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Sunday, January 2, 2011

SEXTINAS

1

Ainda quando pude ter no olhar
Os dias mais felizes ou quem sabe
A sorte noutra face já desabe
Ou mude meu caminho devagar,
Restando dentro em mim o que não cabe
Sequer eu poderia imaginar.

Ainda que quisesse imaginar
Não trago qualquer luz em meu olhar
E sei da solidão e quanto cabe
Do todo sem sentido e não se sabe
O rumo se moldando devagar
No todo quanto possa e ali desabe.

Meu tempo este castelo que desabe
Já não comporta mais o imaginar
Seguindo o meu caminho devagar
Mantendo esta esperança em teu olhar
Tramando o que deveras não se sabe
Trazendo o quanto quer e nunca cabe,

O sonho dentro da alma sempre cabe
E mesmo que esta estrada assim desabe
Resumos do cenário e já se sabe
Ousando num suave imaginar
Somente poderia ao ver e olhar
Singrar este oceano devagar.

O passo mesmo sendo devagar
Traduz o que decerto ainda cabe
Moldando a rara luz em meu olhar
Repare neste encanto que desabe
E busque o que pudesse imaginar
E o tempo noutro encanto nada sabe.

O tanto quanto pude e não mais sabe
Quem luta contra a fúria devagar
Ainda que pudesse imaginar
Ao fim de certo tempo não mais cabe
E o mundo desejado enfim desabe
Negando o que pudesse em cada olhar.

Traçasse a cada olhar o que se sabe
E o todo não desabe, devagar
Amor; somente cabe imaginar.

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2
O tempo renegando a solução
Que tanto desejei e nunca vinha
A sorte se mostrando noutro rumo
E quando vejo a luta em dimensão
Diversa da que tanto me acostumo
Enfrento tão somente a negação,

O mundo desenhando em negação
Negando o que pudesse em solução
Não traz sequer o quanto me acostumo
E a luta sem descanso já não vinha
Mostrando o quanto cabe em dimensão
Dispersa o meu caminho em tosco rumo.

Além do que pudera sempre rumo
E nisto se desenha a negação
Ousando acreditar na dimensão
E nisto se aproxima a solução
Tramando o que pudera e não mais vinha
Ao fim após a guerra eu me acostumo.

O tanto quanto possa, e se acostumo
Mudando com firmeza além o rumo
Sabendo o que em verdade sei que vinha
Traçando tão somente a negação
Refaz a cada passo a solução
E traça esta sobeja dimensão.

Meu mundo se mostrando em dimensão
Enquanto na verdade me acostumo,
Procuro nos teus olhos, solução
E tanto quanto quero e vejo e rumo
Explica a mais diversa negação
E o todo desejado ora não vinha.

Cevando com ternura a velha vinha
O quanto me engrandece em dimensão
Dispersa do que tanto em negação
Trouxesse o quanto possa e me acostumo
Marcando a cada dia enquanto eu rumo
Tentando no horizonte a solução.

A vida em solução já não mais vinha
E assim eu sigo o rumo em dimensão
E aos poucos me acostumo à negação.


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3


A forma mais suave da esperança
Traduz felicidade e nada mais
Os dias quando fossem tão venais
A sorte na verdade ao nada lança
E quanta vez eu vejo esta aliança
Marcada por instantes desiguais.

Os sonhos tantas vezes desiguais
E o quanto poderia em esperança
Gerar noutro momento esta aliança
Deixando para além o nunca mais,
A vida quando adentra em fina lança
Expressa os erros tolos e venais.

O prazo entre momentos que, venais
Já não comportariam desiguais
Caminhos entre os todos quando lança
A voz ao se perder em esperança
No todo desejado e sempre mais
Tentando produzir tal aliança.

A noite nos tramando uma aliança
Embora dias sigam tais venais
Momentos entre os ermos; peço mais
Nos tantos que pudessem desiguais
Gestando tão somente esta esperança
Ousando na alegria onde se lança.

O canto desejado e nele lança
Marcando o dia a dia em aliança
Trazendo tão somente esta esperança
Esbarro nos engodos e venais
Momentos com temores desiguais
E neste caminhar o tempo a mais

O quanto poderia e sempre mais
Ousando na incerteza onde se lança
Ausência dentre tantos desiguais
E neste caminhar uma aliança
Presume outros sentidos mais venais
Matando o quanto fora uma esperança.


A vida em esperança traz a mais
Os dias mais venais a sorte lança
Ousando em aliança os desiguais.


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4


Amor que nos liberta e traz no olhar
Certeza de um momento onde encontrar
Vencendo cada instante a se entregar
Vagando noutro rumo a procurar
Aonde se pudera num altar
O sonho mais diverso a se mostrar.

O rumo quando tenta se mostrar
E dita com certeza um raro olhar
Ousando em ter nas mãos o raro altar,
Buscando cada instante a me encontrar,
Depois de tanto tempo procurar
Sabendo tão somente me entregar;

E quantas vezes pude ao entregar
Meu sonho num momento a paz mostrar
Ousando na esperança procurar
E nesta direção diversa olhar
Até poder enfim paz encontrar
Reinando como fosse um nobre altar,

Quem faz do grande amor o seu altar
Já sabe o quanto possa se entregar
E após outro momento eu encontrar
O passo sem temor a se mostrar
E sinto um raro brilho em teu olhar
Depois de tanto, tanto procurar.

A vida não cansando a procurar
Aonde se ergue em nós um claro altar
E traz a força imensa neste olhar
Podendo com certeza me entregar
Até que eu possa o quanto em paz mostrar
E nisto a luz com calma eu encontrar.

E sei que poderia te encontrar
Depois de tanto tempo procurar
Estrela que nos guia a se mostrar
Ousando na alegria como altar
Tramando o que pudera ao me entregar
Trazer com maior força em meu olhar.


Pudesse neste olhar ao encontrar
O tanto a se entregar e procurar
No amor um raro altar a se mostrar.

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5

Já nada mais pudera aonde eu tento
Seguir o meu caminho sem sentido
O corte desenhado onde lapido
E trama o quanto possa o pensamento
Gerando o que pudera resolvido
E nisto só presumo o sofrimento,

Meu mundo se aproxima em sofrimento
E nisto cada dia novo eu tento
Meu sonho sem estar já resolvido
E o todo noutro rumo ora sentido
Traçando o quanto possa o pensamento
E um verso sem temor hoje eu lapido,

O prazo determina e assim lapido
O mundo traduzindo o sofrimento
Rondando sem defesa o pensamento
E quando no final o canto eu tento
Tentando acreditar nalgum sentido
Tramando o que tentara resolvido.

Meu passo sem destino, resolvido
Enquanto um verso em paz hoje eu lapido
Buscando finalmente algum sentido
Podendo aliviar o sofrimento
E nisto este cenário aonde eu tento
Liberto e sem temor o pensamento.

O quanto poderia o pensamento
E nisto com certeza, resolvido
Meu passo rumo ao tanto quero e tento,
Aos poucos em verdade o bem lapido
Marcando com temor o sofrimento
Deixando este meu mundo sem sentido,

O passo noutro encanto já sentido
Rondando o quanto vale o pensamento
Gerando tanta vez o sofrimento
E o mundo se mostrara em resolvido
Momento aonde o mundo ora lapido
Enquanto uma saída ainda tento,

Meu mundo busco e tento, algo sentido
E quando assim lapido o pensamento
Deixando resolvido o sofrimento.


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6


Um dia poderia em dor e medo
Alçar além do cais que se aproxima
O tempo na verdade dita a rima
E o quanto se traduz neste degredo
Ousando com firmeza num segredo
O todo desenhando em duro clima,

A vida modifica o velho clima
E traz no meu olhar o imenso medo
E nada do que possa num segredo
Traçar o quanto em nós dita e aproxima
O tanto se desfaz neste degredo
E a luta renegando qualquer rima.

Meu sonho na verdade não mais rima
E nega o que pudesse em frágil clima
Tramando tão somente este degredo
E nisto se resume o imenso medo
E quantas vezes vejo e se aproxima
Trazendo uma esperança em tal segredo.

A vida não traduz novo segredo
E quando a sorte molda a paz em rima
A luta num caminho se aproxima
Mudando com certeza todo o clima
E traça neste olhar o mundo e o medo
Marcando a cada instante outro degredo.

A sorte desenhada no degredo
Expressa o dia a dia em tal segredo
E gera ao caminheiro o imenso medo
E toda esta ilusão enquanto rima
Negando o que pudesse, novo clima
Aos poucos do vazio se aproxima.


Meu canto do vazio se aproxima
E gesta o desengano de um degredo
E trama com firmeza o velho clima
Sabendo do que possa este segredo
Tentando controlar a luta e rima
O amor que tanto quis com todo o medo.

Não vendo quando o medo se aproxima
A luta diz da rima e no degredo
O mundo num segredo traça o clima.

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7
Nas mãos tão dedicadas de uma amiga
Fiel, em sentimentos mais vivazes
A permissão perene que prossiga
Os sonhos mais difíceis e tenazes.
Que a vida assim serene e que consiga
A sorte nos mostrar bem mais capazes.

Meus passos na verdade são capazes
De ter dentro do sonho a velha amiga
E quando esta esperança enfim consiga
Trazer noutros momentos mais vivazes
Os dias com certeza tão tenazes
No canto sem igual que ora prossiga.

A vida de tal forma assim prossiga
E nisto vejo os sonhos mais capazes
E sinto em tuas mãos firmes tenazes
Na sensação suave e mesmo amiga
Firmando com teus olhos mais vivazes
Até que a liberdade em paz consiga.

O quanto se deseja e já consiga
Enquanto a nossa luta assim prossiga
Palavra abençoada, em tons vivazes
Em dias mais suaves e capazes
A luta se demonstra mais amiga
Vencendo estas batalhas tão tenazes.

Os ermos de minha alma são tenazes
E cada novo tempo que eu consiga
Trazer esta esperança mais amiga
Enquanto o caminhar sempre prossiga
Mostrando tais momentos e capazes
Do todo em luas claras e vivazes

Meus olhos em momentos mais vivazes
Tramando este caminho onde tenazes
Momentos desenhados são capazes
E mesmo que a mudança enfim consiga
Traduz esta esperança que prossiga
Na paz tão desejada, clara e amiga.

Por isso minha amiga mais vivazes
Aonde já prossiga em tais tenazes
Momentos que eu consiga, enfim capazes.

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8

Invisto o meu futuro neste sonho
E quando meu caminho se fizera
Ousando na certeza de outro tempo
A vida com firmeza não teria
Sequer o que pudesse em noite clara,
Vencer a imensa e rara maravilha.

O olhar que se percebe e maravilha
Trazendo no momento enquanto eu sonho
O todo que em verdade diz da clara
Noção que o tempo nega e já fizera
O tanto quanto possa e não teria
Gerando dentro da alma um novo tempo.

A luta desenhando contra o tempo
O tanto quanto pude em maravilha
E a vida na verdade não teria
Sequer o que pudesse em algum sonho
E deste caminhar tanto fizera
O quanto se queria em vida clara.

A luta se perdendo em rota clara
E nada mais trouxera além do tempo
E neste desenhar tanto fizera
E sei do quanto possa em maravilha
E quando com teus olhos inda sonho
Cenário mais real eu não teria.

Meu mundo na verdade não teria
Sequer o que pudesse em cena clara
E nisto o que inda quero e mesmo sonho
Vencendo por si só avança o tempo
E quando o meu olhar se maravilha
Traduz o quanto pude e não fizera.

A vida transcendendo ao que fizera
Mostrando cada passo onde teria
Somente a mais suave maravilha
E nesta solução a noite clara
Transcende com razão ao próprio tempo
E dita o privilégio deste sonho,

E quando enfim eu sonho já fizera
Do velho tempo o pouco que teria
A noite sendo clara, maravilha.

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9

Meu canto se desenha em novo fato
E bebo em fortes goles a esperança
O quanto poderia e nada trago
Vencendo o dia a dia mais dorido,
Meu passo se resume no vazio
E tanto quanto possa noutro rumo.

Seara se desenha em novo rumo
E o quanto poderia neste fato
Gerar além do todo ou do vazio
E nada mais pudesse esta esperança
Apenas num momento dolorido
E deste caminhar meu canto eu trago.

Meu mundo com certeza sempre trago
E sigo sem temor o quanto rumo
E trago este cenário dolorido
Ousando constatar a cada fato
Restando tão somente esta esperança
Tramando o meu cenário mais vazio.

O quanto se imagina este vazio
Trazendo o que deveras tento e trago
Marcando com delírio esta esperança
E quando em direção ao bem eu rumo
Expresso este momento e neste fato
Embora o mundo seja dolorido.

O preço mais salgado e dolorido
Trazendo dentro da alma este vazio
E nisto se constata cada fato
E o medo na verdade não mais trago
Moldando com firmeza um cais, um rumo
E vejo mais distante uma esperança.

Meu tempo desenhado em esperança
Embora o meu momento dolorido
Tramando na verdade um novo rumo
Apenas me sobrando este vazio
E o todo se traduz a cada trago
Mostrando com firmeza um raro fato.

E quando deste fato uma esperança
Ainda mesmo trago dolorido
O sonho em esperança está vazio...



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10



Jogado sobre as pedras deste cais
Já não comportaria qualquer sonho
E vejo apenas isso, o mais audaz
Momento entre diversos que pudesse
No encanto de quem ama e se transforma
A forma mais vulgar e mais temida.

A sina tantas vezes tão temida
E o mundo se afastando deste cais
O quanto na verdade se transforma
E traz este caminho aonde eu sonho
E quando finalmente se pudesse
Talvez ainda fosse mais audaz

Meu passo noutro rumo quando audaz
Expressa a realidade mais temida
E o todo na verdade já pudesse
Ousar sentir no olhar um manso cais
E nisto com certeza tento e sonho
E a vida noutro engano se transforma,

O manto da ilusão já me transforma
E traça esta certeza mais audaz
E quando me tocando em claro sonho
Aquela que pudesse ser temida
Trazendo com ternura o barco ao cais
Aonde descansar tanto pudesse.

Ainda que meu mundo não pudesse
Enquanto a própria vida nos transforma
Provoca a derrocada aquém do cais
Naufrágio da esperança ainda audaz
E nisto outra verdade mais temida
Gerando após o nada um velho sonho.

E quanto no final encontro um sonho,
E nesta sensação inda pudesse
Tramando esta verdade mais temida
Enquanto o dia a dia se transforma
Num dia mais suave e mesmo audaz
Trazendo em seu olhar o porto e o cais.

O todo deste cais traduz um sonho
Aonde fosse audaz e já pudesse
E sempre se transforma até temida.

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11


O canto se pudera ser diverso
Gerando novo mundo dentro em mim
O corte se aproxima no final
E gera outro momento aonde pude
Vencer o descaminho mais atroz
E nada se fizesse aonde eu quis.

O todo que em verdade sempre quis
E nisto caminhando em tal diverso
Cenário aonde possa mesmo atroz
Vagando o quanto resta dentro em mim
E sei desta ilusão além e pude
Trazer a embarcação neste final,

O passo se aproxima do final
E nada do que tanto sempre eu quis
Gerasse muito mais do que já pude
E quando se aproxima mais diverso
Tramando o quanto resta dentro em mim
Expressa o descaminho mais atroz,

A sorte se aproxima e sendo atroz
Trazendo esta alegria no final
Ainda que vivesse dentro em mim
Ditando o quanto quero ou mesmo quis
Num ato sem sentido e até diverso
Dizendo amor que busco e já não pude.

Apenas na verdade nada pude
Seguindo este caminho em passo atroz
E quando me imagino mais diverso
Meu rumo se mostrando no final
Vivendo com ternura o que mais quis
Trazendo este desejo dentro em mim,

Aprendo com vigor o quanto em mim
Dizendo na verdade o que mais pude
Cerzindo esta alegria aonde eu quis
Embora o mundo seja mais atroz,
Prevendo com certeza este final
Num ato sem sentido ou mais diverso

E quanto estou diverso até de mim
Preparo no final o amor que pude
A sorte mais atroz jamais eu quis.


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12


Blindando o meu caminho com a sorte
Que tantas vezes dita a solidão
Os ermos de quem sabe e não reluta
Encontram nos meus olhos o vazio
E sei dos passos vagos noite afora,
Marcando com terror o que foi meu.

O mundo que eu buscara inteiro meu
Já não mais poderia ter a sorte
E nisto se imagina tempo afora
Trazendo no final a solidão
E o quanto resta dita do vazio,
Porém quem mais porfia não reluta.

A vida na verdade ora reluta
E sabe do cenário tolo e meu
Deixando no meu peito este vazio
Que possa dominar a própria sorte
Mudando com ternura a solidão
E o tempo se desenha mundo afora,

O quanto me restara, vida afora
Traduz o quanto o passo não reluta
E dita este caminho em solidão
Moldando este cenário todo meu
E a luta desenhando a frágil sorte
Deixando o meu caminho mais vazio.

O dia se tornando mais vazio
Cenário se repete mundo afora
E o quanto poderia ser a sorte
Aos poucos sem defesas já reluta
E o todo imaginado outrora meu
Expressa no final a solidão.

A vida desenhando em solidão
O mundo sem sentido e mais vazio
O tanto quanto pude e não foi meu
Seguindo sem sentido estrada afora
O passo na verdade não reluta
E conta simplesmente com a sorte.

Ainda nesta sorte a solidão
Por vezes não reluta e traz vazio
Deixando vida afora o que quis meu.


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13



Bebendo da esperança cada gole
E tendo esta certeza que me move
O quanto desta vida se comprove
Gerando o que pudesse e não se tenta
Vencendo dentro da alma esta ilusão,
A morte se desenha em vã tormenta.

A noite se anuncia onde a tormenta
Trazendo ao coração a dor em gole
Moldando com terror esta ilusão
E o passo noutro rumo agora move
E sei do quanto possa e mesmo tenta
Quem nada do que teime já comprove.

Amor quando demais não se comprove
Nem mesmo se permite a tal tormenta
E quando outro caminho busca e tenta
Traçando uma emoção de gole em gole
Assim ao infinito o sonho move
E traça no final esta ilusão.

Meu passo se desenha em ilusão
E nada do que busco se comprove
Enquanto o meu caminho além se move
Vagando aonde a sorte diz tormenta
O mundo se anuncia em todo gole
A luta se demonstra e mesmo tenta.

Ainda quando o tempo vem e tenta
Vencer os erros tantos da ilusão
O todo se transforma em mero gole
E o nada a cada passo se comprove
Traçando no final esta tormenta
Que tanto nos fascina quanto move,

O passo quando além do sonho move
E ter este infinito sempre tenta
Marcando em calmaria uma tormenta
Apenas quem se dando em ilusão
No fundo nada mais busque e comprove
Ousando na esperança, um mero gole.

