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Friday, February 19, 2010

25130

Ao colher as flores do canteiro
De uma existência espúria e mesmo vã
Sabendo que talvez noutra manhã
O encanto se demonstre derradeiro,

A vida se perdendo no cinzeiro,
Na poesia, ancoro o meu afã
Distando da verdade que malsã
Esboça este fantoche corriqueiro

Exploro os descaminhos que não sei
Tampouco penetrasse em minha vida,
Há tanto sem remédio e já perdida,
Somente a fantasia gera a grei

Aonde possa ter felicidade,
Ao largo do final que me degrade.

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