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Friday, February 19, 2010

25103

Erguendo o meu olhar em ânsias várias
Esquivo-me de espectros do passado,
Encontro o meu cadáver; transtornado
Visões tão funestas, temerárias

Demônios me rondando, sombras, trevas
E esta figura insólita sorri,
Percebo que este eflúvio vem de ti
Enquanto uma alma espúria; ao largo levas

Eviscerado; aguardo o meu final,
Agônico e jogado às rapineiras
Nas sombras; com sarcasmo tu te esgueiras
E o corpo decomposto, cheira mal,

Escombros do que fui; agora ao vê-los
Adentro; sepulcral, meus pesadelos.

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