Perdoe se não trago algum sorriso,
Tampouco uma alegria, mesmo falsa,
Minha alma tantas vezes vai descalça
Num passo cada vez mais impreciso.
Se em cores tão diversas me matizo,
O olhar outros caminhos já não alça,
Quebrei a velha ponte e sem ter balsa,
Jamais novo horizonte, sei e piso.
Naufrago a cada dia mais um pouco,
Desfilo pelas ruas feito louco,
Expondo estas feridas, velhas chagas...
Não quero o teu alento nem consolo,
Se há tanto reconheço quão sou tolo,
Enfrentarei tais mares, duras vagas...
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