A vida simples gole que nos move
Enquanto já comprove o quanto tenta
Fazendo da ilusão, rara tormenta.


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14



O quanto poderia acreditar
Nas ânsias mais comuns de quem procura
Vencer as tempestades, mesmo assim
O tempo não sossega e jamais cessa
A vida se apresenta meio e fim,
O corte na raiz de uma esperança.

Aonde poderia uma esperança
Já não consigo mesmo acreditar
E sei do que me espera em ledo fim
Vencendo o que deveras diz procura
E nada do que possa ainda cessa
E vejo o meu futuro sempre assim.

Ainda que pudesse ser assim,
O mundo se desenha em esperança
O manto sem certeza já não cessa
E a pressa diz do quanto acreditar
No todo que deveras se procura
Apenas desenhando ora meu fim,

O início preconiza então tal fim
E gera o que pudesse ser assim,
E quando a solução já se procura
Marcando com temor esta esperança
O quanto eu poderia acreditar
Trazendo o que este canto invade e cessa.

O mar que nesta areia morre e cessa
O tempo e aproxima do seu fim
Gerando o quanto pude acreditar
Presumo o meu cenário e sendo assim
Traçando o quanto resta em esperança
Ditando o que este mundo já procura

A luta desdenhando uma procura
No fundo não se tenta e não mais cessa
Restando ao sonhador uma esperança
E quando preconizo o duro fim
O todo se desenha sempre assim
E impede que inda possa acreditar.

Pudesse acreditar no que procura
E tendo sempre assim o quanto cessa
Bebendo no meu fim esta esperança.



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15



Ao explodir no peito como espuma
Saudade diz do sonho em leda praia
E o quanto não pudesse em rochas, pedras
Trazendo a solidão para quem ama,
No todo se transforma e nada vejo
Somente o que pudera e não teria.

O quanto deste sonho enfim teria
E nada mais gerasse além da espuma
E nisto quanto mais procuro e vejo
As ondas espalhando sobre a praia
Traçando uma ilusão para quem ama
Deixando este caminho sobre as pedras.

Os dias imagino e adentro as pedras
E nada mais pudera nem teria
E sei do quanto a vida se faz ama
Tramando apenas todo que se espuma
Reflete o sol imenso sobre a praia
E após o que viria nada vejo.

Ainda que pudesse tento e vejo
Alçando este caminho em duras pedras
Buscando descansar em lua e praia
Que sei já não concebo e nem teria
A sorte se desenha qual espuma
E traz a solidão para quem ama,

O medo traduzisse o quanto se ama
E sei deste cenário aonde eu vejo
Meu canto se perdendo em leda espuma
Jogando uma esperança sobre as pedras
E apenas no final tanto teria
A solidão imensa desta praia,

A vida retornando sempre à praia
Negando uma alegria diz quem ama
E o todo que buscara não teria
Sequer o quanto quero e não mais vejo
As horas desenhando sobre as pedras,
Ousando a cada engodo nova espuma.

O quanto desta espuma toca a praia
E explode sobre as pedras, e quem ama
Ainda quando a vejo, eu não teria.


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16



No mar imenso o sonho claro e azul
Tomando com certeza cada espaço
E o todo se transforma e sei do muito
E tento caminhar entre os meus medos
Tecendo esta agonia a cada infausto
O rústico cenário se anuncia.

O quanto cada verso me anuncia
E traça um novo tempo claro e azul
O dia venceria seus infaustos
E a sorte ao mergulhar em cada espaço
Deixando para trás antigos medos
Faria do que eu busco o tanto e o muito,

O manto se desenha e neste muito
O novo que pudera se anuncia
E gera muito além dos velhos medos
E tenta contornar em céu azul
O quanto poderia em tal espaço
Vencer a solidão, meu duro infausto,

A luta se desenha e neste infausto
O pouco se anuncia e dita o muito
Vagando sem sentido neste espaço
E o mundo sem sentido se anuncia
Bebendo com ternura o sonho azul
Marcando com brandura os velhos medos.

Ainda que pudesse em tantos medos
O nada se tramando neste infausto
Cenário aonde o todo outrora azul
Pudesse na verdade ser o muito
Que a vida sem descanso me anuncia
E toma sem sentir o farto espaço,

O quanto a cada engano mais espaço
Tocando mansamente antigos medos
Enquanto a luta trama e se anuncia
Eclode no meu peito cada infausto
E sei do quanto pude pouco ou muito
Num dia que julgara claro, azul.

O todo deste azul tomando espaço
Devendo deste muito aos vários medos
O tanto deste infausto se anuncia.


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17


O sonho mais audaz que inda tivesse
Quem tanto se imagina mais feliz
E o corte se aproxima do que eu quis
E nisto o caminhar expressa a prece
E nada do que possa contradiz
O quanto sem sentido a vida tece.

A vida tantas vezes toma e tece
E cada novo tempo se tivesse
Na incerta sedução que contradiz
O coração que um dia foi feliz
E trama como fosse simples prece
O mundo que em verdade eu sempre quis.

O tanto quanto possa e já não quis
A luta noutro rumo o sonho tece
E nada nem sequer um rogo e prece
Ainda que decerto a paz tivesse
Moldando o quanto quero mais feliz
Enquanto o que me resta contradiz

Meu passo contra a fúria contradiz
E trama o que em verdade sempre quis
E mesmo se pudesse ser feliz
Aonde uma ilusão o mundo tece
Regendo cada sonho que eu tivesse
Trazendo ao coração sobeja prece.

Meu verso poderia como em prece,
Mas sei que o dia a dia contradiz
E mesmo que esperança inda tivesse
Vertendo em meu olhar o que mais quis
Assim o meu caminho a vida tece
Tramando outro momento mais feliz.

E sei do quanto possa ser feliz
Quem tenta esta emoção, superna prece
Ultriz momento a vida volve e tece
E o tempo novamente contradiz
Deixando para trás o que mais quis
Enquanto o meu caminho inda tivesse.

Ainda que tivesse o mais feliz
Vivendo o quanto quis em cada prece
A vida contradiz o que inda tece.

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18



O manto se traçando aonde um dia
A sorte na verdade não trouxesse
Sequer o quanto quero e não mergulho
No lago da esperança ou mesmo além,
A vida não traduz felicidade
E marca o quanto vejo em novo brilho.

O quanto poderia e mesmo brilho
Expressa o que buscara em novo dia
Marcando com a dor, felicidade
E nisto novo rumo se trouxesse
Moldando o meu caminho muito além
Do quanto no vazio ora mergulho.

O tanto se transforma e num mergulho
Gerando o que pudesse e sei do brilho
No tempo desenhando o rumo além
E nada se mostrara a cada dia
E tanto quantas vezes eu trouxesse
E nada mais se diz felicidade.

O canto mais sutil; felicidade
E quando na verdade inda mergulho
E nisto o que deveras mais trouxesse
Gestando este caminho aonde eu brilho
E traça o que pudera em novo dia
Ou nada se mostrasse mesmo além,

O tanto num caminho diz além
E trama o que puder felicidade
Regendo a maravilha de outro dia
E nisto quando além inda mergulho
Trazendo a cada passo um novo brilho
E nisto outra verdade me trouxesse.

O quanto desta vida se trouxesse
Mostrando este caminho e muito além
Negando a cada passo um raro brilho,
A luta traduziu felicidade
E enquanto no vazio em paz mergulho
E o tempo se moldando dia a dia,

A cada novo dia se trouxesse
E sei deste mergulho ou mesmo além
Rara felicidade dita o brilho.



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19


Formosa madrugada em flórea senda
Ascendo ao quanto quis e não veria
Somente o que se tenta após o nada
E o manto recobrindo em esperança
O mundo se apresenta claro e verde
Abrindo este momento em tal futuro.

O quanto se aproxima do futuro
E traz ao meu olhar diversa senda
O todo desenhando neste verde
Cenário o que pudesse e inda veria
Vivendo dentro da alma esta esperança
Após o tempo amargo em quase nada.

Traçar uma alegria após o nada
Deixando o quanto quero no futuro
E a vida se moldara em esperança
E nisto se aproxima desta senda
O tanto quanto possa não teria
Meu campo se desenha sempre verde.

O rumo se aproxima e dita o verde
E o todo na verdade diz do nada
E o marco com firmeza se veria
E nisto ao invadir este futuro
A claridade toca a imensa senda
E a luta se traçasse em esperança

A sorte desenhando uma esperança
Ousando o coração enquanto o verde
Domina tão somente a rara senda
E traça com verdade após o nada
E sei do meu caminho em teu futuro
Aonde outro momento em paz veria.

O tempo na verdade não veria
O quanto representa em esperança
Moldando o quanto quero no futuro,
Um sonho que preserve todo o verde
E o todo traduzindo o mesmo nada
Gestando o que pudesse rara senda.

A luta em nova senda não veria
Depois de quase nada esta esperança
No passo sempre verde, o meu futuro.


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20



O todo desenhado em raro trilho
Pudesse desejar noutro momento
E quando na verdade eu sigo em paz
Ousando com ternura o que viria
Meu mundo se aproxima do final,
E nada mais levasse em minha morte.

O sonho desdenhoso dita a morte
E quanto mais escasso rumo eu trilho
Singrando sem um cais, ledo final,
O mundo se apresenta num momento
E nisto tantas vezes eu viria
Buscando o quanto resta em rara paz.

A sorte desenhando em nós a paz
E nisto desdenhando a própria morte
Além do que em verdade aqui viria
Ditando a realidade em raro trilho
Gerando cada passo num momento
Trazendo a todo instante outro final.

O marco desenhado no final
Expressa o que pudesse vivo em paz
E nisto se percebe no momento
Cabendo com certeza a própria morte
E nessa solidão enquanto eu trilho
Marcando cada passo, aquém viria.

O manto traduzisse o que viria
Tramando o quanto cabe no final
E vendo a solução por onde trilho
Gestando o que pudera ter em paz
Após o quanto quero e sei da morte
Preparo para tal novo momento,

Ainda que se visse num momento
O quanto não pudera nem viria
Rondando o meu caminho, dita a morte
Bem antes que se chegue num final
Espero descansar enfim em paz
Ousando na esperança em ledo trilho.

O quanto sempre trilho em vão momento
Cerzindo nesta paz o que viria
Alcanço o meu final, e bebo a morte.


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21



Imensa solidão tomando o sonho
E vejo após o nada o simples caos
E sendo costumeiro o velho encanto
De quem sabe viver e busca além
Do todo que deveras não traria
E nada mais pudesse, ou trama a sina,

A vida se desenha noutra sina
E o corte que aproxima enquanto sonho
Vestindo o que deveras me traria
Após o desenhar de um ledo caos
E nisto se aproxima muito além
Do quanto poderia e não me encanto.

A luta sonegando algum encanto
Expressa o que pudera em velha sina
E quando se prossegue muito além
O mundo não trouxera nenhum sonho,
Somente este desenho e nele o caos
Aonde um turbilhão logo traria.

O canto se desenha onde traria
O todo se desnuda em raro encanto
E vence o quanto resta em ledo caos
A luta traz além a antiga sina
E sei do quanto possa em novo sonho
Marcando o que deveras segue além,

Meu mundo se aproxima e segue além
Do quanto poderia e me traria
Ousando para quando em farto sonho
Tramasse o que deveras dita encanto
Moldando o quanto pude nesta sina
Tecer em descaminho além do caos.

Meu tempo desenhando em velho caos
Trazendo uma alegria e muito além
Do quanto poderia em rara sina
Tramar o que esperança me traria
E nisto com certeza eu já me encanto
E sei desta promessa e tento e sonho.

Na noite deste sonho o turvo caos
Negando algum encanto ou mesmo além
Decerto não traria a leda sina.


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22


Porquanto se desdenha o que não vês
E trama o que talvez já não coubesse
Esquece cada passo rumo ao tanto
E canto com ternura o quanto quis
Feliz de quem soubera desde então
Na direção do dia em alegria

Ainda poderia em alegria
Talvez na insensatez que agora vês
A solidão se mostra desde então
E tece o que quem sabe já coubesse
E quando por um triz o todo eu quis
Num pranto sem temor, que eu busco tanto,

Numa ávida impressão o muito, o tanto
Ardia dentro da alma esta alegria
Bisando o que se vendo não mais quis
Não fez desta ilusão que agora vês
A prece a cada rota enfim coubesse
E o vão traçando o não, ou mesmo então.

Clamando em solidão e desde então
Meu canto num encanto busca o tanto
Da messe que obedece e já coubesse
Adia esta utopia e da alegria
Além da insensatez que agora vês
Não fiz o que pudera e mesmo quis.

O tanto se aproxima e quando o quis
Marcando a embarcação, sabendo então
Bem mais do se quer e não mais vês
Deixando para trás meu passo tanto
Fazendo da agonia esta alegria
Talvez ainda em nós mesmo coubesse

A senda mais suave que coubesse
Expressa o que deveras já não quis
Marcando com sorrisos a alegria
E sigo este caminho e sei que então
Apenas desenhando o pouco ou tanto
Que embora solitária tu não vês.

E quanto além tu vês e não coubesse
Meu mundo sendo tanto enquanto o quis
Tramasse desde então rara alegria.

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23



Não tento caminhar entre as tempestas
E sei dos descaminhos que enfrentei
O tanto quanto possa e não teria
Sequer o que pudesse além do cais,
Vencer o que chegasse num momento,
E o todo se desenha neste instante

E quando na verdade a cada instante
Enfrento vendavais, raras tempestas
Seguindo cada passo num momento
E tanto quanto possa eu enfrentei
Chegando mansamente ao raro cais
E neles nada mais busco ou teria,

A sorte desenhando o que teria
Quem vive com firmeza cada instante
E vence sem temor chegando ao cais
Após reconhecer tantas tempestas
E nisto cada passo eu enfrentei
Vivendo sem temor cada momento,

A luta desenhando num momento
Trazendo o quanto possa e não teria
E sei do descaminho onde enfrentei,
A vida se transforma a cada instante
E sei dos meus temores e tempestas
Ousando procurar enfim um cais.

Meu barco procurando além um cais
Ditando cada passo num momento
Embora sejam tantas as tempestas
Meu mundo na verdade não teria
Sequer o que procuro num instante
E nisto o descaminho eu enfrentei,

O quanto do passado ora enfrentei
Tentando tão somente um porto, um cais;
E o mundo se perdendo num instante
Cevando esta alegria em tal momento
E sei que na verdade eu não teria
Senão as velhas duras, vãs tempestas,

E quando nas tempestas enfrentei
Buscando o que teria além do cais
A sorte num momento em raro instante.


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24



Um passo em direção ao quanto venha
E trace com ternura o que se vendo
Transcende ao que inda possa ser assim,
Marcando com ternura o dia a dia
Vertendo esta ilusão em rota e prazo,
A luta não pudera ser diversa.

A senda mais audaz, mesmo diversa
E nisto esta fortuna sempre venha
O mundo dita aquém o tempo e prazo
E quando na verdade sigo vendo
Ousando acreditar num novo dia
Trazendo o que resiste mesmo assim.

Meu passo se desdenha e sendo assim
A face mais audaz, atroz, diversa
Do todo desejado em novo dia
Ainda que a verdade trace e venha
Mudando o que deveras sigo vendo
E nada mais se faz em ledo prazo,

Acordo e percebendo o velho prazo
E nada do que possa ser assim
O mundo noutra face tento vendo
O medo sem sentido em luz diversa
E desta forma a vida sempre venha
Moldando o que teria a cada dia,

O todo se aproxima em raro dia
E dita o que pudesse neste prazo
E quando a realidade sempre venha
Tramando o que persiste e dita assim
Embora a vida seja mais diversa
Do que inda poderia seguir vendo.

Percebo o que talvez ainda vendo
Trouxesse no final um raro dia
E sei desta emoção mesmo diversa
Deixando para trás o velho prazo
E dita o meu destino sempre assim,
Ainda que esta lua nova venha.

E quando sempre venha o que estou vendo
E sendo além e assim o velho dia
A sorte neste prazo é mais diversa.

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25


Trazendo sempre à baila esta emoção
Ousando na verdade ser feliz
O quanto da esperança não me dita
Servindo ao que pudera noutro instante
E o corte se aprofunda dentro da alma
Matando suavemente em ironia.

O mundo apresentando em ironia
O que pudesse ser pura emoção
No vento que invadindo esta pura alma
Traçando outro caminho mais feliz
E nada poderia neste instante
E sei do quanto o tempo sempre dita,

A luta sem certeza em leda dita
Vencendo o quanto resta em ironia
E nisto se moldara a cada instante
E trama no meu rumo esta emoção
E sei do que pudesse ser feliz
A vida não traria além esta alma,

O canto ao invadir em paz minha alma
E trama o que a expressão deveras dita
E deixa o meu sorriso mais feliz
Marcando com ternura esta ironia
E vivo tão somente da emoção
Moldada num momento em novo instante,

O tanto quanto possa neste instante
Ditame sem igual que toca na alma
De quem se moldaria em emoção
E fala do que possa em rara dita,
Negando o que trouxera em ironia
Tocando levemente o que é feliz

A vida se explodindo faz feliz
O manto desenhando neste instante
E trago dentro da alma esta ironia,
Varia a cada passo noutro instante
E gera o quanto quero em nossa dita
Trazendo com firmeza esta emoção.

O mundo em emoção me faz feliz
E muda a minha dita a cada instante
Matando dentro da alma uma ironia.


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26



Já não mais deveria acreditar
Nos erros de quem tenta nova luz
E o tempo se em verdade não soubesse
Vagando entre as estrelas, constelares
E sei do quanto pude em teus altares
Gerar o meu caminho em liberdade.

Ainda que vivesse a liberdade
E nela inda pudesse acreditar
As sombras mais suaves dos altares
Refletem dos meus sonhos tanta luz,
E sigo entre cenários constelares
Talvez outro momento inda soubesse,

O quanto se pudera e já soubesse
E dita o meu anseio em liberdade
Os dias entre os sonhos constelares
Ainda que eu pudesse acreditar
No canto se moldando em rara luz
Trazendo ao meu olhar raros altares,

A vida se traduz em teus altares
Ainda que em verdade não soubesse
Bebendo cada gota desta luz
E nisto se conhece a liberdade
Ainda que pudesse acreditar
Nos ritos mesmo sendo constelares.

E sei dos meus anseios; constelares
Ousando na esperança em meus altares
E tento a cada instante acreditar
Embora na verdade isto eu soubesse,
Tramando o que pensara em liberdade
E neste caminhar encontro a luz,

A noite semeando em rara luz
Explode nos resumos constelares
E nisto se sentisse a liberdade
Ferrenha no caminho entre os altares
Ainda que talvez mesmo soubesse
Do quanto poderia acreditar.

E sei que acreditar em cada luz
Dizendo o que soubesse em constelares
Momentos nesta luz em tais altares.


