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Friday, January 22, 2010

23259

Arcando com pecados que inda levo
Deixando o meu futuro sem respostas
As dores e feridas vão expostas
Escravo do futuro; o nada cevo.

Abreviando a vida não me atrevo
A crer nas mesmas coisas que tu gostas
Olhando as cicatrizes, minhas costas,
Invernal sentimento, ainda nevo.

O quadro se propõe em fartos vãos
E o peso desmedido destas mãos
Lanhando com firmeza meus anseios.

Não tenho mais o riso que pensara,
Uma alegria agora se faz rara
E a morte decifrando rumos, veios...

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