esperanças.
Refazer dos sonhos
Permitirão novos vôos
Rumo à eternidade...
Publicado em: 23/05/2008 14:29:46
Última alteração:21/10/2008 06:41:00



Bocas inebriadas dos desejos
Vasculham sem cessar, corpos e mentes.
Resgate da loucura em que engendrei
Meus gozos e torturas mais prementes.

Tua nudez exposta, escancarada,
Fornalhas e lareiras que adivinho.
Bebendo do teu néctar, redimido
Pelo prazer divino, tinto vinho.

Desmaia nos meus braços, brônzea tez,
Rogando em euforia, cada prece
Em tuas catedrais, altar insano
Aonde num delírio se estremece...
Publicado em: 27/05/2008 12:42:52
Última alteração:21/10/2008 15:20:26



Quando te vi sonhava com estrelas
Que são, deste infinito, pirilampos,
O raio desta lua sobre os campos

Trazia uma esperança de sabê-las,
Estrelas que busquei por um segundo
Nos olhos radiosos desta amada.

Querida, eu não peço quase nada,
Apenas de ternura já me inundo.
E quero teu olhar bem junto a mim.

No paraíso imenso deste amor,
Roubando do infinito a sua cor,
Brilhando em teu olhar, tão lindo assim...
Publicado em: 28/05/2008 11:58:09
Última alteração:21/10/2008 12:37:12


Sorte lançada
Dados rolando,
Vida danada
Tempo chegando
Vento tocando
Mulher tão amada
Ovelha encontrada
Encantos e gozo.
Palavra cumprida
Estrada vencida
A sorte da lida
Se mostra na esquina
Tropeço na quina
E vejo a menina
Que um dia faceira
Morena trigueira
Fugiu dos meus braços.
Agora os cansaços
Dos passos que dei
Tropeços, azares
Vencendo a discórdia
Unindo nas cordas
Teus passos e os meus
Ousadas palavras
Avessos reversos
Olhares dispersos
Se encontram nos teus.
Beijando esta boca
Dançando a ciranda
Amor carrossel
Girando, rodando
Ganhando este céu
Da boca que beijo,
Além do desejo
De ser companheiro
Amor derradeiro
Que Deus já me deu...
Publicado em: 03/06/2008 13:13:59
Última alteração:20/10/2008 20:13:33



Das ruínas, dos escombros
Das sobras do que fui
Refaço cada passo,
A vida agora flui
Cansaço já não sinto
E pinto o amanhecer
Meus sonhos não omito
Pois neles meu prazer.
Bendita madrugada
Que pôde me trazer
Corcéis da fantasia
Galopes no infinito
Colhendo das estrelas
O brilho mais bonito.
Publicado em: 30/07/2008 13:46:00
Última alteração:19/10/2008 21:57:12



Nas horas derradeiras desta vida
Que à noite nas boates terminava
Sem medo de viver a despedida
E nas dores cruéis agonizava
No prazer maior destes bacantes
Trazendo tantos gozos delirantes...

Investido de lágrimas e sonhos
Abraço teu cadáver, triunfante
Os gozos que me deste enfadonhos
Teu fim é meu começo, delirante.
O corpo desta fera pesa tanto
E traz ao meu destino, um novo encanto...

Ao me ver assim bêbado infeliz
Escarrado pelas ruas, um mendigo,
Buscando meu prazer na meretriz
Meu último quinhão, o meu abrigo
Nas noites friorentas deste inverno
Que sempre se traduzem como inferno!

Nas portas que fechaste com teus pés
A vergonha invadindo minha vida
Meu barco naufragado sem convés
Amargo da saudade desvalida
E o fel deste teu beijo envenenado
Teu fim sempre sonhei, tão desejado...

Mortalha não carrego, comemoro!
Em cálices de amarga lucidez.
Os olhos sobre o corpo já demoro
E rio, me gargalho dessa tez
Lívida, arroxeada e sem mistério.
A morte executada sem critério...

Agora que me livro desta fera
Encontro meu destino mais feliz.
O rosto venenoso de quimera
Não guarda mais sequer a cicatriz
Marcada pelo golpe que te dei
Nas horas onde foste a triste lei...

Vencida esta batalha, resta o sonho
Em busca d’outros dias sem fronteira.
Vejo-te em podridão, acho bisonho
Quem fora sempre forte, a vida inteira,
Coberta pelas lavras se destrói
O mais mísero verme te corrói.

A minha mocidade destruíste
Em todos os orgasmos não deixaste
Todos os meus desejos já puíste
E em cada sonho meu sempre escarraste
Não pude decifrar sequer teu rosto
Que agora, está em restos, decomposto...

Meus olhos regozijam com a tela
Demonstrada e pintada em vera cena
No brilho do matiz, esta aquarela
Resume o belo fim de minha pena.
Eu vejo destroçado quem me corta.
Depois deste cenário, a nova porta.

Agonizaste a cada navalhada,
Penetrante e sutil em tal prazer
Dada que esfacelou, não restou nada
Apenas a vontade de viver
Que renasceu com fúria no meu peito.
Descanso no meu leito, satisfeito...

Esperei por tal fato sem descanso,
Lutei tão bravamente e te venci!
Futuro tão distante, sim, alcanço
Num gesto quase heróico estás ai
Morta enfim. Destroçada sem perdão!
Livrei-me da quimera: a solidão!
Publicado em: 09/09/2008 13:41:27
Última alteração:17/10/2008 14:35:13



Quando andavas distante, passageira,
Fugias por estradas mais obscuras...
Ardia essa saudade, qual fogueira,
Temíamos quaisquer guerras futuras.
Guardávamos, no peito, as amarguras...
Não pude destruir a derradeira
Defesa que nos mata. Nas escuras
Tempestades, queimavas a bandeira

Do que fora bendito em nossas vidas...
Amores se marcavam, radioativos,
Buscávamos fugir das despedidas...
Ao menos escaparmos disso vivos
Não tínhamos sequer uns bons motivos
Andávamos distantes, emotivos,
Tentávamos defesas já vencidas
Porém das nossas lutas quase perdidas
Renasce um sentimento salvador
Que trama novos cantos de saudade
Que nos prende tentando liberdade
E que em plena alegria causa dor
Em tudo que ele toca, claridade
E todos os lugares, quando invade,
Transmite tua força e teu valor.
Das guerras a trazer tranqüilidade
É pleno; dando, em vida, eternidade
Ao qual reverencio num louvor
Tendo, associada, uma amizade,
Faz-nos reconhecer que uma verdade
Só nasce em plenitude, num amor!
Publicado em: 10/09/2008 19:37:22
Última alteração:17/10/2008 14:38:47



Um vulto de mulher sempre aparece,
Quando os sonhos se tornam pesadelo;
A sorrir levemente, avulta e cresce
E, sem detalhes, o sinto e ainda posso vê-lo!

No jeito de me olhar, emanações de prece
E há cheiro de pecado, em seu cabelo;
Tem as cores do dia que amanhece
E a simetria dos cristais de gelo...

Esta visão que bate à minha porta,
Sem me dizer o que deseja e quer,
Faz reviver uma esperança morta...

Ilusão, fantasia ou realidade,
Existe sempre um vulto de mulher,
Em cada coração onde há saudade!

O vulto da mulher com quem sonhara,
Distante de meus olhos, tanta dor.
Amar é cultivar pérola rara,
Mistura entre a lama e o esplendor.

Eu sinto que tu queres me deixar,
Não vejo por fazes isso, amada,
A noite se aproxima devagar,
Depois a solidão da madrugada...

Não deixe que emoção termine assim,
Preciso te encontrar, minha alegria.
Matar o que, de amor, existe em mim,
É como me negar a fantasia...

Mulher que tanto quero em realidade,
Não deixe o coração virar saudade!

Marcos Coutinho Loures
Marcos Loures
Publicado em: 11/09/2008 12:48:21
Última alteração:17/10/2008 14:53:11


Procuro a liberdade pelos ares
Nas asas das fantásticas libélulas.
Em cada criatura, em suas células,
Nas frutas que colhi nos meus pomares,

Nas árvores frondosas, nas cascatas;
Nos passos delicados da pantera,
Nos olhos do leão, de qualquer fera;
Em toda ventania, em densas matas.

Procuro a liberdade no meu canto,
Nos pássaros canoros e libertos.
Nos rumos das estrelas, tão incertos,
Na lua com seu belo e alvo manto...

Nas ruas e mansões, nas capitais;
Nas praças e coretos das cidades.
Na luz em forte brilho, claridades,
Nas ondas e profundas abissais..

Na força da natura e na beleza,
Nas altas cordilheiras e nos planos.
Em todos os lugares, desenganos.
E mesmo no universo uma incerteza.

Liberdade meu sonho mais feliz,
Onde estarão as asas que procuro?
A busquei no clarão, em pleno escuro,
Nas ásperas escarpas, céus anis.

Esta procura louca já me cansa
Em busca da ansiada liberdade.
Encontrando por vezes a saudade,
Meu olhar mais distante não alcança

O cimo das montanhas e os rios.
A luz de tantos sóis já me cegava.
O brilho da manhã não encontrava,
Amauróticos olhos perdem fios...

Depois, total cegueira em minha vida.
A perda da visão, minha prisão!
Pensara num momento, em solidão;
A luta que travei está perdida...

Porém quando julguei que estava só,
Um pássaro em gaiola, solitário.
Recebendo o carinho solidário,
Amor que não deseja e nem tem dó,

Amor que me acalenta e fortalece
Que traz essa certeza de vitória
Que me mostra o caminho para a glória
Que a cada novo dia me enriquece.

Amor que soluciona meus problemas
E não cobra e nem sabe me ofender.
Que não precisa de ódio pra viver,
E que traz alegrias como lemas.

Amor que me sussurra e me perdoa,
Não guarda nem rancores nem vinganças,
É pleno em atitudes e esperanças,
E mesmo sem ter asas, livre voa...

Num segundo percebo essa verdade,
Cansado da procura e quase cego,
Descubro, em minha busca, o que carrego
Vivo em meu terno amor: a liberdade!
Publicado em: 12/09/2008 18:00:15
Última alteração:17/10/2008 13:26:14


Proponho não guardar mais o segredo
Vivermos nossa vida sem temor.
O tempo desfará qualquer um medo
Embora em nossa cama, tal pavor
Que sempre nos trará um novo enredo...

Desejo de beijar a tua boca
Depois fugir correndo sem ter rumo.
A mão que te deseja morre louca...
Depois de tanto não já me acostumo.
No fundo essa verdade era bem pouca...

Meu barco vou levando docemente,
E sempre meu caminho sigo atento.
Se mente ou se remete, já desmente,
A nau que se flutua sem ter vento.
Na boca que não beijo, mais contente...

Agora nossa noite traz a lua,
O sonho de viver tão doce fado,
Embora sem certezas, continua
É bom te ter deitada aqui do lado,
Principalmente assim, exposta e nua!
Publicado em: 15/09/2008 19:35:17
Última alteração:17/10/2008 13:36:29


uma declaração de amor
Não quero que tu sintas mais desdém
Por quem sonhou ser teu por toda a vida.
Bem sabes que preciso ter teu bem
Senão minha alegria vai, perdida...

Não deixe que a tristeza se aproxime,
Nem cale nos teus versos tanta dor.
Amor quando é demais, da dor exime
Embora tantas vezes sofredor.

Preciso te encontrar mais amiúde
Porém eu não consigo te entender.
Amor em desatino, uma atitude
Qualquer já nos parece um ofender...

Nos mares que naufragas sem ter bóia,
Minha alma na tua alma já se apóia...

Marcos Coutinho Loures
Publicado em: 17/09/2008 20:07:21
Última alteração:17/10/2008 13:56:40


UMA DECLARAÇÃO DE AMOR
Tanto amor que a vida trouxe
Mas amor se foi, morreu...
Acabou-se o que era doce,
Mas antes ele do que eu...

Amor, palavra bonita,
Que tanta luz sempre traz.
Amando, a gente acredita,
Que esta vida satisfaz.

Eu plantei um pé de amor,
Fui colher felicidade,
Mas fui tão mal lavrador,
Que, no fim, colhi saudade...

Se Maria não me quer,
O quê que posso fazer?
Nos teus braços de mulher,
De tanto amor vou morrer.

Quero o gosto dessa boca
Nesta boca mergulhar.
A saudade dói, é louca,
A saudade quer matar!

Vivo em busca do futuro,
Não esqueço meu passado,
Presente em cima do muro,
Coração desembestado...

Saudade é no feminino,
É assim que a vida quer.
Desde o tempo de menino,
Esperei, você, mulher...

Você veio devagar,
Devagar tomou assento.
De tanto que quero amar,
Nesse amor já me arrebento...