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27



À AMIZADE - SEXTINA



Os dias sem te ter vão penitentes,
As horas já não passam; tristes, duras,
Teus braços como raios envolventes
Garantem caminhadas mais seguras,
Teus olhos que me guiam, reluzentes,
Banhando cada passo com ternuras.

Buscando tão somente tais ternuras
Depois de noites tristes, penitentes
Encontro meus caminhos reluzentes
Amaciando estradas frias, duras
As mãos se tornam fortes e seguras
Trazendo estes carinhos envolventes.

Palavras que me dizes, envolventes
Tão plenas de carícias e ternuras
Mostrando soluções bem mais seguras
Redimem almas, velhas penitentes
Embora tantas vezes sejam duras
Permitem alvoradas reluzentes.

Estrelas que me entornas, reluzentes
Quais traços de amizades envolventes
Nas tramas bem mais firmes e mais duras
Tocadas pelos raios de ternuras
Protegem os que foram penitentes,
Passadas com certeza bem seguras.

Amiga com teus braços me seguras
Futuro mostra rotas reluzentes.
As pernas maltratadas penitentes
Atada nos grilhões mais envolventes
Depois de perceber tantas ternuras
Libertam-se das trevas, cruéis, duras.

As marcas mais profundas, sempre duras,
Guiadas por passadas mais seguras
Permitem vislumbrar raras ternuras,
Sentindo os claros brilhos reluzentes
Que chegam com seus raios envolventes,
Trazendo uma alegria aos penitentes.

Outrora penitentes noites duras,
Nos braços envolventes vão seguras
Nos trilhos reluzentes das ternuras...


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28


AMO AMAR VOCÊ - Sextina


Amor que, tantas vezes, me acompanha
Em noites solitárias, esperanças...
Bebendo em tua boca amor me entranha
Roubando das estrelas luzes mansas,
Vontade de te ter, sede tamanha,
Revendo em cada sonho, nossas danças.

Meus sonhos prometendo novas danças
Tanta alegria sempre se acompanha
Da força deste amor que sei tamanha
Trazendo ao coração tais esperanças,
As mãos que se procuram calmas, mansas
No fogo da paixão que vem e entranha.

A luz que em noite imensa já se entranha
Vislumbra em plenilúnio belas danças,
As horas vão passando bem mais mansas
Olhar enamorando te acompanha
Brilhando, transbordando em esperanças
Forjando esta alegria assim, tamanha.

Vontade de te ter em luz tamanha
Na claridade imensa amor se entranha
Forrando o meu caminho em esperanças,
As forças da natura em belas danças
Tocadas pelo olhar que te acompanha
Bonança sem tempestas noites mansas,

Palavras que seduzem sendo mansas
Permitem fantasia, enfim tamanha,
O canto em emoção que te acompanha
Nos âmagos dos sonhos quando entranha
Fomenta tal festejo em tantas danças
Espalha sobre nós tais esperanças.

Trazendo para a vida as esperanças
Amor mostrando sendas sempre mansas
Transporta em sintonia velhas danças
E a sorte de te amar se faz tamanha
E a tentação infinda assim se entranha
No rastro deste amor que te acompanha.

Amor quando acompanha as esperanças
No fogo que se entranha em noites mansas
Mostra em glória tamanha nossas danças...


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29

AMOR - sextina

Amor que em amizade sustentava
Felicidade plena bendizia,
Uma esperança a mais sempre abrigava,
Trazendo claridade para o dia,
Meu mundo no teu colo se entregava
Formando uma ilusão em poesia.

Encanto magistral da poesia
O sonho mais feliz já sustentava
A lua em maravilha se entregava
No verso que esperança bendizia
Prevendo amanhecer em novo dia
Aonde uma alegria se abrigava.

Meu corpo que em teu corpo se abrigava
Tocado pelas mãos da poesia
Raiando em mansidão formoso dia
Um sonho mais audaz se sustentava
No amor que tão sereno bendizia
Prazer que mansamente se entregava.

O rumo de meus braços entregava
Certeza de que amor cedo abrigava
O canto divinal que bendizia
A vida na sublime poesia;
A cada novo passo sustentava
Certeza de raiar um belo dia.

Renova-se esperança a cada dia
Ao qual felicidade se entregava
E o passo com mais força sustentava
No colo que decerto me abrigava
Forrado pelos dons da poesia,
Encanto que quem ama bendizia.

Meu verso te buscando bendizia
A glória de poder saber um dia
Tocado pelas mãos da poesia
Mostrada neste olhar que se entregava
Àquela que em seu peito me abrigava
E amor intensamente sustentava.

Amor que sustentava e bendizia
Na luz que se abrigava forma um dia
Aonde se encontrava a poesia.

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30

ENVOLTO NOS TEUS BRAÇOS - sextina


Envolto nos seus braços, vou seguindo,
Procuro no teu colo, um acalanto,
Amor feito disforme é sempre lindo,
Rebenta em emoção, inunda em pranto,
Na lábia do menino, vou fluindo,
Entregue sem limites, amo tanto.

A força em que se emana amor que é tanto
Deixando rastros que eu irei seguindo
E o dia nos teus braços vai fluindo
Toando no meu peito este acalanto,
Secando em riso franco qualquer pranto
Mostrando alvorecer divino e lindo.

No rosto desta deusa, calmo e lindo,
Certeza de que um sonho se faz tanto.
Reféns de uma amargura feita em pranto
Estrela que esparrama, irei seguindo
No canto mais sublime um acalanto
Aos poucos dia-a-dia está fluindo.

O rio mansamente assim fluindo,
Descendo para o mar divino e lindo,
Cascatas vão cantando em acalanto
Nos sons que imaginei e quero tanto
As margens deste rio estou seguindo
Atrás de cada gota do meu pranto.

O medo de viver formando em pranto
Estrelas constelares que, fluindo
Espalham tantas luzes, vou seguindo
Caminho que enobrece raro e lindo
Depois de procurar decerto tanto
Encontro a paz em forma de acalanto.

Ouvindo o vento em forma de acalanto
Deixando esmorecer antigo pranto
Esqueço o sofrimento que foi tanto
Envolto na esperança, assim fluindo
Encontro finalmente amor tão lindo
E cada passo seu quero ir seguindo.

O som que vou seguindo, um acalanto
Deveras raro e lindo, seca o pranto
E nele vai fluindo amor que é tanto...

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31


Mergulho no oceano de prazer
E bebo cada gota feita em mel
Ao ter esta alegria de viver,
Percebo ao fim da tarde um claro céu
Mostrando quanto é belo o bem querer,
Montando em liberdade este corcel.

Alçando um infinito, o meu corcel
Em cada novo trote um bom prazer
Guiado pelas rédeas do querer
Espalha em alegria farto mel,
Ganhando pouco a pouco o vasto céu
Ajuda e revigora o meu viver.

Sabendo da emoção de assim viver,
O pensamento livre qual corcel
Singrando com vontade, rasga o céu
E espalha em nosso amor tanto prazer.
A vida vai provando deste mel
Renova a cada passo, o meu querer.

Se tanto desejei o teu querer,
É nele que procuro o bem viver
Certeza de alegria em tanto mel,
Minha esperança audaz feito um corcel
Espalha sobre mim todo o prazer
Reflete em cada nuvem, imenso céu.

Olhando firmemente para o céu
O firmamento trama este querer
Moldando meu caminho em teu prazer
Fazendo bem mais livre o meu viver,
Voando libertário num corcel
Amor se lambuzando doce mel.

Na boca de quem amo sinto o mel
Penetro e calmamente chego ao céu,
Desejos me tomando, sou corcel
Entregue às fantasias do querer
Aprendo a maravilha de viver
Sabendo me fartar em teu prazer.

Sentindo o teu prazer, delícia em mel,
Só quero enfim viver, ganhar teu céu
Nos braços do querer, sou teu corcel.


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32



A vida se mostrando em emoção
Permite que se tenha a sensação
De um dia mais feliz, tenho a certeza,
Seguindo em plenitude a correnteza
Percebo que não vou ser mais sozinho,
Pois tenho enfim, comigo o teu carinho.

Sabendo que encontrei tanto carinho
Eu trago no meu peito esta emoção
E sinto que jamais irei sozinho.
Eu agradeço a ti tal sensação
E deixo que me leve a correnteza
Até felicidade, com certeza.

Em toda a minha vida, esta certeza
Mostrando em cada andança este carinho
Trazendo a seu favor, a correnteza
Na garantia plena da emoção
Divina e fabulosa sensação
Matando o meu temor de andar sozinho.

Quem veio de um caminho mais sozinho
Já pode ter, decerto esta certeza
Singrando a mais perfeita sensação
De um tempo em que viver trague carinho
Mudando num segundo esta emoção
Do amor que vem em forte correnteza

A foz que apascentando a correnteza
Permite que este rio vá sozinho
Ao encontro da lúdica emoção
Já dá ao meu peito amante esta certeza
De um tempo em que a beleza de um carinho
Nos dê, da eternidade, a sensação.

Assim ao me entregar à sensação
De quem vai perseguindo a correnteza
Envolto pela fé, pelo carinho
Já sabe que não vai estar sozinho,
Pois tendo amor sincero, com certeza,
Reconhece possível a emoção

Emoção que me traz em sensação
Certeza de vencer a correnteza
Sozinho, pois imerso em teu carinho...


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33



Pois eu tanto quisera ser feliz,
Ninguém mais, com certeza, merecia,
Tantas dores carrego, nego o bis,
A vida me deixando a poesia,
Tudo que falo, nada mais me diz,
Me deixando, somente, fantasia...

Quem me dera viver a fantasia,
De cavalgar solene e tão feliz,
Mas a saudade, cega, vem e diz,
Quem amou assim, tanto merecia,
Mas de tanto viver na poesia,
Felicidade deixou, sem seu bis...

Perdido pela sorte sem ter bis,
Nem chance de tentar, sem fantasia,
Me perco, vago mundo e poesia,
Ness’altar que sonhei, viver feliz,
Hoje, enfim eu percebo, merecia
Bem mais que essa tal sorte vem e diz...

Não quero mais saber o que é que diz,
Quem me negou poder, num novo bis,
Achando que jamais eu merecia,
Só por acreditar na fantasia,
Que me fez incapaz de ser feliz,
Por viver impossível poesia...

Quem, portanto, acredita poesia,
Quem por ela morrendo, tudo diz,
Acreditando nela ser feliz,
Mesmo tendo na vida, todo o bis,
Por ela viverá da fantasia,
Sem ao menos saber se merecia...

Mas talvez, melhor sorte merecia,
Quem amou vida afora a poesia,
Eu sou seu prisioneiro, fantasia...
Vem; chega devagar, então me diz:
Pelo amor do Senhor, último bis,
Me deixe, num segundo, ser feliz...

Eu quero ser feliz, bem merecia,
Amor eu peço bis, na poesia;
Vem correndo e me diz: é fantasia

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34



Falando deste amor que é minha sina,
Fomento de esperanças no meu peito.
A vida do teu lado, a paz assina
E mostra ser possível o antigo pleito
De ter uma emoção que descortina
Um novo amanhecer sobre o meu leito.

A lua quando invade e toma o leito
Trazendo em claros raios, nova sina
Futuro em fantasia descortina
Tocando bem mais fundo invade o peito
E mostra ser possível o meu pleito
Felicidade enfim, amor assina.

A mão que acaricia a dor assina
Se a luz do pleno amor foge do leito
Matando em nascedouro um vivo pleito
Mudando totalmente qualquer sina,
Sangrando em decepção amargo peito
Somente uma ilusão se descortina...

Amor quando demais já descortina
Saudade sem limites vem e assina
Marcando em cicatriz amante peito
Rondando toda noite, ganha o leito
Transforma a solidão em fria sina
Buscando uma alegria como pleito.

Amor que sempre fora um belo pleito
Na luz que tão singela descortina
Eu sinto que terei bendita sina.
Prazer que sem palavras já se assina
No rio que caminha no seu leito
Carrego esta ilusão dentro do peito.

Tocando bem mais fundo no meu peito
Lutando por amor que sei meu pleito
Deitando este prazer, insano leito
Um dia mais feliz se descortina
E a paz tão necessária amor assina
Fazendo da esperança glória e sina.

Amar é minha sina, grita o peito
A paz que amor assina ganha o pleito
Amor se descortina no meu leito...


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35



Aprazo em noite clara o sentimento
Que molda a plenitude, num momento.
Trazendo um canto alegre e solidário.
Querida, minha amiga e companheira
A Terra se vestindo em glória, inteira
Festeja assim o teu aniversário.

Em glória comemoro o aniversário
Com todo este vigor de um sentimento
Felicidade chega e vem inteira
Tomando todo mundo num momento,
A sorte se mostrando companheira
Permite um sonho manso e solidário.

Meu verso se mostrando solidário
Reflete a mansidão no aniversário
De uma pessoa amada e companheira
Tocando bem mais fundo o sentimento,
Mostrando ser possível num momento
A festa da alegria viva, inteira.

A lua vem surgindo clara, inteira,
De todo astral tão belo e solidário
Forrando a nossa noite num momento,
Sabendo que hoje é teu aniversário
Espalha sobre nós um sentimento
Uma alegria intensa e companheira.

Que Deus permita a ti, ó companheira
Uma manhã que brilhe e venha inteira
Tocada pelo bem de um sentimento
Mostrando um rumo nobre e solidário
Reflexo divinal do aniversário
Que chega abençoando este momento.

A vida se bendiz por um momento
E mostra estrada bela e companheira
Revela em maravilha aniversário
Felicidade intensa e tão inteira
Tramando neste canto solidário
A glória feita em paz e sentimento.

Tocando em sentimento num momento
Num mundo solidário, a companheira
Traz alegria inteira: aniversário.


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36


Amor tanto machuca após prometer cura.
A noite na minha alma é sempre tão escura.
Não tendo teu carinho, espero teu perdão.
A lua no meu peito aguarda a escuridão.
Meu verso te dedico, espero teu carinho.
Não posso mais ficar nem quero ser sozinho...

A vida me deixou num canto, tão sozinho.
Na boca que me morde aguardo minha cura;
Eu que jamais esqueço um ato de carinho;
Por mais que seja estranho, espero a noite escura.
Sou como pirilampo, adoro a escuridão.
Por isso minha amada, entregue-se ao perdão!

Quem passa pela vida em busca do perdão,
No fim de seu caminho, encontra-se sozinho.
Quem busca neste sol, imensa escuridão,
É como quem procura a dor pensando em cura.
A luz tanto incendeia a noite mais escura
Quanto esta alvorada, imersa em teu carinho.

Eu quero o teu amor, em forma de carinho,
Aguardo assim, querida, um laivo de perdão.
A profundeza da alma está, sem ti, escura.
Cansado desta estrada, andando tão sozinho,
Espero pela amada, a certeza da cura...
Quem sabe inda tenha, a luz na escuridão?

A tempestade chega em plena escuridão.
A lua vai embora, esperava um carinho
De estrela enamorada, a dor negou a cura.
A noite nebulosa, em raios, sem perdão,
Avisa à pobre lua. Um cometa sozinho,
Passa, qual fora um raio, em plena noite escura.



Assim é meu amor, saudade tão escura
Em busca do teu beijo, encontro escuridão.
Melhor morrer assim, sem nada, tão sozinho...
Sem sonho que me traga, amor, calor, carinho.
Eu sei nunca darás, o dom do teu perdão...
A minha lua morta, esparsa-se, sem cura...


Cura é um mero sonho, a vida é breve, escura...
Perdão simples palavra em plena escuridão.
Carinho nunca tive, agora vou sozinho...


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37



Recolho os rastros teus pelo caminho,
Seguindo estas pegadas, me encontrei,
Bebendo do teu corpo o doce vinho,
Percebo, num momento ser o rei
Do império fabuloso em que me alinho,
Fortuna em fantasias, eu criei.

Castelos que em teus olhos eu criei
Estradas divinais onde caminho
Ao sonho sedutor eu já me alinho
Mostrando o bem da vida que encontrei
Não quero ser escravo nem ser rei
Apenas degustar de ti, teu vinho.

Tu trazes bom licor e raro vinho,
Teu sonho com meus sonhos já criei
Vencendo a luta insana contra o rei
Não tendo em minha vida outro caminho,
Agora que a certeza eu encontrei
Decerto passo a passo em ti me alinho.

No mundo em que me mostras, eu alinho
Sabendo que terei divino vinho
Melhor que nesta vida eu encontrei,
De todos universos que criei
Em ti eu vislumbrei o meu caminho
E nele com certeza sou teu rei.

Princesa necessita que seu rei
Estenda o seu reinado aonde alinho
O bom de usufruir deste caminho
Que trama o mavioso e tinto vinho.
Maior das fantasias eu criei,
Depois que estes teus rastros encontrei.

Sabendo que a verdade eu encontrei
E nela; prisioneiro, eu me fiz rei
De todos estes sonhos que criei,
Decerto com teu passo eu já me alinho
E verto no teu corpo o doce vinho
Singrando cada passo do caminho.

Sabendo do caminho que encontrei
Bebi do raro vinho como um rei,
No amor que amor alinho, amor criei.


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38


Adoro sacanagem se bem feita,
Vontades misturadas sobre a cama,
Fodendo a noite inteira sem limites,
Comendo este cuzinho tão gostoso.
No gozo que esparramas sobre mim,
A nossa putaria não tem fim...

Penetro devagar até o fim
Na louca sedução, cabeça feita
Lambendo esta xaninha, vem a mim
Rolando sem pudor na nossa cama,
Amor que se faz sempre assim gostoso
Apenas no prazer tem seus limites.

Não vejo diferenças ou limites
Princípio deste amor, gozo sem fim
No rebolado audaz e mais gostoso
Bacante sacanagem quando é feita
Botando tanto fogo sobre a cama
Rebolas bem safada e goza em mim.

Cavalga a noite inteira, vem a mim
Sem medos, sem juízos, ou limites
Roçando pau e xota em nossa cama
Entrando em tua gruta, vou ao fim
Entregue à cavalgada sempre feita
De um jeito bem safado e mais gostoso.

O sexo tão divino, assim gostoso
Deixando todo o mel molhado em mim
Mostrando a putaria que é bem feita
Não respeita sequer nossos limites
E vai a noite inteira e tem por fim
A farta profusão, quebrando a cama.

Tua buceta aberta em minha cama
O teu grelo durinho e tão gostoso,
Fudendo o teu cuzinho, chego ao fim
Enquanto esfrega a xana sobre mim
Exploro de teu corpo, os teus limites
A bunda tão gostosa e assim bem feita.

A putaria é feita em nossa cama,
Sem ter limites, fodes tão gostoso
Teu gozo vem a mim, princípio e fim.


