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Friday, January 22, 2010

23301

Inquieto; eu busco o tempo de viver
Ainda restariam tais acertos
Desperto para o risco do prazer
Nem mesmo se pensasse em teus concertos

Arcando com meus erros, posso ver
Depois de tanto tempo se os consertos
Trouxeram o que tinham por trazer
Após os dias trágicos e apertos
.
Não vou fazer dos versos apanágio
Do quanto já sofri, vero naufrágio
Somando os meus vazios, resta o quê?

Macabras ilusões são minhas marcas
E quando os meus sonetos tu abarcas
Procuras minhas sendas, mas cadê?

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