Mas não deixo de tentar
Ser feliz por mais um dia...
Não canso de imaginar,
Montado na fantasia...
Publicado em: 20/09/2008 19:49:46
Última alteração:02/10/2008 20:25:42
UMA DECLARAÇÃO DE AMOR
Na aura
Áurea
Amor
Talha.
Mortalhas
Nega
Expressa
Ação
Expressão divina
Do vinho e do pão.
Harpas e arpão,
Arpoas sentidos.
Prós em proas
Sem pós
Nem riscos.
Arisco?
Não sou mais.
Somais
E seremos um.
Bem mais que mil.
Publicado em: 21/09/2008 22:37:30
Última alteração:02/10/2008 20:20:42


Não quero um sonho,
Nem mesmo uma esperança
Muitas vezes falsária
E indigesta.
Não quero tampouco uma ilusão.

Deles estou cansado.
Vagabundo coração fala, fala e ainda teima...

Não quero uma palavra inútil, nem sentimento breve.

Quero outras manchetes.

Novas notícias,
Em garrafais.

Sem sombra de dúvida, eu quero ser feliz.

Por isso, venha aqui,
De mansinho,
Deite sua cabeça no meu colo,
Sinta meus dedos em teus cabelos,
Num enlevo suave e real.

Deixa que essa brisa tome
A tua casa, o teu quarto
E se bobear,
Se assim quiseres...
O teu coração...
Publicado em: 25/09/2008 12:14:10
Última alteração:02/10/2008 14:29:32


Numa divina folia
Me dando tanta alegria
Que me traz a fantasia
De ser teu por mais um dia.
Neste amor, tanta harmonia
Te encontrando em sincronia
Na adorada melodia
Que não quer melancolia
Que só quer a poesia
Que te entrega todo dia...

Amor igual nunca vi,
Que me faz teu colibri,
Seja lá ou seja aqui
Meu caminho, em ti, perdi.
Tanto tempo que vivi
Procurando, amor, por ti,
Rio Grande ou Piauí,
Amor demais que senti,
Toda dor já esqueci,
A minha vida está ai,
Do jeito que te pedi...

Mas não temo mais saudade
Tanto amor em liberdade
Vivendo na claridade
Sabendo que, de verdade,
Nas ruas ou na cidade
Encontrei felicidade
Distante da falsidade,
De tanto amor, amizade,
Antes cedo do que tarde,
Neste amor: sinceridade!
Publicado em: 26/09/2008 14:39:07
Última alteração:02/10/2008 14:42:03



Amor, a tempestade, em calmaria breve
É pesadelo louco. Espero e me destrói
Ao mesmo tempo cura, amputa e tanto dói!
É fardo que carrego e que me deixa leve.
É mão que me tortura, em carinhos se atreve.
Depressa, cicatriza, um segundo, e corrói.
Esfacela meu sonho; a vida, me constrói.
É frio no deserto, e sol em plena neve.
Amor manto desnudo, e clara madrugada;
Serpente que me beija, a boca envenenada.
Derrota na vitória, os louros na derrota!
É pleno contra-senso, um barco sem destino.
Ao velho, pleno encanto, e volta a ser menino.
Amor é louco guia, esquece-se da rota!
Amor é fantasia que me aquece,
Quem vive sem amor. Cedo enlouquece...
Publicado em: 28/09/2008 20:33:02
Última alteração:02/10/2008 14:45:07


Tanto quanto poderia,
Falar de tanto que sei
Vida, nova vida, adia
A vadia que sonhei.
Na avidez de nada ter,
No não temer nem a dor,
De nada tendo a perder,
Lívido, divido a flor
Do pensamento mais louco
Que nada se faz do tanto,
Desse tanto que é tão pouco,
Carregando, levo o pranto.
Na tímida lua nova
Que me inspira tanta luz
Que me traz de novo, a trova
Travada a sangue, no pus
Escorrido pela face
Marcada pelas manhãs
Que, antes que tudo se embace
Traz as febres das terçãs.
Me pergunta, nessa espreita
Nova forma, mais disforme
Carregada na maleita
que comigo, amante, dorme.
Quero vícios meus ofícios
Meu principal precipício,
Principiando meu verso,
N’avesso dess’universo...
Tinhas tantas teimosias
Em tuas aleivosias,
Tantas velhas melodias,
São as minhas fantasias.
Quero o sedento sabor
Do mais que a sede dará.
Quero o acre gosto da dor
Na maçã que brotará.
Macia a boca nojenta
Que me escancara desejo
No podre sabor do beijo,
Represa que se arrebenta.
Nocivo gosto de morte,
Transgredindo todo norte,
No topo de minha sorte
Não há ninguém que me importe.
No serão nem no seria,
No sertão, na maresia
Nos olhos de mãe Maria
Trafegando rebeldia.
Quero o medo dos meus medos
Catarse e virginal hímen,
Afagar todos segredos,
Fugindo desse teu lúmen.
Liberdade, tão às moscas
Emboscas e me torturas,
Na noite das luzes foscas,
Tateando nas procuras
De minha cara metade,
Na metade do clarão,
No meio dessa cidade,
No cerne do meu sertão.
Vi teus olhos passageiros,
Teus olhos são os primeiros
Que encontrei nessa viagem
Neles, pedindo paragem.
Falando tanta bobagem
Rasgando meu coração,
Pedindo pelo perdão,
Nas dores, amores agem...
Vou terminar meu incerto,
Concretizar o concreto,
Prometo ser mais discreto,
Amor pedindo meu veto...
Poetar sempre poeto,
Sempre cometendo rima,
Amar vai trazendo estima,
Estimação de moleque,
Na vida piso no breque.
O resto vai a reboque...
Nas mãos, meu velho bodoque,
Vitrola tocando roque,
Dos versos, final de estoque.
Isso que já cometi,
Nesses versos sem sentido,
Foi porque já me perdi
Quando te vi, sem vestido.
Nua caminha na sala,
Embala os sonhos caminha,
A pele, traje de gala,
Que pena não seres minha!
Publicado em: 01/10/2008 21:15:42


De minha inspiração tristeza e sonho
Das horas que passamos, de tão puras,
Vivendo nosso amor que sei risonho,
Embora em tantas noites mais escuras
Encantos e desejos que se tocam,
Sabendo que virão as desventuras,
Amores nos amores se retocam
Nos salvam destas mágoas, amarguras...
Agruras deste amor que me tomava
Entre verdades tolas e receios,
Ao mesmo tempo em que tocava
A maciez gentil destes teus seios...
Aurora em maravilha transportava
Clarão do novo dia que sonhei,
Ao ver a criatura imaginava
Em quanta fantasia me esbaldei...
Quem sonha não revela os seus segredos
Transborda em tantas formas de prazer.
Não quero mais viver os velhos medos,
Apenas o teu corpo percorrer
Sagaz e mais gentil explorador
Sabendo decorar os arvoredos,
Das matas em delícia deste amor,
Vivendo em fanatismo teus enredos...
Quem dera não tivesse tal tristeza
Que sempre me invadindo não me larga,
Cabendo nesse mundo a fortaleza
Que impede nossa vida tão amarga.
Eu quero desvendar essa beleza
Envolta nos teus rumos e paragens,
Não sei se mais terei essa certeza
Que traz em nossas vidas as roupagens
Decerto me protejo nos meus versos
Envoltos nesta capa de ilusão,
Contando tantos sonhos adversos
Protejo dessa dor meu coração,
Assumo por caminhos mais diversos,
O medo de viver em solidão,
Sabendo que terei os universos
Que trazes com a força do perdão...
Amada não me deixe assim tão só,
A vida não será mais este lago
Da mansidão perfeita, laço e nó
Que sempre determina o teu afago,
Amada eu te implorando santa dó
De quem sempre viveu sem ter ninguém
De quem jamais saiu do imenso pó
E vive na esperança desse bem...
Querida não desejo a liberdade
Envolta nos delírios mais ferozes,
Talvez possa me dar a claridade
Que sempre me protege das atrozes
Garras inerentes da saudade
Vagando tanto tempo nos teus braços,
Aguardo tolamente tal verdade
Que impedirá a vida dos cansaços...
Não deixe que o amor seja atingido
Por tantas heresias e penumbras,
De todo grande amor, maior sentido,
São cores e desejos que vislumbras
Ao fim de tanto tempo sem olvido,
Querida não me traga tantas garras
Não quero mais amor tão mal vivido
Nos medos e nas teias, nas amarras,
Que sempre dominaram nossas vidas.
Agora, neste outono em que me vejo,
As horas não seriam tão compridas
Se fosse realizado esse desejo
De termos nossas sortes já cumpridas,
Na fonte que não seca, manso beijo,
Nas nossas horas todas tão queridas,
Porquanto tanto luto assim, pelejo!
Venha pelas sendas mais bonitas
De todos os caminhos, minha rosa,
De todo o mal da vida, não permitas,
Que a dor sempre te engane pois, vaidosa
Não vê que se desaba tudo aqui
Nas asas machucadas e feridas,
Nas noites mal passadas e sofridas
Dum pobre sonhador, teu colibri....
Publicado em: 02/10/2008 09:20:45
Última alteração:02/10/2008 13:40:39




Declaro o meu amor
No verso que te faço.
Sem ter um embaraço
Sou teu e nada mais
Atrás de cada sonho,
Um gosto delicado
Amor eu te proponho
Te quero aqui do lado,
A vida que me resta
O pouco que terei,
Amor que assim nos gesta
Decerto encontrarei
Nas mãos desta mulher,
Meu canto em mansa brisa,
Do jeito que vier,
A sorte já me avisa
Que tudo o que eu pretendo
Encontro nos teus braços,
Amor vai me envolvendo
Aperta firmes laços
E faz-se em esperança
De um dia mais feliz,
A vida então se avança
Do jeito que eu mais quis,
Em torno da aliança
Que contigo, amor, fiz...
Publicado em: 04/11/2008 13:05:12
Última alteração:06/11/2008 12:11:08



Olhando nos teus olhos
Decifro os teus enigmas
Magias e delírios
Encantos sem ter fim.
Um verdadeiro totem
Um símbolo sagrado
Perfeita sincronia
Viceja lado a lado
Desejo que se expõe
Compondo a maravilha
Que traz em verso e brilho
Fantástica esperança.
Na dança em que se avança
A noite qual criança
Amor depressa alcança
A lua imensa e mansa.
E toda recompensa
Além do que se pensa
Amor quando compensa
Expressa divindade.
Amor que é de verdade
A cada novo enfoque
Desnuda-se em belezas.
Sem presas nem presilhas
Não somos duas ilhas
E mesmo disto em milhas
Amor se pereniza.
O vento que me avisa
Da boca mais precisa
Da sílfide e sereia
Que invade em lua cheia
Perfaz divina teia
Acende o meu desejo.
Vontade se faz beijo
Um rito delicado
Do amor que sem pecado
Nos leva ao paraíso.
Publicado em: 25/11/2008 07:41:29
Última alteração:06/03/2009 16:47:00



Marcando minha pele
Beijos mais audazes,
Velozes tuas mãos,
Teus lábios são vorazes.
Eu quero me entranhar
Aonde tu escondes
Tesouros encantados,
Depois de eu encontrar
Decerto saqueando
Teu reino penetrando
Um cavaleiro alado.
Deseja sempre e tanto…
Sedento, cedo a ti,
Cometas e gametas
Misturas mais completas
Repletas de prazer.
Sou cais enquanto queres
Ancoradouro em fogo,
Meu barco, o teu saveiro
Naufrágios misturados.
Flores e fagulhas,
Retomo o meu caminho,
Vasculho cada canto
E encanto-me por que
Achando um diamante
Perpétua fantasia,
Nesta água cristalina
Em fúria transformada,
A fada chega nua
Safada e pede bis..
Publicado em: 04/12/2008 19:46:35
Última alteração:06/03/2009 16:02:47



Em tuas mãos divinas, esperança
Dançando sem ter pressa de parar
Aparo todas dores que sentia
Sem tino sem querer nem descansar.
Avança a noite em dança, na promessa
Confessa que sem paz não posso mais
Se mais do que demais não sou capaz
Aurora traz cantigas mais antigas
Periga meu amor não te encontrar...
Mas vejo teu retrato na parede
E sigo sem ter tempo nem vontade.
Amar é sempre ter tranqüilidade?
Não sei se vou matar a minha sede,
Dos seios e do sexo mais gostoso
Que tanto prometemos mas não há-de
Nem todas seduções, nem nas estrelas
Que belas se repetem tantas velas.
Ao vê-las se espalhando pelo céu.
Cobertas deste véu incandescente
Tirando nossas roupas, tal nudez
Repete nossos sonhos mais vorazes...
Mas amo teus desejos incontidos
Em meio aos nossos sonhos de prazer...
Publicado em: 08/12/2008 17:43:47
Última alteração:06/03/2009 15:25:10


Nas esperanças que trouxe ontem
No embornal, carregado e cheio.
Tantas coisas que não contem
Senão já se perde pelo meio.

Olhos cansados, mãos machucadas,
Pés feridos e peito pesado.
Às horas todas, nos vários nadas,
Por onde andava, estropiado.

Coloquei o embornal no lado esquerdo
Que fica mais fácil de carregar,
Não pude esconder todo o meu medo,
Esperança adora abrir bornal e voar.