---------------------x-----------------------

39

O riso que tramaste penetrante,
Cortando minha carne uma navalha,
Irônica sorrindo calmamente,
Prenúncios de vinganças, tal batalha,
Jogando com sarcasmos dentro da alma,
Teu vômito em meus lábios já se espalha;

Palavra que maldizes cedo espalha
A podre sensação mais penetrante
Entranha com vileza uma pobre alma
Trazendo em agudeza esta navalha.
Sobrevivência insana assim batalha
Contra quem me mata calmamente.

Às vezes se mostrando calmamente
O fogo que em momentos vem e espalha
Incendiando cedo esta batalha
Algoz em garra fria e penetrante.
No riso o frio fio da navalha
Adentra mais profundo, invadindo alma.


Procuro nos recônditos desta alma,
Mesmo em tempesta, sigo calmamente,
Encontro enquanto afias a navalha
Teu riso mais cruel que logo espalha
A dor que me sinto agora penetrante
Sabendo que perdi esta batalha.


Perdido feito um cão que na batalha
Esquece no caminho corpo e alma,
A dor de um corte imenso e penetrante
Demonstra com sarcasmo, calmamente
O quanto o vento intenso a dor espalha
Aprofundando em mim, tua navalha.

Na lâmina cruel desta navalha
Sinônimo perfeito da batalha
Que em noite sem limites logo espalha
O medo que me invade, adentra a alma,
Mentindo, vou seguindo calmamente
Pisando em cada espinho, penetrante

No corte penetrante da navalha
Sangrando calmamente na batalha
O podre de minha alma já se espalha.


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40


Reféns do amor imenso que nos toma,
Fazendo desta vida, glória e paz,
Dois corpos multiplicam cada soma
E a vida nos propõe um canto audaz
Quebrando a solidão, já sem redoma,
O manto da alegria, a noite traz.

Imerso na emoção que a vida traz,
Um vento benfazejo vem e toma
Rompendo em temporal, velha redoma,
Promessa de alegria em plena paz.
No passo corajoso e mais audaz
Felicidade chega e sempre soma.

Amor que em amizade faz a soma
Já sabe da emoção que assim nos traz
Quem tem o coração liberto, audaz,
As rédeas da existência; sabe e toma
Adentra um infinito feito em paz
E rompe da distância tal redoma.

Na proteção mais sólida, redoma,
Quem tem uma esperança sabe a soma
Que resulta decerto em plena paz,
Em dura tempestade, a noite traz
A força que terrível tudo toma,
Porém o amor sincero é mais audaz.

Sem medo, em meus caminhos, sou audaz
Amor proporcionando uma redoma
A mão de quem protege sempre toma
O leme que se faz na firme soma
Que o amor em força incrível já nos traz
Tramando em calmaria a nossa paz.

Quem sonha um mundo feito inteiro em paz
Já sabe quanto é belo, raro, audaz
O encanto que o amor a todos traz,
Tristezas já não vencem tal redoma.
Meus braços em teus laços; bela soma
Que a direção da vida, mostra e toma.

Amor que já nos toma em plena paz
Fazendo desta soma a mais audaz,
A divina redoma que amor nos traz...


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41

Por mais que te pareçam enfadonhas
As horas que vivemos demonstraram
O vago que não vale quase nada
Dos risos esquecidos nas varandas
Entregues ao vazio dos teus olhos
Esparramando em vão, claras estrelas.

Forrando nosso chão, vagas estrelas
Montando estas imagens enfadonhas
Roubando cada lume, bebem olhos
E tantas vezes cruas demonstraram
As luas derramadas nas varandas
Trazendo refletido o mesmo nada.

Às vezes quero crer – não sobrou nada
Nem mesmo algum resquício das estrelas
Deitando seus fantasmas nas varandas.
As noites seguem frágeis, enfadonhas
E os versos que te faço demonstraram
Apenas o reflexo destes olhos.

Entregue à submissão, procuro os olhos
E encontro novamente o mesmo nada
Que os dias que vivemos demonstraram.
Apagam-se em meus sonhos tais estrelas
Tornando os meus cantares enfadonhos
Aguando as samambaias nas varandas.

As redes esquecidas nas varandas
Ausentes e distantes dos meus olhos
Repetem as histórias enfadonhas
De quem só teve outrora sempre o nada
E caça em noite escura, outras estrelas
Silêncios e vazios demonstraram...

Se os versos que aqui escrevo demonstraram
O quanto foram vãs nossas varandas
Sem luas, claridades ou estrelas
As lágrimas banhando tristes olhos
Resumem toda a vida neste nada
De noites repetidas, enfadonhas.

As horas enfadonhas demonstraram
O tanto quanto em nada estas varandas
Refletem os teus olhos sem estrelas...


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42


A vida que se mostra tão amarga
Estrambótica luz que inda me guia
Em meio a tantas trevas, perco o passo.
Percebo ao fim do dia tal cansaço
Negando qualquer forma de alegria.
No enfado já me trazes o vazio.

Levando o coração triste e vazio
A sensação cruel e tão amarga
Matando o que me resta de alegria
A dor se transformando em minha guia.
Restando no meu peito tal cansaço
Impede que eu caminhe, entrava o passo.

Estrada que negando cada passo
Estampa tão somente este vazio,
Nos olhos caminheiros, o cansaço
Tornando a caminhada mais amarga
Perdendo estrela vésper velha guia,
Tornando bem distante uma alegria

Outrora um sonho audaz em alegria
Moldando em belo norte, passo a passo
No lume que decerto sempre guia,
Porém no amanhecer, resto vazio.
A sorte desairosa e tão amarga
Deixando demarcado este cansaço.

Meus olhos embotados de cansaço,
Negando qualquer forma de alegria,
A noite de meus sonhos triste, amarga
Retendo num momento cada passo
Deixando o meu futuro ser vazio
Perdendo cedo o rumo, vou sem guia.

Apenas a saudade inda me guia
Mostrando no meu rosto tal cansaço
E a dura sensação deste vazio
Aonde já reinara uma alegria
Tornando bem mais trôpego o meu passo
E o gosto da saudade que inda amarga.

Amarga sensação que assim me guia
Passo titubeante traz cansaço
Alegria distante, vou vazio...


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43



Não adiantam mais sequer palestras
Palavras se perdendo sem sentido,
Nos versos as imagens mais funestas
Não tendo mais noção matando o rumo,
Fingindo que conhecem belo vinho,
Transbordam num licor bem mais amargo...

Cansado de sorver o gosto amargo
Enganam com mentiras e palestras,
Dizendo que vinagre virou vinho
Não têm mais, na verdade, algum sentido,
Tentando desviar depressa o rumo
Relíquias nas imagens tão funestas.

Sedentos pelas mágicas funestas
Que fazem do mais doce, o mais amargo
A turba desconhece assim o rumo
Vestindo a fantasia das palestras.
O vento da bobagem faz sentido
Metendo pela goela qualquer vinho.

A bagaceira quer virar um vinho
Nas trambiqueiras notas tão funestas
Eu sinto o quanto o verso tem sentido
Bebendo este boçal e fino amargo.
Vendendo o seu quinhão nestas palestras
O quanto nada vale acerta o rumo.

Poetas sem vigor perdendo o rumo
Não sabem dar valor ao raro vinho
E escondem-se debaixo das palestras
Sem nexo, sem caminho e sem sentido.
Empaturrando a pança com o amargo
Mostrando suas faces vãs, funestas

De tanta baboseira sem sentido
Eu sinto que o cavalo perde o rumo,
Portando este chicote fica amargo
E quer nos convencer que traz o vinho
Nas poesias torpes e funestas
Moderna aberração pede palestras

Ouvindo tais palestras sem sentido
As horas vão funestas, perdem rumo.
E tornam o meu vinho mais amargo.


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44


Não quero mais saber desta tristeza
Que um dia, foi sincera companhia,
Rompendo das paixões, cada represa,
Num mar de amor intenso, em ventania,
Transborda inundações, na correnteza
Voraz que me transporta em alegria

Vibrando bem mais forte esta alegria
Matando em nascedouro a vã tristeza
Seguindo mansamente a correnteza
Já tendo amor, tão terna companhia
Tocando no meu rosto a ventania
A sorte vai feroz, não se represa.

Quem tanto sentimento já represa
Não sabe conquistar tal alegria
Que é feita em tempestade e ventania
Deixando para trás qualquer tristeza.
Já tendo o teu amor por companhia
Enfrento qualquer rio ou correnteza.

Amor se mostra em louca correnteza
E não respeita mais qualquer represa.
Loucura vem fazendo companhia
Deixando um rastro puro em alegria.
Arranca na raiz qualquer tristeza
E mostra-se feliz na ventania.

O quanto quis teu bem, a ventania
Aumenta com certeza, a correnteza
Legando à solidão velha tristeza
Amor que não se mede nem represa
É feito quase sempre em alegria
E dela se tornando companhia.

Vivendo sempre em tua companhia
Espalho pelos campos ventania,
Bebendo toda a forma de alegria
Não temo mais sequer a correnteza
Que estoura qualquer forma de represa
E alaga com prazeres a tristeza.

Não quero mais tristeza em companhia,
A par desta represa, a ventania
Açoda em correnteza uma alegria.


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45

Após as dores tantas que passei,
Os medos que invadiram minha vida,
Agora que, feliz, eu te encontrei,
Do labirinto, encontro uma saída,
No mar de tanto amor, eu mergulhei
Deixando a dor distante e já vencida.

A luta mais renhida está vencida
Depois de toda dor que aqui passei,
Nos braços de quem amo, eu mergulhei
Razão para viver, o bem da vida.
Percebo finalmente esta saída,
Caminho mais suave que encontrei.

A sorte nos teus braços; encontrei,
Dificuldade imensa foi vencida
E ao vislumbrar, enfim esta saída
Depois da triste estrada que passei
Recebo o vento forte e beijo a vida
Nos lábios deste amor, eu mergulhei.

Em meio a tantas trevas mergulhei,
Sabendo que o caminho eu encontrei
Razão para seguir a minha vida;
A solidão enfim se fez vencida
Nas tramas mais doridas que eu passei
Resume nosso amor, uma saída.

Quem tenta na tempesta uma saída
Já sabe o quanto fundo eu mergulhei,
E todo o vendaval que aqui passei.
Somente após saber que te encontrei
Eu percebi batalha já vencida
E renovei em paz a minha vida.

Uma esperança doura a minha vida
Percebe ao fim do túnel, a saída
Deixando bem distante, de vencida
A chama em que sozinho, mergulhei
Agora meu amor que eu te encontrei,
Concebo o quanto outrora em dor passei.

Depois do que passei em minha vida,
Eu sinto que encontrei uma saída
Em ti eu mergulhei. Guerra vencida.



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46

Parturiente gozo da ilusão
Estampa estupidez a cada riso.
Cadáveres que fomos espalhados
Nauseabunda esperança adentra a casa.
Os olhos tocaiando duros sonhos,
O fardo de ser livre e vagabundo.

Qual fora tão somente um vagabundo
Gargalho de teu gozo, uma ilusão,
Somar e dividir inúteis sonhos
Garante pelo menos o meu riso.
No sangue derramado pela casa
Pedaços do que fomos; espalhados.

Os rios entre as pedras espalhados
Ao mar em fardo imenso, um vagabundo,
Na clave que me entranha a velha casa
Fagulha derradeira da ilusão
Preconizando assim, um ledo riso
Matando em nascedouro raros sonhos.

Colecionando assim, erros e sonhos,
Em cortes mais sutis, vão espalhados
Diversas ironias, pranto e riso
No amor quase imbecil e vagabundo
Levaste cada gole de ilusão
Jogando o que restou na nossa casa.

A dor que fez de nós a sua casa
Sabendo maltratar antigos sonhos
Poreja inda resquícios de ilusão.
Momentos esquecidos e espalhados
Meu canto se permite, um vagabundo
Fingindo acreditar esboça um riso.

Quem mesmo em agonia trama um riso
Fazendo do sarcasmo a sua casa
Sem laços, um divino vagabundo
Embaralhando os passos de outros sonhos
Catando os restos todos, espalhados
Inda pretende estúpida ilusão.

Protética ilusão em vasto riso,
Perfumes espalhados pela casa.
No vértice dos sonhos, vagabundo.


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47



Às vezes me perdendo na saudade
Busquei ao fim do dia estar liberto,
Perdido já nem sei tranqüilidade,
Meu mundo desabou e foi bem perto.
Agora que conheço esta verdade
Não quero mais saber de amor deserto.

Deixando o que encontrei; puro deserto,
Não tenho nem resquícios de saudade,
Eu quero desfrutar de uma verdade
Que possa transformar preso em liberto.
Sentindo outro perfume estou bem perto
De ter o que mais quis: tranqüilidade.

Não posso desejar tranqüilidade
A quem semeia ventos no deserto,
Por isso minha amiga; estou por perto
Embora não mais tenha uma saudade,
Eu sinto o coração bater liberto
Usufruindo o sonho da verdade.

Bebendo em mansa fonte tal verdade
Eu vejo renascer tranqüilidade
E nisso vou seguindo mais liberto,
Tempestade caindo no deserto
Não deixa mais nem traços da saudade
Sabendo que o futuro anda por perto.

Longínquas esperanças vão bem perto,
E nisso desfrutando da verdade
Deixando uma tristeza na saudade
Mergulho em claro mar: tranqüilidade
Arando o que já fora tão deserto
Trazendo o peito aberto e mais liberto.

O canto em alegria, enfim liberto
E quem quiser que esteja sempre perto
Prometo que não fujo nem deserto,
Eu quero amor que seja de verdade
Podendo bendizer tranqüilidade,
Do velho não restou nem a saudade.

Não tendo mais saudade vou liberto,
Total tranqüilidade aqui por perto,
Deságuo uma verdade em teu deserto.

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48




O amor que canto em versos, sem descanso,
Moldura em que minha alma se encontrou,
Vestido de esperança sempre avanço,
Buscando aonde estrela mergulhou
O coração feliz, batendo manso,
Já sabe o que procuro, aonde vou;

Encontro uma alegria e sempre vou
Jamais necessitando de descanso
Meu passo se tornando bem mais manso
Portando o sonho raro que encontrou.
Olhar que dentro em ti já mergulhou
Permite que se louve cada avanço.

Imerso neste sonho, amor, avanço
Sabendo o que mais quero, cedo vou
No abraço mais perfeito mergulhou
Buscando tão somente algum descanso
A paz que procurava se encontrou
Encantos que me fazem bem mais manso.

O mundo que tentara ser mais manso
Na luz que assim me toca enquanto avanço
Certeza sem tormentas encontrou
Sentindo o teu carinho logo eu vou
Os olhos nos teus olhos eu descanso
O amor que em plena paz já mergulhou.

A vida sem temores mergulhou
Em lago mais sereno e sei tão manso,
Lugar quase perfeito pro descanso
Do coração guerreiro em que eu avanço
Sabendo o que mais quero agora eu vou
Seguindo o que o amor puro encontrou.


O rumo entre as estrelas encontrou
No mar de amor imenso mergulhou
Mostrando o claro azul por onde vou
Trazendo o coração agora manso,
Sem medo e sem tristezas eu avanço
No cais do amor intenso, o meu descanso.

Quem teve o seu descanso e se encontrou
Em cada novo avanço mergulhou
Já sabe o rumo manso aonde eu vou...


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49


Já não comportaria o quanto sinto
Nem mesmo outro caminho em volta à luz
Recebo cada sonho como fosse
Apenas um momento e nada mais,
Vencendo o que se fez em alegria
Vertendo este cenário em rara paz.

O quanto se procura ter em paz
Expressa na verdade o que ora sinto
E sei deste cenário em alegria
E tento imaginar a imensa luz
E sinto neste instante um pouco mais
Além do que pensara ou mesmo fosse.

Aonde quer que o tempo sempre fosse
Regido pela imensa e clara paz
O tanto se aproxima e sei do mais
E neste caminhar a sorte eu sinto,
E bebo este clarão, superna luz
Traçando a minha dita em alegria,

O mundo se desenha em alegria
E dita esta emoção e como fosse
Um raio gigantesco em forte luz
Trazendo ao meu olhar a rara paz
E tanto que pudera ainda sinto
E tento na verdade muito mais,

Ainda quando quero e sei do mais
A vida não renega esta alegria,
E toda esta razão trama o que sinto
Gerando com brandura o quanto fosse
Cerzindo este infinito em rara paz
Significando enfim a bela luz.

Cercando com ardor, buscando a luz
Querendo com certeza muito mais,
O quanto mais quisera dita a paz
E mostra este momento em alegria
E toda esta ilusão deveras fosse
Resumo do que tanto quero e sinto.

Eu sei o quanto sinto e em viva luz
Tecendo como fosse um pouco a mais
Recebo da alegria a vida em paz.
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50



Não quero acreditar num fim de caso
A vida traz diverso caminhar
Das lamas, tramas, chamas, fúria e medo
Enredos entre quedas, sonho e caos,
Ainda que pudesse ter no olhar
Um dia mais sublime, não viria.

O quanto da esperança inda viria
E nisto se demonstra cada caso
Gerando o quanto traço em meu olhar
E dita o mais difícil caminhar
Até a própria sorte ter no caos
Apenas o retrato em dor e medo,

Meu canto se desdenha e sei do medo
E nele toda a audácia que viria
Traçando no final o imenso caos
Destarte o desejar tramando o caso
E nisto quanto possa caminhar
Trazendo amanhecer num raro olhar.

O tanto quanto pude em teu olhar
Traçasse tão somente o vago medo
E tento com firmeza caminhar
E sei que nada além inda viria
E neste procurar um velho caso
Supera o que pudesse aquém do caos.

Negando esta esperança, sei do caos
E busco a fantasia num olhar
E sei quanto tentara a cada caso
E neste delirar o imenso medo
Expressa o que deveras não viria
Nem mesmo se eu quisesse caminhar,

A vida num perpétuo caminhar
Levando ao fim de tudo em mero caos
Embora na verdade não viria
Trazendo o raro brilho a cada olhar
E sei do quanto possa além do medo
Talvez justificasse cada caso.

O mundo neste caso ao caminhar
Tramando em raro medo todo o caos
Tocando o meu olhar, nada viria.




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51


A vida traduzida em farta guerra
Não deixa que se veja uma esperança
E o quanto do passado ainda trama
Uma expressão além da que se mostre
Marcando com temor um rude tempo,
O canto em agonia se espalhando.

Meu mundo no vazio se espalhando
Expressa o teu olhar em dor e guerra
E nada mais supera o próprio tempo
Matando o que restara em esperança
E quando a realidade assim se mostre
O fim representando a leda trama.

O mundo se enredando nesta trama
E a fúria sem sentido ora espalhando
Apenas sofrimento a vida mostre
Gestando o que viria em dura guerra
Morrendo sem saber de uma esperança
Ousando se entregar ao louco tempo.

