Com avidez rasgando a minha pele
As garras entranhando, vão profundas
Sorvendo do veneno que me inundas,
Satânico caminho me compele,
E sei que talvez possa ser feliz
Bebendo deste sangue ensandecido,
E quando meus fantasmas eu agrido
A realidade invade e contradiz
Espúrias fantasias vãs quimeras,
As ondas deste mar tão poluído
E a fúria insaciável da libido,
Afloram-se famintas, loucas feras
E sei que assim encontro algum motivo
Que possa me manter; ainda, vivo.
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