Mas, estava bem fechado com linha
Daquelas de saco, que minha vó costurou.
Com agulha de tricô, a mais grossa que tinha.
Desse jeito, escapa não senhor.

Tanto engano! Foi só dar uns passos e trupicar.
As danadas começaram a fugir,
Pelo rasgão que foi cismar de dar
Na parte de cima do embornal, ali.

Na hora eu tentei segurar as esperanças.
É trabalho difícil, trabalho de estivador.
No meio de tantas dores, danças, contradanças,
Só sobrou uma esperança, a do amor...

Essa inda restou no embornal rasgado,
Mas logo essa que tanta dor sempre causou.
Logo agora, final de estrada, todo machucado,
Sangrado, ferido, banguela, olha o quê que me restou!
Uai...
Publicado em: 09/12/2008 13:21:43


Que se dane!
Me perco, manso e safado, asco e desejo,
Arpejo e salamandra, enormes vagalumes...
Colibris e paraméceos, cios e senzalas...
Sou mar e marina, amaria e não amar
Rumar por ruas e aspas, métricas e rimas,
Cismas e sismos. Cinismos.
Me perco...
Nada mais posso dizer, viver é saber mar.
Mar que não freqüento, vento que não tenho,
Cenho já fechado, arado que não ara, ar, aragem...
Paragem, freno e fornalha, parafernália.
Meu último segundo, mundo que inibe, bélico...
Eólico, fatídico, fraternal e farsante.
Farsa andante, ando meio à toa. À tona. Átona...
Teimo com tremas e temas, átomos, tomos
E temeridades.
Temer idades.
Temer cidades.
Temer os hinos,
Termino
Término.
Termos e hinos,
Meninos...
Meus hinos e meus mimos, martírio.
Quero o gosto, gozo e gesto.
Vivo pro gasto, pro fausto e pro fastio
Pro afã, profano...
Giro por entre gestos incontestes com testes, contextos.
Com textos e texturas.
Puras peraltices.
Altas pernas, pernaltas, pernas longas...
Pernilongos, longos, logos, lagos, escunas
E lagunas.
Lacustre sonho, medonho me exponho e me ponho no mar...
Ar e medo, arremedo absoluto. Absurdo,
Surdo a soldo, sola, soldado...
Calo e refaço,
Farsa e cobrança
Aliança.
Mansidão....
Te amo e que se dane!
Publicado em: 11/12/2008 11:38:06
Última alteração:06/03/2009 15:38:15


Falar do amor como quem bebe um gole,
Até que se embriague e siga tolo
Entornando luas pelos olhos.
Falar das emoções como um lavrador
Que cuidadosamente amansa a gleba
E forja seus milagres: grão e fruto.
E principalmente
Viver desmedidamente
O amor.
Sem perguntas, sem receios,
Numa entrega absoluta.
Mesmo que venha a dor
Ao amanhecer...
Publicado em: 30/12/2008 06:48:11
Última alteração:06/03/2009 13:45:23



Meus beijos como seta te penetram
Adentram teus espaços, tuas metas
Testando os teus limites não se cansam,
Mordiscam seios, coxas, peras, nádegas.
Libertos vão audazes e te entranham
Aguardam teu jorrar em umidade.
Na luta pelo corpo, são guerreiros,
Limites só conhecem no infinito.

Meus beijos bandeirantes explorando
A tua geografia acidentada,
Os morros, vales, montes depressões
Encharcam-se no pântano sal/sol.

Fornalhas reconhecem pelo toque
As lavas engolidas, derrocadas.
Ourives de tesouro inesgotável
Meus beijos, nossos beijos, fogo fátuo...
Publicado em: 06/01/2009 20:10:09
Última alteração:06/03/2009 12:07:55



Fui feliz e não sabia
Mas agora sou bem mais,
Se toda paz e alegria
Nosso amor somente traz,

Tu és mais do que divina,
És rainha pra valer,
Tua glória me ilumina
Teu amor me dá prazer.

Vamos sempre caminhando
Sem pensar no que deixamos
Lado a lado te adorando.
Como é bom saber que amamos...
Publicado em: 09/01/2009 14:14:34
Última alteração:06/03/2009 11:39:54



Tua sensualidade quase exótica,
Na nudez desavisada e transparente...
Na palidez da pele nua, gótica,
Sorriso sensual, adolescente.

Dolente sensação divina, erótica
Lambendo com prazeres de serpente
A noite sem te ter passa estrambótica
E cura-se em teu sexo, de repente...

Revisto tua entranha, adentro gruta,
Num grito gutural esvai-se em muco.
As carnes são os cernes desta luta

Que encerra-se em esplêndidos espasmos,
Bebemos gota a gota todo o suco
Extraídos dos pântanos-orgasmos...
Publicado em: 12/02/2009 14:34:45
Última alteração:06/03/2009 06:46:28




Errante cavaleiro sem destino,
Em busca de um descanso, uma miragem,
Às vezes me perdendo, vou sem tino,
Procuro um coração, uma estalagem
Aonde possa enfim; arriar sela.
Onde arrieiro peito se revela.
Publicado em: 20/03/2009 09:24:19
Última alteração:17/03/2010 21:07:07



No cortejo que te faço
Versos tantos de alegria
Sem pudor e sem cansaço
Tanto bem eu te queria
Minha amada o teu abraço
Só me traz a fantasia,
Te prendendo neste laço
Quero ser a montaria
Que te leva pelo espaço
Mesmo a noite sendo fria,
Estrelas no céu eu traço
Vou dourando a poesia
Pedaço junto a pedaço
Obra prima então se cria
Neste canto passo a passo,
Transbordando em cortesia
Tendo assim já no teu braço,
Dos prazeres garantia.
Vou deitar no teu regaço,
Descansar tanta arrelia
Não suporto um erro crasso
Só verdade é que me guia,
E quando de noite lasso
No teu corpo, a melodia
Que infinitos mundos; grasso
Do universo a cercania.
Muito além do que disfarço
Vou mantendo esta harmonia
Na firmeza de algum aço,
Nosso amor me propicia
Sem ser tolo nem devasso,
És de mim a estrela guia...
Publicado em: 16/01/2010 16:04:08
Última alteração:14/03/2010 20:42:58



Ouvindo o teu chamado meu amor,
Correndo pr'os teus braços, logo vim,
Tu és minha alegria e sem temor,
Te vejo como um sol dentro de mim...
O mundo, do teu lado, é mais bonito;
Os mares, as estrelas... As montanhas...
Olhando o firmamento... O infinito...
Na busca pelo encanto. Nossas sanhas...
Eu te desejo tanto... Como é bom
Saber que tu também me quer contigo...
Amar é dividir o mago dom
Na busca pelo mesmo e forte abrigo...
Eu estava esperando o teu chamado,
E me entregar a ti, apaixonado...
Publicado em: 11/05/2010 08:51:37


Esperas e torturas nos maltratam,
Mas quando estamos juntos outro inferno,
Ao mesmo tempo dita um gozo terno
Ou tanto noutro instante nos desatam
Palavras de carinho desacatam,
Aonde se pudesse luz, inverno,
E quando me afastando em paz hiberno
Nossos desejos voltam e já resgatam,
Momentos entre fúrias e carícias
Desejos delirantes e sevícias
Marcando nossas peles, cicatrizes,
No quanto tu tatuas dentro em mim
Princípio desenhando amargo fim,
Extremas maravilhas entre as crises.
Publicado em: 23/05/2010 13:23:30



Os dias se prometem sobre os muros
Enfrentam as diversas tempestades
E quanto mais deveras tu degrades
Maiores os temores, vãos apuros,
Resumo cada verso em ventania
E bebo deste sal suor e gozo,
O tempo se pintando majestoso
Traçando cada estrela que me guia
Gestando esta criança dentro em si
E dela algum sorriso em paz e brilho,
Enquanto neste sonho teimo e trilho
Depois de tanto tempo em que perdi
A rota dos meus dias no vazio,
A vida novamente enfim recrio.
Publicado em: 03/06/2010 14:12:27



A beleza sutil expondo a face
Maravilhosamente inebriada
De quem se mostra enfim enamorada
Por mais que a solidão em volta grasse,
No tanto quanto quero sem impasse
A vida noutra senda decorada,
Risonha e tantas vezes ansiada
Diversa do terror que nos desgrace,
Da intensa plenitude a cada instante
Momento mais sublime e fascinante
Airosa e poderosa luz que guia
O passo de quem tanto bem se quis,
Gestando amanhecer bem mais feliz,
Entornando a suprema poesia.
Publicado em: 04/06/2010 09:09:48



Vagando pela noite insaciável,
Tocando sem fronteiras a nudez
Na qual o nosso amor, insensatez
Encontra seu terreno mais arável,
O tempo noutro tempo imaginável
O quanto te desejos e me crês
Assim ao se encontrar o que se fez
No gozo mais feliz e incontrolável,
Recebo o teu afeto e continua
A lua sobre ti divina e nua,
Enquanto a noite em prata nos consome,
Sedento cavaleiro em noite imensa
Meu corpo no teu corpo em recompensa
Matando toda a sede e toda a fome.

Publicado em: 09/06/2010 20:28:08



Quem há de condenar amor intenso?
Quem há de dizer não a quem adora?
Não quero despedidas, rasgo o lenço,
Eu quero o teu carinho desde agora
Perfumas minha vida, rosa rubra,
Que toda a fantasia, enfim, nos cubra!
Publicado em: 09/01/2008 21:14:58
Última alteração:22/10/2008 19:43:40



Amor sempre amortiza a solidão,
Desfralda estas bandeiras mais falazes.
Repleta nossa vida de emoção
Viaja por desejos mais audazes
E faz de toda a vida, em tantas fases
Vontades com certeza, mais capazes.
Publicado em: 10/01/2008 19:22:38
Última alteração:22/10/2008 19:42:52



Loucura é não ouvir
A voz deste desejo
Que chega devagar
E logo quer um beijo,

Do beijo, sem temor,
Se faz tanto carinho,
Adoça nossa trilha,
Esquenta o nosso ninho.

Depois, a noite chega
E o fogo revigora,
Amada eu tanto quero
Te ter comigo, agora,

Não tenha mais pudores
Nem medo de chegar,
A noite se faz clara
Aos raios de um luar

Que tanto santifica
Quem ama e quem se entrega,
Sabendo disso, amor,
Na luz que quase cega

Eu deixo o meu destino,
Na espera incandescente
Do beijo que incendeia
Amor que vem da gente...
Publicado em: 03/02/2008 20:26:43
Última alteração:22/10/2008 16:46:18



Se eu pudesse, de repente
Te daria o céu e o mar,
O sol morre no poente
É tua vez de brilhar.

Tu és pura inspiração,
e brilharei quando te alcançar,
atiçarás minha imaginação
na certeza de me amar ...
(ivana)

Meu brilho
Tu não sabes?
Chegando das coxilhas
Dos pampas, belas sebes
Estende em maravilhas
Nas quais
Tu já me embebes...

Publicado em: 05/03/2008 16:58:12
Última alteração:22/10/2008 15:19:49





A noite vem chegando de mansinho
Tomando já de assalto o coração,
Andei por tanto tempo sem ter rumo,
Agora encontro a senda da paixão,

Vivendo sem sequer saber de um beijo
Que fora prometido e nunca dado,
Seqüestro uma ilusão e morra além
De todo o desespero do passado...

O rio que transcorre em cachoeira
Encontra no oceano imensa foz,
Não vejo mais ninguém que um dia possa
Calar toda a potência desta voz

Que sai dentro do peito em verso livre,
Liberto das algemas da tristeza,
Meu canto sem limites sempre foi
A forma em que moldei minha defesa

Contra as agruras todas desta vida,
Contra as cruéis senzalas de emoções,
Assim não temo as rinhas de um deboche
Que não conhece a força das paixões...
Publicado em: 05/02/2008 13:54:39
Última alteração:22/10/2008 17:44:18


No vento frio, o sopro
De amor que nos tomou
Buscando o que perdi
Somente nos restou

Vontade de ficar
Mas tendo de partir,
Eu tenho tanto amor
E quero repartir

Com quem me queira amar
Desejos coincidentes
Aquecendo esta noite
Carinhos mais ardentes...

Vencendo a solidão
Distâncias e temores,
Eu chego na manhã
Sabendo dos albores

Que trazem alvoradas
Acendendo a lareira
Queimando nas geadas
Te encontro qual fogueira...
Publicado em: 07/04/2008 07:05:21
Última alteração:21/10/2008 19:57:22



Somente por te ver, minh’alma canta
E a teus pés se prostra, reverente,
Pois és a deusa que se faz presente
E suave jugo aos súditos implanta.

À tua volta vejo os passarinhos
Alegres, a cantar em reverência,
E as flores, exalando fina essência
Perfumam os teus passos, teus caminhos.

Se assim a natureza te saúda,
Não pode sesta minh’alma ficar muda
E, diante deste fato se calar.

Por isso digo ao sol, à lua, ao vento,
E a quem puder ouvir, neste momento,
É muito bom, Mulher, poder te amar!