O canto sonegasse qualquer tempo,
E nisto outro caminho a sorte trama
Terror ditando o fim de uma esperança
E o medo pouco a pouco se espalhando
Qual fosse com certeza a velha guerra
Embora este perder a vida mostre.

E quantas vezes sei do quanto mostre
Trazendo este cenário noutro tempo
E vendo no final a dor e a guerra
Expressa na verdade a leda trama
Enquanto esta incerteza se espalhando
Matasse o quanto tenho em esperança.

A luta por talvez uma esperança
Enquanto na verdade o mundo mostre
Meu canto sem sentido se espalhando
Vencendo o que pudesse neste tempo
Ainda que moldasse o que se trama
Neste ar intempestivo em plena guerra.


Quem traz em si a guerra ou esperança
Mudando nesta trama o quanto mostre
Lutando contra o tempo e se espalhando.


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52


Ainda quando ouvisse o canto aquém
Do tanto quanto quis e não tivera
A senda mais diversa que se espera
Abrasa o que se tenta e não mais vem
Vencido pela sorte em tal desdém
Marcando o que pudesse e destempera

Enquanto o dia a dia destempera
Seguindo da esperança sempre aquém
O mundo se desenha em tal desdém
E toda a sensação que inda tivera
Ditando o que deveras já não vem
Negando o quanto esta alma quer e espera.

Ainda quando o vento a vida espera
E nisto cada passo destempera
Matando o que deveras já não vem
Dos dias mais felizes sigo aquém
E mesmo que alegria inda tivera
Deixando no passado este desdém.

O quanto a cada olhar diz do desdém
Enquanto outro caminho a gente espera
E toda a sensação que já tivera
E quando a realidade destempera
Do todo desenhado sigo aquém
E o mundo noutro rumo doma e vem.

Meu canto na verdade nunca vem
E sinto ultrapassar qualquer desdém
E mesmo que prossiga até aquém
Apenas outro passo a sorte espera
E quantas vezes tanto destempera
Bem mais do que pudesse ou já tivera.

O mundo na verdade não tivera
E quanto do passado chega e vem
Enquanto a fantasia destempera
Deixando a cada instante este desdém
E sinto a solução quando se espera
Ou mesmo se moldara sempre aquém.

E sei o quanto aquém nada eu tivera
A vida tanto espera e quando vem
Olhar que com desdém já destempera.


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53



Meu tempo noutro tempo dita a foz
E molda outro cenário e vez em quando
Soltando com firmeza a minha voz
O tanto quanto possa me informando
Do canto sendo o mundo atroz
O sonho noutro rumo desfiando,

Meu canto no vazio desfiando
Expressa o que pudesse em cada foz
E sei do dia a dia mais atroz
E nisto se adivinha como e quando
O todo na verdade me informando
Tentando num instante a firme voz.

Ainda sem saber da minha voz
O tanto quanto vejo desfiando
Meu dia mais gentil já se informando
Estende o meu caminho até a foz
E sinto o quanto pude desde quando
Meu mundo não se molde mais atroz.

A luta na verdade sei que atroz
Mantendo com certeza a minha voz
E neste desejar sabendo quando
Enquanto a cada verso desfiando
Expresso da emoção a rara foz
E o dia noutro passo me informando,

E quantas vezes tétrico informando
Deixando para trás um passo atroz
Encontro tão somente a velha foz
E nisto com certeza aumento a voz,
Talvez outro caminho desfiando
Ditame que se mostra sempre e quando.

A vida não trouxesse o sonho quando
Meu passo na verdade se informando
E o tanto quanto quero desfiando
Embora o mundo siga sendo atroz
Ouvindo do passado a leda voz
Encontro na esperança a minha foz.

Seguindo para a foz buscando quando
Ausenta a sorte, a voz nada informando
E um passo mais atroz já desfiando.

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54


Ainda trago o sonho de quem ama
Vencendo os desafios e percebe
A luta inusitada em rara trama
Trazendo em alegria a mansa sebe
E quanto na verdade sei da chama
Na qual a minha sorte ora se embebe

A vida em emoção rara se embebe
E dita esta expressão qual fosse uma ama
E quando novo encanto enfim nos chama
E o todo com firmeza; a paz percebe
Domina inteiramente a dura sebe
E um raro amanhecer a sorte trama.

O quanto se desenha nesta trama
E nesta fantasia o sonho embebe
Tornando mais sublime a velha sebe
E nisto se traduz o quanto se ama
Aos poucos novo rumo se percebe
Enquanto esta emoção em luz nos chama,

Amar e ter no olhar a rara chama
E o mundo se desenha a cada trama
Vibrando este momento, amor percebe
E sinto o que se vê quando se embebe
Na mais sublime luz o quanto se ama
Dourando com beleza a nobre sebe,

Meu rumo se aproxima em tua sebe
E nesse caminhar a sorte chama
E dita o que em verdade diz quem ama
Traçando com ternura a rara trama,
Num átimo meu canto em ti se embebe
E o raro amanhecer já se percebe.

Assim, neste momento o que percebe
Traduz a maravilha de uma sebe
E nela toda a glória em sonho embebe
E quando a noite em lua vem e chama
O céu que em rara prata dita a trama
Presume o que deveras quero e se ama.

Quem sabe o quanto se ama já percebe
E nesta bela trama traz a sebe
E nesta clara chama, em paz se embebe.


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55



Não quero outro momento nem tentasse
Vencer esta incerteza que nos ronda,
A luta se mostrando noutra face
A vida traduzindo no mar esta onda
E quanto mais o todo gera impasse
A sorte no final não corresponda.

E quando meu caminho corresponda
Ao todo que deveras já tentasse
Trazendo todo dia um novo impasse
Enquanto a lua faz a sua ronda
Deitando sobre a areia o mar em onda
A luta se desenha em clara face,

Ainda que pudesse nesta face
Viver o quanto cabe ou corresponda
Singrando a poesia como uma onda
E nisto outro cenário se tentasse
A vida noutro passo já me ronda
Deixando para trás qualquer impasse,

Incerto este caminho a cada impasse
Tocando especular, diversa face
Ousando mergulhar enquanto ronda
E ao todo desejado corresponda
Enquanto na verdade se tentasse
Além do quebra mar, nesta imensa onda.

A cena se repete e traz nova onda
Vencendo o que pudesse ser impasse
E mesmo quando a sorte se tentasse
No todo disfarçando a velha face
E sempre com certeza corresponda
Ao quanto se deseja e a vida ronda

A luta se desenha enquanto ronda
Marcando a sensação do quanto em onda
Ao nada meu caminho corresponda
E sei que venceria tal impasse
Mostrando sutilmente a mesma face
Ou nova se possível, ou tentasse

O quanto se tentasse e o tempo ronda
Trazendo nesta face o mar numa onda
Que nunca a vago impasse corresponda.


-----------------------------x-------------------------

56


Querendo algum momento em rara paz
Espero cada passo ou quanto vejo
E sei do que ditando este desejo
Mudasse outro momento mais audaz,
E quando em cada verso a vida traz
O todo mais sublime agora almejo,

O canto aonde o tempo além almejo
E dita o que pudera ser em paz
No tanto que teria o quanto traz
Viceja no horizonte amor que vejo
Trazendo noutro passo mais audaz
Ditando o que em verdade mais desejo,

Ainda quando o mundo mais desejo
E traça este futuro que ora almejo
Gestando outro caminho mais audaz
E nisto se aproxima a rara paz
E noutro caminhar tudo o que vejo
Enquanto este cenário a sorte traz,

A luta a cada dia já me traz
Moldando o quanto quero e mais desejo
Espero perceber o quanto vejo
E sei do grande amor enquanto almejo
Seguindo o meu caminho ainda em paz
Traçando o quanto pude ser audaz,

E quando se mostrasse mais audaz
O manto na verdade o tempo traz
Vivendo dentro em pouco a rara paz
E sinto quanto possa este desejo
Vestindo a noite aonde o quanto almejo
Transcende ao que decerto eu busco e vejo,

E sei o quanto quero e sei que vejo
Num passo mais suave e mesmo audaz
Trazendo a cada instante o quanto almejo,
A vida na verdade nada traz
E o manto desenhando o que desejo
Gestando este cenário em rara paz,

Momento vivo em paz aonde eu vejo
Traçando o que desejo sendo audaz
E nisto amor se traz e além almejo.


------------------------x---------------------------


57


Jamais se poderia acreditar
Nos ermos de quem tenta e não seguindo
O passo enquanto eu pude desenhar
Cenário sem igual, atroz e findo,
Gerando outro momento; outro lugar
Aos poucos noutro todo prosseguindo,

Ainda que pudesse prosseguindo
Vivendo aonde pude acreditar
Trazendo esta esperança e no lugar
Ousando sem temor e te seguindo
Aonde se mostrara agora findo
O mundo noutro rumo desenhar.

Somente poderia desenhar
E tento noutro passo prosseguindo
Embora cada luta; eu tento ou findo
Podendo neste tempo acreditar
E quando no final tento seguindo
Traçando na esperança o meu lugar.

Meu sonho se presume e em seu lugar
Ainda quando pude desenhar
E neste mesmo rumo vou seguindo
Lutando e de tal forma prosseguindo
Não posso e não queria acreditar
Enquanto o meu caminho; o vejo findo.

E quando este momento agora eu findo
Teimando e procurando algum lugar
E quanto mais ainda acreditar,
Além do que pudera desenhar
E neste mesmo passo prosseguindo
E cada novo dia além seguindo.

E sinto cada luz já me seguindo
Resumo o que pudera enquanto findo
O todo noutra face prosseguindo
Buscando com firmeza algum lugar
E quando se pudera desejar
Consigo na verdade acreditar,

Ainda acreditar e te seguindo
Do sonho; desenhar o que ora findo
Buscando este lugar já prosseguindo.

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58


Na ausência do que fora liberdade
Algemas entre sonhos domam passos
E quanto da esperança assim se evade
Deixando os meus caminhos mais escassos
Negando o que pudesse em claridade,
Os dias destroçando velhos traços.

E quantas vezes; tento em novos traços
O quanto ainda vejo em liberdade
Ousando percorrer em claridade
Marcando com ternura os ledos passos
E sei destes anseios mais escassos
E nisto uma esperança além evade,

O tanto sem destino agora evade
E sigo com firmeza velhos traços
E sei dos meus cenários onde escassos
Caminhos não trariam liberdade,
E dita o que se vendo em velhos passos
Negasse a mais suave claridade,

E quando a vida trama em claridade
O passo sem destino enfim evade
E mata o que pudera noutros passos
E deixa como rastros velhos traços
E tento conceber da liberdade
Meus dias entre sonhos mais escassos,

Ainda que pudessem ser escassos
Os dias sonegando claridade
Marcando com temor a liberdade
E quando na verdade o tempo evade
Deixando do passado velhos traços
E nisto sigo além dos duros passos.

Percebo no final os tantos passos
Embora meus momentos mais escassos
Não deixem nem sequer os meros traços
E nisto ainda tento em claridade
O quanto da alegria agora evade
E nega ao caminhante a liberdade.

A vida em liberdade teima em passos
Enquanto ora se evade, sei escassos
Momentos. Claridade deixa traços...

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59




Quantas vezes prazeres testemunha
Em noites que rolamos sobre si,
De tantas fantasias que vivi,
Os olhos que me viam não sabiam
Que todos os meus sonhos consistiam
Nos barcos dos desejos em que punha...

Aonde cada passo o sonho punha
Apenas do vazio; testemunha
E nisto meus anseios consistiam
E traz toda a emoção voltando a si
Enquanto os dias tantos não sabiam
Do quanto sem saber, pois eu vivi.

E cada novo tempo onde vivi
O sol que na verdade além se punha
E os dias com firmeza não sabiam
E amor a cada passo testemunha
Tramando o quanto traz e cai em si
E nisto passos claros consistiam,

E tanto quanto possa consistiam
Meus dias onde o sonho; em paz vivi
O tanto desenhando o quanto em si
E nisto cada passo onde se punha
E quando esta verdade testemunha
Caminhos que meus olhos não sabiam.

Os dias na verdade mal sabiam
Aos poucos noutros fatos consistiam
E o tempo traz assim a testemunha
E nisto esta esperança que vivi
Marcando o que decerto não mais punha
O mundo desabando sobre si,

E tanto quanto possa sei que em si
Os dias noutro rumo não sabiam
Do quanto a cada passo a vida punha
E nisto na verdade consistiam
Os dias mais audazes que vivi
E traçam o que olhar já testemunha,

A luta em testemunha traz pra si
Além do que eu vivi e mal sabiam
Amores consistiam onde me punha.


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60


Espero alguma luz mesmo se tendo
Apenas o não ser em referência
Hedônicos caminhos traçam metas
E nada se moldara além do tempo,
Contemplo com firmeza tais altares
Alhures nada resta senão sombras,

Dos passos mais antigos, meras sombras
O tanto quanto possa nada tendo
Buscando da ilusão raros altares
Amar o que pudera em referência
E nisto se trouxesse novo tempo
E dito do passado velhas metas,

As horas transtornando antigas metas
E sigo envolto em brumas, névoas, sombras
Vencendo o que pudesse noutro tempo
E sei do quanto vejo e mesmo tendo
Ousando neste todo em referência
Tentando transformar velhos altares.

Os dias seduzindo meus altares
E neles outros passos traçam metas
E quando na verdade a referência
Adentra este cenário feito em sombras
O manto que pudera nada tendo
Reveste em alegria o claro tempo,

Meu verso ultrapassando mesmo o tempo
Erige da esperança seus altares
A vida se moldando e sempre tendo
Além dos descaminhos outras metas
Rondando meus anseios, velhas sombras
E o tanto noutra face em referência,

E quantas vezes; tento em referência
A imensa solidão rondando o tempo
Trazendo do passado falsas sombras
E nisto desenhando meus altares
E sei que na verdade simples metas
Ditando o que decerto eu sigo tendo

A vida sempre tendo em referência
Além das velhas metas outro tempo
Bebendo dos altares, raras sombras.


-----------------------------x-----------------


Já não suportaria a dura ausência
De quem se fez a deusa, a ninfa, a diva,
E o tanto quanto a sorte dita paz
E nisto outra palavra poderia
Vencer o que talvez mesmo pudesse
Gerar dentro do peito a liberdade,

Meu mundo se trazendo em liberdade
Das dores e temores tal ausência
Ainda que deveras não pudesse
Tramar esta esperança, rara diva
Assim o meu caminho eu poderia
Viver e ter certeza desta paz,

O todo desenhando em rara paz
Ousando muito além da liberdade
E nisto o quanto pude ou poderia
Ditame mais suave desta ausência
Na lua soberana, rara diva
O tanto quanto quis e mais pudesse,

Ainda que talvez nada pudesse
Sabendo da verdade em plena paz
E o quanto poderia a estrela, diva
Traçar como um cometa, a liberdade
E nisto se transforma em rara ausência
O tanto quanto quero ou poderia.

A luta na verdade poderia
E quando outro caminho já pudesse
Vencer a solidão em leda ausência
Trazendo o quanto resta em plena paz
Viver o todo ou mais em liberdade
Gestando a cada instante a bela diva,

Seguindo cada rastro desta diva
Meu sonho com firmeza poderia
Ditame de uma nobre liberdade,
E quantas vezes; tento o que pudesse
Vestir esta emoção em rara paz
Vencendo da emoção qualquer ausência,

A vida em numa ausência mata a diva
E quando já sem paz não poderia
Quem sabe ao fim pudesse; a liberdade?


--------------------------------x------------------------


62


Não quero acreditar na fantasia
Que possa me trazer alguma luz
E quando no final pudesse ver
O mundo se desenha tão diverso
Ainda que pudesse ser além
Meu sonho se aproxima do teu rumo,

E quantas vezes tento e sempre rumo
E nesta solidão se fantasia
Seguindo cada dia mesmo além
E traz o que pudera nova luz
E sigo sem sentido ou já diverso
Tentando outro cenário agora ver

Meu tempo desenhando o que ora ver
No todo desenhando em raro rumo
Gerando outro caminho e sei diverso
A luta se aproxima em fantasia
E quanto mais pudera em rara luz
Sentindo este desejo sempre além,

O mundo se aproxima e sigo além
E quanto mais pudesse sempre ver
Vagando neste sonho em rara luz
E nisto sempre sigo e tento um rumo
Vestindo a mais suave fantasia
E sinto este momento mais diverso,

Ainda quando o mundo foi diverso
Cerzindo o que viera logo além
A luta se transforma em fantasia
Deixando outro caminho sempre ver
E nisto cada passo sempre rumo
E nisto o meu alento traça a luz,

Brilhando muito além a rara luz
E nela este momento mais diverso
Ditasse o quanto quero e sempre rumo,
Meu mundo se aproxima e sigo além
Do quanto eu poderia mesmo ver
Tocando dentro da alma a fantasia,


A sorte fantasia a rara luz
E nisto eu posso ver sempre disperso
Aonde eu possa ver o velho rumo.


-----------------------------------x-------------------------



63


Já não suportaria a tua empáfia
Tampouco esta faceta mais atroz
De quem se pensa além e nega a sorte
Ainda que pudesse ser diverso,
Meu mundo desabara e mesmo assim,
Encontro nos escombros; liberdade.

A vida se transcorre em liberdade
E superando enfim qualquer empáfia
Traduz o que inda resta e mesmo assim
Ao menos não pudera ser atroz
Quem segue este caminho mais diverso
Deixando o pensamento à própria sorte.

O tanto quanto pude dita a sorte
E dela se adivinha a liberdade,
O tempo num ditame mais diverso
Supera o quanto houvera em tal empáfia
E quando a realidade fora atroz
O tempo se perdendo logo assim.

Seara desenhada e sei que assim
O quanto se anuncia em rara sorte
A vida poderia, sendo atroz
Ousar noutro caminho em liberdade,
E nisto cada passo dita empáfia
Num ato tão feroz e sei diverso.

Meu mundo que se fez bem mais diverso
Expressa o quanto trago e quando assim
A luta se desenha numa empáfia
Vagando no sabor da própria sorte
Tentando vislumbrar a liberdade,
Mas sei o quanto o mundo é vago e atroz.

Não quero o descaminho sendo atroz
Nem mesmo outro cenário mais diverso
Que negue a cada passo a liberdade,
E o todo desenhando sempre assim
Explode noutro rumo e mata a sorte
Deixando sem sentido a tua empáfia.

O quanto desta empáfia fora atroz
Meu rumo noutra sorte vai diverso
Tentando mesmo assim, a liberdade.

-------------------------x----------------------------------


64


Já não reclamaria desta dita
Por vezes tão feroz quanto dispersa,
E sei da solidão e até desejo
Momento em paz ou mesmo ensimesmado
Vagando pelas ruas do meu sonho
Avenidas de um tempo abandonado.

