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Friday, January 7, 2011

Saudade ardendo em chama
A luta não cansara
Quem tanto desenhara
Além do velho drama
A senda que se trama
A força sem descanso
E quando o nada alcanço
Procuro velhos rastros,
Ainda ou mesmo em lastros
Diversos cantos, astros
Em órbita retornam?
Quem dera
Quem fora
Já não vi
Será que um dia...
Queimando dentro da alma
Enquanto não se acalma
A luta não cessara.
Seara
Mais diversa
Do quanto desconversa
E versa sobre o fim,
Começo e recomeço
Tropeço?
O endereço é o mesmo.
Apenas o adereço
Mudando esta estação,
Retalhos e detalhes
Do dia; agora em vão.


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Restando quase nada
Ou tudo até, quem sabe
No passo onde se trave
A imensidão marcada
A cada velha estada
Na estrada que pudera,
A fera degenera
O sonho que se espera
E marca em garras
Amarras
Prazos descumpridos
Dias divididos
Herméticos cenários
E a peça chega ao fim
Num ato suicida
Apenas não duvida
E quando se divida
A vida em paz e guerra
Amor tanto descerra
Cortinas no final
E o vento, atemporal
O verso assim cerzido
O passo
O medo
O rito.
Aonde era infinito
Amor já foi embora,
Deixando para trás
A sombra de outra farsa,
E quando quis comparsa
Apenas solidão.
Do sólido momento
O gélido senão.
E sei
O chão
O grão
Vazios na colheita...


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Tempo de sonhar
Amar e ver
No crer
Desenhos arcos
Mosaicos
Arcaicos sonhos
Caicós e Cariris,
Na nuvem que anuncia
O fim do longo estio,
Neste inconstante rio
Amores? Já não sei.
Apenas mergulhei
Em busca de outro enredo.
Tempo de aflorar
Depois em primavera
Após a longa espera
Neste infinito passo.
O quanto invento e traço
Momento alento e canto;
A sorte frutifica
Os filhos, olhos livres
Em busca do horizonte.
É tempo de revolta
Do tempo que se escolta
E traz após o tanto
Estio novamente,
Sem asa branca
Sem mandacaru florido
Sem tempo presumido,
A vida dita olvido...

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