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Friday, August 18, 2006

No gosto verdadeiro desta lua

No gosto verdadeiro desta lua,
A marca da pantera traz o mote,
Ato vai repetido, sei atua,
No verão mais sedento sem o pote...

Sou de terras mineiras, em Papua,
Encontrei cavalgando, fui a trote,
No calor do deserto tanto sua,
Que tirei paletó, calça e culote...

Envernizei meus lumes e solfejos,
Vagando o trem, na curva sem vacilo.
A morte tem, trancados, seus desejos...

De corte, bala, câncer ou bacilo,
No pé da Minas, quero novos queijos,
Para poder viver bem mais tranqüilo...

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