Meu canto num porão abandonado,
Palavra sem sentido sendo dita
E os ermos tão doridos do meu sonho
Enquanto a minha luta se dispersa
O sonho quando muito ensimesmado
Expressa a realidade em tal desejo.

E quantas vezes tento algum desejo
Embora siga só e abandonado
Por vezes quase mesmo ensimesmado
Tentando imaginar a velha dita
E a senda se desenha onde dispersa
Deixando no passado riscos, sonho.

E os ermos do caminho trama o sonho
Negando o quanto pôde este desejo
E quando a solidão teima e dispersa
Cenário sem certeza e abandonado
Encontra a luta feita em nova dita
E o tanto quanto eu quis, ensimesmado.

Olhando para trás e ensimesmado
Refém dos meus caminhos, ledo sonho
O todo sem sentido o nada dita
Trazendo o quanto possa e mais desejo
Num passo sem destino e abandonado
Na noite mais sublime e até dispersa.

Minha alma sem sentido enfim dispersa
E o tempo se desenha ensimesmado
Num antro pelo tempo abandonado,
Desfeito na verdade velho sonho
Aonde houvesse a sombra de um desejo
Já nada nem o tempo doma e dita.

A luta faz da dita o que dispersa
Tramando este desejo, ensimesmado
Matando cada sonho; abandonado...


------------------------------x--------------------------------------


65


Apenas caberia te dizer
Dos tantos e diversos sentimentos
Que embora dominando cada fato
Esgotam por si só toda esperança,
A pérfida ilusão ditando o rumo
E o medo de seguir em tais borrascas.

E quando ao enfrentar estas borrascas
O tempo sem ter nada a nos dizer
Além deste vazio agora eu rumo
Expondo os mais diversos sentimentos
Ditando a cada passo uma esperança
E nisto o sentimento expressa o fato.

O rústico cenário, eu sei de fato
Embora costumeiras tais borrascas
Não matam o que traz em esperança
E sei do quanto possa te dizer
Dos passos quando vejo em sentimentos
O tanto quanto quero e além eu rumo.

O manto se desvenda em raro rumo
Ditando esta esperança em vero fato
Ousando nos meus vários sentimentos
Traçando o que pudera em tais borrascas
E nada mais pudera te dizer
Aonde ainda houvesse uma esperança,

A luta traduzisse esta esperança
E tendo em minhas mãos a rota e o rumo
O quanto eu poderia te dizer
Expressa a sensação de um velho fato
E na verdade sinto tais borrascas
Matando os mais antigos sentimentos,

A vida se desdenha em sentimentos
E posso no final noutra esperança
Vencer as mais diversas, vis borrascas
E quando para o etéreo mundo eu rumo,
Tramando o que pudera neste fato
Somente o que inda sinto te dizer.

Pudesse te dizer dos sentimentos
A cada novo fato ou esperança
Acerto ainda o rumo entre borrascas.
--------------------------- x ------------------------

66


Nos erros mais banais aprendo a vida
E sei do quanto possa e não tivera
Ousando na esperança mais sutil
Enquanto a vida expressa a solidão,
Meu canto sem sentido perde a estrada
E a vida se traduz em dor e medo.

Apenas neste olhar o tédio e o medo,
A tradução perfeita de uma vida
Perdida há tanto tempo nesta estrada
Embora qualquer sonho que eu tivera
Traçando a cada engodo a solidão
De forma mesmo atroz e mais sutil.

Um brilho num nuance tão sutil,
Cenário desenhado em raro medo
Expressa a mais dorida solidão
E nisto se apresenta a própria vida
Além do que em verdade eu mais tivera
Tornando sem sentido a velha estrada.

A luta se aproxima em cada estrada
E gera após a queda mais sutil
O quanto desejei e não tivera
Deixando como marca o imenso medo
E nisto se perdendo toda a vida
Moldando no final a solidão,

Cansado de lutar, em solidão
Seguindo da esperança a velha estrada
Encontro a cada curva desta vida
Um dia aonde pude ser sutil
Vencendo o quanto tenho em tanto medo
Embora tanta luz; jamais tivera.

E quando no final sonho eu tivera
Ao enfrentar a dura solidão
Cerzindo a cada passo imenso medo,
Trazendo dentro da alma a velha estrada
E sendo mais atroz, mesmo sutil,
Perdendo o que restara desta vida.

Assim a minha vida não tivera
Ainda que sutil em solidão
A rara e bela estrada além do medo.

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67



Jazigo da alegria, morte plena
As marcas do passado em tatuagem
O vento se traduz aonde eu pude
Vencer qualquer arroubo sem temores,
Sentindo o raro aroma da esperança
A luta não trouxera outro momento.

E quanto na verdade este momento
Expressa a solidão e a luta plena
Deixando adormecida uma esperança
O sonho como fosse tatuagem
Entranha e dissemina seus temores
Deixando para trás o quanto pude,

Ainda que talvez; enquanto pude
Tramar esta ilusão noutro momento
Os dias se entranhando em tais temores
A solidão deveras sendo plena
Encontra no meu passo a tatuagem
E nela adentro os ermos da esperança.

A trama sonegando esta esperança
Marcando muito aquém do quanto eu pude
Vestindo como fosse tatuagem
O tanto quanto quero e mesmo pude
Deixando a sensação atroz e plena
Vicejam com certeza meus temores.

Os ermos deste passo em tais temores
Não deixam menor sombra de esperança
E dizem da alegria rara e plena
E nela o que tentasse e sei que pude
Ousando na verdade outro momento
Traçando em cicatriz e tatuagem,

Além do que pudera em tatuagem
Vencer os meus caminhos e temores
Podendo acreditar noutro momento
Mergulho no que possa uma esperança
E sei da própria vida enquanto eu pude
Vestir a minha ausência enquanto plena.

A vida sendo plena, a tatuagem
Enquanto sei que pude em tais temores
Marcando esta esperança num momento.


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68


Expresso a solidão a cada verso
E tento novamente alguma luz
Reveses costumeiros dia a dia
Ainda quando trago em nostalgia
Lançando a minha voz ao vago espaço
Realço cada brilho em tom audaz.

Meu passo na verdade sendo audaz,
Expressa o quanto possa enquanto verso
E tendo em meu olhar o ledo espaço
Bebendo cada passo em rara luz
E nisto o meu momento em nostalgia
Trouxesse no final o raro dia,

Enquanto cada passo diz do dia
E nele se presume mais audaz
Encontro o que pudera em nostalgia
Tentando traduzir a cada verso
O quanto poderia haver em luz
E o tempo se perdendo noutro espaço.

A senda mais tranquila, vago espaço
Expressa o quanto pude em novo dia
Reflexo especular de rara luz
E sendo de tal forma mais audaz
Ainda trago vivo último verso
Vivendo desta frágil nostalgia.

Cultivo dentro da alma a nostalgia
E sigo procurando algum espaço
E neste caminhar enquanto eu verso
Tramando o que pudera noutro dia
Versando sobre um mundo mais audaz
Qual fora algum inseto em forte luz.

O tanto que pudera nesta luz
Deixando no passado a nostalgia
Mostrando este cenário mais audaz,
E quantas vezes tento neste espaço
A imensidão serena de algum dia
E neste caminhar além eu verso,

Vagando quando verso em clara luz
Meu mundo neste dia em nostalgia
Expressa novo espaço, mais audaz.


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69


Adentro o velho mar e sei do nada
Deixando para trás o quanto houvera
Da velha sensação audaz e fera
Tramando sem sentir a dura estrada,
E nela a solidão reinando após
Tocando com audácia o que há em nós.

Rompendo do passado laços, nós
A sorte traduzisse o mesmo nada
E quando a vida traça logo após
Ainda que decerto; a luta houvera
Desdenha-se o caminho e noutra estrada
Atocaiada vejo a dura fera.

E mesmo quando invade a noite, a fera
Expressa o que pudesse vivo em nós
Marcando com temor a velha estrada
E sei que após o tanto, resta o nada
E sinto muito além, mesmo que houvera
Tentando adivinhar o passo após,

A luta se aproxima e quando após
Esqueço a tempestade, dura e fera
Aos poucos cada engano que inda houvera
Vagando sem sentido dentro em nós
Desenha em realidade o mesmo nada
E cerzi do passado a rude estrada.

A lua iluminando a bela estrada
Já não comportaria o tanto após
E sei que no final não resta nada
Somente numa espreita a amarga fera
Trazendo no que possa para nós
Gerando o quanto quero e nunca houvera,

Arcando com o engano quando houvera
Depois de cada curva desta estrada
Tramando o que vencesse sempre em nós
E sei o quanto tento ver após
Marcando a solidão, imensa fera
Deixando amortalhado, o velho nada.

Aonde vejo o nada ou mesmo houvera
A solidão tão fera dita a estrada
E sei que logo após, aumenta os nós.


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70



Meu canto se perdendo sem sentido
Os erros contumazes, sonho e tédio
Apraza-me saber do que viria
E neste desenhar outra verdade
Ainda que se faça ou só permita
Imensa liberdade me anuncia.

Verdade é que deveras se anuncia
Tomando o quanto possa e já sentido
O medo se aproxima e não permita
Além do que pudera em tento tédio
Somando cada passo, na verdade
Apenas o não ser inda viria.

O canto que decerto além viria
Trazendo o que o futuro me anuncia
E nisto procurando uma verdade
E nela mergulhando este sentido
Aonde se esboçara apenas tédio
O mundo noutra face se permita,

E quando a realidade enfim permita
Traçar o que deveras não viria
Gerando após o medo a dor e o tédio
E nisto novo prazo se anuncia
Enquanto qualquer medo faz sentido
Rondando o quanto quero de verdade

Ainda prioriza esta verdade
Quem sabe e tantas vezes já permita
Marcando com temor o não sentido
E disto se desenha o que viria
E a noite num instante me anuncia
O fim do que se fez em dor e tédio.

Após o sentimento em tanto tédio
A marca mais audaz desta verdade
Enquanto na verdade se anuncia
Um novo caminhar já se permita
Aonde novo dia em paz viria
E ao fim desenha em paz algum sentido,

Jamais teve sentido o velho tédio
E quando não viria outra verdade
Enquanto se permita o que anuncia.


----------------------------------------cx--------------------------


71


Um dia tão bizarro e sem saída
Ainda que pudesse noutro rumo
O tanto quanto quero e assim resumo
Ousando com certeza o que se fez
Num passo sem sentido, em tal verdade
Marcando o que pudesse apenas medo,

O marco se decifra em tanto medo
E impede dos meus passos a saída
E quando noutro instante outra verdade
E para novo encanto tento e rumo
Enquanto na verdade o que se fez
Traduz de meu caminho este resumo,

Ainda que pudesse eu já resumo
Sabendo no final do imenso medo
E nisto cada instante a vida fez
Deixando para trás uma saída
E tanto quanto pude noutro rumo
Tramando muito mais que uma verdade.

A vida não pudesse na verdade
Tentar o quanto quero e até resumo,
E nisto quantas vezes tento e rumo
Marcando o meu caminho com tal medo
E vejo no final rara saída
Aonde o meu cenário o tempo fez.

A luta noutra face; já se fez
E sei do quanto possa na verdade
Tentando imaginar uma saída
E sei que no final sigo o resumo
E embora tão comum se veja o medo
O tempo se perdendo noutro rumo.

E quando para além procuro e rumo
Meu canto no vazio ora se fez
Resquícios de outras eras, tanto medo
Ausenta-se do olhar qualquer verdade
E faço do meu mundo este resumo
Buscando simplesmente uma saída.

Pudesse uma saída em novo rumo
E tento este resumo onde se fez
Saber desta verdade traz o medo.

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72

Não pude imaginar outro momento
E nada se traduz aonde eu quero
Sentindo outro lamento em noite vaga,
O peso do passado me envergando
E o canto noutro infando desenhar
Tragar o que pudera e não viera,

O tempo se desdenha e não viera
Tramando o que pudera num momento
E nisto se permita desenhar
O tanto quanto busco e mesmo quero
A sorte pouco a pouco se envergando
Tocando em mansa areia cada vaga,

A vida se desenha e sempre vaga
Ainda quando o todo não viera
E a sorte sem desejo se envergando
Tomando na verdade este momento
E trago muito além do que mais quero
E tento outro futuro desenhar.

No canto que pudesse desenhar
Meu passo sem sentido; sempre vaga
Ditando o quanto posso e mesmo quero
A luta sem sentido não viera
Tramando cada engano num momento
E o mundo pouco a pouco me envergando

A luta noutro passo ora envergando
E cada novo tempo desenhar
O todo se apresenta num momento
E sei do quanto possa e a vida vaga
Assim o mesmo rumo não viera
Trazendo o quanto pude e não mais quero,

Ao menos na verdade o que ora quero
Enquanto cada fato me envergando
E sei que na incerteza mal viera
E o canto se pudesse desenhar
Ainda que tentasse a sorte é vaga
Mudando cada passo num momento.

Ainda no momento que eu mais quero
A sorte sempre vaga e se envergando
Podendo desenhar e o fim viera.


------------------------------------------


73

Jorrando feito um poço de ilusão
Meu mundo se esvaindo em tal ruptura
E o caos se desenhando noutro fato,
O marco se traduz em dor e tédio,
Ainda que pudesse ser diverso
Meu canto se aproxima do que eu quero,

E quando na verdade sempre quero,
Amor trazendo ao sonho esta ilusão
E sei do quanto possa e sou diverso
Causando com temor cada ruptura
E traça o meu momento em raro tédio
E trama o que pudera ter de fato.

Na imensa dimensão de um velho fato
Expresso o que em verdade busco e quero
Apenas o vazio trama o tédio,
Ainda que tramasse uma ilusão
A sorte se apresenta em tal ruptura
Trazendo outro momento mais diverso,

Ainda que pudesse ser diverso
Gerando no final um novo fato
Resumo cada engodo em tal ruptura
E sei do quanto busco e mesmo quero
Marcando com ternura esta ilusão
Tramando na verdade o imenso tédio.

E quantas vezes; sinto em nós o tédio
Traçando este caminho mais diverso
Grassando no vazio em ilusão
E sinto o que pudera noutro fato
E sei que com firmeza busco e quero
Deixando no passado tal ruptura,

O quanto demonstrasse enfim ruptura
E vejo o meu momento em ledo tédio
Translado para o sonho o que mais quero
E embora um pensamento tão diverso
E mostre com beleza um raro fato
E nisto não seria uma ilusão.

A vida em ilusão e sem ruptura
Traçando em cada fato além do tédio
Caminho mais diverso, ainda o quero.


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74


Directo deste sonho aonde eu possa
Viver esta emoção em plenitude
E quando se apresenta além do canto
Verdade se desenha desde então
Moldando com firmeza o novo dia
E nele se traçando a fantasia.

O mundo desenhando em fantasia
Além do que em verdade sempre possa
Tramando o que deveras noutro dia
Ainda se tentara em plenitude
Traçando cada passo desde então
Ousando neste tanto enquanto canto,

A luta se desenha em cada canto
E nisto poderia e fantasia
Uma alma que mostrasse desde então
O quanto cada verso tenta e possa
Tramar com tal certeza a plenitude
E nisto se mostrasse um novo dia,

A luz que se apresenta em raro dia
Mudando o que decerto busco e canto
Vagando neste espaço em plenitude
E assim tudo trouxesse em fantasia
E quanto cada sonho além se possa
Mostrando este cenário desde então,

O todo desenhara e sei que então
Marcando com ternura um novo dia
Bem antes que deveras tente e possa
Dizer da maravilha feita em canto
E sinto esta presença em fantasia
Vibrando com brandura em plenitude,

A sorte se moldando, plenitude
Tramando cada passo desde então,
E sinto enquanto o rumo fantasia
E quando na verdade novo dia
Traçasse o que pudesse a cada canto
E nisto se desdenha o quanto possa,

Depois do que se possa em plenitude
Desenha em novo canto desde então
Trazendo em belo dia a fantasia.

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75


Acasos sao comuns e sei do tanto
Aonde poderia mergulhar
E sei deste cenário a se moldar
E nele cada dia além garanto,
Traçando neste instante o imenso mar
Trazendo com temor meu medo e pranto,

Restando tão somente o velho pranto
Eu sinto o que pudera noutro tanto
Bebendo a solidão tomando o mar
E quando poderia mergulhar
Além do quanto possa e mais garanto
Tramando aonde eu possa me moldar,

A vida sem caminho onde moldar
Frisando tão somente cada pranto
Depois do que pudera e já garanto
Mostrasse na verdade o como e tanto
E neste teu desejo mergulhar
Tocando com firmeza o raro mar

O sol deitando raios sobre o mar
E possa noutro enredo já moldar
Aonde se pretende mergulhar
Secando com firmeza o ledo pranto
E sei do quanto quero e vejo tanto
O sonho onde meu dia em paz garanto

O manto desenhado hoje eu garanto
Enquanto se aproxima o cais, o mar
E bebo desta sorte o mais que tanto
Pudesse noutro instante ora moldar
Trazendo muito além do mero pranto
Abismo aonde eu teime em mergulhar,

E quantas vezes tento mergulhar
E neste mesmo instante hoje eu garanto
Bebendo com temor o sal do pranto
Marcando dentro da alma íntimo mar
E quando poderia me moldar
Encontro o que pensara sempre e tanto,

E neste rumo tanto mergulhar
Podendo hoje moldar o que garanto
Enchendo inteiro o mar com dor e pranto.

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76
Jamais eu poderia acreditar
No canto sem temor ou mesmo rude
E neste desenhar não mais pudesse
Vencer o que se quer e não tramasse
Gerando muito além do próprio engano
O quanto se aproxima e não se quer,

O mundo quando muito sempre quer
E tenta no futuro acreditar
Presume na verdade o ledo engano
E sei o quanto sigo sendo rude
Sentindo o que talvez já se tramasse
E sinto o quanto quero e pudesse.

O tanto com certeza; não pudesse
Trazer o que em verdade não se quer
E sei do quanto possa e assim tramasse
O quanto já não posso acreditar
E sinto este cenário atroz e rude
Tramando o quanto possa e não me engano.

Meu mundo com firmeza sempre engano
No fundo outro cenário se pudesse
Ainda quando sei mordaz e rude
O nada com certeza; não se quer
E posso noutro mote acreditar
Resisto ao que decerto eu mal tramasse,

E quando no final inda tramasse
E sendo de tal forma o quanto engano
Já nada mais se mostra; acreditar
No tanto que inda quero e mais pudesse
Mostrando o quanto tento e sei que quer
Deixando para trás um mundo rude,

Cenário sem razão, deveras rude,
E nele tão somente se tramasse
O quanto não tentasse e não se quer
E a cada nova sorte mais me engano
Resumo do que tanto mal pudesse
Ainda sem sentido acreditar,

Tentasse acreditar, mas sendo rude
Além do que pudesse ou já tramasse
O rumo em tal engano não se quer.



