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Thursday, February 18, 2010

25079

Aporto tuas pernas, acho o cais
E sinto este arrepio benfazejo
O fim desta viagem, pois prevejo
Em ânsias e delírios magistrais,

Mas quando perceberes nunca mais
Virás satisfazer nosso desejo
O amor não poderia ser lampejo,
Que faço se tão pouco diz demais.

Eu sei que na verdade é movediço
O sentimento ao qual já não cobiço,
E trago em minhas mãos a velha adaga

De quem se defendendo contra-ataca
Os gumes tão diversos desta faca
Arranham no momento em que se afaga.

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