MARCOS COUTINHO LOURES
Publicado em: 10/04/2008 13:55:51
Última alteração:21/10/2008 18:21:15



Amor sempre amortiza a solidão,
Desfralda estas bandeiras mais falazes.
Repleta nossa vida de emoção
Viaja por desejos mais audazes
E faz de toda a vida, em tantas fases
Vontades com certeza, mais capazes.
Publicado em: 08/01/2009 15:37:51
Última alteração:06/03/2009 11:44:29


Mulher dona da lua irmã do sol
Levando em suas mãos milhões de estrelas
Nas asas do meu sonho voa livre
O coração reverte em leves alas.
Caminhos tão difíceis de seguir
Segura em suas mãos o vento forte
Que veio da paixão sem disciplina.
A boca que alucina também morde
Acode de repente o que vivemos.
Mulher dona do sol irmã da lua
Deitada, aberta e nua em minha chama
Ama e não reclama nem recalca
Apenas toca, e guarda-me em compotas...
Publicado em: 23/01/2009 12:24:52
Última alteração:06/03/2009 07:04:59



Estrelas deslizando em noite flórea
Tiaras espalhadas pelo céu,
Na cama esta beleza que marmórea
Engalanando encanta o meu dossel,
A lua com ciúmes merencória
Fugindo não entende o seu papel
De bela cafetã já se escondeu
Na nuvem que nos céus apareceu...
Publicado em: 10/11/2007 14:06:12
Última alteração:24/10/2008 15:04:39



Conhecer através do amor
Se quiseres conhecer uma pessoa, não lhe perguntes o que pensa, mas sim o que ama.
(Santo Agostinho)


Quando te conheci eu já sabia
Que teria em minha vida tal beleza
Emoldurada em luz, viva certeza
E que sempre me encanta, a cada dia...

Pois sei que és rara e guardo tua luz
Que me protegerá a vida inteira.
Serás a derradeira companheira
Sem a qual a vida não conduz

Ao destino feliz que se deseja.
Pois embora não saibas, te conheço,
E nisso tudo vejo e reconheço
Que estás dentro daquilo que eu almejo.

Ao te ver passeando pela estrada
Na mansidão suave de teus passos
Prendi de imediato todos laços
E sinto que acertei nesta mirada.

Bem sei do que preferes, nesta vida
Amores que traduzem todo o norte
Que traças com teu pulso firme e forte
Mesmo quando a tristeza for sentida.

Eu, que muitas vezes me enganei
Achando que encontrara minha sorte,
Aos poucos se revela a dura morte
De todos os destinos que tracei.

Depois destas quimeras mil enganos.
Depois destes tormentos e desditas,
Das falsas e terríveis, más pepitas
Que marcaram com traços desumanos,

Descobri que não basta só saber
De onde vem pra onde vai, como se chama...
Simplesmente sabendo do que se ama
Já se torna possível conhecer
Publicado em: 05/11/2008 12:42:22
Última alteração:06/11/2008 11:58:01



Diabinha que me atenta
Peladinha, que delícia.
Num sorriso vem sedenta
Com seus olhos de malícia.
Publicado em: 07/08/2008 18:28:42
Última alteração:19/10/2008 19:44:34



Uma atitude interessante, ainda bem comum no interior é a ocorrência de disputas entre garotos.

A bem da verdade, tudo é motivo para disputas, desde saber quem cospe mais longe até quem conta a maior mentira.

Aliás, neste campo do maior e do menor, a disputa mais comum entre garotos é de conteúdo censurável, de fácil dedução e de difícil explanação sem ferir os ouvidos ou os olhos mais conservadores.

O Rafael que já foi campeão intermunicipal desta modalidade apóia a minha decisão de não lembrar e nem tocar neste assunto.

Pois foi com este espírito que três garotos passaram a disputar quem possuía um parente de maior projeção, mais importante e mais reverenciado entre seus pares.

O primeiro garoto assim falou:

- Meu tio é PADRE e todos, quando o vêem ou a ele se referem, chamam-no de REVERENDO.

O segundo menino contra-atacou:

- Pois o meu tio, irmão de mamãe, é Bispo e todos o chamam de EXCELÊNCIA.

Já o terceiro menino, não fez por menos e disse:

- Eu tenho um tio que come demais e já está pesando mais de trezentos quilos! Quando ele tira a camisa, quem vê aquele barrigão, só diz uma coisa: MEU DEUS!!!

Nem preciso dizer quem ganhou a disputa...

MARCOS COUTINHO LOURES
Publicado em: 15/10/2007 13:42:34
Última alteração:29/10/2008 18:10:06



Mote – velhice é doença que a medicina não cura


Pra dizer, peço licença,
Esta verdade é a mais pura:
-A velhice é uma doença
Que a Medicina não cura!


Doença pior existe,
Bem pior que a velhice,
É uma doença bem triste,
‘Tou falando da burrice...

MARCOS COUTINHO LOURES
MVML
Publicado em: 15/10/2007 13:34:04
Última alteração:26/10/2008 19:42:15



Uma esmola a um pobre que é são. ( Captado numa conversa dentro de uma loja de muambas chiques em Sampa)
Um total absurdo essa distribuição de dinheiro para a ralé. Quem tem competência que se estabeleça, quem não tem, fazer o quê?
Não agüento mais esse lero-lero pseudo esquerdista de “renda mínima”.
Quem mandou o sujeito não estudar? E, depois que estudar, vai fazer o que com o diploma?
Essa história de dar o peixe, está criando uma geração preguiçosa!
Podem apostar que, daqui a alguns anos vai ser muito difícil encontrar empregadas domésticas, lavradores, biscateiros, faxineiras, etc...
Essa plebe rude vai se achar capaz de alguma coisa e aí, já era...
Vamos ter que procurar mão de obra nos países mais pobres.
Ou vamos poder convencer uma advogada a trabalhar como doméstica?
Esse pessoal tá pensando o quê? Estão achando que vai haver melhor distribuição de renda?
Eu, francamente, tenho pena dos iludidos que vão pensar que poderão competir com os rapazes e moças criados a pão de ló. Na hora agá, desemprego ou subemprego.
Não se iludam não, vocês estão sendo enganados por esta corja ladra e escroque!
O que é do homem, o bicho não come! Filho de peixe, peixinho é...
Então, meus filhos, prestem atenção no que essa mulher vivida, educada nos melhores colégios do Rio e da Europa diz : NÃO SE ILUDAM COM O SAPO BARBUDO.
É melhor vocês ficarem aprendendo a costurar e cozinhar, lavar chão, e lavar banheiro, pois esse será o final de quem acreditar nesse “golpe do canudo”.
Quem nasceu para plebe nunca chega à majestade!
E, na verdade, todos esses programas “esmolares” que dizem, assistencialistas, me lembram aquela máxima:
“Seu doutor, uma esmola a um pobre que é são, ou lhe mata de vergonha ou vicia o cidadão”.
Eu acuso Lula de estar transformando nosso povo em uma cambada de sem vergonhas e viciados...
E, depois quem vai fazer a faxina lá em casa?
E, quando meu sofá ou as roupas ficarem inutilizáveis, vou poder dar para quem?
Já estou vendo em quanto esse Operário Ladrão e Alcoólatra vai inflacionar a caridade...
Onde vou colocar os brinquedos quebrados dos meus netos?
Me respondam e pensem. Onde iremos parar com esses programas “sociais”?
Por último, como faz para pescar? Se alguém souber, quero aprender.
Publicado em: 20/08/2006 07:21:18
Última alteração:26/10/2008 22:37:06



Uma espera se é feliz
Na verdade nunca cansa
Coração pedindo bis
Teu amor pra sempre alcança
Publicado em: 01/03/2008 21:25:39
Última alteração:22/10/2008 13:29:0



Buscar uma conduta a quem agrade
Baixar sempre a cabeça em contrição
Se sujeitar a gran mediocridade
Tentando alcançar a redenção...

Que vida é essa agora - pra quê isso?!
O sofrimento vem naturalmente
Nem sempre a vida é apenas sacrifício
Mas têm momentos bons de estar contente...

E em tais momentos raros, eu admito,
Que o sonho se perdeu sem rumo e nexo.
Quando me calo, e tenso, estou constrito
Percebo quanto o mundo é mais complexo

Restando uma esperança/salvaguarda
E todo este vazio que me aguarda...

GONÇALVES REIS
MVML
Publicado em: 21/08/2007 22:04:41
Última alteração:05/11/2008 14:23:15


Tanta dor que nos maltrata,
Tanta tristeza que vem.
Desengano quase mata,
Que saudade do meu bem...

Toda noite, amor, te espero,
Com vontade de te ver.
Se não vem, me desespero,
Dá vontade de morrer...

Mas se estás, quanta alegria.
Felicidade divina.
Meu amor, a fantasia
Mais feliz, se descortina...

Depois de tanto viver,
Tanto amor, tanta lembrança
O que posso te dizer?
O remédio? Uma esperança!
Publicado em: 12/08/2007 20:17:39
Última alteração:30/10/2008 15:09:30


Dos erros juvenis arrependido
Buscando a paz que um dia eu encontrara
Jogada pelos cantos, mocidade,
Deixando a sensação cruel, amara.

Do gosto do perdido e não achado,
Do resto que carrego qual troféu
Pesando no meu peito, fardo imenso,
Mas preme de esperanças, tiro o véu

Das sombras que me impedem de poder
Achar algum caminho sem ter treva.
E bebo desta fonte alvissareira
E em tal expectativa amor me leva...
Publicado em: 22/09/2007 17:42:19
Última alteração:30/10/2008 13:39:25



Latem os cães. A porta vai se abrindo
E deixa se antever na claridade
Um resto de esperança que pretende
Ter novamente um sonho de verdade.

A porta se entreabriu, um coração
Batendo mais depressa adivinhava
O rosto que talvez fosse sorrir,
Ou mesmo uma alegria se esperava...

Porém a porta mostra que outra face
Distante da que um dia, eu já beijei
Pergunta o que preciso ou necessito,
Respondo que eu que quis jamais terei...
Publicado em: 25/09/2007 19:21:24
Última alteração:30/10/2008 14:34:39



Embora tantas vezes dias duros
Deixando o coração em polvorosa
Uma esperança salta sobre os muros
E deixa a nossa vida mais formosa,
Clareia num momento céus escuros
Permite que se colha a bela rosa
Plantada no jardim de uma esperança
Trazendo para nós farta festança...
Publicado em: 09/11/2007 19:46:39
Última alteração:24/10/2008 15:03:12




Uma estrela acendendo no meu sonho
Em brisas, maciez, em plena festa.
De tudo que sonhei, nada mais resta,
Senão o meu caminho sem promessas
Estrela que vivendo nas avessas
Transforma meu viver mais enfadonho...

Abraço tal estrela que não sente
Abraços nem sementes que perfumo,
Esqueço meu caminho, caço o rumo
E nem amar estrela mais consente.
Quem dera se pudesse, ouviu estrela,
Viver mesmo que, embora, só chorando,
A lua que te trouxe, iluminando,
E nada mais fazer senão vivê-la!
Publicado em: 13/12/2006 18:27:36
Última alteração:17/10/2008 06:50:19



Alice, Joana e Margarida, eram três amigas que, como unha e carne, jamais se separavam e gostavam de conversar sobre tudo, especialmente sobre as venturas e desventuras do casamento.

Alice havia se casado com Antonio, Joana com João, e Margarida com Francisco, o mais sisudo dos três.

Um dia, Alice contou às amigas que havia feito uma descoberta impressionante com relação ao casamento dela com Antonio.

Todas as vezes que temos uma relação coloco a mão sobre o saquinho de Antonio e noto que aquela parte do corpo dele está mais fria que gelo.

Curiosa com a observação, Joana resolve fazer a experiência com João e confirma a mesma coisa: logo após ter uma relação com ele, o saquinho fica totalmente gelado.

Querendo confirmar ou desmentir a teoria, as duas resolvem pedir à terceira amiga que faça a experiência, mas ela relutou diante do gênio do marido, o Francisco.


Num determinado dia, diante das duas amigas, aparece a Margarida toda amarrotada, com hematoma no rosto, nos braços e nas pernas.


- O que foi isso? Perguntam as duas.

- é que fui fazer a experiência com o Francisco e ele parece que não gostou muito e encheu a minha cara de pescoções...

- Mas, você não falou da experiência?

- falei. Disse Margarida e completou:

Depois que a gente teve relação, coloquei a mão no saquinho dele e disse:

- Interessante! Ficou gelado como os do João e do Antonio

MARCOS COUTINHO LOURES
Publicado em: 08/04/2008 15:02:51
Última alteração:21/10/2008 18:12:34



Na época da Segunda Grande Guerra Mundial, soldados alemães invadiram um convento de freiras, já idosas e, naquele vai-não-vai, acabaram violentando uma delas.

Dois meses depois, a congregação expulsou a irmãzinha violentada. É que as outras não suportavam mais a cara de felicidade da colega, quanto alguém tocava no assunto.


