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Tuesday, December 7, 2010

ALEGORIA SOBRE VERSOS DE T.S.ELLIOT
“Até sermos acordados por vozes humanas. E nos afogarmos.”
T. S. ELLIOT.

Até quando pudéssemos dormir
E ter a sensação de liberdade
Além deste terror que agora invade
O pouso libertário no porvir,

Vencer o medo e quando prosseguir
Além deste terror da ansiedade,
Gerando no meu peito a claridade,
Quem dera se pudesse resistir,

Vagando pelo sonho mundos tais
Distante dos terríveis usuais
Seguindo tanto além do encanto fero.

Mas quando a voz humana se aproxima,
Mudando no momento paz e clima,
Afogo-me acordando e desespero.


2


Ao vê-la cavalgando rumo à paz
Que tanto procurara inutilmente
Vencendo o que pudesse num repente
Depois deste vazio, sou capaz

De crer no quanto mesmo satisfaz
Deveras pacifico minha mente
E sendo por demais tanto descrente
O verso se mostrasse mais mordaz

Não pude discernir luz o bastante
E vago nesta insânia de um instante
Mortificante luz ora inebria,

Cavalgas rumo ao quanto imaginara
Em solidez brumosa, porém clara
Versão do que já fora tão sombria.

3


Tardamos ao sentir o mar feroz
E tendo como praia a certidão
Da vastidão soberba em negação
Aonde poderia crer em foz?

Se tanto faz de sou ou não atroz
O peso se mostrando em solidão
O quadro vaga em nova direção
E ninguém ouviria a minha voz.

Amordaçado sonho dita o quanto
Gerara dentro em mim tal desencanto
Nublada esta manhã que tu me deste,

Cevando uma esperança em vil mortalha
A cada intento a lavra falha,
O quanto deste solo é tão agreste.

4

Junto às ondas severas deste mar,
Nas conchas e nas algas, luzes várias
Portanto quando tanto temerárias
Temesse a solidão num vão vagar.

Esgares da manhã em tom solar,
As sortes sempre foram procelárias
E o quanto das estâncias temporárias
Aonde poderia navegar?

As serpentes marinhas traduzindo
O quanto se fez treva em mar infindo
Vestígios do passado mais presentes,

Mas sei quanto é preciso ter nas mãos,
Olhares que julgasse outrora vãos
Mas tanto quanto podes tu pressentes.


5


Tardando sobre vagas ondas, mares
Pudesse discernir claras estâncias
Aonde por maiores as distâncias
Diversos os caminhos navegares,

Ao menos se tivessem mais luares
Talvez já não houvesse discrepâncias
Nem mesmo quando tantas as vacâncias
Dos sonhos em dispersos exaltares;

Acordo deste sonho, a voz altiva
Dizendo da penumbra esta água-viva
Que tanto percebera em claridade,

Nefasta sombra dita o meu presente
E quando a solidez maior ausente,
Apenas o terror do ser me invade.

6

Abrindo sobre as águas claros vãos
O vento ao invadir sonhos diversos
Traçando com terror os tantos versos
Mundanas vagas tomam velhos grãos

Gerando do final sombrios nãos
Aonde se pudessem universos,
E quando mais atrozes e dispersos
Mais fortes punitivas outras mãos.

Penteio crinas vastas do oceano
Quando cavalgo sonhos entre tantos
E sendo tão comuns os desencantos,

Reflui dentro de mim o mesmo engano
Gestado pelo canto da sereia
Que tanto amaldiçoa e me incendeia.


7

Sereias entoando doces cantos
Somente para tantas outras tais
E quando as sinto assim em magistrais
Delírios pelas ânsias dos encantos

Percebo que deveras noutros tantos
Momentos sem parâmetros iguais
Cavalgam sobre as ondas e imortais
Expressam fossem crinas alvos mantos.

Abrindo seus clarões expressam ventos
E tomam com ternura os pensamentos
Dos sonhos mais audazes, soberanas

Reinando sobre mares, seus segredos
Eternos e supremos tais enredos
Até que ouço no fim, vozes humanas.



8


Sou obtuso, idiota ou mesmo quase;
Envelhecido, andando com prudência
Aconselho, sugiro uma assistência,
Na derrocada, esta última e vã fase.

E quando a realidade se descase
Respeitoso, deveras com clemência
Ao mesmo tempo em tola penitência
Por mais que a fantasia já se atrase,

Meticulosamente, sou político
E quando se mostrasse em analítico
Desejo sobre as ondas mares tantos,

Aforismos diversos, iludido,
Percebo que deveras vou perdido,
Alheios aos mais sublimes dos encantos.
Publicado em: 05/04/2010 09:23:31
Última alteração:05/04/2010 14:07:49


Alegria de chofer é moça pedindo carona...
43

Mote

Alegria de chofer é moça pedindo carona...

Desminta-me quem puder,
Que a verdade vem à tona,
Alegria de chofer
É moça pedir carona...

Marcos Coutinho Loures

Quanto mais é curta a saia,
Mais feliz o motorista,
Na direção se “atrapaia”,
Nem barranco mais avista...

Publicado em: 20/11/2008 09:45:35
Última alteração:06/03/2009 18:49:02



Tanta alegria na vida
Que supera a despedida,
Uma jóia tão querida
Que não nasce todo dia.
Precisa tanto cuidado
Deste amor comemorado
Dum sentimento guardado
Sem raiva e melancolia...

Não te falo minha amada
Da tristeza cultivada;
Insônia na madrugada,
Tão solitária e tão fria.
Te falo deste sorriso
Que bem sabes; paraíso
Que tantas vezes preciso,
Numa canção, melodia...

Te falo desta beleza
Que tanto nos dá leveza
Que enfrenta a dor e dureza;
Com certeza: a poesia.
Que é luz que nos alumia,
Acendendo a fantasia
Trazendo o sol todo o dia,
Resumindo: uma alegria!
Publicado em: 10/02/2007 11:58:38
Última alteração:26/10/2008 20:24:00


Saudade machuca tanto
E me cura sem saber,
Meu amor eu sempre canto
Alegria de viver...
Publicado em: 13/04/2007 22:05:15
Última alteração:28/10/2008 01:02:00



Alegria e Sabedoria
Sabedoria não se sabe nem se tem
Apenas vai e vem nas curvas
E nas chuvas e tempestades.
Galgo meu espaço no abraço e sem cansaço
Meu cajado me assegura.
A noite é fria, a vida é dura
Mas espero uma alegria
Que seja constante
Da qual um louco amante
Não se afaste nem um pouco.
Se grito fico rouco e desespero
Mas me tempero na esperança
Alecrim e manjericão de minha alma.
Peço calma e sem trauma não reluto
Luto cada vez mais.
Peço paz e se não vem, dane-se!
Me ufano de meu gozo
E nada me contraria
Nem mesmo a fantasia
Que já tive e foi negada
A vida é fada!
Safada e bem sutil
Gentil, gananciosa...
Nos ensina e sem a menor cerimônia
Abandona e nem sequer se lembra.
Não rememora nem comemora,
Apenas ensina.
Em sua cartilha
A noite esquece
O dia tece
E a gente apodrece
Se não sentir a forte brisa
Que sempre nos avisa
Sê feliz!
Aprenda com a dor mas não muito
Ela vem e, se bobear, gruda.
Depois, cadê ajuda?
Não se muda e nem por prece nem reza
Nem orada.
Agora é madrugada a vida passa o tempo roça
E nada mais me resta
Senão a certeza
Da curva que não fiz, do medo que mantive
A vida quer declive, eu quero uma esplanada.
Sabedoria é ser feliz!!!!
Portanto, por tão pouco
Não se perca
Nem perca a esperança.
Se lembre da criança
Ri e depois chora, chora e depois ri.
ESQUECE!!!!
Esqueça da dor, seja seletivo
A vida dá motivo
E depois, se não quiser, que pague,
Ah. O preço é caro,
Amor é bicho raro
E se não tiver amparo
Se vai neste disparo
E ninguém alcança...
Dance. Recomece sempre
E dance.
Ame e desame.
Dance.
Sonhe e acorde.
Dance.
Lamba quem te morde.
Dance.
E não se canse de dançar.
Senão , dança...
Não perca a esperança
Aprenda com ela.
A noite traz lua e tempestade
O dia traz sol e tempestade
A vida traz tempestade
Mas também sopra a ferida;
Cicatriza...
Ah! Antes que eu acabe
Pegue essa viola
A lua tá um brinco.
Brinque com ela
E dance a vida inteira
Sorria e se permita
Ser sábio
E ser feliz!!!!
Publicado em: 26/11/2006 12:09:16
Última alteração:28/10/2008 11:53:35


alegria faz a festa
Quero o gozo do prazer
Do perfume que inebria
Da espera do entardecer
Da volta à noite a alegria

sogueira


alegria faz a festa
de quem sonha sem cansaço,
taca fogo na floresta
e me causa um descompasso...
Publicado em: 06/01/2009 19:23:10
Última alteração:06/03/2009 12:11:41


ALEGRIA INTENSA
De uma alegria intensa esta vitória
Que há tanto desejei e não sabia
Moldada nos teares da agonia
Agora não se mostra merencória.
E tendo novamente a minha história
Repleta de emoção e fantasia
Aonde se deitara a luz surgia
O encanto sem discórdia e sem vanglória
Ser teu e não tentar outra saída
Assim no labirinto desta vida
A sorte se trazendo bem mais forte,
Mundanas ilusões? Não mais as quero,
Tampouco necessito o brado fero,
Apenas o calor que me conforte.
Publicado em: 09/02/2010 14:22:05
Última alteração:14/03/2010 13:50:31


ALEGRIA



Vou fazendo a minha festa
Quero te dizer, querida,
Coração abrindo a fresta
Encontrou sua saída,

Labirinto da saudade
Maltratou meu bem querer,
Meu cantar em liberdade
Vai buscando o seu prazer.

“ Sou caipira, Pirapora”
Mas eu gosto de arrelia,
Meu amor aqui e agora,
Vou brindar à fantasia.

Alegria, na verdade,
É um bem que não tem fim.
Conhecer felicidade,
Que no fundo, trago em mim.
Publicado em: 02/10/2007 18:49:46
Última alteração:23/10/2008 20:44:12



Se não fosse uma tristeza
Meu amor qual a beleza
Que teria, com certeza,
Uma alegria, afinal?
Todo o contraste da vida
Valoriza assim, querida,
Uma beleza incontida...

Sei que trago no meu peito
Amor que não satisfeito
Acha-se com o direito
De fazer-me tanto mal.
Mas também sei que se brilha
Na escuridão; maravilha;
Servindo de guia trilha;
Valoriza o carnaval...

Vivendo sem sentir dor
Nada mais terá valor;
Se frio requer calor,
Todo o doce serve ao sal.
Tristeza e melancolia,
A noite fria e vazia,
Servem para uma alegria
Como referencial!
Publicado em: 10/02/2007 12:56:00
Última alteração:26/10/2008 20:24:04



ALEGRIA, ALEGRIA


Coração fazendo festa
Na alegria de poder
Enfrentar a fera besta
E depois sobreviver.
Alegria já se empresta
E nos dá tanto prazer.
Não permita que se perca,
Se preciso, pule a cerca

Que separa estes quintais
Da alegria e da tristeza,
Desejando sempre mais,
Realçando uma beleza,
Ao vencer os temporais,
Pode ter uma certeza
Que a felicidade vem,
Nem que seja noutro bem.

Mas se um dia sentir frio
E morrer enfim pareça
Solução para o vazio
Que inundou tua cabeça,
Esperando um novo estio,
Outro caminho se teça
Nos pendores da emoção,
Sem ter medo, com paixão...
Publicado em: 09/10/2007 16:44:45
Última alteração:23/10/2008 21:07:42


Ai compadre, em pasmaceira
Ai compadre, em pasmaceira
Inté que lhe dou razão
Depois de tanta canseira
É mió partir, senão
Trem se vai pra ribanceira
E a gente perde a razão...
Hei de partir, também, logo
Desafogar a tristeza
Que colhi farta na mesa
Onde pensei, framboesas...
Reduto que não estima
Nossa presença em ternura
Seja toca de serpentes
Se não nos viu inocentes
Abandonando a vertente
Que foi ninho da intriga
Não vou comprar essa briga
Tão só te aplaudo contente
Meu amigo que é pra sempre!

Ana Maria Gazzaneo


Passa o tempo que passar
A comadre sabe bem
Que mineiro pega o trem
E não cansa de sonhar.
Vou fazendo meu repente
Com modéstia e precisão,
Bate forte o coração
Quando vê uma serpente
Preparando pulo e bote,
Da fungada no cangote
A bichinha não conhece,
É por isso que padece
De uma inveja sem igual,
Na maior cara de pau
Vai metendo o seu bedelho,
Sem pedir nenhum conselho,
Traz veneno no embornal.
Um mineiro que se preza
Que é cantador de viola,
Pra evitar qualquer surpresa
Guarda logo na sacola
Antes que a cobra apareça.
Publicado em: 02/10/2008 19:10:32
Última alteração:27/11/2008 12:01:10




Eu fiz teu gosto e vontade
Não poupei sinceridade
E em entreguei de verdade
Em cada momento, amor.
Mas o triste sofrimento
Se envolveu no pensamento,
Me cortou como esse vento
Me causando tanta dor...

Eu não mais suporto o frio
Coração bate vazio,
Meu amor, meu pobre rio
Não deságua no teu mar.
Por favor quero o teu beijo
Não mais negue este desejo
Em todo lugar te vejo
Teu amor a me guiar...

Noite sem a poesia
Deste amor, minha alegria
O meu coração se esfria
Não suporta esta saudade...
Venha para mim morena
A minha alma sempre acena
Sem te ter já se envenena,
Já me mata, de verdade!
Publicado em: 17/02/2007 16:00:55
Última alteração:26/10/2008 20:26:16



Ai de quem ama

As dores e florestas
Cofres festas
Frestas flâmulas
Sonhos fantasias
Os ermos de minha alma
Os álamos e frisas
As brisas e as noites
Luas mais vadias
Que rodam nas janelas
Abertas do teu quarto
Espero um novo fato
E farto de teu canto
Venenos e sangrias.
Não vejo sem feridas
As horas mais sabidas
Que não mais mergulhei.
Se fasto sou nefasto
E me afasto do teu mundo.
Pré firo e não me iludo
Que é melhor sair mudo
Que inundado.
Se nada não sei nado
Cerrado que me frases
As bases combalidas
Com bário e com falidas
Esperanças.
Vencido pelas dores
Dos cofres que guardei
Não quero ser errei
Talvez queira tentei
Mas de que vale tudo isso?
Nada mais viço
Espinho ouriço
E me lanço
Embevecido
Aos braços do infinito.
Amor, faça um favor.
A porta está aberta
E nada mais me resta.
Senão a sólida solidez
Da tez da solidão....
Publicado em: 13/12/2006 19:46:16
Última alteração:24/10/2008 13:56:18


AINDA BEM QUE O IPIRANGA É SURDO...

De quando em vez, alguém busca as luzes dos meios de comunicação propondo que a letra do Hino Nacional Brasileiro seja modificada, por não concordar com o verso que nos coloca “deitado eternamente em berço esplêndido”.

Para esses críticos, não fica bem a imagem de um gigante adormecido e é preciso despertá-lo, nem que seja literalmente, alterando a letra de Osório Duque Estrada, professor e jornalista que o compôs.

Interessante é que, mesmo em meios considerados cultos, várias dessas proposições encontram eco, colocando como se diz, mais lenha na fogueira! E são poucos os que se tocam no ponto-chave da discussão, isto é, de que, como toda obra de arte, a letra do Hino Nacional Brasileiro não pode nem deve ser alterado não pode nem deve ser alterada, sem que isso represente um sério desrespeito ao artista que a elaborou.

Seria até aceitável que se propusesse a substituição do hino por outro que se julgue mais adequado, mas sem mexer na letra é o maior dos absurdos e ninguém, medianamente culto pode concordar ou, muito menos, propor que isso seja feito.

Seria o mesmo que um gaiato, sob o argumento de que os padrões de beleza mudaram muito, no decorrer dos séculos, determinasse que a Gioconda fosse repintado com a musa mais magra, quase anoréxica, pois a outra original é muito gorda e não representa mais a mulher bela que representavam... Já imaginaram?

Talvez fosse melhor que essas pessoas que pedem a mudança da letra do Hino lutassem para que, na execução do mesmo a lei fosse obedecida, em relação à tonalidade e ao andamento.

Como se sabe, a lei determina que, ao ser apresentado, em execução instrumental, a tonalidade exigida é em SI BEMOL sem repetição; já se a execução é para ser acompanhada de CANTO VOCAL, a tonalidade legal é em FÁ MAIOR, com repetição.


A mesma inobservância da lei se ê em muitas apresentações da BANDEIRA NACIONAL, especialmente nos pódios onde ela aparece com os módulos coloridos fora das medidas proporcionais determinadas em lei.

Só para completar, determinada emissora de televisão, há alguns anos, se propôs a ensinar a letra do Hino Nacional no horário de um jornal da tarde.

E, para marcar bem o ensinamento, a emissora começou a fazer uma análise sintática da letra.

Depois de sair à rua pedindo às pessoas que desse o SUJEITO do primeiro verso do Hino – OUVIRAM DO IPIRANGA AS MARGENS PLÁCIDAS- como ninguém tivesse acertado, a emissora saiu-se com esta:

O sujeito do verbo – ouviram, é INDETERMINADO!!!! É como se fala, normalmente, “Disseram...”

E para completar o festival de besteiras, a emissora colocou uma crase em “às margens plácidas”, classificando a expressão como “adjunto adverbial de lugar”...

Depois eles querem falar ainda, em mudar alguma coisa...

MARCOS COUTINHO LOURES
Publicado em: 07/04/2008 09:16:57
Última alteração:21/10/2008 19:58:14




Ainda é noite e tudo está escuro
Vejo morcegos, ouço as corujas
Eu lavo as mãos e vejo qu'estã sujas
E temo, então pular aquele muro

Na mesas só rascunhos - garatujas
Agora é madrugada, então procuro
Lutar contra o inimigo frio e duro
Mostrando as minhas mãos, decerto sujas

Do sangue que escorreu, da boca aberta
Do gozo prometido e nunca tido.
A noite se fazendo sem sentido
Permite à saparia num alerta

Coaxar mais alto mostra o que não foi
Repete em parnasiano um sapo boi...

GONÇALVES REIS
ML
Publicado em: 04/12/2007 20:54:24
Última alteração:29/10/2008 21:47:01


Ah! Amor!

Algo de errado, muito errado, está acontecendo em nossas vidas.

Nada mais é como era antes quando, além do amor, havia muito respeito entre nós. Hoje, até as coisas mais pequeninas são motivos para desentendimentos que vão corroendo as bases do nosso amor!

Não podemos deixar que coisas tão banais alterem nossos dias, explodindo em frases duras e impensadas, de mútua agressão...

Em minha boca, o gosto amargo de fel vem me dizer do perigo que corre o nosso amor, um rio que vai secando ao sol inclemente das incompreensões e da insensatez.

Até quando continuaremos a destruir um amor tão lindo, que encheu de sonhos nossas vidas e de esperanças nossos corações?

Sinto que, apesar de tudo, ainda amo você quando, pedindo desculpas, nós nos abraçamos arrependidos de tudo!

Mas algo pede que me afaste de ti, antes que enlouqueça.

Nosso amor corre perigo e grita por socorro!

É tempo ainda de ouvirmos este grito de alerta, esquecendo nossas brigas, antes que mais uma gota de fel faça entornar o cálice de nossas vidas, jogando por terra aquilo que de mais belo e sagrado, nelas aconteceu...

Ainda é tempo, amor, ainda é tempo!


Marcos Coutinho Loures
Publicado em: 18/02/2007 07:27:22
Última alteração:26/10/2008 20:26:42



AI DE TI, HAITI...
Ai de ti
Haiti...
Ai de ti.

Interessante é saber
Que desde que eu entendo
A situação lá é terrível
O principal produto
De exportação
Do país
Era sangue humano...
Até chegar a AIDS...
Depois, guerra civil
Ditadura
Ditadura
Guerra civil,
E o mundo nem aí,
HAITI,

Desgraça de pobre só no atacado
É que chama a atenção,
No varejo? Dia a dia...
Somente de classe média pra cima,
Aí vale o que tá escrito
Escândalo nacional
Com direito a todos os canais de televisão
E em todos os horários
Até encher o saco do pobre do telespectador...
Aí mudam de assunto,
Aí.
Ai de ti Haiti.

Interessante é que quando o Lula
Perdoou a dívida da Bolívia, que é uma filial do Haiti,
Todo mundo caiu de pau.
Mas agora, pelo menos, não vi ninguém reclamando.
Desgraça no atacado
Chama mais a atenção.
A do dia a dia
Das favelas,
Guetos,
Vilas,
Haitis
Bolivias
E outras comunidades...
Isso não.
Não dá Ibope
E nem causa pena
No máximo, alguns segundos
Ou até uma praga de alguém:
Televisão só tem desgraça, pô!
A vida? Não...
Essa é um mar de rosas...
Publicado em: 15/01/2010 14:19:12
Última alteração:14/03/2010 21:00:34




Seu moço, aqui é minha terra, meu torrão natal, meu e dos meus pais, dos meus irmãos e dos meus avós.

Aqui estão enterrados todos aqueles que amei, em cada palmo desse chão, está a história desse que vos fala.

Filho de Dona Zica e de Seu Lula, gente simples, trabalhadores, que a terra engoliu de velhice, velhice de sertanejo que começa depois dos trinta.

As rugas precoces e profundas me lembram a terra seca, profunda nas grotas e nas curvas do rio seco. O suor molha mais os sulcos que a chuva, coisa difícil por aqui.
Chuva que, quando vem, transforma a vida, vida boa, vida próspera nas colheitas de mandioca, feijão, milho; no leite gorduroso das cabras e da vaquinha, companheira fiel no arado e no alimento.

Mas, a cacimba da alma, tantas vezes aguada pela dor da morte, carpida e tristonha, das perdas da vida e das vidas, tem a água salobra, que prende na garganta, não desce, empanturra.

Meus irmãos, dos quinze que Deus deu, a seca, a fome, a desidratação e a surucucu levaram oito. Sete restaram, todos fortes e valentes, todos foram embora, menos eu.

Fiquei aqui, essa é minha terra seu doutor. Meu umbigo está grudado nesse chão.

O riacho, quando vivo, é tão bonito, mas, na seca, com seu leito cheio de areia e de pedra, leva as mães, como levava a minha, com a lata na cabeça, em busca da água barrenta no açude seco.

Nessa terra, moço rico tem água, fazendeiro rico tem gado, e tem os caboclos e jagunços.
Meu pai, pobre e lutador, morreu sem bala, sem tiro, sem morte matada, a não ser dos calangos e dos bichos da seca.

Gambás e cobras ajudavam a matar a fome, mitigada pela palma, disputada com o gado.
Somente o carcará, bicho danado, tinha pasto nas carnes dos bichos mortos pela queimada e pela seca.

Vaqueiro, sou vaqueiro com meu gibão e cravinote, pronto para a batalha, correndo entre os espinheiros dessa caatinga seca e sedenta.
Minha mãe, me recordo sempre, dizia, entre as orações de graças e de pedidos de perdão, pelo pecado cruel de existir, que onde o umbigo está, a vida continua, a distância traz a falta de paradeiro.

A pedra que não cria limo, é pedra rolando, inconstante e que, quem muito muda não cria limo.
Meu limo está entranhado nessa vaquinha, nesse arado, nesse chão.
Não vou embora não seu moço, fico aqui até o derradeiro dia.

Minha esperança é tão verde quanto meu sonho, quanto os olhos da amada, os olhos da terra que tento cultivar.

No cultivo da espera por outro tempo, um dia...
Os moços prometeram, vi na televisão, mas é tanta promessa que não tenho mais pressa, nem esperança.

Vou vivendo, às avessas, sem amanhã, na espreita do calango, na ponta da espingarda, com o rosto, a cada dia, formando as serras e os vales.
Vou ficando, quem sabe um dia, essa terra, minha terra, seja mais mansa e mais amiga.

Minha mãe e meu pai, meus irmãos, trago comigo, pesando o coração, deixando meu andar de banda, por estas bandas onde vivo, aonde vou também, um dia, me juntar com meu umbigo e alimentar esse chão.
Faminto de todo meu povo, matando a fome do sertão.

Meu sangue, regando a terra, para que, quem sabe, um dia, os homens desse país, pensem um pouco na gente.
Nós somos brasileiros, esse é o nosso país, mais que brasileiros, nordestinos, essa é nossa sina e mais que nordestinos sertanejos.

Aqui, nessa caatinga; aqui, nesse sertão, é nosso primeiro e derradeiro solo, o solo sem consolo, o solo sem apoio, no aboio do meu gado, da minha vaquinha Estrela, do meu boi Fubá, da estrela solar que esturrica, que seca e mata.

A terra, meu único bem, bem amado bem te vi, no mandacaru que, a cada florada, traz a esperança do milho, do feijão e da mandioca.
Por isso, seu doutor, não vou embora, nunca na minha vida.

Não deixo o meu Ceará, é aqui a seara onde será, meu sertão, a terra prometida, minha lida e minha sina, minha raiz.
Publicado em: 23/02/2007 15:17:15
Última alteração:26/10/2008 20:27:11

Promessa aterradora de vingança,
A vida se perdeu sem diapasão.
As flores que não têm caramanchão,
Demonstram seu perfil: desesperança!
Recendem velhos cravos na lembrança,
São formas de total abnegação,
Os vasos que se quebram, nosso chão.
No fundo representam arco e lança.

Promessa desmedida, sem critério.
Não deixa que eu vislumbre sequer rumo.
Queima-me, me tortura qual cautério.
Vencido nas batalhas mais venais.
Desejo de viver! Tonto, me aprumo.
Em meio a tais promessas, peço paz!

Mas sinto que talvez, reste esperança
De ter o teu sorriso mavioso;
Dançando na promessa a mesma dança
Sorriso que; bem sei, não é jocoso.
Publicado em: 09/02/2007 22:45:35
Última alteração:26/10/2008 20:23:56





Ao ver-te fico perdido,
mulher – onça desalmada,
sinto dor, fico ferido
vai-se ver – não tenho nada.
Me entreguei aos teus cuidados,
Tu foste meu grande amor,
Já paguei os meus pecados,
No teu braço enganador.

Fingiste que me querias
Em ti fui acreditar
Agora em todos meus dias,
Não me canso de penar...

Se tu quiseres conselho
Poderei te dar algum,
O mundo é um grande espelho,
No final terás nenhum.

Minha amada porque foste
Ser tão cruel deste jeito,
Por mais que a gente te goste
Nada pra ti é perfeito.

Mas inda resta a saudade
Das nossas noites de amor.
Toda luz e claridade,
Foi demais. Encantador...

Por isso não sei se choro
Ou se rio de verdade,
Às vezes eu rememoro,
Tivemos felicidade?

A primeira trova é da região de Patos, Minas Gerais

Publicado em: 13/03/2007 08:53:20
Última alteração:23/10/2008 21:04:10



Chega de tantas humilhações!

Deus é testemunha de que tudo fiz para continuarmos juntos, na esperança de que pudéssemos voltar a ser felizes, mas tudo foi em vão!

Há momentos em que pareces não suportara minh presença! Se digo alguma coisa, tu me censuras, da mesma forma que me agrides, se fico em silêncio.

BASTA, AMOR.

Para tudo há um limite e já não suporto mais tantas humilhações! E pensar que, há tão pouco tempo, éramos felizes.

Ao sair para o trabalho, acompanhava-me o teu sorriso de doçura e os teus acenos, da janela do nosso apartamento.

Quando voltava para casa, ansioso por teus carinhos, nós nos amávamos, com todas as forças de nossos corações.

Mas algo começou a mudar muito lentamente em nossa vida...

Foi preciso ouvir de teus lábios que o nosso amor tinha morrido para poder acreditar no impossível!

E agora, com tuas atitudes, tu me ordenas que saia de tua vida, hoje, agora e para sempre.

Se é isso o que queres, eu o farei! Ao contrário do que pensas, tenho ainda um pouco de orgulho e não mais me arrastarei a teus pés!

Sim, amor.

Este é o adeus de quem sempre te amou!

Fica tranqüila! Em respeito a tudo o que houve de bom, entre nós, ao amor que ainda sinto por ti, eu te prometo que, a mim, tu não tornarás a ver, jamais!

Marcos Coutinho Loures
Publicado em: 04/04/2007 18:57:53
Última alteração:27/10/2008 19:00:53



ALMA APAIXONADA
Não me venha falar de minha alma
Ela precisa de um corpo, o meu não vale...
Esquecido pela sorte dos pintores
Pelo mote dos cantores
Pelos perfumes, flores
Se fores
Não contes com a volta;
Quem quis ás, morre curinga!
Não vinga...
Respingos de vela e mãos talentosas
Até que poderiam dar um jeito...
Mas parto sem partilha
Sou ilha quase vulcânica
Expiro a cada momento,
Não quero falar dessa alma,
Até que não é das piores,
O complemento é que mata.
Matas e cascatas, casas, casamatas.
São metódicas e trágicas retóricas
São fúnebres!
Meus modos e meus medos, medonhos!
Caídos os dentes, o alho inda continua...
A falha da fala o falo falava mas calou-se...
Recipiente sem pente, serpente sem dente...
Peço desculpas se te incomodo
Não tenho modos
Sou assim.
Início sem fim,
Final de feira
Xepa!
Fragatas e fragrâncias: flagrante!
Vísporas e vésperas ; vespeiro!
Não tente temores nem humores,
Sou vão vou vão vivo vão morro vão
Vadio...
Vazio.
Misturo meus mares e meus mundos
Nada sobra,
Sombras e escombros,
Dou de ombros
E vou.
Não me assombro nem somo,
Nem sou.
Restei...
Alma toma juízo e procura um novo porto!
Estou apaixonado pela sereia
Mas e daí?
Não veio nem virá
Nem que seja poente
Nem de repente,
Nem estrelares
Nem aldeias
Minhas veias?
Minhas vias?
Ser feliz!
Publicado em: 13/09/2008 21:53:01
Última alteração:17/10/2008 13:28:50




ALMA E CORPO

Alma.
Quero tua alma desnuda sobre a minha, entranhada, estranha mas atada
Alma toda, tocando cada centímetro, osmótica, orgástica.
Deliciosamente orgânica embora extra corpórea
Corporação, composição.
Com posições e variedades de sonhos.
Estanhos e formas.
Fornalhas e desejos
Seixos e sombras
Sobra sombrias vagando
E penetrando,
Tocando cada vez mais fundo,
Mistérios e maneiras
Esmos e espasmos...
Te quero alma
Corpo
Ânima, sangue e prazer.
Rompantes e delírios
Seios e mansidão

Alma
Quero alma carnívora, canibal,
Exótica, explicita,.
Cama e carmas, conexões e outros fios. Que nos ligam aos extremos.
Estréias e renovações
Deitada no meu leito, peitos e pleitos. Espreitas.
Aceitas o amor de extremos e das entregas absolutas
Que tragam a lúcida loucura e o desejo inesgotável...
De rompantes e repentes.
Te quero amada
Armada até os dentes
Ate e derrame
Méis e mãos
Plurifacetária
E cármica.
Tenho mares
E quero tuas marés,
Ondas
Ânsias e sorrisos
Sons e tons
Diversos...
Nos mesmos prismas
E tramas que se explodem nas cores e nos acordes e nos cordões.
Acorde e vamos
Buscar a madrugada
Beber até a última gota
Que nos cabe
De nossa almas.
Carnívoras....
Publicado em: 31/12/2006 12:44:22
Última alteração:28/10/2008 10:40:55



Alma em carrossel
Minha alma não sossega, aguarda um novo sonho.
Onde possa encontrar amor em profusão.
Minha alma sempre esquece: amor é perdição.
Mas um dia, quem sabe, o sol chegue, risonho...

