Na rara rutilância da esperança
Que após as desventuras inda brilha
Escolta quem caminha e da armadilha
Refugiando ao longe ora se lança
Preparam-se solares compaixões,
Mas quando se percebe em vãos esgares
O quanto desejavas transformares,
Ausência de alegria, pois repões
E nisto perpetua-se esta espera
Refeita num florir sempre abortado,
Aonde se queria já granado
Inútil florescer da primavera
Que embora seja bela trama o luto
Desfeito quando expõe um novo fruto.
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