Marcos Coutinho Loures
Publicado em: 06/04/2007 22:27:11
Última alteração:29/10/2008 18:07:17


UMA FODA INESQUECÍVEL

De todas as nossas trepadas
De todas as nossas orgias
A de ontem foi a mais gostosa
Viu meu bem como estava vadia?
Engoli toda proteína
Da tua pica endurecida

Acordei contigo na cabeça
Imaginei como seria bom
Levar-te de novo para o céu
Experimentar novas emoções
Suruba de verdade entende?
Sentir outras sensações

Mas depois pensando bem
Resolvi então esquecer
Ver-te nos braços de outra
Poderia até me dar prazer
Mas na hora não saberia
O ciúme que iria ter

Não sei também se resistirias
Ver-me em outros braços
Sendo assim explorada
Pelos meus dois lados
Então desisti disto
Suruba pra mim ta descartado

Mas mudando de assunto
Quero que saibas também
Hoje depilei minha xoxotinha
Do jeito que gostas meu bem
Quero teu cacete dentro dela
Vem bota dentro vem...

Hoje não faço exigências
Quero prato completo
Boca seios xoxota e cuzinho
Quero fazer também um boquete
Pica caralho falo e cacete
É tudo que mais quero

Quero primeiro cavalgar
Quero frango no espeto
Quero papai e mamãe
E outras que não conheço
Trata de se especializar
Pra matar meus desejos

Agora deixemos de conversar
Agora quero fuder sem parar
Vem começa metendo
Assim... é assim bem devagar
Ai meu amor ai meu amor
Como é bom sentir teu falo entrar


Beijar o teu grelinho com vontade,
Sentir você molhada em minha boca,
Chupando os teus peitinhos; que delícia
Deixando bem tesuda e assim bem louca.

Enfio devagar cada dedinho,
Na xana, no cuzinho, um, dois três,
Enquanto minha língua vai tocando,
Na siririca feita insensatez.

Punhete meu caralho, enquanto lambo,
Num meia nove intenso e mais guloso.
Enfio em teus buracos, um em três,
Querendo bem depressa todo o gozo.

Pense que meu dedo é uma piroca
Que entrando no teu cu, enquanto a xana
Engole meu caralho bem faminta,
Chupando um outro dedo bem sacana,

Fudida por três homens de uma vez,
Gozando sem parar, vou revezando
O pau no rabo, a boca, ou no cuzinho,
Até que a porra venha esparramando

O leite que tu queres, minha puta,
Beber cada gotinha que sacia,
Lambendo tudo, tudo, até secar
Depois recomeçar, minha vadia.

Suruba que fazemos não precisa
De nada além de cama e fantasia.
Vem logo que te dou um paraíso
Que é feito toda noite em putaria...

GELIS
MVML
Publicado em: 22/09/2007 19:41:23


UMA FORTALEZA

Pedras entre perdas
E poucos ganhos
Erigiram
A minha fortaleza
E da aridez dos sentimentos
Soergui por sobre a areia
Dos desertos que me deste.
Espalho os meus olhos
Pelos vales desérticos,
E sedento de esperança
Encontro os meus caminhos...
Publicado em: 22/05/2008 15:46:29
Última alteração:21/10/2008 06:32:33




Uma gota feroz no meu telhado,
Pingando sem parar; horas adentro...
Estou ficando até desesperado,
Como posso pensar, como concentro?

Queria te falar apaixonado,
Mas como? Essa goteira bem no centro,
Batuca no seu ritmo desgraçado,
Penso que, na cabeça bate dentro...

Tumtum não pára nunca de bater.
Tumtuneia não cansa; a noite inteira...
Eu tento, não consigo reverter.

Minha amada, te juro; é verdadeira,
Essa emoção que quero transcrever:
Odeia poesia essa goteira!

Então perdoa querida,
Por favor, não leve a mal,
Dess’amor nem Deus duvida,
Sem ele passo até mal...
Teu amor é minha vida,
Eta goteira infernal!
Publicado em: 04/08/2007 12:25:53
Última alteração:14/10/2008 13:52:02


Uma grande amizade

Meu velho companheiro, nossa luta
Por termos um destino mais tranqüilo
Depois de tanto tempo sem vacilo
Te digo que a saudade é força bruta

Vencidos por batalhas nos amores,
As vidas separadas, mas amigos.
Depois de reviver tantos perigos,
Os campos reproduzem velhas cores.

Mulheres e caminhos que seguimos
Os casamentos dores, risos filhos,
Vertidos por diversos belos trilhos.
Os sonhos que lutamos prosseguimos.

Rever-te bem depois de tantos dias.
É bom, refaz minha alma em alegria.
Trazendo velhos tempos que eu queria
Não fossem mais deixados, velharias...

Amigo como é bom saber-te bem
E forte como sempre te encontrava
Minha alma neste encontro já se lava
Pois sabe que em tua alma sempre tem
Uma alma que distância não levou
Refletindo um bocado do que sou
Matando a sensação de ser ninguém!
Publicado em: 01/12/2006 00:17:54
Última alteração:30/10/2008 18:25:18


Vou lhe contar na verdade
Esse fato que arrepia.
Se não fosse uma amizade,
Meu amor, seu bem morria...

Foi nas curvas da saudade
Das terras do bem querer,
Neste sol, na claridade,
Tanta coisa por fazer.

Vinha andando sem ter medo,
Sem vontade de morrer.
Mas, amor, conto o segredo,
Tanto bem eu quero ter.

Quando vi moça bonita,
Pedindo uma informação,
Coração velho palpita,
Isso não tem jeito não...

Mas, pois bem, quando parei,
Por causa da minissaia,
Foi aí que reparei,
Na danada da tocaia...

Bala comendo direto,
Tanto tiro que levei,
Me furaram por completo
Tanto furo que nem sei.

Já tava quase defunto
Quando vi que, de repente,
Todo mundo, muito junto,
A montoeira de gente...

O compadre Zé Tenório,
Que é sujeito bom de briga,
Preparando pro velório
Me mostrou que é gente amiga.

Fez com barro lá da estrada
Uma mistureba só.
E tacou na buracada,
Quando secar vira pó...

Mas não é que fez direito
O trabalho, meu amor.
Quase que não deu defeito.
Trabalho bom de doutor...

Ele só se esqueceu
E tampou buraco errado.
É só por isso, amor, que eu
Só faço xixi sentado!
Publicado em: 07/02/2007 14:31:34



Meu velho companheiro, nossa luta
Por termos um destino mais tranqüilo
Depois de tanto tempo sem vacilo
Te digo que a saudade é força bruta

Vencidos por batalhas nos amores,
As vidas separadas, mas amigos.
Depois de reviver tantos perigos,
Os campos reproduzem velhas cores.

Mulheres e caminhos que seguimos
Os casamentos dores, risos filhos,
Vertidos por diversos belos trilhos.
Os sonhos que lutamos prosseguimos.

Rever-te bem depois de tantos dias.
É bom, refaz minha alma em alegria.
Trazendo velhos tempos que eu queria
Não fossem mais deixados, velharias...

Amigo como é bom saber-te bem
E forte como sempre te encontrava
Minha alma neste encontro já se lava
Pois sabe que em tua alma sempre tem
Uma alma que distância não levou
Refletindo um bocado do que sou
Matando a sensação de ser ninguém!
Publicado em: 03/10/2007 16:31:14
Última alteração:30/10/2008 11:46:57



Tu não sabes desta história,
Mas te conto este segredo,
Lua cheia em plena glória,
Por momentos no degredo,
Cavaleiro com vanglória
Espalhando tanto medo,
Deixa a lua merencória
E transforma o velho enredo,
Mas por ser dama ilusória
Cavaleiro desde cedo
Com cavalo e com alforje
Mora na lua, este Jorge...
Publicado em: 16/01/2010 14:33:26
Última alteração:14/03/2010 21:05:37



Oiando estas artas montanhas ,
Que chega nu céu, eu pensu...
Em partí prá te buscá!
Arreio, intão o corcer,
Pangaré du peitu meu...
E me ponho a trotá...
E andu caminhu incerto...
Nos ouvidu, a vóis du vento,
Assobiano um tormentu...
Inté parece dizê...
Querenu di mim troçá:
Aprepara, uma resposta
E num quera se escondê
Qui chegô vosso momento
Agora, o amô vai vencê!
E eu quero, é só vê,
Dessa história, ocê saí...
Sem prá ele se rendê!
Coessas carta na mesa,
Cê vai morrer sem sabê...
O que vai sobrá procê...
Seu sonhadô, sem destino...
Por que quando aquela lora,
Aparecê como um sor,
E dominá vosso sêr...
Trazendo uns versus di amô,
Eu queru é só memo, vê,
O que é qui ocê, vai fazê!
Mas eu tenho a certeza,
Que vai fugí coa Teresa!

Oiando pela janela
não vejo montanha, nem verde...
só vejo a sardade que arde
do moço qui tá na janela pitando...
Ah menina Ane!
seu eu pudessi
robava ele du cê!
Num posso num devo,
purque ele disse,
qui é teu bem querê...
Amo moreno, num nego
mas nessa briga
sô galo cego...
Se entrá nesse momento
sei qui vô perdê!
Intão ficu du lado,
isperando o disvedá...
Inquanto, disfarçada fico
dexo meu coração
prele brincá...
Coração de lora
é intiligente e quente
enquanto ele “pensa” qui brinca
vou deixando ele carente...
(e meu rosto tá cada vez mais contente...)
Mas te juro morena,
num sô muié di abraçá homi di dotro amô...
ele diz qui di mim,
só que o abraço...
deve sê só amasso
e di ti o coração,
isso é paxão...é amô...
deve sê pra casá...
Nessa briga num vô entrá...
Pur inquanto meu amô,
Não ti abraço não!
Si cuida Moreno,
si te pego nessa hora,
tem qui mi respondê;
hoje ainda sem farta
o qui é qui vai querê...
O meu abraço apertadu,
cum gosto gosto di melado
ou coração apaxonado?
Da morena di Minas?
Sei o qui vai respondê,
e eu não vou sofrê,
purque sei isperá...
a paixão acabá,
pra dispois meu
abraço mais quente
vim buscá...
Menina Ane,
purque você disse
que ele é um sonhadô?
Sonhadô sem distinu?
Coitado do dotô!
Ele sonha cum lora, cum morena
e acorda com ruiva...
seu verdadero amô!!!
e nóis aqui duelando
seu amô disputando
Si é o amô qui vai vencê...
nóis dua vamu perdê...
Mior até, nessa briga nóis num entrá...
purquê quando entro
só é pra ganhá...
E morena vô ti dizê
qui di eu Teresa,
num divia tê medu...
Tem mais qui si preocupá,
(eu mi preocupo)
Cum Marina, a morena
qui sempre entra na surdina...
e nós fica aqui sem sabê...
qui pur ditrás das curtina
o qui tá a acuntecê...
Será qui Marina é bunita?
Purquê a cara num mostra?
Deve ser feia pra duê...
manca, caoia, sem dente
qui si ela mostrá a cará
ele vai é corrê!!!
Si ela quisé...
pode vim aqui respondê...
mostra a cara pra nóis sabê quem é ocê...
Se menina Ane cuntigo nem se preocupa
eu preocupo cum vóis micê...
muié quando tá calada
coisa boa num tá a afazê...
Minina Ane,
agora cunfesso
qui fiquei feliz
por me chamá de sór...
meu brio é grande...
mais cumparar eu cum o rei maior?
Coisa bôa sô!!!
deixando o brio di lado...
vamô falá di amô...
cuidi bem do meu amado.
Cuide bem do nosso dotô!!

Meu amor minha menina,
Eu preciso te dizer,
O teu canto me alucina,
Sem você eu vou morrer...

Mas que faço desta vida,
Cabra que andava sozinho,
Minha alma andava perdida
Encontrei o teu carinho...

Morena bonita mineira
Com o cheirinho de flor,
Eu te quero a vida inteira,
Venha ser o meu amor!

Meu coração não se cansa
E também jamais me engana
Vamos dançar nossa dança
Moreninha italiana.

Acontece, meu amor,
Que fazer do coração?
Sei que sou um sonhador,
Cantador de uma emoção.

Moça Teresa chegou
Com seu cabelo espigado,
O meu coração ficou,
Eu te juro, abestalhado,

Agora não sei que faço,
Procuro uma solução,
Da loura quero um abraço,
Morena no coração,

Vou perdendo o meu rumo,
Com tanto amor, indeciso,
Nessa história me consumo,
Vivendo no paraíso!


