Search This Blog

Wednesday, December 6, 2006

Nas horas mais difíceis te conheço
Bastam que essas quimeras me profanem
Que todos deste mundo já me enganem
Para saber se em ti me reconheço!

Meus erros, meus enganos, meus defeitos,
São todos testemunhas que eu existo,
Se a nada neste mundo não resisto
Talvez os meus problemas sejam feitos

Das velhas tempestades que passei,
As sortes e presságios tão obscuros
Prometem velhos céus bem mais escuros
Em nada do que tive, me encontrei.

Rasguei a fantasia que escondera
A podre maciez que sempre fere
O lume desta noite se interfere,
E traz na madrugada a doida fera.

Agora que não trago mais meus medos
Envolvidos pela noite que me corta,
Que toda essa ilusão se mostra morta
O mundo me prepara meus degredos...

As galés e as cadeias que me tragam
Engolem um humano e me trituram
O rosto e meus desejos desfiguram
Os planos de viver contigo estragam...

Se falas que me adoras e me queres
Agora é que terei minha resposta
Meu mundo dilacera tudo em posta
E não promete luzes nem talheres.

Apenas um restolho de esperança
Um prato carcomido e sem futuro
O mundo que teremos será duro
A morte poderá vir como lança.

Por isso é que durante a tempestade
Que corta que alucina e que destrói
Com tudo que sonhamos já corrói
Se teu amor enfim é de verdade!

No comments:

Post a Comment