Search This Blog

Friday, February 19, 2010

25132

O próprio sofrimento nos ensina
Que a vida se cumprindo como um fardo
Impede a consciência de algum cardo
Negando dos prazeres fonte e mina,

Emana-se deveras cristalina
A voz deste cantor, sobejo bardo,
Mas quando em caminhada, eu me retardo
Paisagem decomposta me domina.

Num êxodo constante não percebes
Quaisquer transformações nas velhas sebes
E bebes poluída insensatez.

Num abrasivo solo incandescente
A cena modifica num instante
E tudo o que era sacro se desfez.

No comments:

Post a Comment