77

Meu canto se esvaindo sem remédio
E o verso não traduz o que ora sinto,
A vida na verdade não teria
Sequer a direção que tanto espero
E vejo o meu momento mais atroz
Caminho sem sentido ou direção,

E quando na incerteza a direção
Impede qualquer sorte, em vão remédio
Meu mundo se desenha mais atroz
E nada deste tanto ainda sinto
Apenas o vazio que ora espero
Negando o que decerto em paz teria,

O tanto que pudera e mais teria
Expressa o quanto trago em direção
Ao ermo caminhar, e nada espero
Senão cada momento em vão remédio
E nisto outro cenário eu sei que sinto
O vento mais temido e tanto atroz,

A luta se desdenha e sendo atroz
O quanto na verdade não teria
E sei quanto pudera e mesmo sinto
Além do que teimasse em direção
Diversa do que possa e em tal remédio
Apenas o não ser agora espero.

Presumo no final o que inda espero
Deixando o meu momento mais atroz
Marcando o que vencesse sem remédio
Diverso do desejo que teria
Tomasse noutro passo a direção
Diversa do que eu quero e mesmo sinto.

O mundo na verdade não mais sinto
Tramando o que deveras não espero
Mudando com certeza a direção
E sei do quanto posso mais atroz
E sigo o dia a dia e não teria
Ninguém já moldaria algum remédio.

Tentando este remédio aonde o sinto
E o mundo não teria o quanto espero
Meu canto sendo atroz sem direção.




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78


O tanto quanto quis e não pudesse
Vencer a tempestade mais audaz,
A voz silenciando nada além
Da sorte desejosa não viria,
E o marco sem sentido nem razão
Apenas outro engodo, noutro rumo,

Querendo alguma paz, em vão eu rumo
E sei do quanto mais mesmo pudesse
E nisto outros momentos sem razão
E sinto o que pudesse ser audaz
Vivendo o que deveras já viria
Sentindo o meu caminho muito além.

O tanto se desenha e sigo além
Do manso ribeirão por onde rumo
Sabendo que estuário não viria
E quando no final inda pudesse
Trazer o meu caminho mesmo audaz
Perdendo ao fim de tudo esta razão,

A luta se demonstra em tal razão
E o caos gerando em nós o mundo além
Traçando o quanto pude ser audaz
Reparo com certeza o quanto em rumo
Ainda que em verdade não pudesse
E mesmo noutro passo não viria.

Meu canto sem temor não mais viria
E nisto se perdendo uma razão
Traçasse o que deveras mal pudesse
E sigo com vigor ou mesmo além
Do quanto em contra-senso não mais rumo
E sinto que pudera ser audaz.

Marcando com temor o passo audaz
Bem sei o que deveras não viria
E sei do quanto possa e quando rumo
Perdendo ou me esvaindo sem razão
Permite o que se traduz e segue além
E nisto novo instante em paz pudesse.

Ainda que pudesse ser audaz
O mundo muito além do que viria
Jamais sem ter razão inútil rumo.


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79


Enquanto imaginasse e nada posso
O dia noutro rumo visionário,
Ainda que tentasse acreditar
No passo mais audaz, mesmo impreciso
Além do quanto pude não tivera
Marcando o meu caminho em árdua estrada.

O sol atravessando cada estrada
E nisto outro cenário tento e posso
Vencendo cada passo onde tivera
O tempo noutro tempo visionário
Enquanto com certeza um impreciso
Momento não pudera acreditar,

Ainda quando tente acreditar
Vagando pelo medo em leda estrada
Meu tempo com certeza é impreciso
O quanto a cada dia não mais posso
Sabendo ser no fim um visionário
O manto com certeza mal tivera.

O todo que eu buscara não tivera
Sequer o quanto possa acreditar
Num verso muito além do visionário
E nisto se aproxima a mesma estrada
E nela outro momento; eu já não posso
Sabendo ser o tempo este impreciso.

O passo se traduz mesmo impreciso
E traz o quanto eu quero e não tivera
E sei que na verdade nada posso
Ainda num rompante acreditar
Tentando descobrir quem sabe estrada
Aonde fora outrora visionário,

Um tempo traduzindo o visionário
E nisto o quanto possa em impreciso
Cenário desenhando noutra estrada
E quando no final pouco tivera
Pudesse com certeza acreditar,
Porém já tão cansado, nada posso.

E quando tento e posso; um visionário
Tentando acreditar neste impreciso
Meu passo não tivera alguma estrada.





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80



A faca no pescoço o olhar sem nexo
O tempo se esgueirando pelas ruas
A velha prostituta, o sonho e o sexo
Estrelas sobre as camas, rotas, nuas,
O sonho de outro caos algum reflexo
E sobre todos vêm imensas luas.

Trazendo meu caminho sob luas
Pudesse imaginar ou mesmo em nexo
Diverso conceber qualquer reflexo,
E párias nas esquinas, velhas ruas
Disfarces em belezas quase nuas
Delírio se consome em álcool, sexo.

Motéis, bordéis bordeis sonhos em sexo
E deitas sobre a cama deusas luas
As tramas de outros tempos quase nuas
O mundo procurando qualquer nexo
Espectros desfilando pelas ruas
Do meu anseio vejo qual reflexo.

O tanto se aproxime em tal reflexo
Deitando sobre nós delito e sexo
As orlas, praças, becos, antros ruas
Esboçam dos neons as falsas luas
E o mundo procurando qualquer nexo
Apenas entranhando as tramas nuas,

E vejo no final as almas nuas
E delas sou somente algum reflexo
Tentasse caminhar e até com nexo
Ousando querer mais que mero sexo
Romântica delícia invade luas
E expresso o quanto quero em largas ruas,

Porém a solidão invade as ruas
As almas desfilando acaso nuas
E bebo da emoção em raras luas
Sabendo em teu olhar cada reflexo
E o quanto fora apenas mero sexo
Já toma o meu juízo e perco o nexo,

Amor quando sem nexo em vagas ruas
Trazendo além do sexo as almas nuas
Tramando o teu reflexo, imensas luas.


81


Usando da palavra como uma arma
E mesmo após a queda, nada levo
Somente o que a verdade ainda alarma
E gera o meu caminho amargo e sevo,
A vida desenhada em ledo carma
Num sofrimento atroz, duro e longevo,

O medo se tornando além longevo
O coração aos poucos quando se arma
Tramasse na verdade em vago carma
O quanto do vazio que ora levo
Num dia a dia amargo, duro e sevo
Apenas o temor audaz me alarma,

Enquanto cada engodo sempre alarma
Meu mundo que pudera ser longevo
Aos poucos destruído, e sendo sevo
A amarga sensação aos poucos arma
E quando desta vida sempre levo
A solidão imensa, como um carma.

Pudesse transformar o velho carma
E neste caminhar já sem alarma
O passo quando muito quero e levo
Tramando este sentido mais longevo
Fazendo da emoção somente uma arma
Deixando para trás um tempo sevo.

O quanto cevo e fujo deste sevo
Cenário transformado em dor e carma
A solidão diversa, como uma arma
Enquanto a cada engodo a vida alarma
Trazendo a pena atroz, medo longevo
Apenas um sorriso amargo eu levo.

E quando na verdade ainda levo
Depois de um dia a dia um tanto sevo
O quanto poderia ser longevo
Ao destoar do tempo em duro carma
A sorte noutro engano já se alarma
E faz da poesia esta única arma.

O canto sendo uma arma que ora levo
O sonho já me alarma e dita o cevo
Sofrer em mundo sevo, em dor longevo.

82



Rondando pelas ruas da cidade
A madrugada traz em bruma e sonho
O quanto se perdera e se degrade
Ou mesmo no final já decomponho,
Ainda que pudesse na verdade
Viver outro caminho, o vão proponho.

E assim já sem sentido o que proponho
Expressa cada esgoto da cidade
E o tempo se anuncia e em tal verdade
O mundo que pudesse e não mais sonho
Aos poucos no vazio o decomponho
E sei desta expressão que ora degrade,

No quanto cada passo enfim degrade
O manto já puído eu não proponho
E quando no final me decomponho
Nas velhas avenidas da cidade
Ainda que pudesse ser um sonho,
A luta se anuncia em vã verdade.

O corpo se presume e sem verdade
Enquanto esta emoção tanto degrade
Alguma nova luz ao fundo eu sonho
E sei que após o tanto que proponho
Vagando inebriado na cidade
Aos poucos sem defesa, decomponho,

E o coração que vil, já decomponho
Tentando acreditar noutra verdade
Expressa a solidão desta cidade
Que a cada nova esquina se degrade
Embora a solução tente e proponho
Eu sei que isto seria um mero sonho.

E quando no final apenas sonho
E nas entranhas várias decomponho
Meu mundo que tentasse e até proponho
Mostrando face a face esta verdade
No quanto a cada instante se degrade
Destrói cada segundo em vã cidade,

A luz que na cidade fosse um sonho
Enquanto se degrade eu decomponho
Resumos da verdade que proponho.



83


Jamais eu poderia imaginar
Alguma luz sequer após o nada
E sei do quanto quero navegar
Ou mesmo ter a noite enluarada
Distante do que seja o imenso mar,
A noite não se vendo iluminada.

O quanto desejara iluminada
Porém bastou somente imaginar
E vendo sempre ausente cais e mar
Meu tempo se resume em quase nada
A senda do meu sonho enluarada
O tanto sem destino a navegar,

E quando ainda pude navegar
Durante esta expressão iluminada
A sorte desenhada e enluarada
Apenas mal pudera imaginar
Restando no final somente o nada
Aonde desenhei um raro mar,

Após saber ausente o belo mar
Sem ter sequer um rumo a navegar
Trazendo no final o mesmo nada
Enquanto a vida fora iluminada
Apenas no meu tolo imaginar
A vida se quisera enluarada,

Seara pelo sonho, enluarada
Ousando muito além do nosso mar
Deixando tão somente imaginar
E tanto que tentara navegar
Moldando a minha rota iluminada,
Porém já no final não resta nada.

Minha alma nestas ondas tenta e nada
E sorve cada fase enluarada
Na noite sem igual e iluminada
Trazendo para mim inteiro o mar
Aonde se pudesse navegar
Ou pelo menos, tolo, imaginar.

Pudesse imaginar aonde o nada
Mostrando ao navegar enluarada
Beleza sobre o mar. Iluminada?!



84



Meu tempo se desenha no vazio
E sei deste non sense que domina
A luta aonde o tempo eu desafio
E a face mais atroz já determina
O quanto poderia por um fio,
Enquanto a morte ronda e dita sina.

O tanto que se tenta noutra sina
O passo se tornando este vazio
Aonde a minha lida traça em fio
Na senda mais audaz que me domina
Destarte o que deveras determina
Apenas gera incauto desafio.

Temor que agora bebo e desafio
Navego enquanto perco rumo e sina
E o vago deste olhar já determina
Somente o que pudera ser vazio
A luta se transforma e me domina
E o tempo se perdendo a cada fio.

Atravessando o tempo um longo fio
E nada mais pudera e desafio
E assim cada momento onde domina
Meu passo se apresenta em rara sina
E sinto no final quanto é vazio
O passo aonde o nada determina,

A vida na verdade determina
O quanto se apresenta em novo fio
E o mundo que se visse mais vazio
O passo sem sentido desafio
E a luta desdenhosa, em dita e sina
Enquanto o que me resta mal domina.

A luta com certeza já domina
Cenário mais diverso e determina
O quanto poderia nesta sina,
Tocando meu cabelo, em cada fio
Trazendo o que pudera e desafio,
Deixando meu final ermo e vazio.

O quanto que vazio não domina
Uma alma em desafio determina
O mundo por um fio, leda sina...



85


No tempo mais diverso, sonho e medo
Apoio procurado e nunca visto,
Aos poucos noutro rumo me concedo
E tento caminhar mesmo malquisto
Meu canto sem sentido segue ledo
E ao fim apenas sonho; mero, avisto.

O meu momento em paz que nem avisto
O rumo do meu passo trama em medo
O quanto se mostrasse sempre ledo
E nisto o que pudera já ter visto
Expressa o que se foi sempre malquisto
E agora noutro engodo eu mal concedo,

A luta sem sentido onde eu concedo
O mundo mais audaz que tento e avisto
Ainda que já fosse tão malquisto
Expressa na verdade o imenso medo
E quando se presume o que foi visto
Meu canto se desenha além e ledo.

Um dia mais tranquilo? Apenas ledo
E quando no final tento e concedo
O quanto se quisera e sendo visto
Depois da tempestade mal avisto
Trazendo ao pensamento um claro medo
Moldando este cenário tão malquisto,

O verso que maldito e até malquisto
Um ato repetido e sinto ledo
Desdenha cada engodo e gera o medo
E quando no final; a lua; concedo
Pudesse imaginar e nada avisto
Senão quanto tentasse o quanto visto.

E a fantasia torpe que ora visto
Depois deste momento onde malquisto
Apenas o vazio da alma, avisto
Sabendo do meu dia atroz e ledo
O quanto poderia e até concedo
Vencendo com certeza o imenso medo.

Meu mundo em medo agora sendo visto
Enquanto me concedo e até malquisto
Meu verso sendo ledo; nada avisto.



86


O amor se desenhasse aonde a sorte
Pudesse muito além e nada veio,
A luta sem saber do que comporte
O tempo desdenhando em tal receio
E o verso mais audaz e sem proveito
Enquanto no vazio enfim me deito.

E quando na esperança em vão me deito
Trazendo ao meu caminho a rara sorte
Negando o quanto pude em meu proveito
Seguindo esta esperança em duro veio
E nisto dissemina o que receio
Ainda que tal fato não comporte,

O mundo que quisera mal comporte
E neste desenha além me deito,
Enquanto na verdade o que eu receio
Expressa a solidão diversa sorte,
E nada do que possa eu sei que veio,
E mata o quanto quis em meu proveito.

O canto se desenha em tal proveito
E o nada que deveras mal comporte
O mundo onde se faça novo veio
E nisto com certeza quando deito
O sonho se entregando à própria sorte
Tramando o quanto ausento e além receio.

O todo se traduz neste receio
E quando meu caminho sem proveito
Deixando este canário em rara sorte
Ainda que deveras mal comporte
Ousando na verdade onde me deito
Expressa o grande amor que nunca veio.

Apenas desfrutando cada veio
Por onde poderia sem receio
Enquanto no vazio ora me deito
Ainda que tentasse algum proveito
O tanto quanto tento e já comporte
Traduz em solidão diversa sorte.

O mundo aonde a sorte nunca veio
Enquanto não comporte outro receio
Seguindo sem proveito, onde me deito.

87


O quanto na verdade se ditasse
Marcando com a voz outro momento
E neste caminhar em nova face
O tempo com certeza desalento
E bebo da sangria em raro amor,
Tentando após o caos algum louvor.

Meu verso que tentasse num louvor
E mesmo o sentimento enfim ditasse
Os ermos mais suaves de um amor
E neste caminhar noutro momento
A vida se traçando em desalento
Mostrando já marcada em ruga a face.

O mundo se apresenta noutra face
E o quanto poderia ser louvor
Ainda que no fim em desalento
Meu canto em desvario mal ditasse
Moldando na verdade outro momento
Aonde se pudera crer no amor.

Meu verso que queria em pleno amor
Expressa outra emoção, deturpa a face
Mutante se desdenha num momento
E quantas vezes; tento sem louvor
O corte que em verdade mal ditasse
Gerando tão somente o desalento,

E quando na verdade eu desalento
Deixando sem sentido algum o amor
O prazo noutro rumo mal ditasse
Demarca no vazio a velha face
E tenta acreditar noutro louvor
E a sorte se traduz; raro momento.

Pudesse acreditar neste momento
Imerso no terrível desalento
Enquanto na verdade em vão louvor
O tanto quanto possa em raro amor
E traz noutra expressão a velha face
E sei da solidão que em dor ditasse.

O tempo se ditasse num momento
Mostrando a velha face em desalento
Buscando num amor, claro louvor.


88


Marcando em discordância cada passo
Vencendo os meus antigos dissabores
Aonde na verdade o quanto traço
Desfaz o quanto eu quero; desamores
Os dias com temor a cada escasso
Momento se tramando em mortas flores

Ainda a primavera sem as flores
E nela cada ausência dita o passo
E quanto mais quisera sinto escasso
Meu mundo se perdendo em dissabores
E nisto vejo apenas desamores
Enquanto o meu caminho em vão eu traço,

Do todo que desejo sequer traço
E nisto outros momentos, velhas flores
Numa expressão atroz os desamores
Ditame do que pude noutro passo
E sei do quanto traz em dissabores
O tempo sendo atroz em gozo escasso,

O prazo se tornara mais escasso
E nisto se percebe a cada traço
Somente o quanto pude em dissabores
Ousando nos meus sonhos, tuas flores
E quando no final ao largo eu passo
Encontro em teu olhar os desamores,

Pudesse imaginar os desamores
Enquanto o meu caminho; o sei escasso
Do todo desejado noutro passo
Ainda se apresenta um leve traço
E nele tais espinhos matam flores
Gestando tão somente dissabores,

Ousar saber além dos dissabores
E crer no quanto doem desamores
Deixando para trás buquês e flores
Sabendo ser o sonho mais escasso
Do quanto mais queria sequer traço
Meu mundo se apresenta; enquanto eu passo.

O tempo noutro passo, dissabores
E quando alheio traço desamores
O sonho mais escasso rega as flores.


89


Ainda quando pude ter no olhar
Além deste horizonte mais feliz,
O quanto a cada instante se desdiz
Impede tão somente de sonhar
A luta se desenha e quando eu quis
Não vira neste céu sequer luar.

Tentando ver além claro luar
O mundo se desenha a cada olhar
E nisto se aproxima quando eu quis
E sinto finalmente ser feliz
O quanto desejara além sonhar
E o tempo noutro engodo se desdiz,

E o quanto se pudera e já desdiz
Negando o quanto possa algum luar
Tramando esta incerteza ao mal sonhar
E quando se apresenta mais feliz
O tempo na verdade nada quis,

O canto quando a sorte mal se quis
E o tanto sem sentido já desdiz
Mostrando o quanto resta e ser feliz
E neste imenso céu, claro luar
Ditando o que pudesse num olhar
Ousando noutro instante enfim sonhar,

Não resta mais sequer o que sonhar
Talvez se merecesse o quanto eu quis
Vislumbro esta emoção a cada olhar
E o tanto quanto possa eu contradiz
Mudando cada fase qual luar
E deixa este cenário em paz, feliz.

E nada do que possa ser feliz
Esbarra no caminho e num sonhar
Diverso do que possa no luar
E o tanto quanto tento molda e quis
O verso sem certeza já desdiz
Marcando com ternura cada olhar.

