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Sunday, September 24, 2006

Castelos

Nem preciso dizer quanto te quero...
As cordas esquecidas do meu pinho...
As notas que procuro enquanto espero,
Roubadas no cantar dum passarinho...

Nem preciso dizer quanto venero,
A boca que me morde, com jeitinho,
O mundo que navego, não tem clero,
Totalmente profano o meu carinho...

Nem preciso dizer que te esperava...
A tarde que sonhei, audaz e brava,
Nas mãos que acariciam, meus pecados...

Amores que perdi, desesperados...
Compensam esta espera que passei...
Castelos que constróis, neles sou rei...

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