Ouvi falá meu nome...
foi a Ane ou foi Teresa?
Agora vou botá as carta na mesa...
Quero ver quem são elas
Pra falá de tar beleza,
Ou falá do coração.
Vim aqui mi acertá,
Se foi Ane, eu respondo
Que nela num vi nenhum defeito
Meu nome aqui ela não citô
Só notro canto,
Disse pra mi acarmá
E dar um tempo,
Deixá seu amô em paz!
Eu comu boa moça
No meu canto mi aquietei...
Agora ja nem sei
Se acertei ou si errei,
Deixando de bandeja
Para Ane e pra Teresa,
Sem contá qui inda
Tem LHuma e outras mais...
Qui tô di zóiu, zíou bem abertuuu,
Zóiu a LHuma di perto
Purque esse moçu é bem isperto
Queru só vê té onde ela vai...
Só purque escreve bunito,
Tá pensano ganhá ele nu grito?
Tá podendo, inté parece a menina Ane,
Qui quando iscreve si anima...
Mas hoje, vim falá cum moça lôra
Essa qui hoje,rasgô o verbo
Pedindo para mostrá minha cara...
Será qui ela gostaria?
De meu rosto revelá?
Dexo aqui uma pirgunta
quer que mostre?
ou qué dexá cumo tá?
Di mim ela tem é medo!!!
Num é medô da beleza do corpo,
É das força di meus versu,
Qui quiria ela iscrevê...
Mas covarde ela finge
Desses versus num gostá...
Se ainda quiser sabê,
Como é meu rosto,
Óia pra foto da rosa
Amarela e formosa.
Sou de corpo perfumado...
Que dexo us moço assanhado.
Só purque tem esse brio de sór,
vem falá de tar beleza...
Pensa qui tudo qui bria é oro?
É oro não...
Si ainda quisé, eu mostro meu rosto
Num vai dispois morre di disgosto
Se pur mim o Mané si paxoná...
Mané é seu gringo,
Que chega amanhã...
Ele vem buscá Teresa
Levá pra dançá tango...
Lá em BUENOS AIRES...
Inquanto ela dança,
Nos deixa aqui
Fazendo a festança
Cum moço buntito a poetar...
Ta toda assanhada,
Pra fazê a tar da viagem,
Acha qui di mim vai tirá vantage...
E pra todo mundo qui lê,
vim aqui dizê,
Num sô caoia, nem sou manca de perna,
Sou amiga da Teresa...
Pur isso ela brinca,
sabendo que não vou brigar...
Sou frô perfumada...
qui vai cum ela na mala...
será qui qué me levá?
amo vocêsssss.........
ANNE MARIE
TERESA CORDIOLI
Marcos Loures

Marina Morena

Publicado em: 18/03/2007 18:12:37
Última alteração:06/11/2008 11:25:25


UMA HISTÓRIA DE AMOR...

a história qui vô contá
aconteceu di verdadi
Quando eu fui namorá
uma moça da cidadi.

era de tar formosura
aqueli belu par de peitu
qui numa noite iscura
sonhei cum ela em meu leitu.

mais o qu ieu num sabia rapaiz
era qui a rapariga

era fia de um fazendêru

que tinha o rei na barriga!



além disso o pai dela

tinha dúzias de capangas!

prá protegê a donzela

seus melões e suas pitangas.



Coisa que já não se faiz

Eu pensei que fosse intriga

Da cumade Imaculada

Que é uma grande e boa amiga



No meu bem interessada

Apois bem, fiz uma figa

Dispois de tanto trabaio

Minha mão já não prossiga



Encontrou penduricaio!!

eu teimoso qui men mula

que ora impaca ora dispara

inté cercas ela pula!



tive ali minha lição

prá aprendê o meu lurgá

insisti em vê a moça

mi isparramei no sofá!



logo, logo me aparece

justo a mãe da donzela

qui mi deu uns conseios

e mi mandô fugí dela!



Eu fingi qui fui imbora

com uma misura amarela

dispois rudiei a casa

e pulei pela janela.



sabem onde fui caí?

issu mermo: no quarto dela!

foi beijos de tantos sabores

chocolate, moranga, marmela.



Foi aí qui o fazendêru

para meu grande azá

arrebentô com a porta

falô: bejô! tem qui casá!



E chamô os seus capangas

uns homi muito troncudo

parecenu tarzan de tanga

elis vieru com tudo!



acontece camarada

que tenho o corpo fechado,

rabo de arraia e pernada

correnu pra todo lado



os jagunço se assustaro

com a minha habilidade

um sujeito bão de faro

um caboclo de verdade



ao bater lá nos capanga

do diacho do sujeito

diabo chupando manga

necessita de respeito



coroné ao ver o fato,

se borrou eu lhe garanto

desbarrancou para o mato

sumiu como por encanto.



Mais a mãe da donzela

surgiu cuma cartuchêra

e falô: caza cum ela

ou ocê vira bichêra!!



dispois daquele argumento

que qui ia ieu fazê?

Fui pro artá... qui tormentu!

mi cazaru prá valê.



IMACULADA CATARINA E MARCOS LOURES
Publicado em: 27/12/2007 21:35:29
Última alteração:22/10/2008 21:08:49



UMA HOMENAGEM AOS MURIAENSES DE BEM

Morava eu no Rio de Janeiro, ali bem perto do Largo da Segunda-Feira e não me cansava de pensar nas pessoas queridas que havia aqui deixado, sonhando em revê-las, um dia, numa viagem fantástica, alimentado uma saudade imensa...

Outras vezes, a bordo de um avião, nas freqüentes viagens de trabalho, o pensamento voava mais alto que as nuvens e eu me via reencontrando pessoas amigas, como se o tempo houvesse parado e como se tudo estivesse como era antes, do jeitinho que eu havia deixado ao partir...

E podia rever, como alegres borboletas, ex-alunos do Colégio São Paulo e do “Estadual”, crescendo em sabedoria e virtude, amparados por pais e mães zelosos e por mestres dedicados que se entregavam à tarefa de educar, através de palavras e de exemplos!

- Como me esquecer, por exemplo, da fisionomia preocupada do Sr. Zeferino, pai do meu querido Saulo Paulo, aluno do Colégio São Paulo, um pai muito preocupado porque o filho havia sido convocado para o estudo de domingo e continuava a tirar notas baixas? E tanto fez o Sr. Zeferino que Saulo Paulo se tornou um homem de bem, por todos nós querido e respeitado.

- Como esquecer, também aquela turma do Estadual? Pais, como William Feres, Sebastião e Neuza Ferreira, Tarso de Castro, Chiquinho Guarino, Hélio Tostes, o Aloysio Aquino, o grande Padilha, o Tatão Ladeira e filhos como José Alvimar e Sebastião Tarcisio, Rosa Amélia, o Olinto, a Rosanne, Marcio, Marcelo e Mauricio Padilha, o Aloysinho e o Fred, os inúmeros Paulinhos, como o do Sansão, o Vivi, o Marcos Guarino, a Maria Amélia, O Ronaldo, os filhos e sobrinhos do Seu Ezequiel, os Mannarinos todos, os Cruz, e tantos outros que, mais tarde se tornaram médicos, engenheiros, padres, professores, advogados, militares... Sempre homens e mulheres de bem!

- E o que falar do Paulinho Galvão? Foi ele sim que montou aquele time imbatível que, possuía, entre outros, craques como Marco Aurélio, Paulo Goulart, Flavinho Amaral, Paulinho Marcha-Ré, Sérvulo Colombiano, William e que tanto brilho davam ao esporte do Estadual para o Maracanã.

- E lá estava, no meio deles, olhos espertos e mente altiva, o nosso João Francisco dos Santos que se tornou um símbolo de superação nas pistas de atletismo e nas quadras!

- Como não sentir saudades do sempre querido Sargento Joaquim, da Dra. Bernardete Carneiro, do Newton Frade, do Sr. Geraldo Rodrigues, do João Braz, do Walter Rezende, do Helio Araújo, dessa gente que fazia a verdadeira história de Muriaé, através de pequenos ou de grande gesto, mas sempre com amor.

Ao Sargento Joaquim e à querida Dona Elza, eu gostaria de ter podido dizer que aquela girafinha que deram de presente a meu filho, no nascimento nós a conservamos por mais de 40, mas um dia, ela deve ter fugido para a floresta, pois não a vimos mais.

A Dra. Bernardete, gostaríamos de ter ouvido, de todos os alunos e ex-alunos da CNEG, um agradecimento eterno, por ter sido ela, ao lado de Sr. Nilo Porto, responsável pela construção daquele prédio do CEM e, mais do que isso, de não ter permitido que a escola fechasse as portas, em meados de 1960.

Por lutar para preservar uma escola para pobres, Dra. Bernardete foi, inclusive, acusada de ter idéias “comunistas” e a tudo suportou, com dignidade incomum.

A todos os que citei, quero abraçar agora e como gostaria de revê-los, ao voltar aos “verdes campos de minha terra”.

MARCOS COUTINHO LOURES
Publicado em: 07/04/2008 08:44:42
Última alteração:21/10/2008 19:58:08


UMA IMENSA AMIZADE /

A vida passa, e corre
Corre apressada finda
Alma como percorre
Por essa senda ainda

Flores da esperança
Gotas de amizade
E uma brisa mansa
Consola a soledade

Amigo, a verdade
Verdade me traz
Pura claridade
A amizade e paz.

Luz que se irradia
Mostrando esperança
Imensa alegria
Amizade alcança.

Neste riso em festa
Festa que sem fim,
Peito abrindo fresta
Gesta a luz em mim...

GONÇALVES REIS
MVML
Publicado em: 26/10/2007 15:35:16
Última alteração:03/11/2008 19:07:07


UMA IMENSA AMIZADE

Por mais distante que isto te pareça,
Uma amizade imensa e verdadeira,
Tornando bem mais próxima a distância,
Na glória benfazeja e alvissareira.

Contigo, minha amiga, estou bem certo
Que nada restará mais impossível,
Além de todo o senso que procuro,
Não haverá sequer algo implausível.

Por isso caminhando sempre juntos,
Iremos adentrar pelo infinito.
Andando por longínquos universos,
Volvendo o nosso mundo mais bonito...
Publicado em: 29/09/2007 20:55:47
Última alteração:30/10/2008 15:43:46


UMA MÃE ZELOSA...

A vaca não sabia que o bezerro
Queria uma novilha namorar,
Depois que descobriu soltou o berro,
Mugindo o tempo todo sem parar.
Publicado em: 10/11/2007 11:38:25
Última alteração:24/10/2008 15:04:19




Tanta festa vou fazer
Todo dia, minha amada,
Alegria com prazer
Uma esperança açodada.
Vou mandar em versos livres
Ou nas trovas, se quiser.
Você sabe quanto eu quero
Ir do jeito que puder
Pra dizer que eu agradeço
Cada aniversário seu,
Amparando o meu tropeço
Nos seus braços vejo o céu
Mel da boca mais cheirosa
Sua pele encantadora,
Minha moça caprichosa,
O meu peito já lhe adora.
Reboliço todo dia,
E no viço desta flor,
Que quando aniversaria
Dou presente: o meu amor...




UMA MULHER INESQUECÍVEL /

Depois que caminhei por essa senda
Vagando ali sozinho - então perdido
Eu avistei ao longe uma fazenda
E uma bela moça em seu vestido

Me acenava e me chamava então
Ah nunca vi tão grande belezura
Mas só miragem era - assombração,
Ao vê-la, então, sumir na noite escura

Eu percebi que a bela assim fugia
Deixando um fogaréu pelo caminho
Gritava, ou bem urrava até rugia,
Corri no matagal, voltei pro ninho.

Dizendo: Por favor, vê se me esqueça.
Eu quis traçar a mula sem cabeça!

GONÇALVES REIS
MVML
Publicado em: 23/08/2007 18:50:14
Última alteração:05/11/2008 13:09:36



Deixa de ser fanfarrão,
Quem ouve até acredita
Que tu tens um mulherão,
Que tua mulher é bonita.

Eu conheço a disgramada
Da mulher que mora aí,
Tá cuspida e escarrada
Coisa mais feia num vi.

Nesse bicho já dei cabo.
Outro dia pôs a tanga
Parecia com diabo
Chupando dúzia de manga.

Todo o povo me contou
O pessoal me comenta,
A tua sogra abortou,
E nasceu só a placenta.

Coisa mais pior existe?
Nesse mundo eu sei, num tem,
Só de olhar já fiquei triste,
Igual batida de trem.

Se soltar lá no chiqueiro
Ninguém consegue impedir,
O cachaço, verdadeiro,
A coitada vai cobrir.

Urubu saiu correndo
Quando viu tua mulher
Tanto ela tava fedendo,
Pior que carniça e chulé.

É por isso que você
De noite num sai jamais
Só porque quer esconder
A filha do Satanás.
Publicado em: 23/08/2007 20:20:38
Última alteração:30/10/2008 15:45:55


Atirei um céu aberto
na janela de meu bem:
Quando as mulheres não amam,
que sono as mulheres têm! (Manuel Bandeira)


Uma mulher sem amor à noite sonha
Quem sabe com corcel ou com seu rei?
A vida sem amor passa enfadonha
Por isso tanto amor te dediquei,

Atiro um céu aberto de esperanças,
Adentro esta janela, minha amada,
Prometo-te milhões de novas danças,
Da forma mais querida e desejada...

Eu sei que talvez nunca queiras ter
O meu amor tão terno e tão pacato,
Não creia que com isso possa ver
Na tua negativa, um desacato...

Não me deixe ao relento, ao abandono,
Pois sei tem, quem não ama, um calmo sono...