O quanto num olhar não fui feliz
A vida já desdiz o meu sonhar
E tudo que mais quis, nega o luar.



90

Vereis uma emoção que é vencedora,
Nas garras da alegria, demarcada,
A sorte que se mostra redentora,
Espalha luz divina em minha estrada;
Amor que não tem tempo nem tem hora
Refaz a nossa vida em alvorada.

O quanto poderia em alvorada
Traçar a nova senda vencedora
E nisto se desenha sem ter hora
A mesma imagem sendo demarcada
E nisto se apresenta a cada estrada
A imagem mais sublime e redentora.

A luta se aproxima redentora
Trazendo no final outra alvorada
E trama com firmeza a mesma estrada
E quando a sorte eu vejo vencedora
Na sorte tantas vezes demarcada
O todo se perdendo e já sem hora.

A vida se aproxima e sei que esta hora
Mostrasse imagem clara e redentora
Na face mais sutil e demarcada
Aonde poderia em alvorada,
A senda mais brilhante e vencedora
Vivendo com prazer a mansa estrada,

A sorte se aproxima em rara estrada
O canto se transforma e sem ter hora
Ousando nesta face vencedora
Palavra mais sutil, pois redentora
Invade o coração qual alvorada
E dita a velha senda demarcada,

Imagem pelos sonhos demarcada
Trazendo em todo olhar a mesma estrada
Presume no final esta alvorada
E gera o que pudera e sem ter hora
A face mais audaz e redentora
Traduz a minha senda, vencedora?

Na trama vencedora e demarcada
A sorte redentora dita estrada
Chegando: mágica hora, uma alvorada.


91

Caio a teus pés servil e delirante
Amando como nunca imaginei
Porém quando meu passo vacilante
Em tantas madrugadas que passei
Esperam pela lua que não veio,
Deitado no remanso do teu seio...

O tanto quanto solta noutro seio
E traça outro cenário delirante
E nisto tão somente o velho veio
Marcando o que pudera e imaginei
Eu vejo cada estrada onde passei
Embora tantas vezes vacilante,

O quanto possa mesmo vacilante
E nisto mal presume além do seio
E quando se mostrara onde passei
O canto com vontade delirante
Ainda quando tanto imaginei
E sei que na verdade nada veio.

O mundo quando encontra um ledo veio
E nisto sou deveras vacilante
Toando o que decerto imaginei
Beleza de mulher em rijo seio
Num toque mais sutil e delirante
Traduz cada momento que eu passei.

E quantas vezes; tento e já passei
Tragando no final o mesmo veio
Que tanto desejara delirante
Embora se apresente vacilante
Tocando com delírio cada seio
Da deusa que no fim imaginei.

Ainda quando muito imaginei
Ousando muito além do que passei
E sinto o perfumado e belo seio
Caminho para o céu, superno veio
Não deixa que prossiga vacilante
Quem quer este momento: delirante.

O quanto delirante imaginei
Estrada vacilante onde passei
Um doce e manso veio, em rumo ao seio.


92



Como fui tão estúpido, querida,
Não sabes deste amor que é colossal.
Porquanto quanto tempo andei na vida
Em busca deste canto sem igual
Agora nas agruras que carrego,
Meu peito navegante, não sossego...

Enquanto na verdade inda sossego
Depois da sorte atroz, outra querida
O templo dentro da alma; hoje carrego
Sabendo deste instante colossal
E nele outro sutil jamais igual
Ao quanto imaginasse nesta vida.

A sorte desenhando em paz a vida
Trazendo o quanto quero e assim sossego
Deixando outro momento e noutro igual
O tempo se desenha em ti querida
Imagem transparente e colossal
Que ainda viva na alma em paz carrego.

O tempo quando em sonhos o carrego
Traduz o mais suave desta vida
E tanto quanto possa colossal
Cenário aonde tanto ora sossego
Na fonte desenhada e tão querida
Um dia inusitado, sem igual,

O passo noutro rumo, quando igual
Expressa o que pudera e enfim carrego
Deixando a bela imagem tão querida
No altar em raridade, dita a vida
Aonde com ternura e luz sossego
Mergulho nesta mina colossal,

O canto se espalhando, colossal
Ainda que pudesse ser igual
E nisto com certeza se eu sossego
Tramando cada brilho que carrego
Mostrasse o que melhor há nesta vida
Deveras tantas vezes, mais querida.

A sorte mais querida e colossal
Traçando nesta vida sem igual
Explode onde a carrego e assim sossego.


93




No brilho destes tantos pirilampos
Fugazes como amores e prazeres,
Passando por estradas, sendas, campos,
Espero, meu amor o que tu queres,
Eu vivo tão somente por pensar
Que a noite me trará novo luar...

A noite se apresenta em tal luar
E nisto estrelas vivas, pirilampos
Tramando o quanto pude até pensar
Disseminado enfim os bons prazeres
E sei do quanto e teimo e sei que queres
Ousando muito além dos vastos campos.

Meus dias invadindo pampas, campos
Neste horizonte vejo enfim luar
E sei do quanto tanto além tu queres
Vagando sobre os céus, mil pirilampos
E tanto se mostrasse em tais prazeres
E sinto permissível o pensar.

O tanto quanto mais pudera até pensar
Os olhos invadindo além os campos
E tramam com firmeza tais prazeres
E sinto bem mais próximo o luar,
Meus olhos procurando pirilampos
Mostrando o que pudera e sei que queres.

O mundo se desenha aonde o queres
E neste desenhar já sem pensar
Encontro nos meus passos pirilampos
Ditando na verdade além dos campos
Moldando com ternura este luar
E dele se apresentam tais prazeres.

Aonde percebera mais prazeres
E sigo muito além do que mais queres
Tentasse com beleza outro luar
E quando na verdade o bom pensar
Tramando em sutileza raros campos
Trazendo para os sonhos, pirilampos,

Olhar os pirilampos, em prazeres
Invado mesmo os campos onde queres
O quanto faz pensar neste luar.


94

No brilho destes tantos pirilampos
Fugazes como amores e prazeres,
Passando por estradas, sendas, campos,
Espero, meu amor o que tu queres,
Eu vivo tão somente por pensar
Que a noite me trará novo luar...

A noite se apresenta em tal luar
E nisto estrelas vivas, pirilampos
Tramando o quanto pude até pensar
Disseminado enfim os bons prazeres
E sei do quanto e teimo e sei que queres
Ousando muito além dos vastos campos.

Meus dias invadindo pampas, campos
Neste horizonte vejo enfim luar
E sei do quanto tanto além tu queres
Vagando sobre os céus, mil pirilampos
E tanto se mostrasse em tais prazeres
E sinto permissível o pensar.

O tanto quanto mais pudera até pensar
Os olhos invadindo além os campos
E tramam com firmeza tais prazeres
E sinto bem mais próximo o luar,
Meus olhos procurando pirilampos
Mostrando o que pudera e sei que queres.

O mundo se desenha aonde o queres
E neste desenhar já sem pensar
Encontro nos meus passos pirilampos
Ditando na verdade além dos campos
Moldando com ternura este luar
E dele se apresentam tais prazeres.

Aonde percebera mais prazeres
E sigo muito além do que mais queres
Tentasse com beleza outro luar
E quando na verdade o bom pensar
Tramando em sutileza raros campos
Trazendo para os sonhos, pirilampos,

Olhar os pirilampos, em prazeres
Invado mesmo os campos onde queres
O quanto faz pensar neste luar.


95


Amor que qual mortalha dilacera
E teima em queimar tão friamente.
A boca que me morde e me tempera
Nas horas mais cruéis tão firmemente.
Reveses que carrego se acumulam,
Amores que vieram me estimulam...

Os sonhos que deveras estimulam
Enquanto esta verdade dilacera
E os erros com certeza se acumulam
E o todo se desenha friamente
Aonde se buscara firmemente
Apenas o vazio nos tempera,

Ainda a sorte não tempera
O passo, novos cantos estimulam
E sigo o quanto possa firmemente
Enfrento o que pudesse e dilacera
Assim o meu caminho, friamente
No tempo aonde os ritos acumulam.

Assim os dias tanto se acumulam
E neste desenhar o que tempera
E sei do que pudesse friamente
Ousando aonde os dias estimulam
E tanto quanto adentra, dilacera
E sei do meu cenário, firmemente.

O quanto se pudera firmemente
E quando na verdade se acumulam
O tempo sem sentido dilacera
E o prazo quando a sorte se tempera
E sei que com delírio se estimulam
Marcando cada engodo friamente,

Ainda que pudesse friamente
Manter o mesmo olhar tão firmemente
E assim dias gentis quando estimulam
E os passos entre tantos acumulam
E o prazo na verdade não tempera
E o tanto quanto possa dilacera.

O mundo dilacera friamente
E nada se tempera firmemente
Cenários que acumulam, estimulam?


96


Mas nada do que penso será cedo,
A morte talvez seja meu castigo,
Quem teve nessa vida tanto medo,
Não sabe que viver é um perigo.
Agora que não posso mais fingir,
Perdoe meu amor se vou partir...

A senda desenhando onde partir
E trago cada sonho aonde eu cedo
O passo sem saber e nem fingir
Tramando o que deveras já castigo
E neste delirar enfim perigo
E traz no dia a dia o imenso medo,

Ainda que pudesse sem ter medo
Vencer o quanto tento e no partir
Aonde se mostrara este perigo
Ditando o meu caminho desde cedo
E quando no final vejo o castigo
Não tento e nem consigo ora fingir,

A vida tantas vezes ao fingir
Declara o que tivesse em tanto medo
Depois do meu caminho em vão castigo
Desejo finalmente em paz partir
E sei que mesmo sendo tarde ou cedo
O mundo se transforma num perigo,

Apenas desenhando este perigo
Tentando novamente mal fingir
O quanto deste amor ainda cedo
Ditando ao coração somente o medo
Define o que pudera e no partir
O canto superando este castigo,

E quando mesmo aquém eu me castigo
Ousando o que pudera sem perigo
Tentando noutro rumo enfim partir,
Assim mal poderia então fingir
E tanto se desenha em corte e medo
O sonho que alimento desde cedo.

E quando agora cedo e não castigo
Traduzo cada medo num perigo
Pudesse não fingir e em paz partir.

97


A porta da chegada é da partida,
O campo dos prazeres e das dores.
A morte se aproxima dolorida
Em vão, quero beijar divinas flores...
Não sabes do que trago no passado,
Amor que sempre foi meu triste fado...

Meu mundo se perdera neste fado
E gera outro momento onde perdida
A sorte se presume e no passado
Expressa a solidão em tantas dores
Aonde desejara ver as flores
A imagem mais atroz e dolorida,

No quanto se veria dolorida
A luta desenhando amargo fado
E nisto primavera viva em flores
Ousando noutro passo, na partida
E trama muito além das velhas dores
Deixando o sofrimento no passado,

O tanto quanto quis e no passado
Previne cada cena dolorida
E nisto multiplica tantas dores
Qual fosse necessário ter tal fado
Ousando imaginar nova partida
E nela semeando raras flores.

Canteiro em tantas cores, várias flores
Apresentando o quanto do passado
Ainda se desenha na partida
E mesmo sendo a sorte dolorida
Ouvindo esta esperança como um fado,
Ultrapassando em paz as tantas dores,

E mesmo quando a vida trama em dores
Espinhos não superam raras flores
Mudando num instante todo o fado,
Deixando esta tristeza no passado
Estrada tantas vezes dolorida
Agora se apresenta de partida,

Assisto na partida o fim das dores
A noite dolorida trama as flores
Deixando no passado o amargo fado.


98


Mas nada me impediu de te querer,
Embalde tantas vezes te perdi.
Sangrando desde sempre quero crer
Que sempre estiveste por aqui...
Mas cada vez que penso distancio,
O canto que te trouxe, duro e frio...

O mundo se desenha além do frio
Somente o meu caminho e já querer
Enquanto do momento sentencio
Trazendo o que decerto ontem perdi
Tentando adivinhar e desde aqui
Eu posso na verdade sempre crer.

O quanto com certeza eu possa crer
E trama mesmo quando em pleno frio
Dos medos me perdendo enfim aqui
E busco com firmeza o bem querer
Ditando o que decerto ora perdi
E sei que quando possa distancio.

O tanto quanto teimo e distancio
E nisto outro cenário se faz crer
Aonde com certeza eu me perdi
Depois do que adentrasse com o frio
Ainda que pudesse te querer
Mostrando o quanto possa ser aqui.

E quando com beleza vejo aqui
O tanto quanto possa e distancio
Alçando o que pudera num querer
Vivendo o que tentasse e busco crer
Marcando o que pudera ser o frio,
Ditando sem saber e me perdi,

Ainda quando em nada me perdi
Tramando o que pudera ser aqui
E sei o quanto diga e neste frio
E quando no final me distancio
Ouvindo novamente o que quis crer
E gera este vazio em tal querer,

E quanto no querer eu já perdi
Mostrando o quanto crer e desde aqui
Assim me distancio e sinto frio.

99




Não vejo mais saída, quero o cais,
Perdendo cada vez sempre distante,
Amor que não terei, enfim jamais,
Envolto nas saudades, delirante...
O sentimento queima, duro e forte.
Amada, te desejo boa sorte...

A vida se traduz e molda a sorte
Meu barco se permite e trama o cais
Depois de cada instante encontro o forte
Momento aonde eu vejo mais distante
No quanto poderia delirante
Somente se mostrasse enfim jamais,

O quanto poderia ser jamais
Apenas determina a mesma sorte
Tramando cada passo delirante
E nisto o que pudesse em cais
E o mundo se aproxima e já distante
Ousando ser decerto bem mais forte,

O coração invade torre e forte
E neste caminhar mesmo jamais
Ainda que se passe, além distante
Traçando o que pudesse noutra sorte
E sei do quanto vivo em raro cais
Cenário tantas vezes delirante.

O tanto quanto pude delirante
E nisto se fizera bem mais forte
O manto se apresenta como um cais
Deixando no passado o que jamais
Mudasse no final a velha sorte
E trama nova estrada mais distante,

E sei do que se vendo hoje distante
Expressa num momento delirante
Ditando com firmeza a melhor sorte
E quando se pudesse ser mais forte
Vivendo o que não pude, pois jamais
A vida se presume além do cais.

O quanto deste cais sigo distante
E mesmo se jamais sou delirante
Ousando ter mais forte a velha sorte.


100


Vivendo num palácio sem pudores,
As gralhas esquecidas sugam sangue.
Olhos esfomeados, lutos, dores...
O perfume emanado, lembra mangue,
A praça não cabendo esses atores.
Nas mãos estropiadas trazem flores...

Ainda que pudesse ter em flores
O mundo se aproxima e em tais pudores
E neste desenhar somos atores
A vida se explodindo em dor e sangue
Pisando com terror em ledo mangue
E mostra com ternura raras dores,

E quando se vencessem tantas dores
Cevando com cuidado raras flores,
Apesar de saber do imenso mangue
E quando se desdenha dos pudores,
E mostra este cenário em pus e sangue
E deste caminhar somos atores,

No todo se desenham tais atores
Trazendo no final, diversas dores
A sorte se traduz em medo e sangue
Ainda que pudesse em raras flores
Vencendo quaisquer medos e pudores
No tanto quanto possa em meio ao mangue.

O mundo se traduz apenas mangue
Ousando além do quanto são atores
Os olhos se mostrando entre pudores
Falando tão somente destas dores
E espalho com ternura e sonho flores,
E o tempo se traduz em medo e sangue.

A vida se explodindo em ledo sangue
A senda se aprofunda em mar e mangue
Aonde se queriam tantas flores
Os sonhos são deveras quase atores
Marcando a cada dia novas dores
Vivendo sem temor raros pudores.

E quanto em tais pudores trama em sangue
Ainda quando em dores vejo o mangue
Ousando além de atores, nossas flores.

101


O tempo sem ter tempo de seguir
Aonde nada existe nem talvez
O mundo que domina enquanto vês
Matando o quanto possa ainda vir,
A lua se derrama e amor desfez
O quanto pude outrora conseguir.

O quanto inda tentasse conseguir
Invés de simplesmente te seguir
Enquanto o nosso passo se desfez
Sem trégua sem sequer algum talvez
E mesmo que teimasse e ousasse vir
Apenas falsa estrela; e nada vês

Meu mundo sem ter nada o quanto vês
Ou mesmo inda tentara conseguir
Segundo todo instante que há de vir
E neste desvario te seguir
Sem nada ou mesmo até noutro talvez
Enquanto o que lúdico desfez.

O manto aonde o tempo se desfez
E neste desenhar escuso vês
A vida sem saber do que talvez
Tentasse no final já conseguir
E quando este caminho em ti seguir
Restara alguma luz quando inda a vir.

E o tempo desenhando o que há de vir
E nem a própria sorte ora desfez
Depois de tentar ver e além seguir
Sabendo que também nada mais vês
Presumo o quanto eu possa conseguir
Ou mesmo até quem sabe, além. Talvez...

O amor que tanto dita onde talvez
Ainda se consiga e quando o vir
Depois de reticente conseguir
Unir o quanto a vida já desfez
Só sei que em tal caminho nada vês
Nem mesmo a bela imagem; vais seguir

E quanto além seguir sem ter talvez
O quanto não mais vês nem há de vir
Rever o desfez, vou conseguir?

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Aprendo com meu erro e até depois
Da queda se imagina o quanto tente
Vencer o que deveras para dois
Ousasse muito além do previdente,
Assim se desenhando o nosso ocaso
Amor quando mais, traduz atraso,

O tanto quanto posso e já me atraso
Deixando este sutil mundo depois
Trazendo no meu peito o vago ocaso
E quantas vezes busque ou mesmo tente
Num passo que pudera previdente
Tramando outro momento pra nós dois.

E o quanto se tentara sempre em dois
Caminhos divergentes, sempre atraso
E possa ser deveras previdente
Deixando todo encanto pra depois
Ainda que outro sonho busque e tente
Viver o quanto vem após o ocaso,

A vida se desenha noutro ocaso
E sigo sempre em volta de nós dois
E neste caminhar ainda tente
Arcando com meu erro e se me atraso
Cumprindo com legado, vou depois
Sem ter no passo o rumo previdente,

Cerzido quando fora previdente
Tentando renegar algum ocaso,
Não deixo quase nada pra depois
E mesmo que isto envolva mais que dois
A vida em desamor, enorme atraso
E nega o quanto busque e mesmo tente,

A luta se desenha aonde eu tente
Vencer o dia a dia e, previdente
A cada novo engano o velho atraso
Depois deste apogeu virá o ocaso
Tornando tão sozinho um de nós dois,
Não deixando se crer no que há depois;

E quando sei depois do quanto tente
Tecer entre nós dois o previdente
Caminho aonde ocaso em paz, atraso.

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