As larvas e bactérias devorando
O que restou de nós, podre carcaça
Às vezes o vazio já se traça
Perdendo as esperanças, ledo bando;
Inevitavelmente se moldando
A morte enquanto a vida se esfumaça
Pérfida invalidez ora me abraça
E tudo neste instante desabando.
Condeno-me ao terrível abandono,
E mesmo a fantasia desabono
Reflexo desta estúpida carniça
Que tanto se fez gozo, fúria e medo,
E agora se amparando no degredo,
Ainda algum prazer, morto, cobiça.
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