Deixando bem distantes, agonias
Não posso mais voltar a ter nos olhos
Somente estes temores, tais abrolhos
Que a cada nova ceva sempre crias,
Estraçalhando assim a poesia,
Vencendo com terror farta beleza,
Aonde se pudera ter leveza
Apenas tempestade ainda urdia
Quem tanto eu desejei; fonte de sonhos
E agora percebendo esta cilada.
Não acredito, pois quase em mais nada
Os dias que virão serão medonhos
Marcados pelo medo e pela dor,
Matando em nascedouro, cada flor.
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