Publicado em: 09/03/2007 00:02:30


UMA MÚSICA NO AR
A música ao longe gotejando em notas
Sinais tão diversos,
Desejos, saudades,
Distâncias, segredos,
Festas e risos
Audácias e luzes.
Embora ao longe a sinto por perto,
Em signos e sombras,
Em sobras e rotas,
Desconfortos e guizos
Metáfora e senhas.
À boca miúda...
Publicado em: 01/10/2008 11:54:11
Última alteração:02/10/2008 13:56:09



Uma música toca ao longe... Escuto
Tua voz me chamando para a dança.
Carrego no meu peito inda este luto
Mortalha que sobrou de uma esperança.

Nas rendas deste som medo se tece
Nas cordas do violino, a noite passa,
Roubando desta sombra, como uma prece,
Que vai se definhando e mansa, esparsa...

Cessando este lamento, perco o fio
Que atava os meus sentidos, nada sobra,
Somente o vento canta em assobio,
A solidão imensa se redobra...

Não haverá mais nada... Na verdade,
Somente sinto o gosto da saudade...

Publicado em: 17/03/2007 22:36:49
Última alteração:15/10/2008 22:50:31



Uma nota queixosa, a bizarrice extrema
Um passo hesitante em volta da sarjeta.
Ao passo em que o poeta arrebentando algema
Ainda guarda o medo, esta velha tarjeta...

Das sombras fraternais, o passado revive
Apalpando o resto escondido em mim.
Não quero o desengano estúpido que prive
O gosto mais suave, a boca carmesim.

Por pejo ou por total respeito ao modernismo
Eu não irei mudar o corte do meu terno.
Eu sei que te parece até falso egoísmo.
Mas gosto do meu jeito, amargo enquanto terno.

Não creio ser amor um tema tão herético,
Aliás lendo o meu pai, este mal é genético...
Publicado em: 25/08/2008 21:38:45
Última alteração:03/10/2008 17:28:59



Um canto de amizade já se eleva
Trazendo para a vida todo encanto,
Acorda e assim renega antiga treva
Que a noite nos trazia em duro espanto.
Uma palavra amiga sempre leva
A quem em triste vida sofreu tanto
A paz tão necessária e tão divina,
Mostrando a luz que acalma e que ilumina...
Publicado em: 12/11/2007 21:19:16
Última alteração:26/10/2008 19:27:05



UMA PERERECA À SOLTA EM PLENA MADRUGADA


Nos idos do começo da década de 90, na minha amada Espera Feliz, morando com a minha primeira esposa e seus filhos, me recordo de um fato inusitado,
Marcos Davi, o mais velho dos meninos, com seus 17 ou 18 anos, não me recordo bem , ao viajar para o Rio de Janeiro, me surgiu com essa, que a memória faz questão de lembrar.
Nos ônibus que faziam a ligação Rio x Espera Feliz, começaram a surgir, do lado do passageiro, um suporte que era usado para colocar copos, latas de refrigerante entre outras coisas. Pois bem, como a viagem era noturna e o coletivo saia da Rodoviária de Espera Feliz às 22:00 e chegava no Rio de Janeiro por volta das 4 horas e meia, a partir de Carangola, apagavam-se as luzes do ônibus para melhor comodidade dos passageiros.
Bem, lá pelas tantas, os passageiros adormecidos, eis que um senhor bem idoso, com seus oitenta e poucos anos, começa a gritar desesperado.
Acenderam-se as luzes do ônibus e os passageiros acordaram assustados com tal gritaria.
Não é que o pobre senhor, desconhecendo a serventia dos “apoios” laterais, não havia colocado a perereca, vulga dentadura no tal buraco?
Então, esclarecido o fato, foi um tal de gente levantando-se de um lado e do outro, procurando pela prótese dentária do desalentado senhor.
E procura pra cá e procura pra lá , até que, lá num dos bancos de trás, já que com o balançar das curvas, a dentadura, fazendo jus ao apelido, tinha pulado para uma das últimas poltronas do ônibus, sob os pés desavisados de um rapaz que dormia, abraçadinho com sua namorada. Ao ver a tão desejada perereca em tal situação, o velho bradando contra o rapaz, acorda-o e, de súbito pega a dentadura e ali mesmo, como se tivesse reencontrado o principal tesouro da vida, recoloca-a na boca, sem ao menos lavá-la e com um ar de indignação misturado com o de satisfação, grita para o motorista:
-Ei, pode seguir viagem que já tou com a perereca na boca!
CAI O PANO RÁPIDO...
Publicado em: 28/11/2007 07:54:43
Última alteração:29/10/2008 18:08:37



UMA PESADA, DE LEVE...

Um jovem casal desenvolveu uma habilidade inigualável, no seu convívio com a natureza: a capacidade de pesar animais sem a utilização de balanças.

Quando alguém queria comprar um porquinho ou mesmo um frango, o marido deitava-se numa superfície dura, tirava a camisa e colocando o animal sobre a barriga determinava o seu peso, sem errar um grama sequer!

Essa arte ele ensinou a esposa que, com ele dividia a responsabilidade e cuidar da roça e dos animais.

Certo dia, após trabalhar por muito tempo e cansado de tantas vendas e pesagens feitas, o marido chamou o filho mais novo que brincava no terreiro e pediu:

- Filho, vá até nossa casa e peça a sua mãe para vir me ajudar, pesando os animais que temos que entregar, ainda hoje.

O menino deixa as brincadeiras de lado e corre até à casa, de onde volta, instantes depois.

- Falei com ela papai, mas ela disse que vai demorar um pouco, pois está muito ocupada.

- Ocupada? O que é que ela está fazendo?

- Ela disse que o vizinho chegou lá em casa, pedindo que ela dê uma pesadinha nele, antes do jantar...

MARCOS COUTINHO LOURES
Publicado em: 07/04/2008 12:01:34
Última alteração:21/10/2008 19:59:43



Um de meus mais agradáveis vizinhos ,Senhor Elmo, conhecido em toda a cidade como o “Elmo da farmácia” que, com trabalho e honradez construiu uma vida exemplar em Muriaé ao me ver saindo para mais uma pescaria, disse-me que um conhecido dele havia contado a seguinte história:

“Outro dia fui pescar traíras em um açude e, de repente fisguei uma enorme, de mais de dois quilos que lutava desesperadamente.

Ela devia estar sofrendo muito pois o anzol havia furado um dos olhos da coitadinha e, ao soltá-la da fisga, ela escapuliu, caiu dentro da água e desapareceu.

Três dias depois, ao retornar ao açude para nova pescaria, tive a surpresa de fisgar a mesma traíra cega de um olho levando-a para casa.”

O Cesar, genro do Senhor Elmo, ao ouvir aquilo, entrou no meio da conversa e me garantiu que o pior aconteceu com ele.!

Estava pescando traíras numa lagoa, à noite, quando o seu isqueiro escapuliu das suas mãos e afundou naquelas águas escuras.

Era um daqueles isqueiros antigos de pavio e gasolina, que usavam aquelas pedras, cujas faíscas acendiam o isqueiro..

Pois bem, uma semana depois, ao voltar ao mesmo lugar, disse-me Cesar que pegara uma traíra enorme e, ao chegar a casa e abrir a barriga da mesma, lá estava o isqueiro,intacto. Só por desencargo de consciência ele tentou acendê-lo e, sem mascar uma só vez, o isqueiro acendeu, para surpresa geral!

Como bom pescador, Cesar garante que só deixou o isqueiro de lado pela dificuldade de encontrar as pedras para municiá-lo.

Enquanto a traíra do amigo do Doutor Elmo era cega, a do Cesar tinha luz, para dar e vender..

Até no estômago!

Marcos Coutinho Loures
UA
Publicado em: 06/04/2007 12:27:50
Última alteração:29/10/2008 17:42:23



UMA PESCARIA MALFADADA
Aquele grupo de empresários todo o ano ia pescar no Pantanal e, para as férias ficarem completas, cada um levava uma destas mocinhas pouco apegadas aos preceitos morais e muito apegadas ao dinheiro.
E essa rotina se repetiu durante vários anos consecutivos até que um belo dia as esposas dos empresários decidiram acompanhá-los e não houve Cristo que as fizessem mudar de idéia.
Como de costume, assim que chegaram na Pousada, o gerente veio recepcioná-los.
- Caramba! Desta vez vocês arranjaram umas putas feias pra cacete!
Publicado em: 15/09/2008 21:34:30
Última alteração:17/10/2008 13:45:3



UMA PESSOA AMIGA

A vida pode ser maravilhosa
Se temos neste mundo alguma ajuda
De uma pessoa amiga e caprichosa.
A sorte num momento, tudo muda,
Espinhos vão deixando a bela rosa,
A dor vai se calando e fica muda,
Diante da alegria fabulosa
Que ganha, num segundo, este universo,
Matando um mundo rude e tão perverso.
Publicado em: 05/01/2008 19:33:27
Última alteração:22/10/2008 19:35:24



Uma Poesia de Amor

Falar da noite e do dia, do açoite e de Maria
do acoitado sonho perdido, despedaçado
falar de nada mais que tudo, nada inundo
vaga imundo, cora coração vadio, vai meu fio
vagabundo rolando entre astros, entre tantos
entretantos e espreitando por trás das portas.
Falar do sonho e da fantasia, do medo e da poesia
do meu último regalo, meu regato, meu prato e ato
insensatamente, a mente remete-me a ti, tímida
lânguida e cruel poesia.
Nos nossos concertos e conselhos, consertavas os velhos
resquícios do início precipício e me lançavas a esmo
nesse penhasco íngreme e inerente Prometeu, escuridão.
Vi meus olhos nos olhos de outros olhos, infinito espelho
num prisma de oculta chama, de verbo e Bramas, de lamas
de llamas e de teus sentidos mais confusos, embriaguez.
A lucidez devora, a hora de ir embora nunca se aproxima
e, por cima de tudo, com ciúmes me observas, me cevas ,
e conservas tuas mãos postas em mim.
Tua boca sussurra meu nome, urra meu erro, trama
meus males e minhas angústias.
Mina de tantas riquezas falsas, farsas e falhas.
Minha mina mais cara, rara e companheira
te quero poesia amada, necessito-te tanto
esquivo e altivo, mas vivo, mais vivo em ti,
sobrevivente.
Publicado em: 01/01/2008 20:09:17
Última alteração:22/10/2008 21:30:00

PUDICA SENHORA
SEM HORA
SEM. ORA...
COM PÊLOS
APELOS
PÚBICOS.
MAS SE PÚBLICOS
IMPUBLICÁVEIS...
Publicado em: 22/01/2010 19:03:53
Última alteração:14/03/2010 18:23:41


Adentra na janela esta saudade
Num vento que me toma, mais cortante,
Formando em calmaria a tempestade,
Moldando uma beleza em diamante,
Negando num momento a claridade,
Plebéia que se fez mais elegante
Mordendo, acaricia a sua presa,
Cegando traz um sol feito em beleza.

Saudade me queimando, qual mormaço,
Não larga mais meu peito e me transtorna,
Cravando finas garras num abraço,
Da mesma forma vai, logo retorna.
Afrouxa enquanto aperta um firme laço,
Em passos mais vorazes me contorna.
Saudade uma amargura que me adoça,
Dardeja, me alivia e já destroça.

Saudade é do presente a negação,
Revive na lembrança o que passou.
Com jeito de mulher, em sedução,
Refaz o que jamais me abandonou.
Saudade, do passado em explosão,
Demonstra em sutileza, quem eu sou.
Retrato de um momento tão feliz
Que a vida nos deixou sem ter o bis.

Vivendo esta saudade, desenganos,
Mudando o meu caminho, volto a ter
Depois do que vivi, os mesmos planos
Do sonho que se foi, puro prazer.
Os dias em momentos soberanos
Dão força pra sonhar e pra viver.
Menino que cresceu e não percebe
Refaz numa saudade antiga sebe.

Mergulho no passado distorcendo
Imagens que pretendo eternizar.
Da dor que eu encontrei, eu vou tecendo
Um novo alvorecer, onde buscar
O quanto que já fui e vai morrendo,
Disperso em algum canto, outro lugar.
Viver uma saudade é refazer
Um mundo que se fez real prazer...
Publicado em: 23/10/2007 21:27:55
Última alteração:30/10/2008 11:41:21


UMA TRANSA INESQUECÍVEL

Já entendi tudo
Já estás a me chamar
Precisas de carinho né?
Já vou te afagar
Espera só um pouquinho
Vou só me preparar

Vestir minha branca de rendinha
Comprei para esta ocasião
Disseste para mim certa vez
Pele morena e calcinha branca da tesão
Então comprei esta
Pra te dar satisfação

Já vesti a calcinha
Agora vem tirar
Mas tira de mansinho
Pra não me machucar
Sei que você não resiste
E quer logo me adentrar

Mas calma meu benzinho
Não quero logo gozar
Quero pegar o teu falo
Quero ele abocanhar
Lamber, chupar, morder de leve
Fazer-te delirar

Vem logo, vem depressa
Agora põe aqui a tua boca
Nesta minha boceta gostosa
Quero derramar meu cio na tua boca
Sou tua cadelinha
Gostosinha e muito louca

Chupa meu amor, passa tua língua
Sensual e provocante
Mais não quero gozar logo
Para um pouco meu amor, só por um instante
Ah! Agora continua vai
Agora quero que me comas

Já chupei teu pau lindo
Também já me chupaste
Agora quero que me comas
Por todos os dois lados
Mas não esquece de dizer
Que me ama meu amado

Gosto de homens românticos
Que falam de amor na cama
Eles me excitam e acendem meu sexo
Fazem-me louca profana
E sei que todo o homem gosta
De mulheres assim safadinhas e
Sem-vergonhas

Agora mete... Mete gostosinho
Vem mais rápido, mais rápido
Vamos gozar juntinhos
Agora mesmo benzinho

Da última vez que fizemos
Disseste que adora
Então vamos...
Vamos gozar agora...