Os segredos da vida escondem-se no mesmo
Instante que nasci, depois? É descobrir...
É vontade de ficar, mas tendo de partir,
Vivendo a cada dia, o tempo corre a esmo...

É brincar de esperança e saber que jamais
Terá u’a recompensa... e sofrer meio a toa,
E reclamar que a vida, ingrata, te magoa.
E de repente achar que já sofreu demais...

Eu bem sei deste jogo, amor vira pantera
E depois de um minuto a vida recomeça.
Mas eu também não tenho a sombra d’uma pressa,
Se morreu, já passou, a vida nunca espera...

Depois o botequim, a dança na boate,
Outra morena passa, o beijo não demora...
A vida não tem pressa, a noite não tem hora...
Morena caçadora, em um segundo abate.

A noite no motel, a taça de champanha,
Nessa cama redonda, a cabeça girando...
Aquela velha história, o tempo vai passando,
A dor parece um monte, o prazer é montanha!

Percebendo a jogada, a vida não tem freio.
Passa noite após noite o dia sempre vem.
Se hoje estou tão sozinho, amanhã? Sem ninguém.
Tudo bem. Nasci só. Que há um Deus, eu creio.

E que eu vou morrer. Certo, isso eu tenho certeza
Absoluta. Se dane! A cachaça me cura.
Eu não quero saber se é clara ou se é escura
Se é loura ou se é morena, o que importa? Beleza!

E um jeito sem vergonha, um beijo mais macio,
Um cheiro de pecado, o gosto do veneno.
Amor não tem tamanho, ou grande ou é pequeno,
O que importa em verdade, o resultado do cio...

Um dia inda me mudo, ou nunca mais, quem sabe...
Se mudar, cadê limo? Assim vivo melhor.
Danado colibri. A flor? Eu sei de cor.
Nesse mundo de Deus, toda saudade cabe...

Até que sou feliz, e gosto do verão.
O vento é generoso, as pernas da morena...
Também é perigoso, amor trocando pena...
Hoje, amanhã, depois...Lá vem outra paixão!

E tudo recomeça, a cachaça, o bar...
As pernas, a morena, o beijo, esse motel.
E tudo vai girando, enorme carrossel...
Minha alma não sossega e prá que sossegar?
Publicado em: 18/11/2006 19:02:02
Última alteração:28/10/2008 11:52:28



Procuro a alma das árvores, floresta;
Encontro tão somente esse lamento.
Quisera perceber um só momento,
Do duvidoso tempo que me resta...
Sentidos tão banais, a vida atesta
Que nunca mais terei um só tormento,
Nas falsas esperanças em que tento,
Viver das alegrias, finjo festa...

Nas almas dessas matas, sou machado;
Podando o que puder ter encontrado.
Na seiva que seringo, sangra a vida.
Amando em desespero, triste fado,
Em cada novo vento, a despedida...
Viver? Quem dera! Sigo sem sentido,
Meu mundo vai girando, estou perdido,
Minha alma qual das árvores, ferida...
Publicado em: 11/12/2006 21:33:04
Última alteração:24/10/2008 13:55:08



Alma Liberta


Amor comanda a minha alma
E sempre me desengana
A minha alma soberana
Já está perdendo a calma.

Amor sempre sem razão,
Não me deixa um só segundo,
Vou me perdendo, no mundo,
Em busca de um coração.

A minha alma tem pavor,
Pois sabe que nunca vejo
Esse amor do meu desejo.
Que livre essa alma do amor!
Publicado em: 03/12/2006 11:04:58
Última alteração:28/10/2008 11:28:07


Alma perdida
Pedindo meu mar
Espera encontrar
As luzes que tinha
O brilho que vinha
A toda manhã.
Na boca da noite
Coiote e açoite
Por certo perdido
Canto o chão
Que cai.
Vendi meus planetas
Anéis e cometas
Estrelas da noite
Em barcos que vivo.
Minha alma
Procura
A cura em tua alma
Mas sabe, coitada
Que nada esperas
A não ser um cais.
Volto pro mar
Sem ter quem amar
Sem mar que fascina.
Publicado em: 13/12/2006 21:38:20
Última alteração:24/10/2008 13:56:52



Alma sem juízo
Não me venha falar de minha alma
Ela precisa de um corpo, o meu não vale...
Esquecido pela sorte dos pintores
Pelo mote dos cantores
Pelos perfumes, flores
Se fores
Não contes com a volta;
Quem quis ás, morre curinga!
Não vinga...
Respingos de vela e mãos talentosas
Até que poderiam dar um jeito...
Mas parto sem partilha
Sou ilha quase vulcânica
Expiro a cada momento,
Não quero falar dessa alma,
Até que não é das piores,
O complemento é que mata.
Matas e cascatas, casas, casamatas.
São metódicas e trágicas retóricas
São fúnebres!
Meus modos e meus medos, medonhos!
Caídos os dentes, o alho inda continua...
A falha da fala o falo falava mas calou-se...
Recipiente sem pente, serpente sem dente...
Peço desculpas se te incomodo
Não tenho modos
Sou assim.
Início sem fim,
Final de feira
Xepa!
Fragatas e fragrâncias: flagrante!
Vísporas e vésperas ; vespeiro!
Não tente temores nem humores,
Sou vão vou vão vivo vão morro vão
Vadio...
Vazio.
Misturo meus mares e meus mundos
Nada sobra,
Sombras e escombros,
Dou de ombros
E vou.
Não me assombro nem somo,
Nem sou.
Restei...
Alma toma juízo e procura um novo porto!
Estou apaixonado pela sereia
Mas e daí?
Não veio nem virá
Nem que seja poente
Nem de repente,
Nem estrelares
Nem aldeias
Minhas veias?
Minhas vias?
Ser feliz!
Publicado em: 11/11/2006 19:41:37
Última alteração:28/10/2008 11:52:02


Minha alma visionária, sem defesa,
Espreita essa cruel desilusão
Nascida num momento de paixão
Deitada sobre o cofre da tristeza
Espera a redenção sem ter certeza..

Minha alma sem ter prumo já se queda
Em pleno pantanal da solidão.
Vencida pela dor d’uma ilusão
O meu olhar vazio, essa alma veda
E nada mais desponta, e se depreda.

Essa alma tão sofrida, visionária,
Adormecida em dores do passado,
Carrega pela vida um triste fardo.
Vivendo por viver, tão solitária...

Alma, te maltratei, tenho certeza.
Deixei o teu caminho, assim, de lado.
Agora que percebo esse pecado,
Minha alma vou matando. De tristeza...
Publicado em: 15/12/2006 13:29:04
Última alteração:24/10/2008 13:59:24


Almas gêmeas?


Na estrada da minha vida;
Muitas curvas, capotei.
Minha sina é despedida,
Sofrendo por quem amei.
Tanto quero esse querer
Quanto espero pela lua
De tantas, tenho você,
A minha alma é toda sua...

Por isso, minha querida,
Vou sofrendo tanto assim,
De que vale minha vida
Sem uma alma dentro em mim.
É triste meu desatino,
Minha vida vale nada.
Sem alma, meu destino,
É feito uma alma penada.

Vai procurando, noutra alma,
A gêmea que Deus lhe deu
Procurei com toda a calma,
Mas sua alma se esqueceu.
Porém, quem sabe num dia
Nesta alma assim tão sozinha,
Outra alma traga alegria
A triste alma, que é a minha!
Publicado em: 09/12/2006 07:32:51
Última alteração:24/10/2008 13:53:04



ALMAS TRISTONHAS

(a um conhecido gay não assumido)

Almas há que trouxeram, como herança,
Um gênero, do corpo bem diverso...
Mistérios insondáveis do Universo
Cujas razoes a mente não alcança!

Algumas delas, órfãs da esperança
De a unidade provar, no que é diverso,
Pois se o frontal encontra-se no verso,
Nem mesmo em Deus encontra a semelhança...

E presas do desgosto mais profundo,
Sofrendo, assim, monumental castigo,
Só na revolta encontram seu abrigo!

Essas almas só passam pelo mundo
E incapazes de ouvir um só conselho,
Odeiam tudo o que não for espelho...

MARCOS COUTINHO LOURES
Publicado em: 04/08/2007 08:58:26
Última alteração:23/10/2008 21:06:26



Almas univitelinas

Ser amigo é compartilhar da mesma alma.
E, por isso, ser feliz.
É executar a mesma sinfonia com mais de um instrumento, em harmonia absoluta!

É sentir prazer na alegria do outro, é saber dividir em partes iguais, ou pelo menos parecidas.

É não temer as escadarias e nem os declives, ajudar e, às vezes, carregar no colo.

Ser amigo é conhecer o outro e não se assustar com isso.

É saber perdoar os defeitos e mesmo as ofensas.

É compartilhar com partilhas iguais e sem querer levar a melhor.

E também não prejudicar nem pré julgar.

É agüentar a maldita enxaqueca e até mesmo a terrível ressaca.

Principalmente a ressaca comum após o final de um relacionamento amoroso.

Agüentar as manias e não criticá-las.

É saber que o perdão foi peito para se pedir
E, principalmente, para ser fornecido.

É avisar da liquidação e não ficar chateado se o outro comprou a última peça, aquela que estava te chamando a atenção.

É ter a coragem de alertar sobre os riscos.

E não se vangloriar disso.

Nem temer o famoso: “Quê que você tem com isso?”

É compartilhar das mesmas esperanças e redimir as desesperanças.

Almas univitelinas
Geradas em úteros diversos.
Publicado em: 05/12/2006 16:21:10
Última alteração:27/10/2008 21:25:24



Almejei uma saída
Almejei uma saída
Mas amor não deixa brecha,
Minha alma distraída,
O Cupido acertou flecha.
Publicado em: 19/12/2009 20:00:12
Última alteração:16/03/2010 08:46:21


Aline


Cada vez que vejo alguém acreditar que o amor é o rumo e a base de uma existência, mais me recordo de Aline.
Aline, doce menina, bela mulher, dominadora...
As noites sem Aline foram dolorosas, sem o odor de rosas que exalava, tristes e distantes noites.
Pesadelos diários, insensatez, delícias e delírios. Dos lírios do jardim, Aline foi o mais belo.
Mas, partindo, levou o que restava da casa. O violão calado, o cansaço da vida, a velhice se aproximando, velhice sem Aline.
Ah se eu pudesse não a ter conhecido, talvez ainda iria querer viver.

Mas, o que se apresentou como luz, terminou num incêndio, num terrível incêndio, queimando tudo o que encontrasse, matando todas as esperanças e as alegrias.
Da mesma forma e intensidade que fui feliz, mergulhei no inferno em vida, das dúvidas e do vazio.
O cigarro aceso, o copo de uísque, a sala vazia, o desencanto de amar demais. Morrer de amar demais.
A fossa, a desilusão, partida...

Quero conhecer o mar, distante mar, mergulhar nesse mar de infinitas ondas, que me levariam para a eternidade, sereia distante.
Seria o meu último mergulho, carregando o entulho que a vida me deixou como espólio. A lembrança do rosto de Aline, sorrindo...

O sorriso manso que se transformou na saudade atroz pouco tempo depois.
Tempo, senhor de todos os sentimentos, de todos nós, dos nós desatados ou presos na garganta. Tempo, amigo do esquecimento, não foste fiel comigo.

Nada apagou Aline, nada, nem o tempo...
Aliás, aumentou a cada dia, o vazio deixado, no quarto desarrumado e nunca mais tocado, guardando ainda as marcas de um amor insensato.
De um louco e infeliz mundo que me deixou com o amargo e atroz sabor da saudade.

Em meio aos meus guardados, um pedaço de Aline sobrevive.
Um último pedaço, um mínimo pedaço, mas é Aline.

Quem me dera poder ressuscitar Aline, trazê-la de volta, a partir desse tênue fio, desse fio de esperança, desse fio de vida...

O fio de cabelo de Aline é minha última esperança.
Dele, no milagre da ciência, refazer Aline, minha Aline...
Aline, que o mar levou sereia...
Publicado em: 09/12/2006 20:44:27
Última alteração:24/10/2008 13:53:52




Além do amor

Amor é muito pouco pro que sinto,
Deveras necessito tanto tempo
Perdido vou em busca do tormento
Por vezes, é melhor seguir sozinho...
Não quero mais as dores que já tive
Estive em tantos mares que nem sei
Errei por pesadelos mais constantes
Amantes dos meus sonhos, sempre leves
E breves como a aurora que desejo.
O beijo mais tranqüilo que não salva.
Acalma e não permite que misture
A cura com meu canto sem defesa.
A mesa está reposta, mas não vejo
Vontade de saber por que perdi,
Sentidos extremados, mas sem rumo.
Aprumo tanto sonho que não quero,
Refiro-me, por certo ao tal amor,
Remota sensação de liberdade
Envolta em tamanha crueldade
Além de tudo, mata, devagar.
Vagando por estrelas que perdi,
Em tudo meu amor, sobrevivi,
Porém ao próprio amor, de amor, morri.
Publicado em: 13/12/2006 20:35:46
Última alteração:24/10/2008 13:56:29



ALGUM DIA...
Ninguém liga pra você
Então liga pra mim
Meu telefone
Está na agenda
Que eu deixei
Na sua casa
Depois a gente
Casa e
Comida
Vida
A dois

Ninguém vai fazer o que você quer
Só eu, só eu, só eu, só eu...

Amor eu te juro
Que o céu tão escuro
Precisa de luz
Da luz do amor
Que a gente procura
Sem ter amargura
Na louca loucura
Na boca se cura
Atura a jura
Agrura amargura
A tortura não pára
E a gente se ampara
Agarra a farra
E faz o que quer...

O balala
O beleléu
Amor oooooooooo
Querida aaaaaaaa
Amor ooooooooo
Vida aaaaaaaaa
Publicado em: 15/08/2008 16:57:54
Última alteração:19/10/2008 20:15:56



ALGUNS SONETOS

1

O gozo mais profano em santidade
Delírio abençoado em mil orgasmos,
Deixando no passado dias pasmos
Enquanto este desejo nos invade,
Até chegar enfim à saciedade
Os olhos rodopios nos espasmos
Jamais encontraremos mais marasmos
Nesta beleza em glória e divindade,
A xana se encharcando, o gozo vem
E bebo do rocio e sei também
Leitoso paraíso onde embebes
Desvendo as loucas trilhas da paixão,
E morto de vontade e de tesão
Invado sem defesas tuas sebes.

2

A deusa feita puta em minha cama,
Reinando em absoluta maravilha,
Enquanto se permite e o gozo trilha
Mantendo com furor a imensa chama,
A gruta umedecida já reclama
Um firme penetrar e enquanto brilha
Orgástico delírio se polvilha
Moldando incandescente e rara trama,
Num êxtase comum, caminho igual,
A cavalgada em raro ritual,
Profano altar num leito a descoberto,
Lençóis já pelo chão, roupas além
E quando a lava intensa agora vem
Inunda o vale pleno e agora aberto.

3

Safada e delicada, santa e puta
A noite não termina, adentra o dia,
E gera com superna fantasia
Inundações diversas nesta gruta,
Quem tanto se deseja e não reluta
Invade sem defesa a fantasia
Orgástica loucura em tal orgia
No quanto a sorte mostra mais astuta,
Resumo em verso o quanto quero e creio,
Mordisco mansamente cada seio
E sinto a rigidez de um grelo belo,
E quando penetrando esta seara
A xana em maravilha se escancara
E o gozo no teu gozo enfim atrelo.



4

Eu quero molhadinha esta rainha
Em tons maravilhosos, nossos ritos
Os dias do teu lado se infinitos
Do paraíso a sorte se avizinha,
Rendido aos teus anseios, quando vinha
A noite em tons vorazes, mais bonitos
A gelidez temível dos granitos
Agora noutra face já se alinha,
E frêmitos transformam em suor
Delírio que desejo e sei de cor,
Nas ancas a potranca se desfaz,
E quanto mais rendida aos devaneios
Para os prazeres tantos sabe os veios
E a cada novo instante é mais audaz.

5

Sedento de teu gozo nesta noite,
Em furiosa cena me entregando,
Sem perguntar sequer aonde e quando
A boca serve apenas como açoite,
E tento outro delírio num pernoite
Aos poucos no rocio mergulhando
Também numa explosão ir te encharcando
Aonde o falo enfim, adentre e acoite.
Requebras em gemidos e suspiros,
Traduzo teus enigmas e papiros
Erétil fantasia se extasia
Num jogo aonde nunca há perdedor
As sendas mais audazes de um amor
Gerando a mais bendita putaria.

6

Insaciável noite aonde eu bebo
O teu delírio em gozo mais suave
E quanto mais a noite nega a trave
Maior carinho dou e já recebo,
Sem nada que perturbe, sem juízos
Apenas entre nós esta vontade
Sabendo no teu corpo a majestade
A vida não traria prejuízos,
A xana me encharcando, o falo adentra
Num movimento agora mais febril,
Numa explosão fantástica se viu
Aonde toda a força se concentra,
Agora em espasmódica loucura
Toda a tensão da vida já se cura.

7

Bendito seja o sexo onde sacias
As ânsias e também sacio as minhas
E quando dos meus êxitos te aninhas
Gerando após tormentas alegrias,
E tanto quanto tens já propicias
Deliciosamente entranho em rinhas
Aonde estas vitórias são vizinhas
Geradas pelas mesmas fantasias.
Orgásticos anseios, seios, pernas,
As bocas adivinham bem mais ternas
Macias e sutis ondulações,
E quando adentram furnas inundadas,
Avançam sem pudores alvoradas
Tramando novamente as explosões.

8

A cópula perfeita, o gozo farto,
E quando não se faz maravilhosa
A noite se passando pesarosa
A solidão a dois invade o quarto,
Mas quando este prazer ganho e reparto
A sorte se mostrando majestosa,
Recende a mais sublime e bela rosa
Contigo em devaneio além eu parto.
E sinto o quanto bebes deste sonho
Aonde com ternura eu me proponho
Sedento companheiro de viagem,
Perfeitas as loucuras quando vejo
Bem mais do que o desfecho de um desejo
O amor na mais sublime sacanagem.

9

Eu quero o teu prazer e nada mais
Assim eu satisfaço o meu também,
O amor quando reparte o que se tem
Em ritos tão diversos magistrais,
Permite o que se pensa e sei demais
Do todo quando dele sou refém,
Anunciando o gozo nos convém
Viagem por supernos, bons astrais,
Num êxtase sublime a conexão
E nela cada toque com tesão
O farto anunciar de um bem imenso,
Meu leite te inundando, em corpo e na alma
Certeza deste jogo em que se acalma
E nele cada dor eu recompenso.

10

Gostoso penetrar esta xaninha
Deliciosa e bela maravilha
Aonde em explosão leite polvilha
Quem tanto te queria apenas minha,
A santa delicada e safadinha
Estrela que em meu céu agora brilha
Enquanto satisfaz perfaz a trilha
Por onde toda a sorte se adivinha,
Gulosa me deseja e quero assim,
A noite sem juízo não tem fim,
Teus seios em meus lábios, teus mamilos
Depois neste descanso merecido,
Ainda ouvindo em eco este gemido,
Momentos saciados e tranqüilos.



11

Penetro devagar e quero mais
Desejos sem limites, preconceitos
Os corpos entre gozos satisfeitos
Altares em delírios sensuais
Não quero outros caminhos sem os quais
Vazios estarão sobejos leitos,
E quando saciados, novos pleitos
E neles outros tantos, desiguais,
As pernas convidando, agora abertas
A xana delicada e perfumada,
Vagando sem juízo a bela estrada
E nela com furor também despertas
Assim a nossa noite se completa
Atento à guloseima predileta
Perpetuando em doce fantasia
Além do que deveras mais queria.


12

As coxas delicadas tênues pêlos,
A depilada fonte do prazer
E quero sem juízo me perder
Além dos mais divinos bons apelos,
Sentindo em teus furores os meus zelos
Orgasmos repetindo posso ver
No olhar outro delírio a se verter
Sem medos e sequer sem atropelos,
Meneios entre anseios nos quadris,
Puxando delicados, os cabelos
Sentindo-te molhada e em tais novelos
Deveras quero além e sou feliz,
Dos gozos quero mais e até revê-los
Até que em novos rumos convertê-los.

13

Quero te beijar vorazmente,
Por partes inteiramente...
Beijo sensual e demorado,
Saliva ardente,
Língua quente,
Movimentos lentos e carinhosos,
Rápidos e mais firmes,
Boca gelada,
Contrastando
Frio/Quente,
Sensorialmente delicioso!
Hipotermia
Taquicardia
Delírio de amor...
Regina Costa

Sacias meu desejo plenamente
Nos beijos e nas ânsias mais audazes
E quando tu também te satisfazes
O corpo se transforma em forma ardente,
O gozo se anuncia e já pressente
Inundações e nelas tu me trazes
Delírios sem igual, faces vorazes
Encharcas com anseios feramente
Volúpia se tecendo e quero mais,
Enquanto com incêndios magistrais
A noite se transborda em fartos cios,
Abrindo estes caminhos, erétil grelo
Vontade de tocar e de sabê-lo
Também nos mais sobejos desvarios.

14

O quanto te queria
E muito mais te quero
E sendo tão sincero
Adentro noite e dia
O gozo em fantasia
E sinto quanto espero
O toque e ora venero
O amor sem ironia,
Resvalo ao paraíso
E bebo o mais preciso
Caminho para estrelas,
Sabendo desde já
O quanto brilhará
Somente por contê-las.

15

Não temo mais a noite
Nem mesmo os meus tormentos
E sinto em tais alentos
O quanto já se acoite
Amor e divindade
Andando em sincronia
Louvável sacristia
E nela o tempo invade
E sorve cada gota
Do todo insaciável
O rumo palatável
A sorte não mais rota
Uma explosão divina
Deveras me fascina.

16

Querendo e sem temor
O quanto mais audaz
O gozo tão tenaz
E nele a se compor
Jardim e beija flor
No todo satisfaz
E a gente agora em paz
Vivendo este louvor,
Amantes sem limites
No todo que permites
Espaços concebendo
O amar sem ter pecados
Traçando nossos fados
Sem dor e sem remendo.

17

Um canto de alegria
Promessa de outro tempo
Sem medo ou contratempo
Aonde se recria
O tanto que te quero
Ou mesmo além de tudo
E quando eu já me iludo,
Tentando ser sincero
Percebo em farta voz
O corpo se traçando
Em dia claro e brando
Singrando a mesma foz,
O tempo se transborda
E o dia em paz, acorda.

18

Tua carícia em minha pele mil delícias,
Eriçando pêlos em malícia,
Quanto mais a mão se perde em delícias,
Minha flor umedecida abre e clama,
Tua língua passeando, sugando inflama,
Tarde de amor ensandecida.........


Regina Costa

Carícias delicadas
Em ânsias perpetrando
Desejo penetrando
Aonde mais safadas
As noites desejadas
E mesmo desde quando
O todo se entornando
Volúpias ancoradas
Nas tantas maravilhas
Aonde queres, trilhas
E deixas teu perfume,
No quanto te desejo
O mais sublime ensejo
Por onde a gente rume.

19

Amar e ser feliz
É tudo o que se quer
O gosto de mulher
No quanto mais eu fiz,
Bebendo cada toque
Sacio esta vontade
Do todo que me invade
Além de algum estoque
Resumo em verso e luz
O tanto que se presumo
E bebo todo o sumo
Aonde me propus
Vencido e vencedor
Nas ânsias deste amor.

20

Jamais esqueceria
O todo quando entranho
E bebo cada ganho
Qual fosse fantasia,
O tanto mais alheio
Ou mesmo sem destino
Enquanto determino
Em ti o vasto veio,
Recebo em farto alento
A sorte mais querida,
Assim a nossa vida
Sem dor eu quero e tento,
Resumo deste verso
Aonde eu me disperso.

21

Tirando tua blusa, devagar
Mamilos eriçados, que delícia
Tocando mansamente com carícia
Vontade quase insana de sugar
Depois ir suavemente navegar
Sentindo o teu sorriso com malícia
Esta umidade farta dá notícia
Aonde se pretende naufragar,
Retiro cada parte até que nua
Encontro-te deveras e flutua
A noite sem limites o desejo,
Vagando sem juízo em plenitude
Inundo com ternura o calmo açude
E nele este delírio ora prevejo.

22

Alheio ao dissabor
Seguindo muito além
Do quanto se contêm
As ânsias deste amor,
E quero sem pudor
Deveras ter alguém
E quando sou refém
E em ti navegador
O porto o cais a senda
Aonde se desvenda
A incúria de um anseio,
Tocando com ternura
O quanto se procura
E sabe cada veio.

23

Não quero outro caminho
Senão este que tento
E sigo agora atento
Ao rumo sem espinho,
A rosa com carinho
O beijo em alimento
O sonho já fomento
E nele em paz me aninho,
Querendo sempre mais
Desejos magistrais
Vontades sem limites,
E tanto quanto posso
O amor agora nosso
Além do que permites.

24

Amiga bem pudera
A vida ser diversa
E nisto sem conversa
A sorte esta quimera
O quanto degenera
Ou mesmo já submersa
Ao quanto ora se versa
Apascentando a fera
Que tanto poderia
Gerar esta agonia
E até a imensa dor,
Mas quando estou contigo
O todo quero e abrigo
Sem medo e sem pudor.

25

Erguendo um brinde a quem
É mais que companheira
A vida não se esgueira
No todo onde provém
Cevando esta alegria
Colheita garantida
Assim a nossa vida
Transcorre em sincronia,
O tanto sendo teu
O pouco não me traz
Ainda aquém da paz
E nisto se colheu
O risco de viver
Sem gozo e sem prazer.

26

Meu verso não traduz
Sequer alguma sorte
Sem nada que conforte
Restando em contraluz
Apenas esta cruz
E nela sei meu norte
No tanto que inda aporte
O medo não seduz
Resumo de um viver
Alheio ao bel prazer
Riscando em dor e pranto,
Mas quando vejo enfim
Florada em meu jardim,
A paz quero e garanto.

27

Jogando esta toalha
Cansado desta luta,
A força bem astuta
Aonde amor espalha
No fio da navalha,
O passo se reluta
O corte trama a bruta
Vazia e vã batalha,
Restando do passado
Ainda este legado
E nele não mergulho,
Abismos dentro em nós
O tempo dita a foz
Algoz o pedregulho.

28

Apenas solidão
E nisto este abandono
Aonde desabono
Os dias que virão
Trazendo em traição
A morte em pleno sono,
O corte o medo o dono
Do rumo ou direção
Se porventura sigo
Além de algum abrigo
Tocaia se prepara
Marcando com terror
O quanto quis amor,
Aquém desta seara.

29

Realidade dita
O mundo mais atroz
E sem a mansa voz
A sorte é vaga e aflita
O coração se agita
E busca em novos nós
O toque mais feroz
Da trama onde é finita
A lua não mais brilha
E quando além palmilha
O risco de sonhar,
Não tendo outra promessa
A vida já tropeça
Nas ânsias do luar.

30

Meu tempo de viver
O templo não mais vive
E nada sobrevive
Ao quanto pude crer,
Ausente o bem querer,
E nisto a dor se crive
E tudo mais se prive
Somente posso ver
Em desalento o passo
Aonde o nada traço
E sigo solitário
O manto descoberto
O tempo aonde alerto
O rumo necessário.

31

A paisagem trama
Belezas e temores
Diversos dissabores
Sabores de outro drama
Aonde houvera chama
Em tantos vãos fulgores
Seguindo aonde fores
E nisto volto à lama
Dos charcos de minha alma
A vida não acalma
Nem mesmo me sedenta
O risco de sonhar
E ter além do mar
Qualquer vaga ou tormenta.

32

Um infinito porto
Aonde nada mais
Que versos vendavais
E o tempo semimorto
E neste vago aborto
O risco adentra o cais
E neles o jamais
Em passo atroz e absorto
Resume a minha vida
E nisto se duvida
Do quanto possa haver
Depois da tempestade
Ou mesmo o que degrade
Gerando o desprazer.

33

As flores e matizes
Diversos dizem quando
O tempo decorando
Além do que me dizes,
Sabendo as cicatrizes
O tanto circulando
Aonde fora em bando,
Agora vejo crises
E nestes caminhares
Por tantos vãos lugares
Jamais pude colher
Sementes grãos infectos
Os dias prediletos
Agora em desprazer.

34

A transparente senda
Aonde nada vejo
Somente o meu desejo
E nunca mais se atenda
O quanto se desvenda
A cada bom ensejo
O risco mais andejo
E nele torpe venda
O parto sonegado
O beijo, a mão e o gado
A cena se repete
O tanto que eu queria
E nunca mais seria
Senão o que reflete.

35

Abrindo as velhas velas
Vagando mar afora
O todo desancora
Aonde tu me atrelas
E sei quanto são belas
As noites, mas agora
O risco se demora
E nele vejo as celas,
Apenas as algemas
E quando nada temas,
Somente o fim se vê
O tanto que eu pudesse
Agora já tropece
Na vida sem por que.

36



Esperando o toque terno e leve,
Rompendo o tempo e a distância,
Sinto-me bem pertinho...
São seus... Delicie-se sem moderação!
Nesse mundo de magias e delícias,
Corpos quentes,
Desejos ardentes,
Despimo-nos, delicadamente,
Passeando com olhos e bocas
Por caminhos pedidos e perdidos,
Susurros e gemidos,
Arfantes, nosso
Infante Amor...

Regina Costa

Ardências em loucuras
Anseios inclementes
Cravando garras dentes
Em gozos me torturas
E quando me procuras
Deveras dessedentes
Vontades inclementes
Ausentes amarguras,
Dos corpos portos cais
Em fartos rituais
Caminhos em delírios
Sem medos e martírios
Singrando aonde eu possa
O amor não tem limites
E sei que mais permites
Sem trégua a noite é nossa.



37

Arrastam-se os caminhos
Por tantas noites sendo
O todo que desvendo
Em doces vãos carinhos,
Os dias mais daninhos
O todo sem remendo
Assim já se prevendo
Floradas sem espinhos,
E quero ser somente
De ti mera semente
Aonde amor tempera
E tudo quanto pude
Em rara plenitude
Sobeja primavera.

38

Juntando nossos vultos
A noite em luz e sombra
O medo não assombra
E nega mais insultos
Convulsas madrugadas
E nelas devaneios
Buscando sem receios
As sortes alcançadas
Eu quero e não me calo
O todo sendo nosso
E sei que já me aposso
E sou de ti vassalo,
O pranto, o amor o riso
O toque em Paraíso.

39

O sol dourando o cais
E nele quero e tento
Estando sempre atento
Procuro muito mais
Que riscos rituais
E medos, sofrimento
Aonde o pensamento
Em belos, magistrais
Desenhos onde eu pude
Em rara juventude
Viver além do quanto
Mergulho e sem ciúmes
E tanto além já rumes
E assim em ti me encanto.

40

O beijo em paz ou fúria
O tempo não sacia
E quanto mais queria
Em ti sem ter lamúria
A vida em tal incúria
Pudesse em heresia
Saber desta alegria
E dela sem penúria
Viver tranquilamente
O todo que apresente
E gere muito além
Do tanto que pudera
Vencendo qualquer fera
Que amor por si contém.

