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Sunday, October 22, 2006

No Peito que crivaste

No peito que crivaste com adagas,
As marcas dos meus dias infelizes...
Respiram pelos poros, vermes, chagas,
Lampejos de vestais nas meretrizes...

Colônias de bactérias, tantas pragas,
A morte te prepara mil matizes,
Em decomposições cedo te alagas,
Esôfago queimado por varizes...

No peito putrefato verte pus,
Nos olhos arrebentas em sangrias...
Nos punhos cicatrizes lembram cruz,

Os ratos devorando podres dias...
Na mansidão do beijo, minha luz,
Na plenitude estrela e melodias...

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