Gozou meu amor
Eu gozei

Eu: Eu te amo!
Tu: Eu te amo!


Descendo minha mão
Sobre teu corpo,
Já sei bem de antemão
O que teremos.
Lambendo
O teu pescoço,
Colossais encantos...
Teus seios apontando
Por sob a camisola...
E assim, nos teus mamilos
A mão audaz,
Querendo mais e mais
Percebe em riste
O fogo sem limites do desejo.
Os dedos vão abrindo devagar
Chegando ao teu decote,
Afasta um pouco
E vendo os seios fartos,
Bicos duros.
Passeiam lentamente...
A língua avança e alcança
Sorvendo com total sofreguidão,
Sentindo que te inflamas de tesão,
A boca vai buscando o teu umbigo
Enquanto as mãos passeiam pelas coxas
Aperto devagar, sinto o arrepio
Que aquece nossa noite em fulgor pleno.

Afasto a lingerie tão delicada
E percebo tua umidade nos meus dedos.
Irei ao descobrir os teus segredos
Sentir a minha boca se inundando.

Deitando devagar, afasto as pernas
E chego de mansinho, vou lambendo
Até que aos pouco sinto-te cedendo
Sedenta, sinto o toque com volúpia.

Começo a te lamber, chupar com força
Enquanto me devoras. Estás faminta.
A língua te tocando frente e atrás
Penetra dentro em ti, tu pedes mais.
Assim, toda melada e bem safada,
Teu grelo nos meus lábios se endurece.
Enquanto o meu tesão, logo endurece
Promessa de total penetração.

Tirando o que inda resta
De tua roupa
Coloco-te desnuda sobre mim.
Cavalgas, meu amor
Qual fosse louca
Mexendo, remexendo
Até o fim.

E pedes que eu te chame:
Minha puta.
Vadia, como é bom fuder assim..

De quatro,
Vou sentindo-te molhada
E pedes que eu te bata devagar.
Na bunda amorenada e tão gostosa,
O dedo colocando enquanto o falo
Engoles com a xana mais fogosa.

Depois de ser servido num banquete
Em fúria desejosa e mais febril,
Após ter a delícia de um boquete
Tu mexes, com loucuras o quadril

E pede já mudando antigos planos
Que encharque com tesão afunde no ânus
Até que o gozo venha e assim exploda.
Coroando a divina e bela foda....


GELIS
MVML
Publicado em: 21/08/2007 21:13:02
Última alteração:29/10/2008 20:34:08

Na tremenda sacanagem
Que se faz lá em Brasília,
Suruba pouca é bobagem
Isso é coisa de quadrilha.
Publicado em: 07/08/2008 18:24:43
Última alteração:19/10/2008 19:43:2


Venha fazer meu bem
O que Deus mandou
Juntar pêlo com pêlo
Deixando o pelado dentro.
Assim a noite vem
E traz no belo sonho
Encantos sem igual,
Formando Paraísos
Em toques mais precisos.
Ardendo a velha chama,
Depois o dever chama
E tudo recomeça...

Publicado em: 14/08/2008 11:48:30
Última alteração:19/10/2008 20:09:29


UMA TREPADA INESQUECÍVEL

Muitos sabem da vida do Sr. Emilio Mannarino, italiano que chegou a Muriaé em 1932 e que, ao lado do irmão, Santo, aqui realizou um belo trabalho e criou uma grande família.

Depois de aposentado e já com 90 anos de idade, tinha ele como diversão preferida, longos passeios pelas ruas da cidade.

Ali na Praça João Pinheiro, contava longas histórias da família e tinha especial orgulho do Dr. Oresto que, antes de ser delegado da Polícia Federal tinha sido o maior dançarino de tango da região.

Pois foi este mesmo Doutor Oresto que, numa de suas visitas a Muriaé, saiu do carro, para dar umas voltas pelas já congestionadas ruas da cidade quando, ali mesmo na Praça João Pinheiro, foi surpreendido por um tiroteio:

Para não se envolver em confusão, ele acelerou o carro, mas teve tempo de ver um idoso correndo, até se abraçar a um grosso tronco de árvore, para fugir das balas perdidas.

Minutos após Dr. Oresto ter chegado em casa, apareceu o ofegante Sr. Emilio Mannarino com a camisa suja de barro.

Só aí ele reconheceu o pai, na lembrança daquele senhor agarrado ao tronco e apenas por curiosidade, perguntou o que havia acontecido, ao que seu pai respondeu:

-Uma tragédia. Fiquei perdido em meio ao tiroteio e, de tão apavorado, agarrei a primeira árvore que passou correndo e trepei nela!

Diante da resposta, ninguém conseguiu segurar o riso, nem mesmo o experiente delegado da Polícia Federal, testemunha ocular do ocorrido...

MARCOS COUTINHO LOURES
Publicado em: 15/10/2007 22:00:35
Última alteração:29/10/2008 18:09:50



Uma verdade é bem nobre,
A conhece toda gente,
Um frango em mesa de pobre?
Um dos dois está doente...
Publicado em: 02/10/2008 12:09:41
Última alteração:02/10/2008 13:37:13



Vivendo essa sonetabilidade
Curtindo essa soneterapia
Cada soneto pronto me inebria
Me ufana, me alegra e traz saudade

Também satisfação vê-lo assim pronto
Já me disseram para abandoná-lo
Mas como sou teimoso -ou talvez tonto -,
Critiquem! Não desisto nem me abalo...

Pois verdadeiro amigo, não duvide,
Não ouve mais fofocas nem intrigas.
A luz que na verdade, nos incide
Não deixa perecer em tolas brigas

A força que demonstrando unidade
Perfaz em fortes laços, a amizade...

GONÇALVES REIS
MVML
Publicado em: 22/08/2007 16:54:31
Última alteração:05/11/2008 14:22:14



Unção e cura.

Trabalhando numa equipe de PSF na região do Patrimônio da Penha, município de Divino de São Lourenço, no Espírito Santo, durante uma visita familiar me surpreendi com uma dura realidade:
Fui chamado para dar atendimento a uma família que teimava em não receber nem agentes de saúde, nem enfermeiros e, muito menos, médicos.
Ao tentar manter contato, fui recebido pelo “chefe” da família que, arredio ao contato, me informou que “naquela casa, médico não entrava”.
Perguntei o porquê e ele me disse que não teria condições de “comprar os remédios”, ao que repliquei que esses medicamentos não seriam comprados já que ele os tinha pago com os impostos que estavam embutidos nas mercadorias e serviços que utilizava no dia-a-dia.
Sem outros argumentos, me recepcionou e permitiu a minha entrada na pobre casa.
Num primeiro olhar, me deparei com uma realidade estranha; havia três mulheres mais jovens e uma senhora que aparentava uns cinqüenta anos.
Uma das moças, a mais velha provavelmente, apresentava-se com uma erisipela em estado avançado, formando uma úlcera no tornozelo, complicação comum da doença.
Ao, disfarçadamente, perguntar sobre as outras mulheres da casa, a matriarca me interrompeu afirmando que estavam todas boas, inclusive a doentinha.
Segundo ele, a perna da moça estava melhorando e “Deus a iria curar”.
Ao perguntar qual o medicamento que ela estava usando, a resposta veio ágil e firme:
-Água ungida!
Após essa afirmativa, me deparei com um rádio, daqueles antigos que têm ondas curtas, único eletrodoméstico da casa.
Ao conversar com meu auxiliar, fiquei sabendo da história.
Havia um pastor de uma dessas igrejas “de Deus” que, através do rádio, “ungia” a água colocada ao lado do aparelho.
Tal água, após a unção era aplicada sobre a perna da doente.
Obviamente a melhora não estava ocorrendo e a presença da febre alta e da queda de estado geral da moça demonstravam a piora do quadro.
Parei, pensei e tentei arquitetar uma forma de estimular o uso do medicamento.
Rapidamente, peguei um pedaço de sabão de coco, e uma caixa de antibióticos e analgésicos, além de um pacote de gaze e perguntei a que hora era o programa do tal pastor.
Ao ser informado de que iria começar em minutos, pedi para ligar o rádio e, pacientemente, esperei a hora da transmissão do “programa milagroso”.
Solicitei a todos, inclusive ao meu auxiliar, que ouvisse o programa e orassem junto com o pastor, na tentativa de unção do pacote de medicamentos, gaze e sabão de coco.
Dito e feito, depois de “ungidos”, solicitei que, após a perna ser lavada com a água e sabão, fosse dado os medicamentos, todos devidamente ungidos.
A melhora da paciente foi evidente, com a cicatrização da ferida e a cura da erisipela.
A partir desse dia, cada vez que necessitam, transformo o tal pastor em meu maior aliado.
Sem o saber, agora ele está ungindo até vermífugo.
Publicado em: 29/07/2006 22:34:27


ÚNICO
Aquele homem tinha verdadeiro ódio do próprio nome! É que, ao nascer, seus pais o haviam batizado com o estranho nome de ÚNICO.

Durante toda a vida ele a passou odiando ser chamado por aquele nome até que, sentindo a morte chegar e desejando ter um pouco de sossego além túmulo, pediu à família que, pelo amor de Deus, não pusesse seu nome próprio no túmulos.

Quando ele se foi, a fiel esposa quis homeageá-lo e mandou escrever sobre a lapide do tumulo a seguinte frase:

“Aqui jaz um homem de bem, um bom filho um ótimo pai e um esposo maravilhoso que JAMAIS traiu a mulher, sendo por todos querido e respeitado”.

Isto foi o bastante para tirar o sossego da generosa alma que buscava o descanso eterno, pois todas as pessoas que visitava a sepultura e liam aquela mensagem, faziam o seguinte comentário:

-ESSE FOI O ÚNICO.

Do outro lado da vida, o nosso amigo ficava quebrando a cabeça, sem saber como todos os visitantes tinham adivinhado o seu nome, tão exótico, tão difícil...

Coisa da vida...

MARCOS COUTINHO LOURES
Publicado em: 07/04/2008 13:34:48
Última alteração:21/10/2008 20:00:29



Vim te ver nesta curva
Da vida
Quando os vinte
Foram mais que dobrados.
Ah! Quem me dera
Saber que nada mudou,
Mas o sentido desta espera
Nas curvas se desfigurou
E, de repente,
O que fora uma esperança
Tomou as formas
Da fera que me esperava
Boca aberta, escancarada.

O tempo não perdoa.
Apesar de adiar
Ou não os sonhos,
Esmerila a alma
E vasculhando a gaveta
Mexe e remexe nos guardados.
Mas sabe que são apenas
Guardados
Guardanapos
Retratos
Tratando o que nunca mais
Re trata.
Nem ata
Apenas avaria.

Eu bem sei que te amo
E nada mais importaria
Se não fosse a urgência
De ser feliz.
Afinal, os vinte, os quarenta,
E não dá mais para adiar.
Adiar, dia a dia,
O dia que não chega
E nem mais me alcança.

E te espero há tanto...
Não se espante com minha pressa,
É que a janela está se fechando
E as esperanças
Abandonando o barco
Que posso fazer?
Sou o comandante...
Publicado em: 10/12/2006 15:31:43


Eu quero a sensação duma alegria
Salvando minha vida da tristeza
Que tanto maltratou e pôs a mesa
Que morre sem sequer quem bendizia.
Bendita minha força e minha garra
Que nunca permitiram minha queda
Olhar de tal tristeza, a vida veda,
Ávida da alegria, vida em farra.

Não deixe que esta dor te vença assim,
O fim de toda dor é mesmo triste
A alegria de viver por certo existe
E vence, com certeza, lá no fim.
Ao fim desses meus versos vou cantando
A força que me trouxe o teu olhar
Princesa, por demais que possa amar,
A vida sem amar vai se acabando.
Não faça de teus olhos a torrente
Que amarga todo rio de saudades,
Precisas conhecer felicidades
Meus braços te esperando. Vem! URGENTE!
Publicado em: 12/12/2006 17:50:01
Última alteração:30/10/2008 18:36:49

Urubu saiu depressa
Quando viu dona Taninha
Seu Edinho me confessa
Que barato. Está na minha...
Publicado em: 20/08/2008 19:58:02
Última alteração:19/10/2008 20:27:29

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