Search This Blog

Thursday, February 18, 2010

25049

Esquife feito em lágrimas e pinho
Aonde descansar após a luta
Insana de quem nunca a paz desfruta
E segue a sua senda em dor, sozinho,

E quando do final eu me avizinho
A força tão atroz, terrível, bruta
O passo titubeia e a alma reluta
E o mórbido e funesto vão carinho

Roçando a minha pele, me tocando,
Incrível que pareça; às vezes brando
Suave e terno beijo terminal,

E a morte me recolhe no seu colo,
Num abandono manso, deito ao solo,
Terminando este amargo ritual.

No comments:

Post a Comment