Search This Blog

Sunday, February 14, 2010

24772

As larvas e bactérias devorando
O que restou de nós, podre carcaça
Às vezes o vazio já se traça
Perdendo as esperanças, ledo bando;
Inevitavelmente se moldando
A morte enquanto a vida se esfumaça
Pérfida invalidez ora me abraça
E tudo neste instante desabando.

Condeno-me ao terrível abandono,
E mesmo a fantasia desabono
Reflexo desta estúpida carniça

Que tanto se fez gozo, fúria e medo,
E agora se amparando no degredo,
Ainda algum prazer, morto, cobiça.

No comments:

Post a Comment