41

Um porto mais sombrio em palidez
Traduz o teu olhar ausente e só
Amor se reduzindo a mero pó
O quanto neste instante se desfez
Aonde no passado pude ver
O brilho mais audaz, agora é nada,
A sorte desta vez já desolada
O mundo se percebe sem prazer,
A morte se anuncia em ilusões
E nesta face escusa tu me trazes
Em dias tenebrosos e mordazes
Desnuda alma dorida agora expões,
A madrugada em brumas se transforma,
E o tempo de tua alma toma a forma.

42

Jamais acreditei em qualquer trama
Aonde o amor não fosse mais sublime,
E quando a realidade nos suprime
Esvaziando assim gerando a lama,
O passo na verdade se reclama
E o quanto ainda possa e nos redime,
O vento noutra face já se exprime
E traz a cada instante o velho drama,
Felicidade existe? Não mais creio,
Olhando para além seguindo alheio
Não tenho mais sequer uma esperança
O passo sem destino noite afora
Temor, vicissitude, tudo aflora
E o medo de viver o sonho alcança.

43

Ascendo ao mais sublime dentro em mim
Tentando descobrir qualquer razão
Que possa me traçar a direção
Gerando após o caos algum jardim.
O manto se desfaz e sei do fim
E nele se adivinha a direção
Por onde novos tempos não virão
Marcando a minha vida, sempre assim.
Medonha face exposta da verdade
E nela esta ilusão demais degrade
E trame outra falácia invés de luz,
O marco desejado eu não alcanço
E quando ainda tento algum remanso,
Ao nada o meu caminho me conduz.


44

Esqueço qualquer luz e tento ainda
Depois do vendaval a calmaria
A noite aonde tudo já se esfria
Somente este vazio ao fim deslinda,
E quando a solidão pensara finda
Renasce com terror vasta agonia
E marco com a dor o novo dia,
A vida não seria mais benvinda.
Restando muito pouco do que outrora
Durante a minha vida desancora
Entorna em trevas dor e medo apenas,
Aonde se fizesse mais perfeito,
O amor quando deveras eu me deito
E nele com teus males me envenenas.

45

Zarpando para além do cais eu tento
Saber de alguma estância aonde eu tenha
Além do que a verdade já desdenha
Um dia sem ter medo e sofrimento,
Apenas um sobejo pensamento
A sorte sonegando qualquer senha
A porta na verdade não contenha
Senão mesmo caminho, alheamento.
Riscando do meu mapa esta certeza
De um dia feito em glória e com nobreza
Resumo o meu caminho no non sense,
E quando a luz invade, sei que é falsa
Minha alma tão somente o espúrio ora alça
E nada do que eu busque me convence.


46


Ocaso dentro da alma, nada além
Do passo em falso em rumo desmedido,
O todo se perdera em raro olvido
E apenas o vazio me detém,
Não sei o quanto posso sem alguém
A vida já não faz qualquer sentido
E sei do quanto andando desprovido
Do gozo, no horizonte muito aquém.
A lua ora não brilha, nem o sol,
Somente a bruma doma este arrebol
Farol de teu olhar, agora ausente,
Agouros tão terríveis desfilando
O dia se aproxima mais nefando,
E a morte tão somente se apresente.


47



Escusas não pretendo e nem preciso
Não necessito além de mera paz,
O quanto do vazio satisfaz
E o nada já seria um paraíso,
O tempo se perdendo me prejuízo
Até alheamento é mais mordaz,
Pensara num instante ser capaz,
Mas como se a certeza perde o siso,
No pântano que esta alma adentra agora
Meu lamaçal deveras, pois devora
Não deixa qualquer sombra em terra firme,
E tanto movediço cada passo
Aonde o meu delírio ainda traço
Sem ter sequer quem luz inda confirme.

48

Jamais negociei a liberdade
Algemas não suporto, nem correntes
E quanto mais atrozes dias tentes
Embalde caminhar delírio invade,
Fortuna não sustenta a qualidade
Da vida onde deveras me apresentes
Os olhos mais vazios e inclementes
Queria ter em paz, felicidade.
Mas nada mais concebo doravante
Mortalha a cada dia se garante
Nefasta realidade toma tudo,
E manso caminheiro do passado
Agora um fero atroz vivo enjaulado
E sei que após a queda não me iludo.



49


Ocasionando a queda de quem tanto
Pensara produzir algo que fosse
Talvez ainda mesmo em agridoce,
Porém somente o fel hoje eu garanto,
O passo sem ter nada desintegre
O risco de sonhar já não sustenta
Quem bebe tão somente esta tormenta
Jamais conseguiria ser alegre,
O parco caminhar em luz sombria
A noite não sossega e me entranhando
Esbarro neste quadro outrora brando
E tento e até quem sabe poderia
O corpo na verdade se arrebate
E nada mais rompesse um bom engate.


50

Ao perceber assim o fim do dia
Não vejo quem pudesse ainda ter
No olhar diversidade em bel prazer
E o gozo na verdade já se adia,
Ao menos novo tempo diz sangria
E nesta sordidez tento colher
O quanto poderia perceber
Não fosse a vida pura hipocrisia,
Restando dentro em mim a solidão
E nela novos tempos não virão
Senão para açoitar o corpo inerme,
E assim ao perceber a podridão,
Meu corpo se transforma e em aversão
Banquete irá servido para o verme

51

Aumento a minha voz nesta procura
Por cais que talvez possa redimir
Os erros tão comuns e no porvir
Traçado um novo tempo em aventura
A voz que imaginara mais segura
Diversa da que possa ainda ouvir
E nela se tramando o que há de vir
Deixando para trás a desventura,
O medo noutro passo se transforma
E bebo a sordidez em turva forma
E a norma preconiza uma esperança.
Aonde quis mudança e nada veio,
Agora novo sonho e em devaneio
O passo no vazio já se lança.

52

Arcando com as duras vãs promessas
Enquanto os dissabores mais constantes
E neles os delírios adiantes
Porquanto tantos erros me confessas
As sortes onde agora tu tropeças
As partes em caminhos discrepantes,
Os risos mais medonhos, delirantes
E neles minhas sortes são avessas,
O quarto em luz sombria e escuridão
O tempo se transforma e não virão
Sequer as mais terríveis tempestades,
A morte se apossando do meu verso
E quando noutro rumo eu me disperso
Os sonhos mais além bem sei degrades.

53

Assíduo caminheiro da ilusão
A desventura cega cada passo
E quando algum delírio ganha espaço
Apenas neste olhar a ingratidão,
Pudesse acreditar nalgum verão
E tendo em minhas mãos medo e cansaço,
O todo se perdendo enquanto enlaço
As sombras com total sofreguidão,
Arguta noite em luzes constelares
E nela com certeza desvendares
Momentos mais afoitos e sombrios,
Assim ao percorrer margens diversas
Os olhos se perdendo sem conversas
Adentram os mais podres, turvos rios.

54

Negando qualquer messe que desnude
O risco de sonhar agora ausente
E quando este vazio se apresente
Matando o que se quis em plenitude
O manto na verdade sempre ilude
Quem busca muito além do que pressente
E quanto mais feroz em mim já vente
Atrás do quanto tive em juventude,
Amordaçando o canto em ledo sonho,
Ao nada simplesmente me proponho
E bebo cada gota em podridão
Ainda nada resta além do cais
E sei que em devaneios desiguais
A vida me condena ao vão porão.

55

No pranto e na verdade o gozo tenta
Sentir outro momento mais feliz,
O todo que deveras nunca fiz,
A cena se desenha mais sangrenta,
O risco de sonhar já violenta
O tanto que perdera por um triz,
O corte se aprofunda e a cicatriz
A cada nova lua mais aumenta,
O verso inutilmente busca ainda
A sorte pela qual já se deslinda
Um horizonte manso; esta heresia
Não deixa qualquer sombra de ilusão
E sei das noites turvas que virão,
Enquanto o meu caminho se esvazia.

56


Vazios olhos buscam no horizonte
Algum luar ainda onde eu possa
Viver a sensação que fora nossa
E nela novo tempo ainda aponte
Destroço do que um dia fora a ponte
O medo a cada fato mais se apossa
E gera este delírio feito em troça
Aonde a sutileza já desponte
Mergulho em insensato abismo quando
O tempo novamente sonegando
Alguma luz a quem se deu a mais,.
A cada nova ausência a vida trama
A morte dessedenta qualquer drama,
Expondo os mais doridos funerais.

57

Funérea fantasia ainda doma
O coração atroz de quem se dera,
E nada mais deveras já se espera
Senão a proteção, frágil redoma,
O corte sonegando qualquer soma,
Atocaiada a vida esta pantera
Aonde a ingratidão agora impera
E cada passo a sorte amarga toma,
Mergulho nos meus ermos e te vejo
Além do que pudera num ensejo
Entranhas minha pele adentrando a alma,
E apenas a mortalha que me deste
E nele este cenário mais agreste
Nem mesmo a solidão, ainda acalma.

58

A solidão deveras companheira
De quem se fez aquém do que queria
Morrendo pouco a pouco, dia a dia
Não tendo mais sequer qualquer bandeira
A vida num instante já se esgueira
E morre em tons agrestes na sombria
Ausência aonde a vida não traria
Senão meu descaminho em tal cegueira.
Somando o mesmo nada de onde vim,
Apenas adivinho agora o fim
E tento alguma luz, mesmo distante
O passo sem cadência morre alheio
E toda esta incerteza aonde eu creio
Num ato mais terrível degradante.

59

No parto sonegado, aborto em vida
A manta não me cabe, só tal luto
E quando ainda tento e até reluto
Já sei desta seara ora perdida,
No quanto a própria ausência é mais provida
De um ar deveras frio ou mesmo astuto
Nem mesmo a minha voz ainda escuto
A história pelo tempo denegrida
Velhusco companheiro da esperança
A fantasia entranha a fina lança
E corta mais profundo sem defesas,
Aonde o passo nega e não avança
O mundo se mostrando sem pujança
Seguindo o que me resta em tais vilezas.

60

Olhando para trás procuro ver
Ao menos um momento mais tranqüilo
E quando a realidade ora destilo
O gozo na verdade a se perder,
Não tendo outro caminho a me prender
O pouco que inda resto hoje eu desfilo
E tento até manter algum estilo
No resto a desenhar e obedecer
Ocasionando a morte mais precoce
Sem ter esta alegria que me acosse
Aposso-me do nada e nisto eu sigo
Buscando inutilmente o que inda diga
Da morte mesmo atroz, ainda amiga
E nela o derradeiro e bom abrigo.

61

Grassando pela vida sempre alheio
Aos tantos ermos pálidos que trago,
Tentando da esperança algum afago,
O olhar perdido em pleno devaneio.
O quanto imaginara ser recreio
Deveras na verdade onde me alago
E sigo com terror ao firme estrago
Até a própria sombra hoje receio.
Revendo os meus enganos tento ainda
Um novo amanhecer, mas nada brinda
O mero sonhador com esperanças,
E quando qualquer luz já se avizinha,
A mesma face escusa e tão daninha
Do riso em ironia que me lanças.

62

Aprendo com a vida e sei o quanto
A sorte se fez vaga a quem queria
Vencer a mera face da ironia
Tentando alguma luz em turvo encanto,
Meu mundo desabando e não me espanto
Certeza de manhã dorida e fria
O quanto ainda vivo poderia
No fim gera somente o escuso manto.
Restando alguma chance aonde o nada
Reinara desde a tenra e tola infância
A cada novo passo outro vazio
E quando vejo a sorte, desconfio,
Apenas um sinal de irrelevância.

63

Bisonhamente a vida trouxe a queda
E aquém do que pudera acreditar
O risco tão somente de sonhar
Um passo no futuro doma e veda,
Aonde esta esperança não se enreda
O riso toma o sonho e sem lugar
A messe se perdendo devagar
Cobrança é nesta mesma vã moeda.
O ranço, o riso, o sonho, a morte e a lei
O quanto poderia e não terei
Nem mesmo a mera sombra de um futuro,
O torpe desenhar em frágil senda
Sem nada e nem ao menos quem atenda
Apoio em vagos tons hoje eu procuro.

64

Crivando de ilusões o que talvez
Pudesse ser ainda a redenção,
Errático caminho desde então
Aonde na verdade a queda fez
O pouco que inda resta em lucidez,
As horas com certeza negarão
E apenas vislumbrando este ermo chão
Imagem dolorosa que ora vês,
Não pude e nem quisera ter ao menos
Momentos mais felizes e serenos,
Durante o pouco tempo que me resta,
O rastro que deixara sobre a terra
Em horas, dias meses já se encerra
Imagem mais real e sei honesta.

65

Desenho a minha face caricata
Nas minhas ânsias tolas e se vendo
Apenas o que sei mero remendo
Realidade turva me maltrata
E quando o caminhar já se desata
Do passo aonde um dia me vi crendo
Num dia bem melhor, nada desvendo
A queda se prepara em vã cascata.
Risível caminhante da esperança
No quanto ao mesmo nada já se lança
E deixa sem defesas, minha vida.
O parto renegando uma ilusão
Os dias com certeza só trarão
A mera sensação de despedida.

66

Erguendo o meu olhar neste horizonte
E nada se percebe além da bruma,
A fantasia além o tempo esfuma
Sem nada nem verdade que se aponte,
No todo que deveras fora a fonte
Ao pranto com terror já se acostuma
Quem tenta outro caminho e ora não ruma
Sem ter em pleno mar alguma ponte.
Vacância dentro da alma presumida
A fúnebre dolência dita a vida
E o risco de sonhar não mais existe,
O sol se ausentaria eternamente
Quem disse claridade se desmente,
Cenário que hoje levo em mim é triste.

67

Fadado a nada ter senão a morte
O quase se transforma em redenção,
O medo não transcorre em solução
A seca dominando sem aporte,
Não tendo na verdade qualquer norte
Apenas os medonhos mostrarão
Demônios que deveras domarão
Caminho aonde o nada me comporte.
E resolutamente a vida traz
Somente um passo turvo e sempre atrás
Do quase que talvez reinasse ainda
Enquanto em sortilégios o abandono
Do qual a cada dia mais me adono
A história sem beleza alguma finda.

68

Gestara dentro da alma esta esperança
Aborto programado e nada veio
Porquanto ainda sigo em devaneio
O mundo não promete mais mudança
O corte se aproxima e a fonte lança
Invés de luz um turvo e vão anseio,
O quase se tomando e sem receio
Não resta dentro em mim mais confiança
E o tudo não pudesse ser além
Do quanto a vida nega e não retém
Senão a mesma face inconfundível
Medonha garatuja; eu sigo em frente
Sem nada que deveras apresente
O canto ainda ao longe é inaudível.

69

Horrenda face exposta sem segredos,
O manto já puído da ilusão
E nele novamente o mesmo vão
Traduz os dias mortos, ermos, ledos.
A vida se esvaindo pelos dedos,
Jamais reviverei qualquer verão,
O porto se transforma em solidão
E apenas restam tolos, vagos medos.
Espectros de um passado mais feliz
E o todo na verdade não mais diz
Sequer de alguma sombra, sigo só,
O tanto que buscara nesta estada
Estrada há tanto tempo desolada,
Apenas em poeira, ausência e pó.

70

Iria acreditar em qualquer luz?
Jamais eu pude ver além das trevas
E quando por caminhos vãos me levas
O medo tão somente reproduz
A face amarga e nela vejo a cruz
E as dores mais antigas e longevas
Matando o que seriam nossas cevas
Esgoto florescendo em farto pus.
O caos e nada além, apenas isto,
Verdade é que; talvez um tolo; insisto
Buscando esta certeza onde jamais
O mundo se faria mais diverso
E sigo sem destino no universo
Perdido em riscos tolos, siderais.

71

Jazigo da esperança; eu sigo em vão
Tentando adivinhar alguma sorte
Aonde não há nada que comporte
Somente a mesma história em solidão.
O verso se transforma em aflição
Apenas outro tanto dita o corte
E nada do que eu possa foge à morte
Em turva e tosca podre dimensão.
O riso, o risco, o medo, o pranto e a luz
Ao tanto que pudesse já me opus
Proponho outro caminho, mas não vejo
Senão a mesma espúria realidade
E o quanto a cada dia mais degrade
Não perde na verdade um só ensejo.

72

Levando a minha vida desta forma,
Sem nada nem sequer um risco a mais,
O manto em novo sonho ou desiguais
Caminhos onde o tempo nos deforma,
E quando a realidade vem e informa
Dos riscos mesmo os tolos e banais
Os ermos entre tantos invernais
O manto pouco a pouco nos transforma,
E a senda desejada agora ausente
Apenas esta queda se apresente
E mostre com terror pura verdade,
Na face desenhada em contra-senso
O tanto que desejo e já não penso,
Aos poucos sem defesa se degrade.

73

Marcando a minha pele em tons sombrios
O nada se tornando o companheiro
E nele com certeza se me inteiro
Não vejo além dos tolos desvarios,
Descendo em afluência vários rios
O mar se mostra além, mas derradeiro
Caminho aonde entranho em corriqueiro
Anseio sem saber dos desafios,
Em tantas corredeiras e cascatas
E quanto mais atroz, inda maltratas
Realças com terror o que não pude
Sagrar aos meus delírios no passado,
O risco a cada passo demonstrado
No olhar amargurado, atroz e rude.

74

Negando qualquer passo a quem se dera
Num átimo mergulho em solidão,
E sei das várias dores que virão
Reavivando em mim turva quimera,
O pranto a cada ausência desespera
E mostra a falta em rumo e direção,
Jazigo da esperança, a sensação
Da morte sem defesas se apodera.
Ocasionando em mim este cenário
Por vezes ou decerto temerário
E nele se reflete o turvo olhar
Esqueço e quando pude nada fiz,
O manto encarniçado em cicatriz
A morte pouco a pouco a me rondar.

75

Ourives da ilusão, meu verso tenta
Vencer os meus descuidos mais constantes
E quando novamente me garantes
Além do que pudesse esta sangrenta
Manhã em turva face se apresenta
Marcando com terror os degradantes
Caminhos onde em lutas agigantes
E nisto a vida trama ou dessedenta.
Expresso qualquer música em meu peito
E tanto aquém da sorte se deleito
Aceito os meus errôneos caminhares,
E sinto mal percebes ou notares
O vago delirar onde desfeito
O sonho no final, ainda aceito.

76

Procuro dentro em mim qualquer resposta
Embora saiba mesmo que não há
O mundo discordando desde já
Aonde a vida fora em vão exposta,
No quanto quis apenas a proposta
O tempo na verdade negará
E o corte com terror se mostrará
Ainda quando a fúria tanto gosta.
Resisto aos devaneios e procuro
Sabendo deste solo amargo e duro
Riscando do meu mapa uma esperança.
O vago desta ora argentina
Enquanto tantas vezes me fascina
Ao mais ledo caminho ora me lança.

77

Querendo ao menos paz, e nada havia
Somente a solitária noite em vão,
Ainda se procura a solução
Embora a face escusa e mais sombria
Demonstra a plena ausência deste dia
E mata sem sentir qualquer verão
Os tempos que vierem não verão
Sequer a menor face da alegria,
Sem ter alento sigo em noite vaga
O quanto de esperança ainda vaga
Tentando alguma praia, porto ou cais,
Mas nada se apresenta e tão somente
O mundo finalmente já se ausente
Exposto aos mais diversos temporais.


78

Restando quase nada do que há tanto
Pensara ou mesmo quis por solução
O corte se transcorre em solidão
E quando busco a messe, desencanto.
O vago caminhar aonde espanto
Incerta noite amarga em ilusão
Ourives do que fora uma emoção
Agora tão somente a dor garanto.
Esgoto em verso triste a realidade
A fonte mais amarga da saudade
Negando qualquer brilho, jaz sombria
E quando mais tentei felicidade
Apenas outra face da saudade
Aos poucos noutro canto já se erguia.

79

Somando tantos erros, nada tenho
Senão este vazio mais constante
E quando o passo apenas não garante
O todo que pensara em desempenho,
Resumo o meu caminho e não convenho
Cerzindo o corte aquém e degradante
A morte se apresenta doravante
E bebe todo o sangue que contenho.
Restando do meu canto este vazio
E nele cada vez que inda recrio
O verso se traduz por medo e dor,
Aonde quis presente uma emoção
Olhando em volta vejo o mesmo não,
Agrisalhado céu já não tem cor.

80

Tentando alguma voz que ainda escute
O canto mais audaz de quem se fez
Além do quanto pode em lucidez
Jamais se permitindo quem permute
O lastro se perdera e repercute
No tanto aonde o pouco já desfez
Além deste vazio que tu vês
Amor não permitindo algum desfrute;
O carma, a carne o gozo outra quimera
O vandalismo toma este cenário
E o manto que pensara imaginário
Agora noutra face não se esmera
E morto em vida sigo esta promessa
Aonde a sorte ausente se confessa.

81

Urdido passo em falso não me traz
Senão a mesma queda aonde um dia
Vencera com temor a fantasia
Porquanto ainda fosse mais audaz
O corpo noutro canto exposto jaz
E deixa a mera sombra em agonia
De quem se fez atroz e não teria
Senão ausência em luz, dura e tenaz.
Refeito do passado? Quem me dera,
Apenas a verdade dita a espera
E o medo se aproxima do terror,
O amante delicado agora é morto
O solitário rumo diz do aborto
Aonde se percebe desamor.

82

Vestira a mesma sombra de um alento
E nisto não coubera mais espaço
Aonde o meu caminho busco ou traço
O risco se transcorre, alheamento,
Não vejo outra alegria um só momento
O quanto me condeno a tal cansaço
E vejo o meu delírio e me desfaço
No quanto ainda quis um incremento.
Um excremento apenas, o que sou,
O vaso da esperança se trincou
Já não suporta mais conter o sonho,
E a luz vai se esvaindo em cada fresta
Apenas o que eu tenho e o que me resta
Resumo de um viver tolo e medonho.

83

Xícaras, café, bule; saudade
De um tempo que se foi pra nunca mais
Agora nos meus olhos funerais
E o manto se recobre enquanto invade
O todo se percebe na verdade
E nisto vejo apenas vendavais
Os riscos se repetem; rituais
O marco demonstrando a realidade…
Apresentando a dor como um escudo
Às vezes noutra face em vão me iludo
E tento acreditar numa esperança,
Mas quase não recebo mais o alento
De quem ao se entregar ao pensamento
Ao nada sem defesas já se lança.

84

Zelando pelo sonho de quem tenta
Acreditar na luz que ora não vejo
O tanto que pudera neste ensejo
A sorte não seria tão sangrenta,
A boca de saudade mais sedenta
O corte aonde o tanto num lampejo
Traduz a realidade onde prevejo
A morte me tomando, atroz e lenta.
Pudera acreditar em quem me disse
Do tempo traduzindo esta mesmice
E nela a sorte alheia dita o rumo,
E quando mergulhando no passado
O tanto que se vê abandonado
Nas águas do vazio já me escumo.

85

Aprendo com meu sonho a procurar
Algum mero descanso e nada vem,
Somente esta incerteza e sem ninguém
Cansado tantas vezes de lutar,
A incoerência dita devagar
O prazo que em verdade não retém
O passo aonde o nada me convém
Somente este vazio a maltratar,
Restando dentro em mim apenas isto,
O pouco que inda resta não conquisto
E sigo meramente em procissão
Vagando pela noite turbulenta
Aonde nem a sorte me apascenta
Morrendo antes da imensa insolação.

86

Bebendo cada gota do passado
Aonde fui feliz e não soubera
Do quanto em solidão a vida espera
E gera do vazio duro enfado,
Ainda acreditara em tal legado,
Mas quando vejo a sombra da quimera,
O beijo se anuncia e dita a fera
Que há tanto imaginara noutro lado,
O risco, o bote, a sorte esta tocaia,
O passo no vazio já se espraia
E o vândalo sonhar, velho ditame
Não deixa que se creia no futuro,
O tanto quanto posso me torturo
Ainda se esperança em vão reclame.


87

Cevando dentro da alma alguma luz
O marco se desenha em turbulência
Aonde poderia em eloqüência
O corte se aprofunda e gera a cruz,
O tanto quanto pude ou mais compus
O verso se transforma em virulência
A morte desta estúpida excrescência
Apenas se regala em verme e pus.
Aprendo com meus erros e os repito,
O quanto acreditara mais bonito
No fundo não seria esta verdade
Por onde caminhara em torpe passo,
E quando noutro instante me desfaço
Olhando de soslaio vejo a grade.

88

Demônios que apascento dentro em mim
Vergando em minhas costas tanto peso,
O quanto imaginara estar ileso
O nada se aproxima e dita o fim,
O manto desenhado em tal cetim
O vândalo caminho ora surpreso,
No tendo outro delírio, este desprezo
Transcende às ilusões por onde eu vim.
Acordo e nada mais do que ilusões
Os dias; mesmo nada aonde expões
A face caricata da verdade,
Resulto do que fora algum alento
E bebo inconseqüente este fomento
No qual a própria vida desagrade.

89

Escusas não as quero ou mais preciso,
O vago deste sonho nega a messe
E o tanto quanto espúrio em mim se tece
Negando qualquer sorte e algum sorriso,
O vasto caminhar, passo impreciso
Aonde nada verdade recomece
O corpo com ternura não aquece
Enquanto em sordidez eu me matizo.
Abarco a solidão e nela entranho
Sabendo a cada queda novo ganho
E gero esta insolência quando vago
Em ondas mais bravias, vejo o mar
Por onde começara a navegar
Resumo libertário e mesmo mago.

90

Flagrante caminhada rumo ao quase
Por onde comecei o verso quando
O mundo noutra face se mostrando
Ainda que em verdade sempre atrase
Enquanto a realidade me defase
Ou mesmo novo tempo deserdando
O sonho que pensara acumulando
Agora já percebo em vão sem base.
Neste ostracismo bebo a solidão
E dela se percebe desde então
O quanto acreditei e não houvera
Somenos importância tem a vida
De quem abrindo sempre esta guarida
Entrega-se ao caminho desta fera.

91

Girando o tempo mudo vez em quando
E tento acreditar nalguma luz
Ainda mesmo alheio se me opus
Eu tento novo dia vislumbrando
A queda a cada passo anunciando
O risco e nele perco o que propus
Servindo de alimária, já me pus
Revendo o que pensara renegando,
O marco se transforma em cicatriz
A própria fantasia contradiz
O barco aonde apenas sei da ausência
Porquanto procurara a solução
E sei que novos dias não virão
Enquanto nos tomar tal virulência.

92

Hedônicos caminhos; desvendara
Antanho quis a sorte que não vinha
A vida se atormenta sempre é minha
E nela se percebe a vã seara
O quanto esta verdade se escancara
E gera a tempestade aonde tinha
Somente a solidão e se avizinha
A noite solitária e não mais clara.
Rescaldos que acumulo de um passado
Aonde o preço outrora mais cobrado
Não deixa qualquer lucro ou prejuízo
Mesquinhos caminhares vida afora,
O tanto que buscara não ancora
O passo se mostrando ora impreciso.


93

Imagens tão dispersas que inda trago
De um tempo aonde um dia quis feliz
E nada mais traduz o que já fiz
Semente se transforma em tolo afago,
Neste âmago voraz aonde eu vago
O rastro tatuando em cicatriz
O velho coração, mero aprendiz,
Adentra sem defesas qualquer lago,
E embargo a minha voz quando buscara
Sentir a mansidão, mas sendo rara
A sorte benfazeja nada traz
Somente este delírio e nele tento
Ao menos aplacar o forte vento
Figura tão nefasta quão mordaz.


94

Já não suporto mais pensar no quanto
Pudesse ainda ter em dor ou prece
Bem antes que a tempesta recomece
Algum momento em paz teimo e garanto,
O quase se transborda em medo e pranto
Ao nada meu caminho agora esquece
E gesta este vazio ou já tropece
Mergulha no terrível desencanto.
Reparto outro cenário aonde pude
Vencer com mais temor uma atitude
Aonde o canto ausente dita o rumo,
E quando me vislumbro em tom sombrio
O canto; se inda existe, logo adio
E tendo o desvario além me aprumo.

95

Legado do que fora uma esperança
A fonte imaginária já não traz
Sequer mínima luz e mais mordaz
Ao nada tão somente ora me lança.
O risco de sonhar, a temperança
O fardo que carrego, mais audaz,
A morte na verdade satisfaz
Quem tem no olhar a fúria em fogo e lança;
Ausente dos meus dias qualquer messe
O tempo ao desvario se obedece
Permite tão somente o nada ter,
Quem dera ter ao menos dignidade
E ver com toda a incúria esta verdade
Sabendo a cada dia envelhecer.

96

Mergulho nos meus ermos e não tenho
Sequer a menor sombra de ilusão,
O tempo muda logo a direção
E marca com terror o ledo empenho,
A cada novo dia mais desdenho
O parto em puro aborto, a negação
E sei dos meus momentos que virão
E neles a verdade em vão desenho,
O rastro se perdendo no infinito
E quando ainda tento e sonho e grito
O medo se transforma em tal pavor,
O riso se inundando em turvo pranto,
Porém audacioso ainda canto
Tentando amenizar a fosca cor.

97

Negar a própria luz e ter à frente
Apenas o vazio onde mergulho,
O quanto no passado fora orgulho
Agora em face escusa se apresente
Por mais que novo mundo ainda tente
O velho se transborda em pedregulho,
E quando qualquer sombra inda vasculho,
O olhar se torna amargo e imprevidente.
Jardins das ilusões? Nada mais levo,
O tanto que pensara e não me atrevo
Transcende ao meu caminho e dita o fim,
Partindo para o nada de onde vim,
O todo se aproxima da verdade
E o corpo se transforma e se degrade.

98

Olhando meus pecados e são tantos
Os muitos caminhares já vazios
A cada novo tempo desafios
E sei que acumulando desencantos
Rompendo os tão puídos velhos mantos
Secando na nascente os tantos rios,
Perdendo em labirinto agora os fios
Encontro ao fim de tudo os meus quebrantos,
Não pude e não quisera acreditar
No fim a se tornar e me tocar,
Sem horizonte algum seguindo alheio,
Colhendo apenas medo e nada mais,
Os dias são terríveis, mas iguais,
E neles o terror apenas veio.

99

Pecados entre turvas heresias
E nada mais se vê somente o não,
E sei dos meus anseios de verão
Aonde na verdade não querias,
Sabendo das noitadas onde vias
O mundo em nova face e dimensão,
Agora o que me resta, podridão,
E as noites solitárias e vazias.
Não pude acreditar nalgum alento
E quando alguma sorte ainda tento
Esbarro nos meus erros, tão somente
Granando dentro em mim leda esperança
A morte sem defesas já me alcança
Não deixa sobre o solo mais semente.

100

Quimeras costumeiras, dias vãos,
E sei dos abandonos onde vivo
E tento outro caminho, mas me privo
Tentando renegar os tantos nãos.
Os tempos mais dourados, meus irmãos,
O canto aonde ainda sobrevivo
E o olhar mesmo soberbo e atém altivo
Na crença sem perguntas dos cristãos,
O caos se aproximando e no meu fim,
Uma árida expressa doma o jardim,
Escusas e promessas? Sei de cor,
Do todo que pensara, sou menor,
O farto caminhar? Mera promessa
Aonde a realidade em vão tropeça.
Publicado em: 04/07/2010 09:21:02


ALGUNS VERSOS

1

És minha áurea manhã,
Em raio iridescente
No quanto se apresente,
Na vida temporã
Os seios de romã
Um gesto mais presente,
Corpo belo e envolvente
Recendendo à maçã,
Mas tudo isto é vão
Os dias sem razão
Galopa o pensamento
Buscando uma paragem,
Sem ter uma estalagem
Entregue ao próprio vento.

