Ao colher as flores do canteiro
De uma existência espúria e mesmo vã
Sabendo que talvez noutra manhã
O encanto se demonstre derradeiro,
A vida se perdendo no cinzeiro,
Na poesia, ancoro o meu afã
Distando da verdade que malsã
Esboça este fantoche corriqueiro
Exploro os descaminhos que não sei
Tampouco penetrasse em minha vida,
Há tanto sem remédio e já perdida,
Somente a fantasia gera a grei
Aonde possa ter felicidade,
Ao largo do final que me degrade.
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