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Saturday, April 9, 2011

PARAÍSO?

Nuns momento mais difírce
Nada mais a gente vê
E o camim num diz pruque
Acabasse tár bobage
Vivo in riba das bestage
Dos meus ói que há di cumê
Essas terra puluida
Numa casa de sapê,
Me cuntaro na verdade
Que dispois de munto tempo
Nóis viemo dos macaco,
I dus bixo dinorsaro
Mas se póde sê mintira
Nóis foi feito desse barro
E si tanto ali escarro
Cuspu mermo num érmão
E pisano cum cuidado
Notra nova criação,
Das palavra qui prindi
Me falô pade e cumpade
O pastô mi confirmô.
Mais ao repará dereito
Vejo as marca no meu peito
Desses tempo do passado,
Coração qui bate e bate
Inda mais que se me martrate
Quano fica apaxonado
Trais as marca dotros bixo
E morreno viro lixo
Pulos barro serputado.
Me falaro dum Adão
Cabra munto sem juizo
Qui pru causa duma cobra
Disgramô no paraiso
Indo atrais duma muié
E prendeno uma bestage
Que divera seno bão
Fez da vida a sacanage
Qui dispois levando a paz,
Mais muié seno danada
Ingana inté Satanais
E o qui fica dessa históra
Se é maçã, seja de peito,
O trem bão cunforme feito
Num me larga mais memóra
Toda noite comemóra
Desta Adão esse márfeito,
Mais si o Paraiso é bão
Tombém é o tar pecado,
Di um jeitim bem mais safado
Com totár furnicação
Dus camim pra sarvação
A mió das direçao.
Quano vejo a minha dona,
Cum jeitim e peladona
O trem fica intão di pé
Qui num tem mais jeito não
Se é pecado, teja certo
Nesse inferno todo aberto,
Viva a minha pérdição!

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