2

Respiro enfim teus ares,
Buscando me conter
Nas redes do prazer
Cevando estes luares,
Mas quando tu notares
Ausentes do querer
Teus olhos; passo a ver
Vagando outros lugares.
E tendo esta certeza
A vida sem surpresa
Alheia ao meu anseio,
Imagem deturpada
Não sobra quase nada
Somente este receio...

3

A dor, durante os anos
Aonde pude um dia
Viver esta alegria
Agora em puros danos,
Diversos desenganos
Ausente melodia
A noite segue fria
Em rotos, velhos planos,
O tanto que te amei
O quanto te esperei
Insólito destino,
E quando vejo à vera
A sorte destempera
Perdendo todo o tino.

4

Distante dos teus sonhos
Meus dias são iguais
Horrendos rituais
Delírios mais tristonhos,
Caminhos enfadonhos
Imersos em banais
Estradas virtuais
Delírios mais bisonhos,
Um velho visionário
Dos medos um corsário
Apenas tergiversa
E nada se revela
O barco perde a vela
Minha alma está dispersa.

5

Escassas provisões
Viagem segue além
O quanto me contém
Não dita em emoções
Sequer as sensações
E quando sou refém
Da dor, velho desdém
Aprendo tais lições,
Cerzindo no vazio
O tempo, desafio
E busco uma estalagem
Aonde possa entrar
Sem medo do sonhar,
Em mansa paisagem.

6

O rumo das estrelas
O olhar neste horizonte
Encanto que remonte
Às horas, posso vê-las
E mesmo até contê-las
Dos sonhos, rara fonte,
Aonde desaponte
Sendas onde vivê-las
Recebo deste vão
A mesma ingratidão
Que tanto renegava,
A vida noutro espaço,
O rumo já não grasso,
O sonho feito em lava.

7

Ao deus do amor sincero
Que tanto quis um dia
Agora se desvia
E nega o que mais quero,
O verso onde venero
Em tons de fantasia
A luz, alegoria
O tempo resta austero,
O vento me tocando
Aonde quis mais brando
Agora em temporal
À morte eu me entregando
À vera só faltando
Um único degrau.

8


Não deixe retornar
O sonho em desvario
E quando o desafio
Tentando imaginar
Talvez algum lugar
Aonde eu mesmo crio
Um rito sem estio,
Esta água a me tocar,
Rondando as noites vagas
E quando noutras plagas
Eu penso e creio ver
Cerzida esta manhã
No olhar, a torpe cã
Minha alma, envelhecer.

9

Tens a beleza rara
De quem se fez além
Do quanto ainda tem
Ou mesmo doma e ampara,
Olhando cara a cara
Conheço muito bem,
O amor quando retém
Ou tanto se escancara.
O caos após a queda
A sorte o tempo veda
E o verso diz do não,
Ausente deste olhar
A luta a se tramar
Reflete a solidão.

10

Tens a fortuna imensa
De quem se fez divina
Já nada me domina
Enquanto uma alma pensa
Na sorte que compensa
Mudando esta rotina
O corpo da menina
Aonde o amor convença
Sem desavenças sigo
E quero estar contigo
O tempo que aprouver
Vivendo sem escusas
As sortes mais confusas
Nas ânsias da mulher.

11

Da vida que persigo,
O olhar entristecido,
O corte apetecido
A vida em tal perigo,
Por vezes já nem digo
Do quanto amanhecido
O mundo sem sentido,
Vivendo em desabrigo.
Resumo desta lida
Há tanto já perdida
Sem nexo ou solução
Hiberno a cada instante
E nada me garante
Sequer a provisão.

12

Perdido sem o olhar
De quem guiava o passo,
Enquanto me desfaço
Buscando imaginar
O quanto pude amar
Ou mesmo sem teu traço
Jamais viver o espaço
Diverso de sonhar,
Ausento da ilusão
E os dias que virão
Serão iguais em tudo,
O tanto quanto pude
A vida em plenitude,
Agora não me iludo.

13

Perdoe se te canto
O verso não traduz
Sequer mínima luz
Do que desejo tanto,
O tempo em desencanto
Apenas reproduz
O quanto não faz jus
O peso em que me espanto,
Olhando de soslaio
O meu passo já traio
E a queda se anuncia,
Depois da tempestade
Não resta na cidade
Sequer a poesia.

14

É que de amor, enfim,
Depois de tanta luta
A vida, mais astuta
Agora toca em mim
E bebo tanto assim
E a sorte não reluta,
Resiste à tola e bruta
Senzala de onde vim,
O parto sonegado
O risco anunciado
O medo em cada verso,
Olhando para trás
Ainda sou capaz
De um passo mais diverso.

15

Não quero a solidão
Tampouco o corte e o riso
Apenas o preciso
Caminho em negação
Os sonhos me trarão
O quanto em prejuízo
A vida sem seu siso
O medo, o passo em vão,
Olhando a velha foto
O medo além, remoto
A face amarelada,
Gavetas, traças, morte
Sem nada que conforte
A mesma tez velada.

16

É águia desdenhosa
Que sobrevoa mansa,
E quando o olhar alcança
Mergulha majestosa,
Assim a vida goza
Da sórdida esperança
Intensa semelhança
Uma alegria glosa,
Ausência dita o rumo
E quando me acostumo
À fuga ou ao não ser,
O risco em caos e queda
O passo a sorte veda
Só resta, então morrer.

17


Do sofrimento amargo,
Ao passo indiferente
Por mais que ainda tente
O sonho já não largo
E quando o passo embargo
Em rumo mais premente,
A sorte ora se ausente
Dos gozos vou ao largo,
Não pude e nem pudera
Viver a primavera
Hostil em meu inverno,
E bebo esta cicuta
A vida não reluta
Adentro em paz, o inferno.

18


Que longe dos teus braços
Já não pudesse ainda
Sentir quanto se finda
O corte em meus espaços
E sigo velhos traços
Aonde a morte brinda
E sei que se deslinda
Em dias torpes, lassos,
Verdades mais cruéis
E nelas sorvo os féis
E sigo sem saber
Se o pouco que me resta
Adentra qualquer fresta
Permite algum prazer.

19

Na embriaguez do sonho
No mundo aonde eu via
A ausente fantasia
E nisto me proponho,
O quanto sou bisonho
E vivo em agonia
O passo não recria
Senão este ar tristonho,
O vago caminhar
Nas ânsias de um vagar
Por entre pedras, medos,
Os dias mais felizes?
Não superando as crises
Agora ao longe, ledos.

20

Meu mundo sem sentido
Meu passo rumo ao nada,
A sorte destroçada
O sonho mais contido,
Aonde fora ouvido
O canto em madrugada
Agora desolada
Imagem sem ruído.
Aprendo com as sendas
E nelas não entendas
Sequer qualquer momento,
E quando vejo a face
Do tempo onde desgrace
Alguma luz eu tento.

21

Deitado, em vão, com medo
Do todo que não veio,
O olhar em devaneio
O passo em vão procedo,
E sinto quanto ledo
Desejo em que permeio
O canto e sigo alheio
Ao que pudesse enredo.
Arcar com cada engano
E assim sempre me dano,
Vagando sem ter paz,
Do nada construído
O rumo desvalido
É tudo o que se faz.

22

Achando eu me encontrava
Em meio ao que pudesse
Ourives em tal messe
Lapido apenas lava,
A sorte sendo escrava
Do quanto se obedece
E nada quando tece
Ainda se mostrava,
Na morte, o corte o fardo,
O passo não retardo
E sigo sem um porto,
O caos reina sem tréguas
Distando tantas léguas
Apenas semimorto.

23

Não quero a solidão
Nem mesmo quem pudera
Apresentar a fera
Vontade do senão,
Erguendo em provisão
O forte em que se espera
Vencer qualquer quimera,
Ausente direção,
Pereço enquanto luto,
O tempo é mais astuto
Não deixa qualquer chance,
E sei do quanto pude
Na ausente juventude
Ao nada a voz se lance.

24

Preciso urgentemente
Singrar por outros mares
E quando tu notares
Terás aqui presente
Quem tanto te apascente
Enquanto mergulhares
Nos medos e luares
Dos sonhos, a nascente.
O farto descaminho,
O gozo, o medo e o vinho
O peso da esperança.
A senda desditosa
A vida em nada goza
Ausente confiança.

25

Viver sem ter amor
Ou mesmo calmaria
No quanto já se adia
A sorte aonde eu for
Recebo a turva cor
E nela poderia
Em ares de ironia
Vencer talvez a dor,
O quadro se apresenta
Na face mais sedenta
Alheio ao caminhar,
Depois de tanta luta
A vida inda reluta,
Cansada de sonhar.

26

Não posso suportar
Sequer a mera imagem
Rompendo esta barragem
E tudo se alagar
Vencendo devagar
O quanto quis miragem
Preparo outra visagem
Adentro um falso mar,
E bebo da incerteza
Na imensa correnteza
Aonde o nada existe,
Seguindo passo a passo
O rumo, se inda traço,
Decerto o mesmo, e triste.

27

Solidão, que jamais
Um dia tive além
Do corte onde convém
Saber dos vendavais
Caminhos desiguais
E deles sou refém,
O parto não provém
Nem versos mais banais.
Ouvir a voz do vento
E tentar num momento
Saber do quanto eu possa,
Vestindo a fantasia
Que o tempo me daria,
Exposto ao riso e à troça.

28

Ser feliz? Só contigo,
Pensara no passado,
Agora o desolado
Caminho não persigo,
O quanto em tal perigo
O rumo demonstrado,
Vivendo lado a lado
Num tempo mais antigo,
Arcando com enganos
E tendo nos meus danos
Imensos erros; vejo
O parto em tal aborto,
E agora quase morto
O riso é raro ensejo.

29

Retorne e se não der
Não vou ficar apenas
Juntando velhas penas
Olhando o que puder,
A vida se é qualquer
Ou mesmo tendo as plenas
Vontades mais serenas
Nos gozos da mulher,
Aumento enquanto caio,
Já não serei lacaio
Nem mesmo algum otário
Errar é necessário,
E se isto fosse tanto,
Deveras não me espanto.

30


Deus me fez tão feliz
Embora muita vez
O quanto em lucidez
Desfaz o que já fiz
Ou mesmo em tom mais gris
Que agora ainda vês
Percebe o que se fez
Em turva cicatriz,
O gesto mais audaz
O corte já se faz
Raízes são expostas,
E tanto quanto quero
Pudesse ser sincero
Vazias as respostas.

31

A beleza estampada
Na face demoníaca
Aonde afrodisíaca
A sorte não diz nada
Austera e vã, maníaca
A lua desenhada
Por sobre a velha estrada
Esta ânsia vil, cardíaca,
A boca se entrelaça
Na farsa e quando passa
Além outro cometa,
No farto caminhar
Cansado de sonhar
Ao nada me arremeta.

32

Toda a força do lume
O peso de uma vida
Jogada e sem saída
Ausência de costume,
Ainda quando rume
Além da voz perdida,
A morte desvalida
Sentindo o seu perfume.
A face em farsa e gozo,
O rito pedregoso
O corte mais audaz,
E assim se poderia
Vencer em heresia
O que esta morte traz.

33

Encontro em fatal brilho
O parto aonde um dia
Mereço outra alegria
Ou nada mais polvilho,
Olhar quase andarilho
O rito em poesia,
A morte em sincronia
O vento aonde trilho.
Peçonhas mais diversas
E nelas quando versas
Invento outra saída,
Assim pudera ser
A sorte aonde crer
Deveras pressentida.

34

No mundo, simplesmente
Um risco a mais, quem sabe.
O todo não me cabe
E nisto me apresente
Um velho penitente
E quando se desabe
O tanto já se acabe
Fiel e plenamente,
Resulto do que fosse
Além deste agridoce
Mergulho noutro mar,
Salgando em maresia
A sorte não traria
Sequer algum sonhar.

35

De todo esse universo,
Aonde quis um dia
Saber desta alegria
E nela se inda verso,
O pouco ou tão disperso
Alheio ao que podia
Singrar em tal sangria
Vivendo em tom perverso,
Olhando para os lados,
Os riscos, outros fados,
Arisco sonhador,
Metáforas criadas
As ânsias desarmadas
Em mim sobeja dor.

36

Fortaleza invadida
Por fúrias desiguais
Imensos festivais
Destroçam qualquer vida,
A sorte pressentida
Em olhos tão venais,
Querendo muito mais
Que fosse dividida
A porta não se abrindo
O tempo agora findo
O risco de sonhar,
Não tento, mas persisto
E sei que sempre nisto
Talvez possa um lugar.

37

Fazendo meu viver
Diverso do que outrora
Ainda desancora
O barco em desprazer,
Não quero conhecer
Sequer quem me devora
Nem mesmo desde agora
Começo a fenecer.
O passo em turva senda,
Aonde não se estenda
Sequer outro caminho,
Sorvendo em gole farto
O mundo eu já descarto
E sigo em vão, sozinho.

38

Quero o gosto das fontes
Nos lábios e na face
Aonde nada trace
Nem mesmo mais apontes
Os sonhos e horizontes
E nisto se desgrace
O corte em que se passe
O mar por sobre pontes,
Esgueiro-me da enchente
E quanto mais se tente
Vencer os meus anseios,
Não posso e nem pudera
O quanto da quimera
Encontra em mim seus veios.

39

Quero essa sutileza
E nela me aprofundo,
O sonho, um vagabundo
Olhando a velha presa,
No quanto sobre a mesa
Transforma em prato imundo
O todo em que me inundo
E cerzi a correnteza,
Vagando pelo nada
A sorte desenhada
Jamais se apresentara,
A vida num instante
Deveras se adiante
E mostra a podre escara.

40

As noites de prazer
Aonde quis talvez
O quanto não se fez
Nem mesmo pude ver,
Sentindo no meu ser
A imensa insensatez,
O rumo perde a vez
E a morte a renascer
Tomando cada espaço
E quando ainda passo
O tempo nesta busca,
A vida não permite
Sequer qualquer limite
E traça a inútil busca.

41

As cores do infinito
O medo de outro dia,
A velha sincronia
E dela necessito,
O quanto em tolo grito
O mundo não adia
E nega esta harmonia
Aonde houve um bonito
Desenho promissor
Agora em dissabor
Jamais se vê senão
A farsa desenhada
Imagem desgrenhada
Da vida sem razão.

42

Com o brilho distante
Do olhar de quem se quer,
No corpo da mulher
Um dia mais brilhante,
E nada me garante
Ainda o que vier
Seja o que Deus quiser
Ou noutro tom farsante,
Resumo o que talvez
Quem sabe nunca vês
E nem mais desejava
O corte em tal raiz
Diverso do que eu quis,
Sorriso ferve em lava.

43

Que achei eternidade
No rosto de quem tanto
Pudesse num encanto
Dizer o quanto invade,
O peito de quem brade
Em belo e raro canto,
Porém sei que, portanto
Beiro à senilidade.
O fato de sonhar
O risco de lutar
E nada ter em troca
O mundo noutra face
Aonde quer que trace
Aos poucos se desloca.

JAQUELINE


44

Perdido sem destino em vida amarga
A sorte não concebe outra saída
E sei que se traçando em despedida
O corte em vil peçonha não me larga,
O passo caminheiro segue à larga
Do quando poderia em protegida
Seara divisar quem não agrida
Tampouco quem decerto o rumo embarga,
Mas trevas entre trevas, morte à vista
Não tendo outra esperança, vã, prevista
O quadro se desenha em tom nefasto,
E quando uma esperança ronda a casa,
Meu mundo no vazio não se embasa
E desta luz insana, enfim me afasto.

45

Preciso de um momento em solidão
Refaço a minha vida em turvo instante
E nada do que tenho me garante
Dos sonhos e esperanças, provisão,
O vaso destroçado sobre o chão,
O passo que pensara fascinante
O olhar sem horizonte doravante
Encontra a cada ausência outro senão.
O manto recobrindo o meu olhar,
A morte se aproxima devagar
E toma cada espaço, pensamento,
Quem sabe poderia noutra senda
Imaginar um gozo que se estenda,
Mas quando me percebo, nem mais tento.

46

Um gole de café, outra aguardente
O mundo em sobressalto, a curva além
O nada na verdade sempre vem
E toma cada passo plenamente,
O quanto do viver ainda tente
Quem sabe da esperança muito aquém
Vislumbro este vazio e sem ninguém
Que ainda possa crer no quanto alente,
Eu tive esta certeza há muitos anos,
Somando os mais puídos, velhos panos,
Os desenganos tomam o horizonte,
Sem ter sequer o brilho deste sol,
Vazio desde então meu arrebol
Nem mesmo alguma sombra além se aponte.

47

Não creio nestes deuses que me dás
Nem necessito mesmo do perdão,
Os mares sem qualquer navegação
Jamais traduzirão um mundo em paz,
Do quanto a realidade é mais tenaz
E o parto se transforma em solidão
Apenas outros dias se verão
Na angústia tantas vezes tão mordaz.
Esgarço uma esperança e sem bandeira
A sorte na verdade derradeira
Não gesta uma alegria nem ao menos
Permite um brilho aonde nada existe,
E sinto o meu caminho ledo e triste
Bebendo sem descanso teus venenos.

48

Perdendo qualquer senso, sigo alheio
Aos tantos pensamentos onde um dia
Gerara a mais dorida fantasia
E agora sem caminho e em devaneio
Procuro, pelo menos por um meio
Aonde a nossa sorte moldaria
A luz que tanto busco e não sabia
Distante deste sonho onde rodeio,
Arcando com meus vários demoníacos
Caminhos entre erráticos maníacos
Um estafado e vasto quase espúrio,
Erguendo o meu olhar para o não ser,
Restando tão somente enfim morrer,
Um ser entorpecido em mau augúrio.

49

Apresentando assim a velha chaga
Ferida cultivada por enganos,
Aonde na verdade cevo danos
Nem mesmo a fantasia ainda afaga,
Risível caminhar em turva plaga,
Mudando num segundo velhos planos
Os riscos se somando, desumanos
Olhares neste instante em torpe vaga.
Acordo e nada resta, nem ao menos
Os dias que julgara mais serenos,
Apenas a figura desolada
Retrata a minha face em ar sombrio,
E mesmo assim meu mundo desafio
Sabendo no final, não terei nada.

50

Meus erros se acumulam desde quando
O passo se mostrara em tom errático,
O quanto deste mundo fora prático
Agora noutra face deformando,
A morte em redenção se transformando,
Somente o mesmo engodo mais temático
Um ar por vezes tolo e até dramático
O risco de sonhar hoje é nefando.
Cadenciando o nada vejo enfim,
O quanto poderia dentro em mim
E morto noutro instante dita o rumo,
E tento acreditar noutra seara,
Mas quando esta verdade se escancara
Meus erros costumeiros, sempre assumo.

51

O manto se azulando em céu sombrio,
Quem dera fosse assim, mas na verdade
O quanto deste sonho se degrade
E sinto tão somente o mesmo frio,
O nada após o nada inda recrio
E o gosto que me toma; da saudade
Nem mesmo a falsa imagem; tempestade
Traduz o quanto busco, algum rocio.
O sol já não virá neste horizonte
Borrasca novamente é o que se aponte
Transforma a minha vida em tal cenário,
E singro este vazio dentro em mim,
A morte se aproxima e sei que o fim,
Embora doloroso; é necessário.

52

Banhando de tristezas meu olhar,
A morte não me dita outra promessa
E quando o dia trama e recomeça
Distante do que pude imaginar,
Bebera tão somente este vagar
Imerso aonde o nada já se apressa,
E toda a fantasia ora tropeça
Tropel das ilusões a nos tocar,
Restando do passado a mera imagem
E nela sem saber desta paragem
Aonde poderia ter alento,
Um riso de ironia e nada além,
O porto da esperança não convém
A quem se embrenha em turvo sofrimento.

53

O mundo se desenha merencório
O risco de sonhar já não existe,
Enquanto o coração morrendo triste
Num rito doloroso, vão e inglório
O tempo noutro rumo, raro empório,
O corpo tão somente ainda insiste
E quando se aproxima e já desiste,
O farto se permite, ora ilusório.
Caminhos tão diversos, vida e morte
Mas nada na verdade me conforte,
Cansado desta luta inconseqüente,
Depois de tantos anos abandono
Do nada infelizmente enfim me adono,
Por mais que outro delírio o sonho tente.


54

Tantas dores a vida
Produz em quem procura
Dos males sua cura
E envolto em tal ferida
Ainda convertida
Em ânsia atroz e pura,
E nisto se assegura
A dura despedida.
Viver e ter além
Do nada que contém
Apenas a impressão
Do quanto inda pudera
Vencer qualquer quimera
Ou medos que virão.

55

São montanhas diversas
Aonde quis um dia
Vencer esta agonia
E nelas as perversas
Manhãs por onde versas
Gerando o que seria
Além da alegoria
Em luzes tão diversas.
O peso do passado,
O dia mal traçado
O rumo sem certeza,
A fúria em tal torpor
A angústia, o dissabor
Dos sonhos, mera presa.

56


Ao passado, a tristeza
Cevada em dores fartas
E quando mais te apartas
Mais forte esta incerteza,
As horas mais sensatas
As mortes mais audazes
E quando tu me trazes
E tanto me arrebatas
Desvendo no vazio
O sol que imaginara
Domando esta seara
Agora em medo e frio,
Sonhando, nada resta
Sequer a luz em fresta.

57


Fazendo transtornar
O olhar que se pudesse
Ainda além tivesse
Um raio de luar,
O tempo a demorar,
A sorte, o rumo, a prece
O nada se obedece
E teimo sem chegar
Ao cais mais desejado,
O tempo destilado
Açoda-me este não,
E quanto mais escuro
O tempo onde perduro,
Inútil solo e grão.

58

Da festa, serpentina
Olhando para trás
O nada satisfaz
O medo me domina,
E quando se alucina
A fúria em passo audaz,
O gesto mais capaz,
Tomando rumo e mina,
Emana-se o não ser
E tento algum prazer
Aonde não pudera
Saber se existe luz
Ou nada em contraluz
Contendo em si a fera.

59


Nos meus ultrapassados
Caminhos vida afora
Aonde nada ancora
Em portos desolados,
Os ritos destroçados
Mergulho aonde aflora
O medo e sem ter hora
Encontro os meus enfados,
E arrisco novo salto,
E quando assim me assalto
Em mera fantasia,
Eu ergo olhar além
E nada mais retém
O quanto ainda havia.

60



O tempo que perdi
Nas ânsias doutro mar
Aonde navegar
Ausente enfim de ti?
O amor se o mereci,
O gozo de sonhar,
O passo devagar
Além ou mesmo aqui.
E tresloucadamente
O quanto se pressente
Do nada se faz tudo,
E tento em verso e sonho
E aonde me proponho,
Deveras eu me iludo.

61

A alegria vivemos
Em noites divinais
E quando agora iguais
Os rumos que vertemos,
Não sei se inda teremos
Ainda um novo cais,
E quero muito e mais
Do quanto nós sabemos.
Inúteis descaminhos
Em passos que, mesquinhos
Jamais chegam além,
O verso sem sentido,
O tempo pressentido
Vazio, apenas, vem...

62

Das dores que acumulo
O olhar sem horizonte
Aonde não desponte,
Apenas dissimulo
E quando a dor engulo
E tento além da fonte
Um mundo que se aponte
E nada enfim, simulo,
Esqueço o que se faz
E tento mais audaz
Um novo clarear,
O verso sem futuro,
O chão, imenso e duro,
Ausente céu e mar.

63

A ausência desta luz
Não deixa que se veja
Além do quanto almeja
Quem tanto reproduz
O gozo o corte a cruz,
O nada onde preveja
A sorte mais sobeja
O tempo em contraluz,
Anseios são diversos
E quanto mais perversos
Maiores incertezas,
Seguindo pareados,
Desejos desenhados
Em torpes sutilezas.

64

Da minha mocidade
Ausente do meu canto
O quanto desencanto
E a fúria ora me invade,
Pudesse sem saudade
Sem mesmo este quebranto
O mundo noutro manto
Causar diversidade,
O verso, o vento, o frio,
O parto onde recrio
A voz que não se alinha,
Medalha se estampando
No peito mais infando,
Verdade nunca é minha.

65

Não há mais sequer lua
Tampouco algum clarão
Ausente este verão,
Minha alma não flutua
Descendo pela rua,
Ingrata procissão
E nela se verão
Em dias a alma nua.
Quando residualmente
O nada se aparente
Nem mente quem te adora,
O resto em voz macia
O todo não teria
O quanto tem agora.

66

O meu céu sem brilho
A noite se expressara
Em dura e vã seara
Aonde em empecilho
O mundo agora trilho
E tudo se espalhara
Tomando a noite rara
Um sonho de andarilho,
Cigano coração
Aonde quer o não
Encontra o seu retrato,
E beijo este regato
Sem rumo ou direção
E nele me resgato.

67

No brilho desta tarde
O olhar de quem se fez
Além da lucidez
Ou mesmo se resguarde
Aonde o todo aguarde
O amor quando mais crês
E nele se refez
O nada sem alarde,
O passo rumo ao tanto
E quando às vezes canto
Buscando alguma luz,
O mundo não sacia
A noite mais sombria
Reflete o que compus.

68

A vida se prepara em armadilhas
Seguindo os velhos erros costumeiros
Aonde inda cevara os meus canteiros
Agora são agrestes, vagas trilhas
E quando na verdade tu me humilhas
Com ares mais soberbos, espinheiros
Traçando com teus olhos traiçoeiros
Irônica figura então tu brilhas,
Restando do passado esta presença
E nela nada mais inda compensa
Somente esta certeza em sofrimento,
E quando nova voz; além escuto
O olhar mais tenebroso, duro e astuto,
Negando qualquer luz e provimento.

69


O quanto necessito acreditar
Num novo sol tomando a minha vida,
Aumenta a cada ausência esta ferida
O tempo sem descanso a maltratar,
Pudesse ainda mesmo ter no olhar
A sorte tantas vezes construída
Na paz mais verdadeira aonde urdida
A luz de um novo dia a me tomar,
Mas quando me percebo solitário
Eu sei o quanto fora necessário
Apenas este alento e nada mais,
Esqueço o que inda fora no passado
E o tempo novamente mais nublado
Aguardo os mais diversos vendavais.

70

Perdendo o quanto pude em um segundo,
O mar se aproximando dos meus pés,
Aonde não quisera mais galés
Apenas no vazio me aprofundo,
O olhar em duras trevas, aprofundo,
E sito neste inferno, de viés,
Os ritos no passado, mais fiéis
E o tempo se apresenta vagabundo.
Podendo acreditar na primavera
Enquanto a vida além se destempera
E muda este cenário num rompante,
De nada mais servia algum alento
E quando ainda mesmo busco ou tento,
Não tendo mais um passo que adiante.

71

Aonde se pudera acreditar
Na sorte benfazeja e nada vinha,
A vida desta forma mais daninha
Secando num instante o meu pomar,
O sonho sem ter cais, desamparar,
Apenas o vazio me convinha,
Resisto enquanto a sorte mais mesquinha
Não cansa um só momento de buscar
Além do que pudesse e doma a cena,
O olhar mais desejado me envenena
Ferrenha madrugada em luz cruel,
Ausenta dos meus dias a esperança
E o quanto ainda vejo nunca avança
Tornando mais escuro, então meu céu.


72

O mar, tempestuosa
Noite aonde enfrento
A fúria deste vento
Em senda caprichosa
Aonde majestosa
A noite, agora tento
Buscando estar atento
Ao nada que me glosa,
Orgástica loucura
Decerto já não cura
Nem mesmo ampara o passo,
E quando em desengano
Apenas eu me dano,
Os ermos rumos grasso.

73

Habita essas entranhas
Aonde pude crer
Num raro amanhecer
Por sobre tais montanhas
E quando enfim estranhas
O passo rumo ao ter
Sentindo esvaecer
As horas, velhas sanhas,
Esqueço do que um dia
Pudesse e não seria
Senão outro momento
E nele em tal cansaço
O rumo não mais traço,
Nem mesmo a paz eu tento.

74


Distante de qualquer
Caminho ou senda aonde
A vida não responde
E tento o que vier,
Olhando cabisbaixo
Resumo a minha vida
Na dor assim urdida
Em nada mais me encaixo,
Resumo do vazio
O tempo não permite
Além de algum limite
O quanto ainda espio
Expiro neste nada,
A velha e dura estada.

75
Nestes abismos, seres
Diversos me entranhando
O mundo desde quando
Além do que saberes
Terá outros quereres
E assim se irá moldando
Ou mesmo sonegando
Os fartos que embeberes
Nas sombras do talvez
O quanto se desfez
Desdém e louca luz,
A morte o ausente lume,
Aonde não se rume
O corte reproduz.

76

Redescubro, enfim, toda
A noite num segundo
E quanto mais me inundo
O amor dos sonhos poda,
O tempo gesta a roda
E vaga como o mundo,
Aonde num segundo
A sorte não açoda,
Alheio ao que vier,
Nas ânsias da mulher
O brilho onde procuro
Invariavelmente
O tempo tanto mente
Enquanto gera o escuro.

77

Na busca dos amores
Diversos vida inteira
A sorte mais ligeira
Por onde não te opores
Mesquinhas, mortas flores
E nelas traiçoeira
Verdade diz roseira
Sem nada mais compores,
Resvalo neste vão
E sei da ingratidão
Do passo sonegado,
O vento de um passado
Num dia de verão,
Agora profanado.

78

Encontrei puros ares
Aonde no passado
O tempo mais nublado
Ainda demonstrares
Vagando teus altares
E neles o legado
Resisto em demorado
Caminho onde lutares,
Vestindo a sorte imensa
E nada mais convença
Quem busca apenas paz,
O fato de viver
E ter ou não prazer
É ser ou não capaz.

79

Sem temer tempestades
Nem mesmo vendavais
Desejo muito mais
Do quanto ainda agrades
E sei das claridades
E nelas novo cais
Adentro originais
Delírios, liberdades,
Vestindo a fantasia
Aonde caberia
Apenas este não,
O mundo se desfila
E quanto mais tranquila
Maior a servidão.

80


Vagando pelos astros
Rondando este planeta
Aonde se arremeta
O mundo em alabastros,
Esqueço este marfim
E beijo a morte enquanto
Ainda teimo e canto
Tentando até o fim,
Jogado neste lago
O corpo em tom nefando
O sonho transbordando
Ainda não afago
Senão a minha sombra
E tudo quanto assombra.

81

As estrelas disfarçam
As luzes deste olhar
E tento te encontrar
Aonde não mais grassam
Sequer ainda passam
Mergulho neste mar
E nada de ter achar,
As horas se esfumaçam,
Mostrando a minha imagem
Gerando esta miragem
Na senda mais profunda
Abismos dentro em mim,
O tempo chega ao fim
E a morte em paz, me inunda.

82

Mergulho por gigante
Caminho em tez atroz
E quando busco em nós
O passo que adiante
A vida neste instante
Mudando o rumo e a foz,
Ausência mais feroz
E nada me garante,
Somente o vento audaz
E nele a vida traz
Ausência de esperança
O passo rumo ao vão
Mudando a direção
Jamais pousa e descansa.

83

As águas, todo o mar
O quanto pude além
Do todo que não vem
Nem mesmo quis ousar,
O verso a me tocar
O gesto o rito o bem,
Ausência deste alguém
Que possa desejar.
Escuras noites vagas
E quando em dor afagas
Resumes a verdade,
Enveredando o não,
Pudesse ter então
Ao menos liberdade.

84

Penetro nas entranhas
Das sendas mais sombrias
E quanto mais querias
Deveras mais estranhas,
Assim diversas sanhas
E nelas outros dias
Somando as heresias
Partidas não mais ganhas,
Açoda-me o terror
E quando em desamor
O pranto rola e doma,
A vida se entorpece
E tudo já se esquece
Qual fora imenso coma.

85

Em busca da Rainha
Que tantas vezes quis
Se um dia fui feliz
A sorte não convinha
E quando me continha
O peso, este aprendiz
Apenas já desfiz
Em cena mais daninha,
Ouvindo a voz do nada
A porta destroçada
Adentro em tempestades,
E sei quanto te quero
Também sei quanto é fero
O não que agora brades.

85

O quanto deste tempo ainda vivo
E traz no dia a dia o desespero
Enquanto no vazio eu me tempero
O gosto do não ser mantendo esquivo
O passo rumo ao quanto imperativo
Delírio aonde outrora com esmero
Pensara no caminho mais sincero
E nele permaneço e sobrevivo,
Cinzento céu domando o dia a dia
A velha e dura voz, hipocrisia
O corte na raiz de uma esperança
A morte se aproxima e me amortalha,
A vida um campo amargo de batalha
Distante dos meus olhos, temperança...

86

Perdendo qualquer luz que ainda venha
Tocar o meu olhar ou mesmo até
Gerar em quem caminha alguma fé,
Mantendo acesa a brasa em pouca lenha,
Do todo quanto posso ou me convenha,
A morte me rondando e sei quem é
A força geratriz desta galé
Sabendo da esperança rumo e senha.
Não pude acreditar noutro momento,
E quando do temor eu me alimento
Não tendo nada além, só me redime
Acreditar na força incomparável
De um dia noutro tanto mais arável,
Aonde ainda exista um ar sublime.

87


Na brancura, luar,
No olhar de quem se aponte
A vida e este horizonte
Aonde pude achar
A sombra a me tocar
E nela sei a fonte
Distante desta ponte
Sem nada a me guiar.
Resumo de um passado
Aonde desolado
Bebera esta ilusão
O medo me tomando
O tempo outrora brando
Gerando confusão.

88

A pele me recorda
O toque sensual,
E quando em desigual
Caminho a vida acorda,
Rompendo a velha corda
O tanto em ritual
Morrendo, tanto mal,
Nem mesmo o sonho aborda,
Elevo o pensamento
Aonde busco e tento
Sentir uma alegria,
O nada em movimento
A vida em tal lamento
Aos poucos se esvazia.

89


Busco-te, meu olhar
Cansado desta vida
A sorte em despedida
A morte a me rondar,
Da força outrora urdida
O corte a demonstrar
Em vão vou mergulhar
Gerando outra ferida,
À parte faca e adaga
O quanto em dor alaga
O medo sem promessa,
Medonha e tão vazia
A noite em agonia
O medo me confessa.

90

Nesta grande alameda
A vida se perdera
E quanto pertencera
E tudo não conceda
Sequer um doce alento
A quem buscando a paz
Pudesse ser audaz
Bebendo inteiro o vento,
Mas nada mais teria
Quem sabe outro destino,
Se tanto me alucino
Em noite quieta e fria
Ausência de quem quero
O olhar vazio e austero.

91

Florida por jasmins
A estrada que eu buscara
Domando esta seara
Distantes ermos fins,
E quando se apresenta
A morte face a face
Aonde o nada grasse
Apenas a tormenta
E nela sei vazio
O corte, o medo, e resto
Ausente e mais funesto
Aonde me recrio
E teimo contra a fúria
Somando esta penúria.

92

Caminho minha vida
Por ermos arvoredos
E quando tantos ledos
Aumentam tal ferida,
Quem sabe desprovida
De tantos velhos medos,
Olhares e segredos
A fonte dolorida
E nela sem presença
De quem tanto convença
Do passo rumo ao farto,
E sei do quanto pude
Morrendo a juventude,
Dos dias já me aparto.

93

Buscando meu futuro
Aonde pude ver
Somente o desprazer
Em tempo amaro e duro,
O quanto em vão procuro
E nada a perceber
Senão tanto esquecer
Do corpo onde perduro,
Apodrecida cena
A morte quando acena
Trazendo em ironia
O corte aprofundado
O risco anunciado
Em noite vaga e fria.

94

Esperando que amor
Pudesse ainda em mim
Gerar outro jardim
Reinando em clara flor,
E quanto mais me opor
Chegando ao ermo fim,
Restando nada enfim,
Senão raro temor,
Bisonhamente eu quis
Um dia ser feliz
E nada pude então
O passo se apresenta
Em tez e voz sedenta
Matando esta emoção.

95

Te quis ó companheira
Depois de tantos anos
Em fartos desenganos
A vida é traiçoeira,
Resumo em verso e pranto
O quanto pude crer
E nada mais tecer
Aonde não garanto
Senão a fantasia
E nela me embrenhara
Tocando esta seara
Matando a poesia,
Assim sem nada em mim
Eu bebo então meu fim.

96

Não deixe que essa vida
Destrua o quanto em nós
Gerasse nova voz
E nela sendo ouvida
A sorte decidida
Sem ser sequer algoz,
Voltando destes pós
Estrada sendo urdida
Em nova e clara foz,
A morte não sacia
E nela esta sombria
Verdade me domina,
O tanto quanto pude
Ausente juventude
Morrer em fria mina.

97

Te quero como amigo
Somente e nada mais,
Aonde em temporais
Pudesse ter abrigo
O sonho que persigo
Em noites sensuais
Ditame do jamais
Seria enfim contigo,
Não posso e nem talvez
Ainda quando vês
O olhar sedento e frio,
Resulto do passado
E quando amortalhado
Resumo mais sombrio.

98

Me deixe ser deveras
O corpo em luz ou sombra,
Mas quanto mais assombra
Maiores sei as feras
E beijo o vento alheio
Ao quanto nada tenho
E sei do vago empenho
E nisto meu anseio
Gerando o desalento
O passo em louca senda,
Aonde não se atenda
Sequer o que inda tento
Arrisco um passo aonde
O nada eu sei se esconde.

99

No meu canto amantíssimo,
Olhar neste horizonte
Aonde não se aponte
O sol belo e claríssimo,
Vestindo de ilusões
O rubro desenhar
Sem ter céu nem luar
Apenas gris me expões,
E sei do quanto traço
E sigo sem destino,
No quanto não domino
Rendido em vago espaço
Olhar mero e sombrio,
Apenas vago e espio.

100


Vereda dos meus sonhos?
Jamais acreditara
Sabendo esta seara
Em ares enfadonhos,
Os dias não se vendo
Além ou mesmo aqui
O todo já perdi
Somente sou remendo,
Verdade não conduz
Ao quanto quero ou não,
E sei sem direção
Ausente em nós a luz,
O gesto imperativo
Aonde sobrevivo.
Publicado em: 24/06/2010 15:06:54



Alheio ao caminho
Alheio ao caminho
Esbarro no quando
O mundo negando
Seguindo sozinho,
O tempo, o carinho,
O risco nefando
A vida pesando
Sonho passarinho,
Sem eira nem beira
A sorte estradeira
Vagando sem rumo,
Enquanto me busco
No solo mais brusco
Assim eu me esfumo...
Publicado em: 23/05/2010 18:06:57




Em tristes lamentos, dores desenganos,
A vida se foi, sem sequer um consolo...
Mas caminho se anda, proibida é a parada...
Mesmo que se queira da vida, mais nada.

Desejos ao cento, na bagagem vai...
De amor tão sonhado, mas nunca encontrado...
Tomando o espaço, de esperanças perdidas...

Mas tudo se fez, da espera, um aceno...
Ao brilho do sol, que acendeu meu olhar...
Encontrar-te amigo, em curva do caminho,
Trazendo nas mãos, raios do luar...

Amiga eu te percebo tão tristonha,
Guardando no teu peito tal rancor
De quem tanto sofreu e mais não sonha
Achando que perdeu um grande amor.

A solidão, quimera tão medonha
Dissemina tristeza e tal horror
Porém uma esperança mais risonha
Demonstra que é possível ter calor...

Estou aqui contigo, não se esqueça
Que eu quero que tu sejas mais feliz.
Teu nome não me sai mais da cabeça

Tu és o que, por certo, eu sempre quis.
Deitando uma alegria nesta estrada
Sempre te quero, amiga; és minha amada!

ANNE MARIE
Marcos Loures
Publicado em: 09/06/2007 15:01:06
Última alteração:05/11/2008 21:43:54



EU QUERO FALAR, PENSAR

NA LUA MARAVILHOSA

TROCAR UM DEDO DE PROSA

BRINCANDO NESSE LUAR

QUE CATIVA QUIEM PERMITE

TER O CÉU COMO O LIMITE.


LIMITE DE TUA BOCA

NESSA DANÇA SEM FINAL,

QUE NÃO CANSA. MINHA LOUCA

TRANSFORMANDO EM CARNAVAL

TUDO QUE TOCAS, QUAL MIDAS

FAZES OURO QUE ME BRINDAS


QUERO TE CONTAR AMOR

HISTÓRIAS QUE JÁ VIVI

COM MEUS SONHOS TE COMPOR

TE FAZER MEU COLIBRI.

QUIERO VIVER TEU POEMA

CONHECER A TUA GEMA


QUERO O GOSTO MAIS PRECISO

MEU PRECIOSO VENENO

ISSO É TUDO QUE EU PRECISO

CONVULSO, MAS MAIS SERENO

DO QUE NUNCA IMAGINEI

SABER-ME BEM MAIS QUE SEI.



QUERO TUA PRECISÃO

QUERO TUA ALEGORIA

BRILHAR EM TEU CORAÇÃO

VERTER TUA NOITE EM DIA

AMADA AMIGA, MEU RUMO

SEM TI; VAGO, VOU SEM PRUMO.
Publicado em: 13/06/2007 17:50:22
Última alteração:23/10/2008 21:06:12



AMADA AMIGA

Amigo, te ter é minha maior sorte
Quero contigo, muitos caminhos trilhar
Teu afeto, teu afago, teu carinho
Minha vida faz sentido por te amar
Apagarei de vez melancolia
Meu sorriso se abrirá ao te ver chegar
Espero tanto tua vinda
Não me deixe aqui a te esperar
Teu amor, me abriga, me conforta
Teu abraço, faz meu coração sossegar
Amo-te tanto,nem imaginas
Aguardo a hora de em meus braços,
te encontrar!

Amiga, eu te desejo noite e dia,
Beijar a tua boca delicada,
Depois, em cada nova madrugada,
Uma explosão de amor e de alegria.

Durante tanto tempo eu te queria,
E tu não me dizia quase nada,
Agora que te encontro enamorada,
Me entrego nos teus braços: euforia!

Afetos e carinhos, tanto afago,
Em beijos mais vorazes, nossa entrega,
Se o corpo desejado amor navega

Um mundo mais gostoso, amiga eu trago.
E vamos sem juízo nem cobranças,
Romper uma alvorada em nossa danças...

ISABEL NOCETTI
Marcos Loures
Publicado em: 14/06/2007 20:27:32
Última alteração:05/11/2008 21:23:27


AMADA AMIGA

Por ti eu esperei a vida inteira,
nos sonhos que vivi e que sonhei.
Não foi somente idéia passageira,
porque um dia eu te encontrei.

Amor, meu amigo e companheiro,
do dia e da noite mal dormida.
Teu riso tem um som tão prazenteiro,
é linda melodia em minha vida.
Meu mundo e o teu mundo se juntaram,
na hora em que os corpos se tocaram.


Amada amiga amante e companheira
Nós somos as metades da maçã
Versando neste sonho a vida inteira,
Promessa tão serena de manhã

Que seja mais bonita e verdadeira
No ensejo tão divino deste afã
Que faz de uma alegria, essa bandeira
E torna uma tristeza, cousa vã;

Prazeres são palavras e carinhos
Trocados mesmo quando silencio.
Nos beijos insensatos, louco cio,

Ou mesmo na oração. Dois passarinhos
Que seguem em amor e na amizade
Em busca da esperada liberdade!

HLUNA
Marcos Loures
Publicado em: 11/07/2007 15:27:46
Última alteração:05/11/2008 19:32:50



AMADA AMIGA


Amo tanto meu coração traiçoeiro,
Obedeço a todos os seus comandos.
Controlo suas batidas rotineiras,
Alimento-o com desejos brandos...

Mas, ele não me ama intensamente,
Apaixona-se sem pedir licença.
Sonha sonhos, longe dos meus sonhos,
Viaja por caminhos sem meu alcance...

Mente para mim tentando agradar,
Palpita apressado na emoção.
Sorrir do meu olhar confuso, furacão,
E no crepúsculo logo ao despertar...

Silencia numa desfaçatez de santo,
E faz poemas pra te ofertar encanto.

SOGUEIRA




Procuro meu amor pelas estrelas
Nos campos e nos bosques mais floridos...
Nas flores e cascatas, nas mais belas,
Nos sonhos que percebo, divididos...

Procuro entre as calçadas, tantas ruas...
Nas matas e montanhas, no infinito...
Nas pedras mais distantes, duras, nuas,
Soltando sem ter eco, um forte grito...

Procuro minha amada pelas trilhas
Diversas maravilhas, mas não vejo...
As pernas amarradas, armadilhas,
No rastro deste céu, seu azulejo...

Depois desta procura tão antiga...
Encontro minha amada em minha amiga...
Publicado em: 29/03/2008 16:06:17
Última alteração:21/10/2008 20:35:44


Bom dia à revolta

Bom dia à alegria

Poeta és, a rédeas soltas

Quem dera se eu pudesse te dizer
De toda uma delícia que é sonhar,
Além de toda forma de prazer
É mais, cada vez mais; solto, voar...

As rédeas não me prendem. Finjo ter
As asas que permitam o céu, ar.
Na verdade mal consigo me conter
Numa explosão que trama sem cortar.

Bom dia minha cara companheira;
Amiga que aprendi a ter comigo,
E quero sempre assim, tão verdadeira.

Sabendo que te quero, solto a voz,
Gritando e te pedindo sempre abrigo,
Nos versos e carinhos; laços, nós...

Maria Karla
Marcos Loures

Publicado em: 18/03/2007 10:27:05
Última alteração:06/11/2008 11:24:07




Carinho...o teu...
Inesperado...mais precioso...
Como uma flor....
Que os raios do sol namoram...
Tanto que o pedi a alguém...
Sempre mo recusou...
E, tu deste-mo....
Incondicionalmente....

Tocado pelo vento da paixão,
Sem medos ou receios, minha amada;
Entregue ao teu carinho e sedução,
Minha defesa enfim, foi desmontada.

Vieste como um raio em explosão
Tomando assim meu rumo e minha estrada,
Entrego-te de vez meu coração,
Tua presença aqui, tão aguardada...

Além do meu desejo de te ter
Que sabes, é tão grande, não o nego,
Amanhecer contigo o meu prazer,

Beijar a tua boca todo o dia,
Uma esperança imensa que carrego,
Realizar meu sonho em alegria...

Marta Teixeira
Marcos Loures
Publicado em: 16/04/2007 09:44:12
Última alteração:06/11/2008 09:30:33



Amado...
Quero ficar ao teu lado...
Só contigo, sou feliz!

Sois o amor, que eu tanto quis...
Ternura brota da alma...
Quando eu penso em você!

Sois o meu céu de magia...
A mais bela melodia...
Encanto do meu viver...


O teu canto sempre encanta
Quem contigo quer cantar,
Toda a tristeza se espanta
Quando vem me namorar.

Tua boca em doce mel,
Em ternura que se quis,
Com você eu trilho o céu,
Com você sou mais feliz.

Roda mundo em carrossel,
Não me canso de rodar,
Vem comigo em meu corcel,
Tanto mundo pra rodar...

ANNE MARIE
Marcos Loures
Publicado em: 11/05/2007 12:28:25
Última alteração:06/11/2008 07:50:40


AMADA


Eu já não sei de mais nada...
Pois voltei, não encontrei ninho...
Vivo como um passarinho,
Ao léu de asas, cansadas...

Encontraste um outro amor?
De mim, nem te lembras mais?
Nem quero pensar no horror
Viver mais, sem teu calor...

Não pense deste jeito,
Amada derradeira,
Se vivo satisfeito
Desfraldo esta bandeira

Do amor quando bem feito,
Dourando a vida inteira,
Contigo em nosso pleito,
A vida é feiticeira

E mostra a sorte imensa
Que encontro em cada verso,
Querida a recompensa

Mais bela do universo,
Sentido mais diverso,
Vontade tão intensa...

ANNE MARIE
Marcos Loures
Publicado em: 03/07/2007 18:04:01
Última alteração:05/11/2008 20:22:09


AMADA

Te amo, amado
Saudade me invade
E deixo de lado
Tudo por fazer
E busco você!

Que sei sequer sabe
Que a falta que sentes,
Do seu bem, ausente,
Estou a sentir...

Te abraço te beijo
E bebo o teu mel
Afogo o desejo
De contigo estar
A querer só te amar!

Querendo só te amar
Sem pausas, sem descanso.
Nos raios do luar
Teu brilho eu sempre alcanço;

Quisera te encontrar
Deitada num remanso
E depois namorar,
Em teus braços me lanço

E bebo do teu mel,
Minha abelha rainha,
Viajo no teu céu,

Meu peito em ti se aninha,
Rodando em carrossel
Amada, toda minha...

ANNE MARIE
Marcos Loures
Publicado em: 05/07/2007 22:33:35
Última alteração:05/11/2008 19:43:58




Qual farol, de repente a brilhar
Em teu horizonte antes perdido...
Te estendo a mão meu amigo!
Vem comigo!
Quero te mostrar em verdes prados, a amiga esperança.
A florescer tal os trigais...
A noite, ainda é uma criança...
Mas passada a escuridão...
A segurar, as tuas mãos...
Hei de mostrar-te, um novo sol!
No novo dia que já está a se enunciar!
Não tenhais medo!
Nossa amizade se faz...
Bandeira branca, da paz!Que a dor e a tristeza...
Não te atormentem mais!
Que da vida te mostrarei toda a beleza!


Amiga tua voz calou bem fundo
Dentro do meu peito sem alento.
Um sentimento belo e tão profundo
Vibrou no coração neste momento.
Vagando do teu lado me aprofundo
Dou asas ao liberto pensamento...

E quero que tu venhas nesta estrada
De sorte que não tenhas mais segredos,
Refaça nossa vida em alvorada,
Distante dos antigos, maus enredos,
A vida que se mostra anunciada
Se faz em fantasia, mata os medos...

Amiga vem comigo pr’esta estrela
Que feita de teus olhos; como é bela!

ANNE MARIE
Marcos Loures
Publicado em: 27/04/2007 10:19:00
Última alteração:06/11/2008 08:36:51


Meu amigo amado, estou aqui
Torna estes versos em navalhas, poesia
Não quero que te cales, comigo, te abre...
Vem, vamos juntos passar o dia;
Apaga de teu peito, esta dor,
Fumo contigo, para tornar nossa morte, mais distante;
Serei teu rumo, tua lua, se quiseres...
Querido amigo, não deixe que passe este instante;
Te levarei por lindos caminhos,
Serei tua piada, te farei sorrir,
Quero correr o mundo a teu encontro, se possível...
Fica comigo, não te deixarei partir...

Querida, como é bom saber que existes
Tu és a redenção destes meus versos.
Às vezes te parecem bem mais tristes
Mas vivem em distintos universos.

Eu quero o teu sorriso e teu afago,
O teu carinho imenso, o teu sossego.
Na placidez serena deste lago,
Tu sabes como em ti eu tenho apego.

Deitar-me no teu colo, um horizonte
Vislumbro com total felicidade.
Bebendo calmamente nossa fonte
Que traz assim eterna mocidade...

Estar assim contigo, minha amiga,
Garante que esperança em mim, prossiga..


ISABEL NOCETTI
Marcos Loures
Publicado em: 29/04/2007 14:01:35
Última alteração:06/11/2008 08:34:22



Amigo, trago-te um canto
Recheado de acalanto
Sobremesa do amor...

Risos, festa, alegria
Para alegrar o teu dia...
E esperanças, tecer...

Amigo quero te ver,
Bem feliz em teu viver...
A sonhar os belos sonhos...

Num futuro mais risonho,
Espero te encontrar,
Prá te dar um grande abraço!
Repleto do meu carinho!

Amada amiga amante, rosa rara,
Aguardo o teu carinho em ansiedade
Nesta emoção que espero, bela e cara,
Poder usufruir felicidade

Ao lado de quem sempre me antepara
Com braços e sorrisos de verdade,
Adoça a minha vida tão amara
Mostrando este prazer da liberdade...

Beijando tua pele, cara amiga,
Tornando cada olhar mais prazeroso,
Que a sorte ao nosso lado assim prossiga

Trazendo uma alegria que é sem fim.
No gesto mais amigo e carinhoso,
Onda do amor que veio para mim..

ANNE MARIE
Marcos Loures
Publicado em: 06/05/2007 13:51:51
Última alteração:06/11/2008 08:07:14


Amigo, gostaria de neste momento,
estar contigo...
Amenizar tua dor
Te servir de abrigo
Fazer de teu rosto , o sorriso brotar
Andar pela praia, de mãos dadas
Te afagar, te aconchegar a mim
Tirar todo teu sofrimento,
pois sinto o que sentes e sofro contigo
Chorar junto à ti se preciso...
Ah, como gostaria de neste momento estar contigo...
Sussurrar palavras ao teu ouvido
Beijar teu rosto
Te sentir comigo
Declamar meus poemas
Ouvir os que trazes contigo...
Quem sabe, um dia,
meu amado eu te encontre
em algum lugar e possa
ser teu porto seguro!

Amiga te encontrar em meus caminhos,
Teu braço benfazejo e companheiro.
Dois corações buscando pelos ninhos
Num dia mais feliz, alvissareiro.

Nos dedos salpicados de carinhos,
Teu colo, tão macio travesseiro.
Bebendo essa alegria em raros vinhos
Do bem que se tornou mais verdadeiro.

Atravessar as pontes da esperança
Unidos para sempre em doce encanto.
Nos olhos que se fixam a aliança.

Palavras de consolo e de alegria
Secando para sempre o triste pranto,
Nascendo neste amor do dia a dia...

ISABEL NOCETTI
Marcos Loures
Publicado em: 12/05/2007 19:59:55
Última alteração:06/11/2008 07:46:46



Amor só dá motivos de alegria,
é balsamo no peito contra a dor.
Aquece até mesmo a alma fria,
que vibra envolvida em seu calor.

A solidão espanta, não abriga,
e vence a amplidão que há na distância.
Eu quero sempre ser a tua amiga,
e alimentar a fé na esperança.

Meu coração te entrego, assim, vencido,
tão logo o caminho percorrido.


Amiga que te quero bem amada,
Nas fímbrias deste amor, caminho vago.
Sorvendo cada gota imaculada
Deste carinho imenso, bom afago.

Benesses recebidas, adorada,
Nossa amizade bebo em cada trago.
Vencendo cada dia, uma alvorada,
Corrige esta tristeza, duro estrago...

Não vejo outra saída, senão ser
Amigo que tu queres, companheira.
Nas horas em que queres meu prazer,

Tomando as tuas mãos, tanto carinho.
Bebendo tua fonte, sede inteira,
Convido a conviver no mesmo ninho...

HLUNA
Marcos Loures
Publicado em: 19/05/2007 14:28:52
Última alteração:06/11/2008 07:27:56



AMADA AMIGA //

Amante amigo, tens que sentir
Que estarei sempre ao teu lado
Escutando tuas lástimas
E todos teus desabafos

Precisas de mim eu bem sei
Mas isto pessoalmente é impossível
Mas também quero que saibas
A distancia não é um empecilho

Quando precisares de mim
Me chamas que com palavras te abrigo

Como é bom poder contar contigo
Em todos os momentos, companheira,
A vida nos maltrata, bandoleira
E traz em cada curva, outro perigo.

O sonho que deveras eu persigo
De ter uma mulher que já me queira,
Na cama que se entregue por inteira,
E me tenha decerto como amigo.

Tal conjunção perfeita que é meu sonho
Encontro do teu lado, amiga amante,
Mulher que sei, bonita e deslumbrante,

Além de me fazer feliz, risonho
É base necessária em cada passo,
Por isso eu te amo tanto e nem disfarço...

GELIS
MVML
Publicado em: 20/08/2007 07:38:03
Última alteração:05/11/2008 14:55:12



AMADA AMIGA *

Amigo vem agora...
Manda a tristeza embora...
Que venho como a aurora...
Trazendo em arrebol,
Só alegria, o sol
Para te ver feliz!
Amor eu sempre quis
Te assaltar do medo
Da dor e seu degredo...
Me dê a sua mão...
Te dou meu coração!

Amiga em cada verso que me encantas
Parece que redimo o meu passado.
Andar o tempo todo do teu lado,
Ajuda a me esquecer das dores tantas.

A dor que me cobrira em negras mantas
Fazendo de meu passo, um ledo Fado,
Ao ter teu braço amigo, faz alado
Um sonho onde meus medos já espantas.

Por isso, te agradeço e aceito o fato
De ter uma certeza em minha vida,
Guardando dentro em mim o teu retrato

Retrato minha sorte mais querida,
Quem teve uma manhã tão desvalida
Agora em mãos macias, enfim, me ato...

ANA MARIA GAZZANEO
Marcos Loures
Publicado em: 27/07/2007 20:33:11
Última alteração:05/11/2008 17:59:31



AMADA AMIGA /

Andando distraída pelas ruas,
me encontrei contigo de repente.
No céu as estrelas andavam nuas,
deixando a terra inteira reluzente.

Quem sabe o que espera o amanhã?
O hoje eu o vivo intensamente.
Procuro moderar o meu afã,
terei o que mereço, certamente.
Miragem? Não sei, não, meu caro amigo,
mas louvo o teu amor e o bendigo.


Amor que se promete, amigo, amante
É feito em raridade desejável.
A mão que acaricia num instante
Apóia quando o mundo é mais instável.

Fazemos de nós mesmos este espelho
No qual somos imagens em mosaico.
O sangue dos amantes; mais vermelho
Às vezes se perdendo até prosaico.

Porém numa amizade benfazeja
Os passos são mais firmes e bem sólidos.
Quem sabe, reconhece e assim deseja
Enquanto na paixão explodem bólidos

Nos braços de uma amiga, mais seguros
Trespassa com firmeza os altos muros...

HLUNA
MVML
Publicado em: 18/08/2007 12:46:22
Última alteração:05/11/2008 14:59:05


AMADA AMIGA /

Quero sim com certeza ser tua amiga,
Em primeiro lugar quero ser o teu amor,
Quem já viveu uma triste e amarga vida,
Precisa mesmo é de aconchego e de calor.

Não vem ludibriar-me com tais conversas,
Dizendo que precisas apenas de uma amiga,
Será que já me trocares por uma outra qualquer,
Se for realmente isto, por favor, avisa-me.

Saberei compensar ligeira a tua ausência,
Tentarei não sofrer por te nem um único dia,
Sairei à procura de amores mais sinceros,

Tentarei ser feliz o resto de minha vida,
Encontrarei um homem que me ame de verdade,
Com certeza encontrarei amado amigo.

Amiga quero o beijo mais gostoso
Da boca tão divina que promete
A sensação perfeita feito um gozo
Que à eternidade logo me arremete.

Sabendo deste sonho caprichoso
De ter amor ao qual vida acomete
Fazendo este carinho tão dengoso,
Que venha e que decerto amor injete.

Não quero ser somente amada amiga,
Aquele que redime tuas dores,
Permita-me colher em teus amores,

A sorte que se tem e que me abriga,
Vem logo e vê se pára de frescura,
Que eu quero o teu amor, doce ternura.

GELIS
MVML
Publicado em: 05/09/2007 22:38:08
Última alteração:05/11/2008 07:39:15


AMADA AMIGA /

Vem sonhador...
Adentra sem medo a minha tenda...
Eu sou o amor...
Não sou lenda!
É que na agenda de todos, não tive um lugar...
Por isso o deserto, em que vivo...
Mas se amigo,
Como eu foste abandonado...
E em mesmo deserto vagais sem ninguém,
Aceita então o meu convite...
Vem!
Vem ser amado

Amiga eu compartilho desta estrada
Que leva ao infinito num segundo,
Deixando que a manhã prenunciada
Invada e ressuscite um triste mundo

Perdido no caminho sem ter nada,
No qual em fantasias eu me inundo,
O peito que sofrera, vão, imundo,
Percebe no teu canto uma alvorada.

Sentir tua presença aqui comigo,
É ter um doce alento em minha vida,
E poder ser além de teu amigo

Um companheiro em rumos tão iguais,
Adoça, apascentando assim querida,
Florindo a nossa senda, o mesmo cais...

ANA MARIA GAZZANEO
MVML
Publicado em: 08/09/2007 09:25:46
Última alteração:05/11/2008 07:29:58




AMADA AMIGA /

Estou aqui pra te ouvir
Também pra falar do meu amor
Sentimentos casam-se perfeitamente
Um não vive sem o outro meu senhor
Sei que queres apenas amizade
Mas o que sinto por te é fervor

Mesmo assim meu querido
Não vou te negar a mão amiga
Quando de mim tu precisares
Saibas que te darei minha guarida
Estarei pronta pra ajudar-te
Seja noite, ou seja, dia

Amiga tão amada e tão querida
Meus versos necessitam do carinho
Do corpo delicado que em guarida
Não deixará decerto eu ir sozinho,

Achando no momento uma saída
Vibrando de prazer em nosso ninho,
A noite sem você, tão dolorida,
Vem logo me aquecer neste cantinho.

O beijo delicado em alvoroço,
A mão que sabe dar muito prazer.
Sentindo o seu respiro em meu pescoço,

Amiga, venha logo, estou aqui,
Buscando todo o sonho que vivi
À espera, novamente, de viver.

GELIS
MVML
Publicado em: 15/09/2007 08:09:12
Última alteração:04/11/2008 16:39:48



AMADA AMIGA/

Nosso amor virtual e belo
É tão querido a sonhado
Que sinto tuas palavras
Aqui bem pertinho do lado

Desnudamos sem receios
Aos olhos dos bem amados
Que desejam amor sem trégua
Na distância ou nos teclados

Viajei por vários poemas
Uns emocionam, outros desilusão
Outros nada dizem em questão

Deparei-me nesta página
De amores sem medo descritos
E pousei em teu peito amigo

Amiga, o nosso amor é feito em paz,
Palavras significam sentimentos
Que em ondas de internet, ou pelos ventos
Sobeja maravilha sempre traz.

Um sonho se permite ser audaz
E toma nossos dias por momentos,
Na rapidez dos sonhos, pensamentos
Eu digo que este amor nos satisfaz,

Pois temos a ternura como lema,
Pois temos emoção como estandarte,
Amor em amizade por bandeira.

Vera felicidade é nosso tema,
Quem dera se ecoasse em toda parte,
A vida enfim, seria alvissareira...

SOGUEIRA
MVML
Publicado em: 11/08/2007 16:52:43
Última alteração:05/11/2008 16:44:51


-Alucinação

Um medo de morrer meus pés esfriava.
Noite alta. Ante o telúrico recorte,
Na diuturna discórdia, a equórea coorte
Atordoadoramente ribombava!

Eu, ególatra céptico, cismava
Em meu destino!... O vento estava forte
E aquela matemática da Morte
Com os seus números negros me assombrava!

Mas a alga usufructuária dos oceanos
E os malacopterígios subraquianos
Que um castigo de espécie emudeceu,

No eterno horror das convulsões marítimas
Pareciam também corpos de vítimas
Condenadas à Morte, assim como eu!

Augusto dos Anjos

A morte ronda quieta, o quarto escuro,
E toma meus lençóis, se deita ao lado.
Embora me sentindo preparado,
Terrível criatura, um ser obscuro,

Silenciando a noite, inda procuro,
Meu pulso, mas o corpo está gelado,
O olhar enfim imóvel, estagnado,
Quem dera inda sonhasse com futuro...

Em bruscas convulsões; visões diversas,
As noites que passara; então dispersas,
Apenas um aviso a noite traz

Ao longe, inda percebo a tua voz,
No derradeiro encontro, frio e atroz,
Banquete para os vermes e enfim, paz...
Publicado em: 15/12/2009 16:18:02
Última alteração:16/03/2010 12:17:33




Loucos sonhos, delírios insensatos...
Milhares de fantasmas rutilando.
Rituais ancestrais, irei voando
Por espaços, meus laços, meus retratos...
Atípicos pendões surgem inatos,
Dos céus descendo os anjos, flutuando...
As mãos vazias, gôndolas girando.
Irresponsáveis aves sobre pratos,

Escapo deste céu, não temerei.
Meu cetro me indicando, sou um rei,
Nas minhas terras, cega confusão.
As vagas tempestades, as sereias,
Nas mãos que me torturas, me incendeias...
Gira mundo, alucina, perco o chão.
Em teus braços divinos, rodopio.
Penetro teu suave encanto e cio...
Publicado em: 11/12/2006 21:40:36
Última alteração:24/10/2008 13:55:15



ALVORADA
ALVORADA
O cheiro da terra molhada, do mato molhado invade tudo, cheiro gostoso de liberdade; do moleque de pés descalços correndo solto, pulando entre as ruas do vilarejo, atravessando quintais e roubando as frutas deliciosas, inesquecíveis, muito mais gostosas do que as de casa.
Menino levado, menino traquinas, verdadeiro capetinha. No riacho, os peixes na curva do rio, o sonho de voar, de nadar até o mar, distante e inatingível mar.
Os dedos correndo pelos cantos do bolo de fubá, o grito da mãe, a bronca de Maria, bela mulata de seios fartos e convidadativos.
A vida explode em seios e sexo, menino safado olhando por trás da parreira de chuchu, a vizinha desprevenida com as saias curtas e as coxas grossas.
Delícias da infância passada entre os paladares vários das bocas sonhadas e das magias dos doces e frutas.
O tempo traz os pelos e a enxada, pai cansado, trabalho muito; escola longe, terminou a quarta série, é hora de trabalhar...
As missas ao domingo, a volta a pé, distante, meia légua, o gosto da boca da morena; o mato cheiroso, a terra convida, as pernas abertas, casamento à vista.
Nascem as crianças, rebentos arrebentando tudo, a morena enrugada, os dentes perdidos, a esperança também.
Na curva do rio ficou o coração e a esperança, a coragem se tornou, cansada em luta, labuta, mãos calejadas, alma também.
Filho mais velho, igual ao pai, esperto, ativo, moleque; belo menino com os olhos transmitindo o sol por trás do pasto, por trás da lavoura. Menino bonito, destinho cruel.
O tempo tragará o garoto, como tragou o pai, como tragou o avô, o patrão espera na espreita mais dois braços fortes...
Mas as coisas estão mudando, a enxada é trocada pela caneta, as mãos do menino são espertas, aram o caderno com maestria; que pena...
Termina a quarta série ginasial, agora oitava, ensino fundamental, é, na minha época era só o primário, o tempo mudou...
Depois disso, a enxada, a morena, o cheiro do mato molhado, e a história recomeça.
Porém, lá no Alvorada, em Brasíla, um igual a ele assume o poder; votou contra, o patrão mandou, a gente obedece... tanto faz quem quer que ganhe, pro pobre é tudo igual.
Mas não, começaram a clarear algumas coisas, a luz chegou na casa escura, a lua já não é a única companheira dos vaga-lumes e das lamparinas de querosene.
O menino tem novidade; continua a estudar, e traz a notícia:
-Pai, vou fazer o vestibular!
Como ?! Vestibular? Esse menino ficou louco?
Filho doutor?
A lua olha para baixo e se comove, trazendo gotas de orvalho de alegria e esperança.
Os olhos opacos da morena, brilham, a boca lisa, sem dentes sorri; ele repara bem, e vê
A mesma beleza, o mesmo cheiro de mato molhado, o mesmo cheiro de terra...
posted by MARCOS LOURES at Domingo, Abril 30, 2006
Publicado em: 15/10/2006 11:14:47
Última alteração:23/10/2008 13:16:00



AMA SECA
Nunca gostei de cães, nunca. Sempre tive certa ojeriza a esses animais barulhentos, com suas manias absurdas, como arranhar a casa toda, sujar todos os ambientes, essas coisas...
Todos os cachorrinhos do mundo, em contrapartida, eram adotados por minha irmã, Andréa Cristina.
Deveria se chamar Francisca, tal a mania de trazer filhotes de animais para casa.
Lembro-me de pelo menos uns dez cães e outros tantos gatos. À noite, durante um belo par de noites, ninguém conseguia dormir direito com a sinfonia dos filhotes .
Andréa era cuidadosa e isso fazia com que a maioria sobrevivesse aos primeiros dias, crescendo amamentados pelas mãos carinhosas e meigas de Andréa.
Mãos cristinas, verdadeiramente cristinas.
Porém, depois de alguns dias, quando já estavam aptos à sobrevivência, misteriosamente desapareciam.
As “fugas” noturnas só nos foram esclarecidas depois de muito tempo, quando meu pai confessou ser o misterioso alforriador dos bichinhos.
Mas um dia, em Mirai, quando estávamos visitando nossa amada avó, fato que se repetia nas férias escolares ou nos feriados prolongados, Andréa abusou.
Àquela época, lá pelo final dos anos sessenta, ainda não havia essa conscientização com relação aos animais silvestres, portanto o estilingue ou atiradeira, era um dos brinquedos mais usados pelas crianças, além da espingarda de chumbinho.
Os ovos e pintinhos da casa da minha avó estavam desaparecendo, deixando marcas indeléveis da presença de algum “nefasto” visitante noturno.
O diagnóstico foi firmado e confirmado – Gambá.
Para quem não sabe, esse bichinho, além do hábito de comer ovo e pequenos pintinhos e frangos, tem a incontrolável obsessão por cachaça.
Gosta e gosta muito, bebe até cair e, depois disso, ali fica, rindo e satisfeito.
Feito isso, é só dar uma paulada na cabeça e a ninhada agradece.
Um belo dia, após terem sido executadas, com êxito absoluto, as táticas de guerra, meu tio anunciou a morte do fedorento animal.
Passados alguns instantes, eis que surge a minha irmã com uns cinco ou seis pequenos animais rosados nas mãos.
Não era gambá, era gamboa. E estava com uma ninhada dentro da bolsa.
O marsupial deixa o filhote na bolsa até completar o crescimento desses.
E, por sorte dos filhotinhos, isso estava para acontecer a qualquer momento quando houve a execução.
Pois bem, a franciscana Andréa, para assombro de todos e repugnância de alguns, menos do meu pai, resolveu adotar os bichinhos.
Esses cresceram e, desta vez, sem ajuda do abolicionista Marcos Coutinho Loures, deram vazão a seus instintos selvagem e fugiram, deixando minha irmã extremamente tristonha.
Ama-seca de gambá, primeira e última de que tenho notícia.
Publicado em: 20/08/2006 06:34:13
Última alteração:26/10/2008 22:34:15



AMADA //

A tua ausência causa-me tristeza
Dá-me uma angústia. Dá-me uma agonia,
Mesmo escrevendo tanta poesia
Na madrugada ardente - sobre a mesa.

Vara-me o peito a dor e contagia
A alma e sombra fica - pouca acesa.
O teu carinho é minha alegria
Tua carícia doce sobremesa...

Tua presença é fato consumado
Distante de teus braços, sou ninguém
Viver é poder ter alguém ao lado

Que possa caminhar e ser meu bem.
A noite mais tranqüila sempre vem
E amada, cura as marcas do passado...

GONÇALVES REIS
Marcos Valério Mannarino Loures
Publicado em: 06/08/2007 19:45:25
Última alteração:05/11/2008 16:58:22



AMADA/


Quero sentir o toque de teus dedos
Delineando em risco de magia
A fantasia prenhe de desejos
A aquecer a minha alma fria

A cada toque, mais sutil, ousado
Revele em mim a sensação ardente
De amor em chamas, beijo lambuzado
Que me embriague, fogo ou aguardente

Ébrios de amor, nos laços da ventura
Nada sejamos que somente amantes
Na ânsia louca, mal que não tem cura
Pura oferenda ao rito delirante...

Desfruto da ventura de poder
Alçar o pensamento ao puro amor
Que emerge sobre tudo com prazer
Derrama sobre nós o sedutor
Néctar onde enfim, posso antever
O gozo da alegria em destemor.
Recebo em cada verso teu afeto,
O doce que mais quero, o predileto...

ANA MARIA GAZZANEO
ML
Publicado em: 29/11/2007 19:49:53
Última alteração:29/10/2008 21:54:23



AMADA -

Refúgio nos penhascos eu procuro…
Quando me sinto apreensiva…
Falar com o mar…
Ou chorar com a brisa…
Faz com que fique mais serena…
E com calma…
Dizer-te o que me preocupa…
Encontrando nos teus olhos…
Alívio, consolo e carinho…………….

Se quando a solidão se aproximar
Vieres para mim em pensamento,
Ouvindo o teu chamado neste vento
Irei, no mesmo instante te buscar.

Teu nome se espalhando vai chegar
Depressa aos meus ouvidos, num momento.
Irei apascentar qualquer tormento
Que venha a minha amada maltratar...

Aí em mansidão de calma brisa
Querida, farei tudo o que puder
Eu não admitirei que um mal qualquer

Invada tua vida. O vento avisa
Que estás sofrendo. Aguarde um só instante
Estou chegando agora, amada amante...

MARTA TEIXEIRA
Marcos Loures
Publicado em: 22/07/2007 20:00:57
Última alteração:05/11/2008 18:29:27


AMADA -

Trago em mim tua imagem
Do deserto a miragem
Que me rouba a visagem
De qualquer realidade...

Tua imagem querida
É oásis de vida
Como o sol a brilhar
Toda a luz que cintila...

Vivo assim prisioneira
De imagem faceira
Que me encanta e fascina
Tão amada, me arrima...

Faço um verso sobre o gosto
De beijar a boca amada
Coração pra sempre exposto
Desfilando em batucada
Na avenida dos meus sonhos
Amor é carta marcada
Cintilando em passarela
Toda estrela iluminada
Mostra o rumo, minha vela,
No teu mar virei jangada
Navegando o tempo todo
Sem te pedir quase nada,
Vou sangrando o sentimento
Que se mostra na invernada
Sonho lindo de viver,
Nesta noite enluarada
Vou pegar este cometa
E seguir na bela estrada
Que me leva num repente
Para a tua casa, amada...

ANA MARIA GAZZANEO
Marcos Loures
Publicado em: 27/07/2007 20:40:56
Última alteração:05/11/2008 17:59:27

AMADA AMANTE -

Sou só segredos minha paixão
Vê se consegue entender
Já falei dos meus sentimentos
Já me declarei prá você
Não sei mais o que está faltando
Prá você me compreender
Que durante o dia eu sou santa
Profana só sou a noite
Quando passar prá mim pegar
esconde seu carro na moita
Prá que ninguém fique sabendo
Se não sua mulher lhe açoita
Não tenho medo nenhum
Só não quero lhe prejudicar
Quero que sejas feliz
No seu lar doce lar
Pois só lhe quero mesmo na cama
Fazer amor e depois
você prá lá e eu prá cá.


Eu quero esta volúpia sem limites
E nada nos impede, esteja certa.
Espero que em meus versos acredites
Jamais a tua cama irá deserta

Não deixo me levar pelos palpites
Nem sou propriedade em que se aperta,
Não deixe que algum medo enfim te agites
Pois sou simples cometa em noite incerta.

Verás que um homem teu não foge à luta
Nem teme esta batalha mais gostosa
Por isso, minha voz quando se escuta

Se mostra bem mais forte e retumbante
Vem logo e por favor deixe de prosa
Te quero com vontade amada amante...

GELIS
Marcos Loures
Publicado em: 26/07/2007 18:59:51
Última alteração:05/11/2008 18:01:12

Amada amante
Vencendo qualquer medo
Que cedo nos tomou
Eu sou o que tu queres
Tu és o que bem sou,
Vestidos de vontade
Vontade de despir
Amor nos invadindo
Destino a se cumprir,
Na valsa em plena praça
Nos passos desta dança
A noite qual criança
Teimosa e sem critério
Se mostra um caso sério
E nada nos impede
Do brilho que concede
Amor que tanto pede
Matar a nossa sede
Deitando numa esteira
A noite é companheira
Fazer qualquer besteira
E rir de qualquer jeito,
Depois, bem satisfeito
Do tanto que te amei,
Beber de cada estrela
Um brilho transbordante
Voar, amada amante,
Em direção ao sol...
Publicado em: 01/08/2008 18:45:29
Última alteração:19/10/2008 22:09:40


AMADA AMIGA //

Serás feliz ao meu lado
Basta apenas querer
Tuas noites imensas e tenebrosas
Que um dia pensavas ter
Serão noites serenas
De sonhos lindos e infindáveis
Pois além de um grande amor
Terás uma grande amizade
Serei tua âncora
Um porto seguro
Tua mão protetora
Serei teu escudo
Basta apenas me amar!


Um porto seguro
Encontro em teus braços
Vencendo o chão duro
Atando estes laços
Em sonhos serenos,
Querida te encontro
Amor bateu ponto
Em dias amenos.
Vem logo, eu não canso
De sempre querer
Amizade, amor
E um doce prazer
Na boca gostosa
Perfume de rosa
Matando o espinho,
Não vou mais sozinho
Seguindo meus passos
Atando meus laços
Em quem quero bem
Vem logo que a vida
Sem luta renhida
Se faz mais bonita
Se temos alguém...

GELIS
Marcos Loures
Publicado em: 28/07/2007 20:11:40
Última alteração:05/11/2008 17:42:10




Na vivência deste amor, descrevo a marcha
De incontinenti coração descompassado...
Diante do comando do amor
Me vejo, na emoção, desajeitada...
Concentração dos atos, não existe...
Sou qual, tal íon, atribulado...
No rito mais solene de uma química
Que deve, um experimento, concentrar...
E sinto com fremência, todo o impacto
Destas novas e tão belas, reações
Soubesse o resultado, da ciência...
Por certo eu preveria, este final...
Mas sigo à mercê, estou cativa
Pois sou o elemento, principal...
E vivo ao deus-dará, na evolução
Sabendo, empenhado, o coração...
Na química sem par, desta emoção.

Quem dera, meu amor em profusão
Vertesse a ti e ao mundo, mais amor!


Um próton que procura conjunção
Com elétron que passa e é orbital,
No gesto mais insano e sensual
Procura por um gesto de emoção.
Um íon que os uniu nada desata
Somente uma explosão se nuclear.
Assim concebo intenso nosso amar
Provoca reações das em cascata
Dos nêutrons a distância que mantemos
Previne o sofrimento da mesmice
Amar tão neutramente? Uma tolice...
Cativos, tão unidos nós vivemos.


ANE MARIE
Marcos Loures

Publicado em: 25/02/2007 21:39:45
Última alteração:06/11/2008 12:02:49




Amando em Copa...



(She is Carioca)

Amando em Copa...

Vem...
Sou teu abrigo,
Esconderijo,
Proteção,
Alimento,
Alívio,
Vem...
Sem demora,
Apaixonadamente,
Demoradamente,
Vem...
Andar de mãos dadas,
Apreciar o mar,
Extasiar com o pôr-do-sol,
Em Copacabana namorar,
Vem...

Regina Costa

No Baixo, em Ipanema ou Botafogo
As noites sob as luas cariocas,
Tu chegas mansamente e me provocas
O coração deveras pega fogo,
Em Copa, São Conrado, o mesmo jogo
E nele entre os delírios me deslocas
E doces harmonias; logo entocas
Sem medo, sem pudor, sem pressa ou rogo.
Assim as nossas noites bar em bar
Até beber na praia do solar
Desenho feito em ondas tropicais
Delícia usufruída a cada instante
Aonde tanto amor mais provocante
Decerto desejando muito mais.
Publicado em: 06/07/2010 14:27:57



Amando Plenamente
Se queres vivem bem para ti, deve viver bem para os demais. Lúcio Anneo Sêneca

Se queres alegria, a distribua.
A vida necessita do sorriso.
Pois a morte virá sem ter aviso
E quem sempre sorri, manso flutua...

A tua vida espelha a minha vida,
Estou feliz em ti e vice-versa,
O resto, neste mundo, é só conversa;
A lua que não se acha, vai perdida...

Espero teu carinho em ansiedade
Esperas meu amor tão calmamente,
Unidos, nos tornamos, de repente
Um elo que trará eternidade...

É bom saber que sempre estás feliz,
Embora tantas urzes nos caminhos.
Essas águas que movem os moinhos,
Nunca voltam jamais pedirão bis...

Mas seja, desta casa, a claridade.
Entregue teu amor manso e sincero,
De ti jamais desejo nem espero
Pois sei que tu trarás em liberdade.

De tua mocidade traga o brilho,
De minha sobriedade deixo a vela.
Do encontro divinal já se revela
O rumo que teremos, nosso trilho...

Eu sou feliz por seres sempre minha,
Nas horas mais difíceis, o meu porto.
Um dia, quando o sonho semimorto,
Irei para os teus braços, andorinha.

E fecharás os olhos de um poeta
Que amou e que sofreu demais na vida.
E mesmo assim na nossa despedida,
Saiba que nossa vida foi completa!
Publicado em: 23/11/2006 16:42:05
Última alteração:28/10/2008 11:52:48



O teu pedido atendendo
tua musa foi correndo
temperar o macarrão.
Tá levando molho e queijo,
e de quebra um grande beijo
pra acalmar-te o coração.

Minha musa é tão bonita
Coração não acredita
Que esta musa está comigo,
Eu sou um cabra de sorte
Nosso amor é bem mais forte
Nada oferece perigo.

De manhã café na cama,
Depois acendendo a chama,
Tem amor de sobremesa,
O nosso dia começa
Juntando peça por peça
Vou descendo a correnteza

Depois do almoço deitado
No seu canto aconchegado
Recomeço a namorar,
Depois no lanche da tarde,
É tanto amor que nos arde,
Namorando sem parar...

Jantamos tanto carinho,
Voltando pro nosso ninho,
Só pra fazer mais amor,
Seja no verão, inverno,
Nosso amor é sempre eterno,
Vem aquecendo o calor.

Na ceia já nos fartamos
E de novo nos amamos,
Sem nem pensar em parar.
Antes de dormir, é fato,
Brincamos no ato, desato,
Só depois vou descansar...


HLuna
Marcos Loures

Publicado em: 02/03/2007 13:59:04
Última alteração:06/11/2008 11:33:33



Entre todas as dúvidas e
incertezas que tiveres...
Arrume sempre um espaço
para essa verdade que digo:
Eu te amo!
Sempre hei de amar-te.
Por mais difícil que nos pareça
ser nosso amor impossível...
Amar-te hei,por toda minha vida.
Quando quiseres uma companhia,
um ombro amigo pra chorar...
Lembre-se, que estarei sempre
no mesmo lugar,
sempre a te esperar!
Quando lhe parecer que eu te esqueci...
não temas jamais amor,
pois você estará tatuado em meu coração!!!

Amor que nos sacia e nos tatua
Crivando de emoções a vida inteira,
Minha alma ao te saber, cedo flutua
Trazendo tanta paz como bandeira...

Eu sonho ter teu beijo, clara lua,
Forrado em sensação mais verdadeira,
A pele tatuada, exposta e nua.
Fazendo de meu corpo tua esteira...

Teus rastros vou seguir, amada amiga,
Pegadas que deixaste no caminho,
Nesta ternura imensa, nossa liga

Que sempre norteou cada carinho,
Carinho que, no amor, é forte viga.
Certeza de não ser, jamais, sozinho

ESCRITORA RP
Marcos Loures

Publicado em: 02/03/2007 15:35:34
Última alteração:06/11/2008 11:33:26


Se eu fôsse um retratista
tirava um retrato teu,
para mim pôr no meu quarto
para ser consôlo meu.
Amada, teu retrato na parede
Mostrando como é bom ser mais feliz.
Dessa alegria imensa tenho sede
Do amor eu sei que sou um aprendiz...

Ao ver quanta beleza em ti transluz,
Me sinto em privilégio frente a Deus,
Teus olhos; duas fontes, forte luz,
Não diga nunca mais sequer adeus...

Ao te perder senti como era triste
A vida sem amor e sem carinho,
Amor é fortaleza que resiste,
Gaiola que encantou um passarinho...

Ao ver o teu retrato, me lembrei,
Do tempo em que vivia como um rei...

Trova típica da região do Nordeste de Minas Gerais

Publicado em: 15/03/2007 15:08:50
Última alteração:16/10/2008 05:35:14



AMADA, TU ÉS MINHA -


Tá bom, vamos prá farra
O pai nem vai saber...
só quero ter você
E medo não me amarra...

Seja que jeito for...
Te amo, meu amor...
Te beijo atrevida,
Amor da minha vida!


Que bom que já topaste
Fazer nossa arruaça
No matel ou quintal
Quem sabe em plena praça?

Não ligue pro que dizem
São todos invejosos...
A gente sempre tem
Dias maravilhosos

Em mãos mais atrevidas
Em línguas perigosas.
Brincando escondidinho
Bocas voluptuosas

Que fazem nossa festa
Também imensa farra
Meu peito no teu peito
Prendido em forte amarra.

Teus seios belos,fartos,
Tuas coxas morenas...
Repito em todo sonho
Deliciosas cenas...

ANA MARIA GAZZANEO
Marcos Loures
Publicado em: 22/07/2007 22:57:53
Última alteração:05/11/2008 18:28:49



Princesa que dormia
No canto desta cama
Princesa que se ardia,
Calor de tanta chama
Princesa que sabia
Que a noite não reclama
Que venha o novo dia
Inunde poesia...

Princesa que beijava
A boca que pedia
Princesa que eu amava
Com toda fantasia
Princesa que tramava
A vida em alegria
A noite que chegava
Prazeres, inundava...

Princesa que quisera
Saber da melodia
Da vida, mansa fera,
Que vem numa harmonia
Trazendo a primavera
Princesa não sabia
Que a vida, essa quimera,
Também de dor tempera...

Princesa volte aqui,
Meu verso que te anseia
Em tudo o que senti
Amor não se receia
Em pleno amor vivi.
A noite em lua cheia
Amor em ti eu li,
Vivendo só por ti...

Princesa, nossa mesa
Está tão recheada
Tanta delicadeza
Princesa, minha fada
Se perde na beleza
Desta mulher amada,
Amando essa princesa,
Deitada, sobre a mesa...
Publicado em: 27/01/2007 20:49:52
Última alteração:28/10/2008 10:38:06


Amada...

Nas saudades do meu canto
Tanto sobem quanto invadem
Prazeres tantos que me ardem.

Seguindo sem ter sossego
Nas ruas que me perdi
No segredo que pedi.

Amada; não sonho mais
Os sonhos que já sonhara
Através desta seara.

Que me leva pro teu colo
Quase me deixa tão louco
Ralando doce de coco

Nas doçuras mais amargas
Vidas, vidas, vidas magas...

E nas saudades, teus braços.
Nossos ninhos, cantos, pássaros...
Publicado em: 02/01/2007 00:22:54
Última alteração:28/10/2008 10:41:19



Os límpidos luares reticentes
Em busca da total prosperidade
Lunáticos desejos dos dementes,
Vislumbram com grandeza e claridade.
Lua, minha comparsa, seus poentes
Repetem velhos ritos da saudade.
Meus olhos pobrezinhos penitentes,
Perderam, nos seus raios, mocidade...

Rainha das esferas siderais,
Tortura enamorados com desejos...
Te ergueram seus altares colossais...
Dilúvio dos amores, senhorita.
Testemunha sutil de tantos beijos.
Ao ver-te assim, nublada, uma desdita...

Parece com amores impossíveis,
Sonhados desde a minha mocidade,
Teus braços tão bonitos, tão incríveis,
São raios que me invadem, de saudade!
Publicado em: 09/02/2007 19:04:26
Última alteração:28/10/2008 10:39:58



Desapontada fico…
Quando o vento me diz que hoje não vens……
Noite especial……….
E, só na companhia das estrelas e da lua vou ficar…………
Nem me apetece acender as luzes ou ler um livro…….
Ou ouvir música…
Pois dançar não posso e desastrado é o vento…………….

O vento enciumado te mentiu,
Irei amor, decerto te tocar...
Apenas este vento repetiu
Mentiras que ele ouviu do triste mar

Que ao ver que nos meus braços já dormiu
Sereia que Netuno quis amar,
Achando que podia, ele pediu
Ao vento para, louco; te enganar...

Estou aqui bem perto, sinto o cheiro
De teu perfume solto pelo espaço.
Meu verso mais sincero e verdadeiro

Tocando esta janela do teu quarto,
Aguarda calmamente que esse laço
Renasça até que o dia chegue... Farto...

Marta Teixeira
Marcos Loures

Publicado em: 20/03/2007 18:56:38
Última alteração:06/11/2008 11:23:49





Esqueça os ventos, mude o tempo...
Percorra totalmente sem pudores, meu ser
entreaberto aos seus desejos
Toca-me por inteiro a alma e
faça-se presente ao nascer do sol
e no crepúsculo toma-me contigo
Corra pelas paragens suaves do nosso amor
inunda-me de infindável desejo revelado em prazer
Sinta o verdadeiro amanhecer de nossas almas
em plenitude de um novo e eterno dia.

Caminhos delicados do prazer
Aberto aos nossos sonhos mais audazes.
Vontade de contigo conhecer
Momentos mais felizes e vorazes...

Além do nosso mundo, amanhecer
Nos teus braços, carinhos mais capazes,
Percorrendo em loucuras, todo o ser.
Nas asas deste amor, nós somos ases...

Infindável desejo não termina
Nem mesmo quando raia o novo dia.
Depois de conhecermos fonte e mina,

Jamais nos deixaremos, meu amor.
Agora que sabemos da alegria,
Eternamente juntos, destemor...

MARA PUPIN
Marcos Loures
Publicado em: 15/05/2007 14:35:34
Última alteração:06/11/2008 08:03:06


Amado Sonho
Que te levou de mim, amado sonho
Que em tantas noites foi meu companheiro?
Procuro por teu braço o mundo inteiro,
Esquecido da sorte a que proponho.

Recebo estas lufadas do passado
Que dizem que jamais tu voltarás,
Por onde, quais caminhos, andarás,
Deixando –me deveras mais cansado.

Bem sabes que amputaste meu futuro
Ao veres a minha alma desnudada,
Em troca não deixaste quase nada
A não ser este vazio tão escuro.

Amor que vai sugando tudo em volta
Buraco negro, nada te resiste.
O tempo de viver que inda me existe
Não quero que se torne só revolta...

Amor que desamor trouxe em cuidado,
Chorando, minha sina continua
Quem nasceu em pureza, alma tão nua,
Por toda a vida segue assim, chorando...
Publicado em: 30/11/2006 14:54:15
Última alteração:28/10/2008 11:41:22





Amada, faz um ano... Lembro bem,
Que a gente começou a namorar.
Durante tanto tempo sem ninguém
Sozinho, sem ninguém para encontrar!

Alguns dias depois, quase brigamos,
Ciúmes de quem fora teu amor.
Por mares tão difíceis navegamos,
Em busca deste cais encantador

Um ano de namoro e muita história,
Felizes, somos dois apaixonados.
Amar é se render a toda glória

É prova de que existe um Deus no Céu,
Muito obrigado e que sejam nossos fados,
Eterna seja assim, lua de mel!

Obs Soneto do Poeta Capixaba Diasbetti;
Publicado em: 14/03/2007 07:09:10
Última alteração:15/10/2008 21:50:58


AMADA

Meu bem, meu amado
Querido por mim
De onde tu vens
Vestido assim?

Manto de luar
Corpo a fremir
Estrelas no olhar
A chamar por mim?

Querida em alva lua
Vestido com meus sonhos,
Vagando pela rua,
Em cantos tão risonhos

Abelha faz o mel
Do doce desta boca,
Deitada em meu dossel
Uma aventura louca

Que é feita em esperança
E trama uma alegria,
Nascendo qual criança
Que amor tanto irradia.

Total deslumbramento,
Moldando um sentimento...

ANNE MARIE
Marcos Loures
Publicado em: 06/07/2007 17:36:22
Última alteração:05/11/2008 19:48:35


AMAR ALÉM --


Luz....
Luz do sol....luz do luar...
Rodear-me de luz...
Afastar as sombras...
Pensar em ti...
É amar-te....
Sem dúvidas...

Amar além do mar, de procelas tantas
Buscando te encontrar, antigas vielas
Seguindo para o Porto em asas me agigantas
Fomentas a alegria, esparramando estrelas.

As horas passarão em brilhos onde encantas
Deixando as sombras; longe, eu não quero mais vê-las...
Ao ver tua beleza e tuas mãos tão santas
Vontade de tocar e enfim ao recebê-las

Saber que vale a pena a vida em tanto amor,
Fazendo da esperança um canto a te propor
Mesmo que o mar imenso afaste um pouco mais

Estou sempre contigo e o tempo inteiro assim,
Guardando o teu amor, bem perto e junto a mim
Para tão grande amor, nada é longe demais...

MARTA TEIXEIRA
Marcos Loures
Publicado em: 26/07/2007 10:26:22
Última alteração:05/11/2008 18:02:31



AMAR /


Se vivo na fantasia,
De te encontrar, meu amado,
É porque tão triste fado,
De mim, roubou a alegria.

Sempre te quís do meu lado.
Sonho que sonhei um dia.
Mas turvou-se a alegria,
Jamais ter te encontrado.

Vivo em sonho, o que eu queria
Mas não descarto o futuro...
Pleno em possibilidade...

Me vejo a saltar o muro,
Que me impede, a realidade,
De te amar de verdade...

As cores deste céu que sempre quis
Formando este mosaico mais fantástico
Soprando nos meus olhos sacro giz
Um sonho que me entorna, assim bombástico

Mergulho neste mar que outrora estático
Agora é feito em brilho, intensa luz,
Vivendo este porvir tão enigmático
Ao eldorado vivo me conduz.

Saltando o muro imenso dos problemas
Alçando em ilusão tal patamar,
Diviso neste amor, divinos lemas

Que fazem da alegria o meu pomar,
Não temo nem pretendo que tu temas,
Pois temos já conosco o santo amar...

ANA MARIA GAZZANEO
MVML
Publicado em: 15/09/2007 16:42:37
Última alteração:04/11/2008 16:55:24



AMAR /

Somos duas criancinhas
Sobrevivendo de esperanças
No nosso amor construímos um ninho
Para abrigar nossas façanhas

Somos bastante corajosos
Enfrentamos qualquer perigo
Batalhamos e vencemos guerras
Defendendo um amor sem juízo

Fazendo o nosso ninho
Aonde aninho o sonho,
Sorrindo de mansinho,
Amor eu te proponho
Vagarmos noite afora
Estrela radiante
Que em cores nos decora,
Aflora num instante
Vontade de chegar
Deitado no teu colo,
Vibrando de desejo
Roçando devagar,
Granando este prazer
Frutificando amar...

GELIS
MVML
Publicado em: 17/09/2007 14:14:33
Última alteração:04/11/2008 16:54:19


AMAR /


Mil coisas tenho para te dizer...
Suspiros, beijos e abraços
Eu deixo....
Hoje tenho tempo...
Para vasculhar entre os CD...
Escolher uma música leve...
Sonhar nos teus braços...
E se adormecer....
Acorda-me devagarinho..............

Deitada entre meus braços adormeces,
Adornas minha casa, bela dama.
Tecendo no teu corpo raras preces,
Acende neste outono a nossa chama.

Vasculho por segredos, tua pele,
Encontro as mais suaves maravilhas.
A cada novo ponto que revele
O quanto são divinas tuas trilhas

Percebo que não tenho mais saída,
Sou teu e nada além. Vivo feliz.
Em tuas mãos entrego a minha vida.
Prazeres que se buscam, peço bis.

E assim amor se faz devagarinho,
Suavemente e manso, com carinho...

MARTA TEIXEIRA
MVML
Publicado em: 17/11/2007 08:18:37
Última alteração:31/10/2008 13:21:41

Amar // Loucamente

sem ter juízo // livre de pecados

paraíso // sem pudor,

à vista! // nosso amor semvergonha!

Marcos Loures// Mara Pupin
Publicado em: 29/03/2007 18:25:45
Última alteração:28/10/2008 05:47:48



AMAR/


Sonhos...
Partilhados...
Completamente...
Sei que basta sorrir-te...
Para que tu me respondas....
Se abrir agora a porta para
o jardim...
Segues-me...
Vamos sonhar os dois à luz da lua...
Iludindo a brisa....

Aos braços do luar eu me entreguei
Roubando a claridade do momento,
Estrelas neste espaço, eu procurei,
Poeira no meu peito, toma assento.
Depois que tantas vezes vasculhei
Encontro nos teus braços bom ungüento
Que cura a solidão, e traz em festa,
Amor que em emoção, amores gesta.

MARTA TEIXEIRA
MVML
Publicado em: 24/10/2007 19:43:52
Última alteração:03/11/2008 20:21:07


Amar?
Amar?
Complexidade
Inalcançável
Por palavras.
Sentidos?
Senões.
Amar é ser sem ter
E não precisar ter
Para ser...
Publicado em: 16/01/2010 10:25:56
Última alteração:14/03/2010 21:08:24



Silente...
Observando o teu rosto amado,
Me perco em pensamentos...

Felicidade faz aflorar,
Em meus lábios,
Um doce riso...

E ouço a música...
Enternecida não me contenho,
De fazer-te um afago...
Roçar teus cabelos...
Te dar um beijo...
Aninhar-me em teu peito...
Ah! Como eu te amo!

Agradeço à Deus,
Por havê-lo encontrado...

E ao teu lado,
Descobrir a alegria de viver...
De amar...
De ser amada...

Silente...
Enamorada de ti...
Eis a verdade!
Te amo tanto!
Vivo por ti, apaixonada!

Ao ver o mar quebrando em alva areia,
As ondas vão lambendo as tuas pernas...
Morena com perfume de sereia,
As mãos tão delicadas, sempre ternas...

Calor do sol queimando me incendeia,
Não deixa que jamais; no amor invernas.
Teus seios, tuas coxas...Quanto anseia
Minha alma em sensações demais eternas...

Amar é descobrir que uma alegria
Nos eterniza em cantos e vontades.
Poder te namorar a cada dia,

Roçando teus cabelos, manso vento,
Não deixa de saber felicidades
Guardando nosso amor no pensamento..

ANNE MARIE
Marcos Loures
Publicado em: 09/08/2007 06:22:55
Última alteração:05/11/2008 16:51:45

AMAR ,AMAR /



Direito não, não sei, se me assistia
Porém um belo fado premiou
Beleza da emoção, doce poesia
E toda a minha vida iluminou...

Abertas, jazem portas da minha alma
Ternuras, doce vinho embriagador
Em odre, taça, palma, regozijo

Em festa divinal, amado digo
Por ti, um grande amor em mim, nasceu
Acolhe-me , sou tua, vem ser meu!

Odres, vinhos, veios
Tramas e licores
Augúrios, antúrios
E espetáculos.
Oráculos resumem
O quanto presumem
Os sumos do amor.
Somos as somas
Os gomos e as camas
Os comas...
Repetimos a dose.
No goze sem prazos
Nos traços destroços
Revoluções...

ANA MARIA GAZZANEO
ML
Publicado em: 03/12/2007 17:46:31
Última alteração:29/10/2008 16:48:57



AMAR ,AMAR
Abarco o sentimento
Embarco neste sonho
Meu barco no teu cais
Um marco que se dá
Amar quase infinito
Amares em marés.
Somar e ser teu mar.
Publicado em: 18/11/2008 19:20:39
Última alteração:06/03/2009 19:02:47


AMAR ,AMAR
Amar é necessário ter coragem,
Saber que muitas vezes nos magoam
E mesmo assim, sentimentos maus revoam
E impedem que façamos tal viagem.

Amar sem ter coragem, tanto medo,
Traduz-se em sofrimento no final.
Quem ama deve ter esse ideal
Não temer intempérie nem degredo.

Mas tanto que te amei, minha querida,
Que agora a vida mostra outro sentido.
Das forças deste amor fui dividido
E quase, nos teus braços, perco a vida...
Publicado em: 09/12/2008 10:50:51
Última alteração:06/03/2009 15:44:12


AMAR ,AMAR
Pérolas que carregas, seus poemas,
Alvíssaras e paz, levam consigo.
Recendem esperanças, tantos temas,
As alamedas belas que prossigo...
Nebulosos destinos, os reverte.
Única pérola, liberta o mar;
Resume-se em sereia, que o converte
Incrustando o desejo de voar...
A luz se prometendo incendiária,
Cabendo dentro deste sonho: amar!
As algas, os marulhos.... Procelária
Revoa livremente, sem parar.
Lume se revigora, fonte vária,
As estrelas não podem reclamar!
( a poetisa é sempre libertária)
Publicado em: 11/12/2008 12:33:18
Última alteração:06/03/2009 15:38:02


Amar ...
Amar ...

Amar,
é crer
no que
não se vê,
e sentir
o que
parece ser
impossível
de sentir ...
(ivi)


Eu rendo-me em teus braços
Alçando uma aliança
Alcanço novo laço
Que realce uma esperança
Avança a sensação
De ser em plena ação
Um ato de emoção
Unção em nosso amor.
Rendido pelo encanto
Sem tantos dissabores
Sabores prediletos
Repletos nos penhores.
Senhores de nós mesmos
A esmo muitas vezes
As vozes que escutamos
Escolta deste caso
Aonde o triste ocaso
Jamais venha nos ver...
Publicado em: 02/04/2008 15:36:31
Última alteração:21/10/2008 16:50:44


Amar a quem jamais amei!
Quando a vi, envolvida na neblina
Das mágicas poções sempre conquistam,
Minha vida promessa, cristalina,
Ressurgia, em teu corpo que alucina!!!

Teus olhos, negros, belos como o breu...
Brilham como a buscar mais claridade,
Coração que decifra, camafeu...
Vida quimerizada em brevidade...

Não sei se me visitas ou se foge,
Não percebi distâncias que separem...
Carrego tanto amor no meu alforje,
Defesas esquecidas que anteparem...

Vistosas mãos carinhos prometidos...
Sestrosos dedos, lúdicos brinquedos,
Quem saga não reparte sãos sentidos,
Mestiços sentimentos mentem medos...

Vê-la envolta, neblina sensual.
Réstias, hóstias, segredos seculares...
Caminhas teu disfarce casual,
Simulas teres vindo dos altares!!!

Nas horas mais difíceis não conferes,
Constranges m’as fenícias invasões,
Pesadas consciências por halteres,
Conspiras contra tolos corações...

Neblina que me nega ver teu rosto,
Embalde procurei por teu retrato,
Nos jardins poluídos meu desgosto,
Nas partituras métricas, maltrato...

Trepido meus farsantes sentimentos.
Vasculho por um lápis, lapiseira,
Não consigo lembrar quais os momentos...
Te perdi, num segundo, a vida inteira...

Não foste pois, sequer a despedida,
Não tenho outra lembrança mais feliz.
Respondo a toda lua que convida
Amante nebulosa, meretriz...

Nas neblinas, garoas e nos fobs
Entrevi teus macios espetáculos,
Nas certezas que perco, não afobes,
A vida me negou não quero oráculos.

Acalmo-me, fantasma delirante,
Não verto mais as lágrimas vazias.
Repouso os sentimentos numa estante,
Ao mesmo instante, logram-me valias...

No cárcere saudoso teatral,
As pombas nunca mais retornariam,
Arquipélagos reinam meu astral,
Quiçá foram manobras que mentiam...

No cais que deveria ser meu porto,
Começam meus saveiros naufragantes
Perfazes tão somente um triste aborto,
Não pude mergulhar qual navegantes...

Restando tua ausência neste barco,
Que a vida nunca turve este teu céu.
No fulcro da discórdia, tinges arco,
A porta que entreabriste, dum bordel...

Amantíssima orgia que não pude,
Ambrosias me deste por engano.
Verdadeira sonata do ataúde
Que formam derradeiro, cego plano...

Nos surtos fantasias e complexos,
Nos cantos melodias e serpentes...
Mascate negocias trapos sexos,
Os beijos nas neblinas absorventes.

Tentei quitar as dívidas com Deus,
Eu quis me transbordar desse desejo...
Não tive nem promessas, himeneus,
As mãos vazias nunca se calejam!

Quando a vi, nebulosa, mascarada.
Sangrei por todos poros, hemorrágico.
Não pude concluir, te vi calada,
O que pensei romântico é tão trágico.

Mas beijo esse teu manto de princesa,
Não podes me surtir nenhum efeito.
Da morte, te forjei, a realeza,
És parte deste amor meu, contrafeito...

Fenestras que fechaste não refiz.
Nas frestas meus fantasmas buscam farpa.
Não me permitirão nem ser feliz...
A morte dilacera, corta, escarpa...

A moça emoldurada justifica
A dor de me saber velho e ignaro...
Nos lodos que freqüento se amplifica
Mortalhas me seguindo, torpe faro...

A podridão que invade, traz minha alma
De encontro a rapinais aves de agouro.
Não deixando enlutada uma vivalma
Não deixando sequer mapa ou tesouro!

Tu foste amortalhada mansidão.
Mirraste meus delírios de grandeza.
Pachorrenta andorinha sem verão.
Loteaste infortúnios com vileza...

Fui latifundiário sem limites,
Amei dissimulando tantas vezes...
Criei amores falsos, paixonites,
Mereço por mentir dias e meses...

A minha cicatriz não se consuma,
A parte que me cabe não consola,
Das leis que te omiti, formaste suma.
Hemorragicamente foi escola...

Me sinto tão cretino, não te nego.
Meu par enebriante foi um mito.
Dos olhos nebulosos que carrego,
Um grito emana, salta ao infinito!

Não vês que me embriago de luxúrias,
Não viste que fingi um ser errante.
As marcas no teu corpo são espúrias.
O beijo da pantera asfixiante...

Te deixo, sepultura minha, em vida...
Refaço meu caminho sem segredo.
Mecânicas as mãos na despedida,
Os hóspedes não fingem sequer medo..

O coração piloso, t’as melenas...
O peito analfabeto quer poemas...
Não deixo por querer as velhas penas...
Amor e sofrimento, os mesmos temas!

Espraio meus sentidos pelo norte,
Vasculho cada canto do meu ser...
A poesia farta-se de morte,
Partilhas vai fazer, depois morrer...

Amada, me perdoe não ter tido
O filho que jamais querias ver.
Amante mais boçal, mais distraído,
Irias nesse mundo conhecer?

A tua face escondes azul véu,
O velcro da saudade foi satânico.
Impede conceber viver o céu,
Não deixa refletir senão meu pânico!

Despeço-me de ti, ó fantasia!
Na névoa abençoada te criei.
A porta do barraco, permitia
Amar assim a quem jamais amei!
Publicado em: 04/10/2006 21:10:12
Última alteração:28/10/2008 11:51:47


Já sem paciência e estômago para comer a refeição servida no quartel, o recruta rclama:

-Sargento, essa comida está insuportável, cheia de areia e de pedras.

-Pare de reclamar! Você não quer servir sua pátria?

-Servir sim, mas comê-la, não!

Compilado por Marcos Coutinho Loures
Publicado em: 04/04/2007 17:16:40
Última alteração:29/10/2008 18:06:14


Amar a vida // Viver a vida

mesmo que amara // com toda plenitude

soltar amarras, // livre de receios

saber das marés.// cumprindo ciclos.

Marcos Loures // Mara Pupin
Publicado em: 05/04/2007 14:16:14
Última alteração:28/10/2008 06:05:40



AMAR A VIDA

De todas as distâncias que trago de mim mesmo,
O que me consola é não ser veloz.
Minhas asas quebradas há tanto tempo
Trazendo as certezas da morte que me avisou.

A velocidade da vida me pegou de surpresa
E presa da inevitável vontade de voar, perco os sonhos.
São meios de fuga e de fingir a mim mesmo,
Uma tal felicidade que não disponho...

Tenho o meu próprio drama, que não compartilho
E nem divido. Nem comigo. Essa melancolia é vital,
Assim como o ar. Mais que a própria vida...
Seguindo os meus passos no dia a dia.

Sou eremita por opção e vocação.
Cultivo isso como as margens do rio que,
Raramente, transbordo. E muitas vezes me arrependo.
Outras não. Algumas vezes até sorrio.

Mas o sorrio efêmero que não permaneceria nunca.
No rosto exposto às cutiladas e incertezas das manhãs
Tantas vezes ansiadas e adiadas.
Sou a ausência do que não poderia ter.
E gosto disso.

Na certeza de que passarei pela vida,
Assim como vim, oco e inconsistente.
A sombria sensação do vazio e dos medos.
Eternos companheiros que são inerentes.

Mas amo a vida, principalmente sonhar.
Deles alimento o outro que convive.
Se embriaga e dança, e sorri.
Vai a esmo dentro de mim,
Assim nesta dicotomia.
Eu te amo.
Sinceramente
Na festa que veio
No riso e na dança
Na noite e festança
Que avança e não cansa
Total alegria
Nesta fantasia
Que sempre balança
Amor que completa
E sabe que insana.
Das noites passadas
Nos beijos trocados
E dos medos fingidos
Sou tua metade
Que nada, não arde
Apenas te cura.
Vivendo a poesia
De tal fantasia
Quem sabe um dia
Seremos felizes?
Publicado em: 31/12/2006 20:47:26
Última alteração:28/10/2008 10:35:42


Amar // Eternamente
sem amarras, // livre dos limites
sem marcas, // ou fragmentos
marés... // em nós
Marcos Loures // Mara Pupin

Publicado em: 26/03/2007 18:22:09
Última alteração:28/10/2008 05:49:43


AMAR//

Esse desejo pleno que nos arde!
Essa angústia grande ao coração
É um amor que ora nos vem tarde
Ou talvez seja aquela inspiração.

Já busquei a reposta em profusão
Já li todos os livros da estante
E pensei ficar sábio desde então...
E ficou foi mais perto não distante...

Pois amor, inerente sentimento
Do qual não escapamos isto é certo.
Congênita vontade nos assola,

Que surge desde o nosso nascimento,
Amar? Não necessita ser experto
Nem mesmo freqüentar qualquer escola...

GONÇALVES REIS
Marcos Valério Mannarino Loures
Publicado em: 01/08/2007 17:43:40
Última alteração:05/11/2008 18:19:34



AMAR /

Roubaste o meu coração.
Já não sei mais ser sozinha.
Voo tal um´andorinha,
Singrando nesta paixão...

Eu só quero o teu amor...
Nos teus braços me enlaçar...
Te beijar com muito ardor,
Passar a vida a te amar...


Aguardo teu amor, minha andorinha
E peço que não faças migração
Minha alma sem te ter, morre sozinha,
E com asa quebrada cai ao chão.

Não deixo no jardim, erva daninha
Nem mesmo me esqueci da adubação
Cevando com amor cada plantinha
Aguardo o mais depressa, a floração.

E quero o teu perfume para mim,
A rosa preferida do jardim
Rosa vermelha diz meu bem querer

Exala a sedução do puro amor,
Vermelho sempre diz total ardor
Vermelho e branco? Amar até morrer!


ANA MARIA GAZZANEO
MVML
Publicado em: 08/08/2007 15:37:39
Última alteração:05/11/2008 16:53:30


AMAR /


Primavera em minha vida, eu jamais veria
Não fosse o teu amor, meu doce amado.
Singrei mares bravios, nesta vida...
Quase me cansei da lida...

Mas mesmo vencida e combalida,
Viestes com teu riso, em novo encanto,
Fazer reviver os sonhos deslumbrantes...

Se antes de ti, por certo, nada havia,
Redundante, com tua presença, se fez esta alegria...

Já não sofro...
Já não choro...
Vivo agora, com você,
A eterna primavera!

A par de tão divina sensação
Entrego-me ao amor sem mais defesas.
Percebo que os percalços da paixão
Também são ricas formas de belezas.

A vida nos promete solução
A todos os problemas, incertezas,
Somente pareados na emoção
Nós venceremos duras correntezas...

Sejamos minha amada como um feixe,
Gravetos que se unindo fortalecem
Multiplicando o pão, o vinho e o peixe

Ao espalharmos somos bem mais fortes,
Nos nós que nos tapetes que se tecem
Mudando, solidários, nossas sortes...

ANA MARIA GAZZANEO
MVML
Publicado em: 25/08/2007 11:19:51
Última alteração:05/11/2008 13:06:44

AMAR /

Então
já vou
estou
já são...

Pois não
mais sou
um vôo
em vão..

refém
de um sonho:
amar

alguém
risonho
luar...

GONÇALVES REIS
MVML
Publicado em: 06/09/2007 21:19:40
Última alteração:05/11/2008 06:54:41




Mergulho no teu corpo sou sincero,
Não temo essa incerteza, nenhum mal,
Amor que não machuca, nunca quero,
Mergulho no teu pélago abissal.
Escracho meus sentidos, vivo e fero,
Nas cordilheiras, levo meu bornal,
Nossos ares, montanhas onde impero,
Mergulho nas alturas, abismal...

Amor que sempre fora mais vadio
Que não sabe escolher nem os lugares.
Não teimo pouco temo e já te amplio,
Na partitura singro meus cantares,
Na cama que desfrutas, teta e cio,
Talheres divididos nos jantares...
Morena, vem aqueça está tão frio...
Por testemunha estrelas e luares...
Publicado em: 10/12/2006 20:45:41
Última alteração:24/10/2008 13:54:54



AMANDO VOCÊ//

É de amor o meu canto...
Vivo o encanto de horas felizes...
Mil matizes colorem meu céu
Neste instante...
Sou sereia no mar,
Enredada na teia
Do teu doce olhar...
Deslumbrada,
A te amar sem cessar
Eu só faço,
Cantar e cantar,
Mil cantigas de amor...
Já nem ligo pras horas que vagam chorosas...
Neste vento que passa sereno
Teço o canto
Preciso e ameno
Meu cantar de amor por você!
Doce anjo, com beijo veneno
Que me rouba um carinho profano
Mata a sede e me leva à loucura
E me amando
Me enlaça em sua rede...

Empresto ao meu desejo uma loucura
De ser o que bem quero, ser teu homem.
As curvas desta estrada, longe... Somem,
Deixando-se antever tanta ternura.

Um toque de brandura, mais ameno
Galgando cada passo do caminho.
Não posso mais viver sem nosso ninho,
Desabrigado em solidão... Sereno

Da madrugada, nunca; nunca mais...
Eu quero estar contigo, em colo amigo,
Sentindo este carinho que me traz

Toda a certeza, amor de que consigo,
Viver a vida intensa, mas em paz,
Contando com calor de teu abrigo...

ANA MARIA GAZZANEO
Marcos Loures
Publicado em: 30/07/2007 17:24:33
Última alteração:05/11/2008 17:58:18


AMANDO VOCÊ -


Hoje
Vou te amar em silêncio...
Deixarei que te fale somente
Os meus olhos...
Que trago neles, a alma exposta...
Não me dê outra resposta
Que não o beijo desejado...
Neste dia ensolarado,
Se me amas, aposta
Neste amor desesperado...

Amando sem palavras, sem discursos,
Apenas se entregando, tão somente.
Lançando em belo campo uma semente
Os rios vão seguindo calmos cursos.
Nós temos neste amor, tantos recursos
E nada nos impede, certamente,

Explodindo em vontades, peito aberto,
Decerto não precisa se mostrar,
Sabendo toda a força a dominar
Aguando de desejo este deserto.
Eu quero nos teus braços, sol e mar,
Estar contigo imerso, e sempre perto.

Amar e não perder jamais o prumo,
Meus lábios já conhecem todo o rumo...

ANA MARIA GAZZANEO
Marcos Loures
Publicado em: 28/07/2007 13:20:49
Última alteração:05/11/2008 17:44:11



AMANDO VOCÊ

Eu bem sei quanto é que dói
Esta negra solidão,
Todo tempo se destrói
Nas entranhas da paixão.

Mas prossigo pelejando
Por um dia bem melhor,
Contigo vou namorando
O teu beijo sei de cor.

Mas talvez já não me queiras
Talvez queiras, nem percebes,
As tuas flechas certeiras
Invadiram minhas sebes

Tomaram a direção
Que previas, meu amor,
Flechado no coração,
Eu estou a teu dispor...
Publicado em: 19/09/2007 06:03:22
Última alteração:23/10/2008 18:06:52



AMANDO VOCÊ

A tua silhueta tão formosa,
Reinando nos meus sonhos, vem ardente
Rondando o meu jardim, perfeita rosa,
Mostrando ser feliz; um fato urgente,
A mão que acaricia; carinhosa,
E toda esta alegria que se sente
De ser, em minha vida, amada, teu.
Clamor que em fantasia se verteu...
Publicado em: 18/10/2007 17:21:23
Última alteração:23/10/2008 18:51:31


AMANDO VOCÊ
O sol,
que vem,
de mansinho,
tentando alegrar
este meus dias ...
(ivi)


Alva, vinhas; veloz alvorecer...
Beijo embarco na bela doce boca...
Trago o tato, temi tirar a touca
Adoço o sonho, quem me dera ser!

Não sei se sabes sinto não saber,
Aporto portos pútridos. Espoca
O meu medo, penedo a percorrer.
Meu trabalho foi falho, fel desloca!

O rombo dos arroubos foi rebento.
O traço dos meus passos foi errado.
Varais, vestidos, vértices do vento...

O que não sei serei tudo desfaço...
O canto que cantei nunca encantado.
O resto que traguei, um simples traço!
Publicado em: 25/03/2008 21:18:40
Última alteração:21/10/2008 22:05:40

AMANDO VOCÊ
Cada palavra tua,
permanece, aqui,
no meu pensamento,
acalmando estas
noites sem sono ...

Me faz sonhar ...
(ivi)

Eu te amo! Não somente por que és bela,
Nem tampouco, querida, por desejos.
Nem somente na luz que se revela
Quando na delícia de teus beijos.
Não te amo por motivos tão banais.
Pois não me importaria isso, jamais.
Publicado em: 09/04/2008 21:37:01
Última alteração:21/10/2008 18:20:32




AMANDO VOCÊ
AMANDO VOCÊ

A tua silhueta tão formosa,
Reinando nos meus sonhos, vem ardente
Rondando o meu jardim, perfeita rosa,
Mostrando ser feliz; um fato urgente,
A mão que acaricia; carinhosa,
E toda esta alegria que se sente
De ser, em minha vida, amada, teu.
Clamor que em fantasia se verteu...
Publicado em: 22/09/2008 17:59:44
Última alteração:02/10/2008 19:31:12



Se eu vier te pedir,
Que tu ames a mim...
Diz que sim, por favor!

Que não sabes do amor...
Que em mim,
Canta assim,
Como o rouxinol...

Nas manhãs de verão...
Primavera sem fim...
Neste lindo jardim...
Que em mim floresceu...

E a cantar segue, enfim...
A buscar tão somente...
Um carinho teu!

Amor que me tomando me extasia
Em flores e perfumes delicados.
Tornando cada dia em fantasia
E sonhos que serão recompensados
Por outro amor repleto em alegria
Mostrando que o futuro lança os dados

E mostra minha sorte mais completa
Nas flores estampadas dentro em mim.
Cupido, perspicaz atira a seta
E atinge o coração. Amando assim
A vida nos teus braços se repleta
E nasce em toda rosa do jardim...

Meu canto não se cansa de buscar
Amor que se fez raio de um luar...

ANNE MARIE
Marcos Loures
Publicado em: 04/05/2007 14:54:20
Última alteração:06/11/2008 08:11:44



Eu quero o teu sabor
De doce cana e mel.
Vivendo em nosso amor,
O sol, a lua, o céu....
A roupa se quarando no quintal
Vontade de brincar, de pular corda.
Amando nossa roupa em festival,
Quarando nosso amor, na mesma corda...

Morena que me guia
O brilho do teu sol,
Em plena fantasia,
Morena meu farol...
A broa que foi feita de melado,
O gosto deste mel na tua boca.
Sabor de quem se encontra apaixonado.
Saudade quando ataca, coisa louca...

O gosto da cachaça,
O cheiro do café.
Amor quando se engraça,
Invade nossa fé.
Menina que me nina, vida minha.
Ávida sensação de ser feliz.
Meu peito no teu peito já se aninha,
A mando, um coração, teu aprendiz...
Publicado em: 01/02/2007 19:21:08
Última alteração:28/10/2008 10:38:39




Amor, que é nave, espacial...
Asas douradas...
Fazem -me voar, nestes céus!

Recatado...
Cordato...
Educado...
Ritmado em canção de paz.

Acho, que ninguém sonhou que existisse...

Que comanda, organiza...
Acelera, paralisa...
Agita, acalma...
E promove, e entorna
Mais sorrisos...
Alegria em minh´alma...

Que resgata, e salva:
Da morte, a vida!
Da dor, a alegria!
Do pranto, o riso!
Da vida, a beleza!
E coloca na mesa,
Do meu conviva:
Framboesas...
Melões...
Garapa, doce mel...
Coalhada...
Sarapatel...

Acho, que ninguém ousou sonhar...

Cerveja gelada...
Queijo e goiabada...
Leite in natura...
Suco de uvas...
Vinho doce...
Ambrosia...
E toda a gastronomia,
Que , até Tântalo, invejaria...
Perto do manjar, roubado,
Dos deuses, do seu quintal!

Acho, que ninguém sonhou, que houvesse, um dia!

Que fala da vida...
Da alegria infinda...
Dos arroubos d´alma...
Das luzes em profusão...
Do Sol e Lua...
Da primavera!
Jardins suspensos...
Cores, matizes tantas...

Serenatas...
Cantatas...
Cantigas...
Risadas
Folia
Plena alegria
Pura poesia

Não! Acredito, que ninguém ousou sonhar, um amor, assim!

E é esse, o amor, que tece, o nosso universo!
Que doa rima aos nossos versos...
Mel aos nossos beijos...
Sacia os nossos desejos e sonhos...
Torna-nos, tão risonhos...

Quanto o pirata, que finalmente,
Numa ilha, da galáxia,
Encontrou
O tesouro maior, da sua vida
De aventuras...
Que nos odeiem, para valer!
Ou nos aplaudam!
Por este amor, que estamos a viver!

Amor, assim...
Eu e você!
Que nos coloca,
Tão radiantes, de prazer!
Voando em nosso amor encontro o céu
Aberto em esperanças e desejos.
Num sonho radiante, verso e véu
Se encontram, se extasiam em loucos beijos...

A boca com promessas, puro mel,
Delírios são caminhos para arquejos,
Singramos nossos barcos de papel
Em meio a tantos mares, azulejos...

Na soma que fizemos, somos um,
Atados pelo vôo e pelo sonho,
Não pode nos ferir mais mal algum,

Eternizamos isso a cada dia,
Do jeito mais fecundo e mais risonho,
Orgástica canção em poesia...

ANE MARIE
Marcos Loures

Publicado em: 02/03/2007 12:59:30
Última alteração:06/11/2008 11:33:57



Gravitando prazeres sensuais
Sobre a cama, delícias e loucuras.
Quero mais, sempre mais, nunca é demais!
Imerso nas ternuras e torturas
Das bocas que procuram afluentes...

Imensa sensação de estar imerso
Em densa fantasia, sedução...
Não quero me sentir nem vou disperso,
Nessa explosão de rosas e paixão,
As bocas procurando mares quentes.

A cabeça girando, nunca pára,
Sentidos aflorando até espinhos;
Tatuando beleza sempre rara
Forrando tantas pétalas nos ninhos
Que vazam afluências numa enchente...

Repartimos desejos mais famintos.
Sedentos no vislumbre dum orgasmo
Que sangre em nossos óleos, rubros, tintos,
Numa sofreguidão sem ter marasmo
Que traga essa loucura, tão urgente...
Publicado em: 01/02/2007 10:48:13
Última alteração:28/10/2008 10:38:36






Belo templo do amor, por toda a minha vida
Em cada novo dia, em sonhos visitei.
Amar era promessa e também foi a lei.
A luz que iluminava, agora destruída.
Procuro pelo templo, aguardo uma saída;
A mata que o cobriu, em sonhos, alcancei.
Das urzes do caminho, as lágrimas, eu sei.
Ó templo que se esconde! A treva irá, vencida?

Na mão, carrego a foice, a última esperança!
Desbasto o triste mato, em plena confiança.
Nos braços, tanto espinho, os olhos marejados...
O templo não vislumbro, o tempo vai passando...
Despojos da saudade, o caminho se fechando.
O corte mais profundo. Os sonhos des’perados!

Mas eis que avisto em ti, toda minha esperança
Voltar a ser feliz, voltar a ser criança...
De tudo o que perdi, somente essa lembrança.
De tudo que encontrei, amor, nossa aliança...
Sabendo que terei, contigo, nova dança.
Amor que viverei, por certo amor alcança!
Publicado em: 29/03/2007 21:10:17
Última alteração:26/10/2008 20:28:21





Penso….
No dia pachorrento que temos pela frente………
Mil coisas que podemos fazer….
Talvez ficar aqui………….
Na sombra….deitados na manta………
A olhar o céu ou a redescobrir
Os segredos já explorados…
Numa intensidade...Num prazer
sempre desconhecido..........

Vontade de ficar aqui contigo;
O dia se arrastando, lento e denso.
Querendo me embrenhar em teu abrigo...
Em nada mais, te juro amor, eu penso...

Se faz sol ou se chove, já nem ligo;
Calor que encontro em ti, bem sei imenso;
E assim o dia passa, assim prossigo
Na placidez sereno, e mais intenso...

Redescobrir teu corpo e teus caminhos,
Beijando calmamente cada parte.
Anseios e desejos... teus carinhos...

A cada novo toque, a descoberta
Do amor que se faz tela, cenário, arte...
A porta está fechada e a alma aberta...

Marta Teixeira
Marcos Loures
Publicado em: 22/04/2007 12:57:49
Última alteração:06/11/2008 08:47:55


Sem medo se não vens
Servido na bandeja
Trazendo tantos bens
Amada me deseja
E seja o que se for
Se flor ou fortaleza
A mando deste amor
Amando com certeza...

Vagando versos e foz
Faminto de esperança
Enviesando atroz
Resto que se alcança
E seja o que se sabe
Na mão que te acarinha
Tanto amo não cabe
Na voz que vai sozinha...

Não temo tal ternura
Nem cura que promete
Se vejo tal brandura
Tão pura me remete
Nas forças destas tábuas
Taboas e luares
Não vejo por que mágoas
Nas águas nos amares...

E quero teu socorro
Se escorro pela vida
Não temo se não corro
Me escoro em ti, querida
Nas vestes, pura seda,
No coração um linho
Minha alma que se enreda,
Na tua faz seu ninho...
Publicado em: 26/01/2007 17:11:32
Última alteração:28/10/2008 10:37:58


És minha áurea manhã, vivo teu brilho.
Respiro enfim teus ares, sou feliz!
A dor, durante tempos, estribilho,
Distante dos sonhos já não diz.
Escassas provisões , perdido o trilho,
O rumo das estrelas sempre quis.
Ao deus do amor sincero já me humilho:
Não deixe retornar um céu tão gris!

Tens a beleza rara de quem ama.
Tens a fortuna imensa: ser feliz!
Da vida que persigo, fogo e chama.
Amor que Deus me deu no fim da vida,
Procuro minha paz já esquecida
Depois de tantas dores, toda a gama.
Perdido, sem teus olhos vago o mundo,
É que de amor, enfim meu mundo inundo!
Publicado em: 14/12/2006 06:54:18
Última alteração:24/10/2008 13:56:57


Amanhecer!

Envolto em tantas nuvens, perco o dia,
A tempestade rola pelos céus,
Descortinando, rompe os alvos véus
E mata, em dissabores, a alegria.

Os sinos anunciam agonias
Os lírios que eram alvos, ficam roxos,
Os passos deste amor quedaram coxos
As luzes dos meus olhos, mais sombrias...

Guardando o sofrimento neste altar
Que prezo como um cais que necessito.
Amor que sempre foi por Deus, bendito,
Em nuvens se desmancha sem parar.

A chuva dos meus olhos sempre cai
Ao fim da tarde triste sem te ter.
Porém, um certo dia, irá nascer
O sol da tempestade que se esvai...
Publicado em: 07/12/2006 20:33:47
Última alteração:28/10/2008 11:24:28




O maior perigo do amor,
não é quando ele mais se arrisca,
mais se entristece,
mais se ausenta,
mais chora na dor.
O maior perigo do amor,
não é quando é desespero,
O maior perigo do amor,
é quando ele é sincero!!

TUES

Meu verso
Que canto
Reverso
Do espanto

Me traz,
Me diz:
Capaz!
Feliz!

Viver
Sem medo
Saber
Segredo.

Sonhar!
Amar!
Publicado em: 27/05/2008 21:03:53


AMAR E SER FELIZ... -

Em belo e manso regato
Margeado de mil flores,
Deitada assim, no teu colo,
Sei desfrutar dos amores
O mais doce, meu amor...
Na limpidez dessa água
Vejo nós dois tão felizes
Tal qual fosse bela miragem
De paraiso encantador...
Vivo a sonhar do teu lado...
A vida tem mais encantos...
Por isto sei que o meu canto,
Reflete felicidade...
Pois nos teus braços, querido
Eu vivo amor de verdade!


Desejos inconfessos
Em sussurros trocados,
Depois por lábios meigos,
Prazeres desfiados.
As línguas se penetram
Transtornam-se em viagens,
Depois ficar sorrindo,
Falar tantas bobagens.
Surfando por teu corpo
Em ondas, sedução,
Deste intumescimento
Aflora uma explosão.
Eu quero este pecado
Que leva ao paraíso
Bendita esta serpente,
Que enfim nos deu juízo...


ANA MARIA GAZZANEO
Marcos Loures
Publicado em: 23/07/2007 13:48:36
Última alteração:05/11/2008 18:28:03


AMAR E SER FELIZ
Do abismo do sonho
Verdades e mitos
Em dias bonitos
O quanto componho
Além do risonho
Caminhos e ditos
Momentos benditos
Aos quais não me oponho
Resumo de vida
Porquanto sentida
Somando e vencendo
O fato de ter
Nas mãos o prazer
Raro dividendo.
Publicado em: 04/06/2010 12:59:46


Amar é construir a cada dia
Lamento se a saudade bate forte
Abrindo essa ferida no meu peito
Tento cicatrizar profundo corte
Mas não encontro a cura desse jeito

Distância não abranda o sofrimento
Tentando esquecer, vivo agonia
Tua presença em mim é um tormento
Tirando minha paz, minha alegria

Se tu soubesses como inda te amo
Amor que é tão puro e verdadeiro
Entenderias que teu nome chamo
Já que tu és o único, o primeiro

Aquele que roubou meu coração
O eterno dono da minha emoção


GLAUCE TOLENTINO

Amar é construir a cada dia
Castelos de invejável compleição
E quando exposto às tramas da paixão
Resiste à mais complexa ventania.

É cultivar o sonho e a fantasia
Sabendo da procura e perdição,
Mergulho que se faz sem direção
Causando, mesmo em paz, melancolia.

Amar é ter as mãos decerto atadas,
E ter na maravilha das floradas,
A percepção dorida dos acúleos.

E crer na força inata, mas tão frágil,
Ao mesmo tempo inepto, porém ágil,
Bebendo em placidez mares hercúleos...
Publicado em: 16/01/2009 11:38:55
Última alteração:06/03/2009 07:21:38


Quantas vezes em nossas vidas somos egoístas e esquecemos que vivemos a maravilha de compartilharmos os espaços, os sonhos e as esperanças com outros iguais a nós?

Muitas vezes nos lembramos dos outros quando NÓS PRECISAMOS e, egoisticamente fingimos não ver a dor alheia.

Como se a tristeza fosse uma mal contagioso ou uma força irresistível que levaria a nossa felicidade para um terrível pântano.

Interessante observarmos que esse mito fica-nos incrustado como se fosse uma verdade absoluta.

Como se, ao mirar a dor de outrem do caminho, pudéssemos passear tranquilamente com nossa alegria.

Mas, quando o inverso ocorre, queremos e exigimos que o outro tenha para conosco esta complacência que tanto negamos.

O amor, se queres saber; até por uma questão de lógica e de espaço, tem que ser compartilhado.

Amor demais faz mal.
Sufoca
Vira EGOÍSMO.
E, egoísmo, amigo é tão danoso quanto a falta de amor...

Repare que, ao seu lado, existe um alguém que precisa de ti.
Sempre há esse alguém, por vezes tão próximo que não conseguimos ver.

Afaste-se um pouco e verás com claridade o quanto isto é verdadeiro.

Divida a sua alegria e a sua felicidade para que possas, amanhã ter, em dobro, essas dádivas que te foram dadas graciosamente.

“Dê em Graça o que recebeste de Graça!”

Custa nada não.
É bem mais fácil do que imaginas
E te fará ser mais amado,
Mais querido
E, portanto MAIS FELIZ!
Publicado em: 21/01/2007 11:30:19
Última alteração:27/10/2008 21:18:11



Amar e me perder em tanto amor,
Desespero,
paixão,
corpos em exaustão ...
(ivi)


Amar e me perder em tanto amor,
Enamorado a cada novo dia
Prazer que em teu prazer se resumia,
Imensurável fogo, o bom calor,

Sem medos, numa entrega sem pudor,
O corpo que em teu corpo se sacia,
Num pélago profano, maresia,
Bebendo cada gota. Destemor...

Assim a nossa noite não tem pressa,
E segue sem limites à exaustão,
Enquanto se confessa esta paixão,

O coração deveras já se apressa
E presa desta louca maravilha,
Como um farol, â noite, também brilha...
Publicado em: 05/01/2010 18:13:08
Última alteração:15/03/2010 11:45:23



Muitas vezes, na maioria delas até, as dores são causadas por erros que tu mesmo cometeste.
Ou, pelo menos, alimentaste.

Aprender a dizer NÃO já é um bom começo para quem quer se vacinar contra a dor.

Mesmo que pareça inevitável sofreres, quanto mais evitares, melhor.

Outra coisa que precisamos aprender é pensar muitas vezes antes de agirmos ou continuarmos a agir.

A paixão, por exemplo, nos emburrece de forma tão violenta que, mesmo em situações óbvias, a gente se perde e continua a seguir, cabeça ereta, pelas estradas plenas de pedras e espinhos.

E isso não tem nada a haver com inteligência ou com experiência.

A paixão emburrece generalizadamente, não poupa ninguém.

Mas, se continuas durante um certo tempo, isso pode ser creditado à esperança.

Um dia, quase sempre nunca, muda...

Depois disso pode ser creditado à teimosia.

Se eternamente te enredas nestas urzes temos três explicações possíveis:


Medo
Masoquismo.

A fé é crer no impalpável.

O medo, tem tratamento, é necessário somente se amar que isso se corrige.

Agora, se for por masoquismo, meus parabéns.

Descobriste a chave da tua felicidade.

Tua, minha não!
Publicado em: 09/12/2006 11:23:06
Última alteração:27/10/2008 21:21:41


Amar e ser além do quanto pude,
Minha doce irmã,
Pensa na manhã
Em que iremos, numa viagem,
Amar a valer,
Amar e morrer
No país que é a tua imagem!

CHARLES BAUDELAIRE

Amar e ser além do quanto pude,
Países tão distantes, tua imagem,
A luz que refletindo esta paisagem
Permite nos amar tanto e amiúde.

Manhã que ensolarada nos ilude,
Das luzes nos traduz cada mensagem,
Ao infinito tento esta viagem,
Mesmo que este cenário ainda mude.

Seguir cada cometa. Um bumerangue,
Do lume à podridão, pântano e mangue,
Matizes que perfazem a emoção.

Vibrando num delírio inconcebível,
E do inimaginável, crer possível,
Morrer na placidez de uma paixão...
Publicado em: 28/11/2008 15:09:27
Última alteração:06/03/2009 16:29:29


AMAR E SER AMADO /

Na madrugada fria eu era brasa
Os olhos chamas minhas as mãos geladas
O coração quais neves inflamadas
E alma então ardente como brisa gaza...

Amanhecia e em teu mundo escuro
A noite não cessava e então a luz
Que irradiava em mim - eu obscuro -
Se apagou; mas logo outra flux

Com luminosidade bem mais forte,
Mudando num segundo o rumo e o norte,
Na porta que entreabriu-se mansamente.

E ao renascer o dia, eu percebi,
Maior que fosse amor dentro de ti,
Seria então amado, novamente...

GONÇALVES REIS
MVML
Publicado em: 04/09/2007 06:48:35
Última alteração:05/11/2008 11:45:12




Co`este luar, no telhado
Todo em prata , encantado,
Contigo, tenho sonhado!

Beijo, afago, apaixonado
Sob o luar, meu amado
Tenho o corpo em espasmos...

Quisera, ficar assim
Noite e dia, até o fim
Dessa vida passageira...

Mas uma estrela atrevida
Piscando, chama prá lida
E devo te abandonar...

Lindo sonho sob a lua
Eu que dançava nua,
tenho a alma, em negros véus...

Nesta triste realidade,
Para dizer a verdade,
Sem poder, te encontrar

Sobrando-me, só sonhar
Nos momentos, de descanso.

Quando alegras, meu viver!
Eu que só desejaria...
Viver, para amar você!

E a lua, que vai brilhando
Em cima do meu telhado...
Deixa-me a pensar, no amor!
Este amor, por ti, amado!

Amor quando demais; a gente voa
Sem ter asas nas costas ou nos pés,
Atravessando o mar sem ter canoa,
Nadando simplesmente, sem revés.

Amor assim demais, mordendo cura,
Depois de um bom carinho, fecha a cara,
Às vezes nos tortura com ternura
É pedra mais comum, portanto rara...

Amor quando é demais, esqueço o nome,
E passo a ser eterno e morro logo,
Minha alma neste fogo se consome,
Em poucas gotas, lágrimas, me afogo...

Amor transforma véu em nosso escudo,
Perdendo-se a si próprio, sendo tudo...

ANE MARIE
Marcos Loures

Publicado em: 03/03/2007 06:37:20
Última alteração:06/11/2008 11:33:10



A noite nos pertence,
Como pertence a todos que se amam.
Não consigo mais disfarçar,
O que faço?
Escondo-me ou grito?

Quero que saiba o que sinto
Quero saber o que sentes...
Eu sei mas quero ouvir
Não quero mais esconder-me
Quero dizer.....
E você sabe exatamente o quê.


Venha aqui comigo, amor não temas,
Noite qual criança sem juízo
Te chama a conhecer de perto as gemas
Que são como portais do paraíso...

Amar demais concebe nossos lemas
E cada vez mais forte e mais conciso,
Subirmos nossos rios, piracemas,
Nos cios se tornando mais preciso...

Eu quero o teu sussurro em meu ouvido,
Falando o que bem sabes que desejo.
O fogo em que queimamos, não duvido

É tudo o que queremos. Eu me atiro
Em frente à tua boca e peço beijo,
Depois... Só quero ouvir o teu suspiro...

Aracelly Loures
Marcos Loures


AMAR DEMAIS

O gosto da cachaça
Batizada em um boteco
Destes esquecidos
Nas curvas da vida,
Volta e meia
Invade minha boca.
Como se fosse o teu retrato
Ou uma marca
Indelével de tua presença.

Amei demais,
Desmaios tive
Agora vive
O marasmo do nada.
Orgasmos múltiplos
Palavras soltas
E versos amarrotados
Soltos pelas calçadas
E pelos bares.
Publicado em: 12/09/2007 09:56:43
Última alteração:23/10/2008 20:41:40



AMAR DEMAIS

Amar demais e ser além do nada
O quanto percebera em falso guizo.
O riso em gargalhada da ilusão,
O prato sempre cheio da tristeza.
À mesa derramando o vago, o semi,
Herméticos caminhos que não vi.
Meus olhos vão senis por seios, sinas.
Assino a derrocada do que quis.
Mas nada impedirá meu passo trôpego.
Sem fôlego, sem gozo, simplesmente.
Arcando com vazios que eu herdei
De amores esquecidos já faz tempo.
O vento vai batendo na janela
Sem ela, sem marias, sem ninguém.
Porém ao pôr do sol talvez viesse
Quem trouxe o muito pouco e me deixou.
Amar demais é ter o quase tudo
E depois num momento andar vazio.
Recrio cada passo que sonhara
Amarro meus desejos no teu corpo,
No porto, ancoradouro tão distante,
Um sonho em despedida, par a par.
Amparo meus delírios nos teus braços,
E afogo, sem limites, a emoção...
Embalde fomos tanto, nada somos,
Apenas a lembrança de que um dia,
Amei além, bem mais que poderia...
Publicado em: 27/09/2007 17:08:02
Última alteração:23/10/2008 20:43:43


AMAR DEMAIS

Meus erros
Fados e fadas
Esquecidas
Num canto qualquer
Da casa.
Irei em qualquer direção
Passo a passo,
Desde que me esperes
E com os braços
Abertos
Recomeçamos...
A versão
Aversões
Coração
Cor e ações.
Somos os que perderam
O rumo
Mas não o sumo.
Assumo meus erros.
Meus pecados
Mas não os fados
Que queriam.
Apenas riam
Mas rios além
Desço para o mar
Do amar demais.
Dando a volta por cima,
Nos cimas e nas cismas,
Cataclismos
E travessias.
No fim do dia
E da história
Sobrevivo.
Publicado em: 13/10/2007 18:53:31
Última alteração:23/10/2008 20:45:36


AMAR DEMAIS


Na distância vem o mote, tarde calma
Na passarela do tempo amor emana
Tecendo na saudade amor reclama
Destino que nos guiam em viva trama

Campestre é meu coração liberto
Cheiro de aquariana voando ao ar
Arrebentando entre os poros manifesto
À vontade de seguir nas ondas mar

Aportar juntinho na tua enseada
Ancorar meu barquinho sossegado
Pra velejares aonde a onda aportar

Apaga o cigarro ascende à chama
Para iluminar os sós momentos
Da noite iluminada ao relento

Eu peço-te que cuide deste amor
Com toda essa presteza que anuncias,
Fazendo como faz o bom pastor
Proteja nosso amor nas noites frias.

E seja meu humano cobertor,
Aqueça sempre, todos os meus dias,
Preciso do carinho protetor
Que trame nosso amor em harmonias...

Perceba que cuidar dos sentimentos
É como preservar as alegrias,
Em todos os difíceis, maus momentos,

Permita que se encontrem fantasias
Que submergindo tantos sofrimentos,
Nos traga aos corações, as sinfonias...

SOGUEIRA
ML
Publicado em: 15/12/2007 17:10:46
Última alteração:23/10/2008 08:53:45



AMAR DEMAIS

Faz de conta que sou tua princesa
Abro a janela pra mirar-te na passagem
Jogas a flor com perfume, que leveza
Jogo no ar, aceno ao vento, a paragem
Fujo da torre arrumo com muita destreza
Levo na mala apenas amor na bagagem.

Se eu falar de saudade, diga nada,
É simplesmente verso sem sentido,
Amando vou levando, de empreitada,
O tempo que jamais achei perdido.
Das horas nem por ora faço caso,
Em meio a tantas farsas, em me abraso...

Sem fleugma, sem vergonha, mentiroso,
Invento dores, falsas cãs atéias.
Meu mundo nem sequer é sulfuroso,
Não tive nem rainhas nem plebéias,
Sou resto, rimo sempre por rimar,
Nem tenho céu, quiçá terei luar...

No jogo da permuta me lasquei,
Troquei não ser feliz por fantasia,
Confesso então, vadio já pequei,
Nem esperei sequer raiar o dia,
Montei no meu cavalo e fui embora,
Não soube nem talvez irei agora.

Quem sabe, na manhã que vai nascer,
Eu possa, simplesmente ser feliz,
Procuro em toda moça por você,
Cadê? Onde andará a minha miss...
Então por não saber dessa Maria,
Desconto na cachaça – poesia!


SOGUEIRA
ML
Publicado em: 28/12/2007 19:26:25
Última alteração:22/10/2008 21:32:57


AMAR DEMAIS
Saindo pelas ruas
Luas nuas
Belas morenas
Celas passado
Selo os meus sonhos
E pego pela cintura
O cinturão de estrelas
Publicado em: 31/07/2008 11:58:21
Última alteração:19/10/2008 22:02:58


AMAR DEMAIS,... /

O mar
onde navegas
todo dia
tem ondas
mansas
ás vezes tem ressaca.

Porém
te acolhe
terno
em suas águas
e abre-se
inteiro
à tua passagem.
Não
te arreceies não
sou tua Iara
que aqui
o seu amor
canta e declara.

Nas águas deste mar, sereia bela,
Estrela dominante dos meus sonhos,
A cada novo canto se revela,
Deixando estes luares mais risonhos.

Vencido pelas ondas na alva areia,
Encontro o meu destino nos teus braços.
À noite me entregar na lua cheia,
Sentindo o teu perfume, teus amassos.

Sou teu; querida amante, lua plena.
Refaço meus caminhos na certeza
Da vida mais audaz e mais serena,
Entregue nos teus passos, fortaleza...

Somemos nossos corpos, somos um,
Não temos que temer perigo algum...

HLUNA
MVML
Publicado em: 15/10/2007 16:24:22
Última alteração:03/11/2008 20:56:15



AMAR DEMAIS..


As horas que vivemos tão insanas,
Rasgando os meus temores, vento ameno,
Agora se aproximam; soberanas
As horas matinais; doce sereno.
Tristezas tão temíveis, desumanas,
Não podem com amor, se vero e pleno.
Encontro no teu corpo, um belo cais,
Mostrando quanto é bom amar demais...
Publicado em: 24/11/2007 16:33:39
Última alteração:23/10/2008 17:35:38

A lei que me domina o pensamento,
Amar assim demais, além de tudo
Regendo minha vida, sem contudo
Se resguardar da dor e do tormento,
Causando-me, por isso, sofrimento.

Pereço sem ter paz, solto no vento,
No coração disperso e tão miúdo,
Sabendo que afinal, eu nunca ajudo,
Mergulho neste amor um sentimento
Que quase sempre nega entendimento.

Por que viver assim em tanto engano?
É certo que demais amor maltrata
Enchente enfumaçando uma cascata
É barco que sem leme, perde o plano.

Amor que me fizera tanto dano,
Recebo com carinho em serenata.
Amor que acarinhando já me mata
Afogado em seus sonhos, oceano...
Publicado em: 15/12/2006 11:25:50
Última alteração:24/10/2008 13:59:12



Não quero que tu sintas mais desdém
Por quem sonhou ser teu por toda a vida.
Bem sabes que preciso ter teu bem
Senão minha alegria vai, perdida...

Não deixe que a tristeza se aproxime,
Nem cale nos teus versos tanta dor.
Amor quando é demais, da dor exime
Embora tantas vezes sofredor.

Preciso te encontrar mais amiúde
Porém eu não consigo te entender.
Amor em desatino, uma atitude
Qualquer já nos parece um ofender...

Nos mares que naufragas sem ter bóia,
Minha alma na tua alma já se apóia...

Marcos Coutinho Loures
Publicado em: 13/02/2007 21:01:29
Última alteração:26/10/2008 20:26:01


Por quanto meus desejos mais incríveis
Flamejam em torturas tão terríveis
Causadas pelo mal de amar demais.

Meus dias vão passando simplesmente,
À espera que tu voltes novamente
E traga com carinho, a santa paz.

As dores que passei foram profundas,
Agora com ternura tu me inundas
E faz com que esta vida recompense.

Não quero mais viver sob as amarras
Eu quero uma alegria de fanfarras
Que a vida finalmente, já compense.

Eu quero essa ilusão de ser feliz,
Cantando em alegria o que prediz
O coração entregue a tanto amor.

As dores do passado dilaceram,
As luzes do futuro já me esperam
Nos braços deste encanto salvador!
Publicado em: 25/02/2007 19:19:29
Última alteração:23/10/2008 21:02:41


Na palma de tuas mãos está a minha vida...
Escrava, já não ouso liberdade...
Domada uma tortura, esta saudade,
Entrego-me com amor e amizade!

Nem sonho, qualquer dia, ir-me embora...
Agora, que encontrei, felicidade...
Nem penso, em sair desta cidade...
Para quê, se quiseres, me encontres...


Meu canto te encontrando vai liberto
Pois sabe deste amor, felicidade.
É bom saber que estás sempre por perto,
Nas ruas ou nos campos, na cidade...

Eu sei que amar demais traz bem desperto
O sentimento triste da saudade.
Não deixe que jamais morra em deserto
O amor em plenitude, em amizade.

Não quero te perder nem me perder,
Apenas quero o dom de ser feliz.
Viver nossa aventura com prazer,

Nos versos que se beijam, boca a boca.
Amar, amar, amar e pedir bis,
Sabendo que uma vida é muito pouca...

ANNE MARIE
Marcos Loures
Publicado em: 28/03/2007 05:55:50
Última alteração:06/11/2008 10:24:36


AMAR DEMAIS...

Amar
A cada instante
Incensos e promessas
As armas
E as palavras
Lavradas em meu peito
Arando um gosto doce
Da fruta que virá
Depois de ter granado
Em gomos de esperança.
Somando o quase tive
Com o tentei bastante
Encontro num instante
Respostas que buscava
Na lava incandescente de teus olhos
Faróis que me indicam
O rumo desejado...
Vencer os meus pavores
Deixando para trás
O quanto não sabia
E nem sequer pensara.
Na boca escancarada
O beijo delicado
E voraz das paixões...
Publicado em: 08/12/2007 18:09:03
Última alteração:23/10/2008 17:38:29


AMAR DEMAIS...


Sobejo sentimento que me invade
Trazendo num sorriso, a mansidão.
Amor que ao enfrentar a tempestade
Espalha a mais divina sensação
Do canto que se mostra em liberdade
Livrando da tristeza, este alçapão.
Um coração buscando um breve ninho
Minha alma libertária, passarinho...
Publicado em: 08/12/2007 21:45:50
Última alteração:23/10/2008 09:26:03



AMAR É /

Quem me ver assim brincando
Não ver meu desespero
Por te tão distante de mim
Vivendo este eterno pesadelo
Não poder tocar o teu corpo
E beija-lo o tempo inteiro

Procuro disfarçar com tolices
Escrevendo neste teu canto
Faço das tripas coração
Para amenizar este meu pranto
Mas só mesmo Deus sabe
O estado em que me encontro

Hoje sofro e choro calada
Amanhã talvez seja diferente
O destino que se encarregará
De me tornar mais contente
Poderá então nos compensar
Pelo o amor que a gente sente

Amor não pode ser um sofrimento,
Devemos perceber que uma tortura
Causando em nosso peito uma amargura
Queimando em dor intensa e fogo lento,

Não pode dominar o pensamento,
Pois nele deve haver tanta ternura,
Amor é santidade que nos cura
Poeira de ilusão tomando assento

É veste que nos toma num segundo
E cobre de alegria e de prazer.
Amar é conhecer e conceber

Um novo e mavioso sacro mundo
Aonde a fantasia faz viver
Num sonho mais gostoso e tão fecundo...

GELIS
MVML
Publicado em: 15/09/2007 15:52:51
Última alteração:04/11/2008 16:33:12


AMAR É /


Na tarde fria
De um céu nublado
Alma lacrada
Vaga vazia
Sem poesia
Meus olhos baços
Bailam ao compasso
Da maresia
Busco um alento
Na forma fria
Grito silente
Doce agonia
Busco o teu rosto
Na bruma argentea
No teu abraço
Toda a alegria


Teu coração servindo de barcaça
Levando o meu amor ao infinito
Descendo deste céu em belo rito,
Amar é na verdade uma cachaça.

Naufrago nos teus braços, na fumaça
Dos olhos de quem amo já me excito
E um sonho, ser feliz, logo exercito
No exército em delírios, presa e caça.

Na prata de meus pelos, teu marrom,
No bronze desta pele, sou refém
Do amor que madrugou em sonho bom

E trouxe para a vida, tanto bem.
Fantástico desejo agora vem
Roubar da bela boca, o teu batom...

ANA MARIA GAZZANEO
MVML
Publicado em: 08/11/2007 17:20:26
Última alteração:31/10/2008 17:06:16



AMAR É /

Amar não é pecado é reviver
Desejos sonhos que transbordam
Segredos que na mente extravasam
Vontade de querer outro querer

Amar é dá saber ao coração
Seguindo o caminho procurado
Alimentar o rio seco estagnado
Beber teus versos cheios de emoção

Amar é enamorar-se do olhar
Das palavras que saciam as vontades
Da vontade de voar sem tempestade

De inventar que sonho é fantasia
De amar e amar em qualquer hora
De falar ao coração menino chora

Amar é traduzir em sentimento
A fonte inesgotável da esperança.
Quem ama não esquece um só momento
E o sonho mais gostoso já se alcança

Tornando bem mais forte o pensamento,
Chamando a companheira para a dança,
Amar é vislumbrar mesmo em tormento
Delícia que não sai mais da lembrança.

Amar é ser menino eternamente
E ter das incertezas o seu mote,
Beber a vida até que seque o pote

Depois querer bem mais e novamente,
Amar é ser feliz e não saber
Do quanto amor permite um bem viver...

SOGUEIRA
MVML
Publicado em: 10/11/2007 14:56:34
Última alteração:31/10/2008 16:02:49


AMAR É /


É amor, não mais duvido
Mar de ternura acalento
Teu ser em mim, esculpido
À força do pensamento...

Tua presença tão forte
A orquestrar meus sentidos
Furacão de grande porte,
A anular meu juízo...

Nunca mais vou te deixar
Sequer por breve momento
Por outro sonho, galgar
Te levo gravado, dentro...

Gravada em minha pele, cicatriz
Tua presença amada e mais constante
Permite que eu me mostre tão feliz
E siga minha vida radiante.

Que toda esta alegria se agigante
E faça da emoção que tanto eu quis
Um sonho que deveras já me encante
É tudo o que mais quero e o verso diz.

Do amor que nos guiando traz a luz,
E nela um brilho forte e derradeiro.
Meu verso esta emoção já reproduz

E toca num instante, o mundo inteiro.
Sementes que espalhamos, poesia
Já frutificarão farta alegria...

ANA MARIA GAZZANEO
ML
Publicado em: 15/11/2007 15:58:48
Última alteração:12/10/2008 22:45:38



AMAR É /

Escrever-te...
Declarar-me..
Dedicar-me à tua alma...
Perfumar-me com a tua paixão...
Dar-me com todo o meu ser...
Esquecer limites e horizontes...
Vaguear nos teus sorrisos...
Apaixonar-me sem regras
Por ti...

Sagrar tanta emoção ao deus amor.
Que traz em suas setas, explosões,
Idílio tão fantástico a propor
Na vida as mais perfeitas soluções

Embora tantas vezes por pudor
Deixamos que se calem emoções.
Bom Deus quando se pôs ao bel dispor
No amor firmou as Suas redenções.

Porém ao ver que o homem, se liberto,
Não serve de cordeiro, pois é forte,
Mudando de caminho em outro norte

Facínoras venderam o deserto
Escravizando assim o seu rebanho,
Deixando ao homem resto tão tacanho...

MARTA TEIXEIRA
ML
Publicado em: 27/11/2007 18:14:25
Última alteração:31/10/2008 12:04:32



AMAR É BOM DEMAIS/

Agora somos apenas um
Unidos pelo amor e pelo sexo
Fazemos o que temos direito
Só que com muita gente por perto
É um amor bem diferente
Excitante e muito esperto

Platéia tá nos vendo e nos ouvindo
Mas mesmo assim eu gosto de poder
De noite te trazer muito prazer,
Mal vem esta vontade enfim surgindo,

Não temo, pois eu acho amar tão lindo,
Ainda mais se é feito em bem querer,
Teu corpo me procura e posso ver
Desejo sem limites explodindo.

Vencendo as tempestades, preconceitos,
Até os desamores violentos,
Daqueles que se sabem mais sedentos,

Porém nunca se viram satisfeitos.
Assim amar é bom, sempre excitante,
Palavra com certeza cativante...

GELIS
MVML
Publicado em: 15/09/2007 21:02:49


Amar é coletar rosas e espinhos,
Amar es olhar para dentro de si mesmo e dizer.Te quero,
Es viver intensamente,
Es sonhar com uma gota de realidade,
E realizar uma gota do meu sonho,
E estar presente em lá ausência,
Amar é ter alguem para pensar,
E estar só com alguem que deseja jamais estar só.
É pensar em ti tão alto á ponto de ti escutares,
Amar é vencer a morte, e despertar para a realidade
de um sonho,
E vencer a algum em silêcio,
Amar é perdoar o coração,
Es sonhar o sonho de quem sonha contigo
Amar é estranhar-te,
Es andar a cerca da distância,
Es andar a busca do teu encontro,
Por isso EU TE AMO DEMAIS,
MEU ETERNO AMOR... VOCÊ...

CIDA F.A

Amar é coletar rosas e espinhos,
Cuidados com o adubo da esperança
É ter no mesmo olhar, carinho e lança
Bebendo os agridoces, fartos vinhos.

Fazer um vendaval dos burburinhos,
Seguir a tempestade audaz e mansa,
Usando do carinho por vingança
Entroncamento em vão de mil caminhos.

Sabores tão diversos, mel e fel,
Indefinido assim, o seu papel,
O amor é como um parto em dor e luz,

Saber das suas manhas, seus engenhos,
Enquanto nega, afirma seus empenhos,
Ao fim ou recomeço nos conduz...
Publicado em: 26/01/2009 19:26:32
Última alteração:06/03/2009 07:03:45


AMAR DEMAIS -

Não nego que te amo...
Revelo pois, ao mundo,
Que amor belo e profundo,
Me toma, por você!
E digo sem ter medo
Ao mundo, o meu segredo...
E nada me impede,
Do amor, que não se mede,
Intenso, enfim, viver...
Amor que trago em mim,
Que sei amor sem fim...

Amor que faz sem fim
Estrada iluminada
Clareia dentro em mim
Em noite enluarada
Te quero sempre assim
Beleza emoldurada

Amor que não se mede
Sempre nos agiganta
Amor que nada pede
Decerto sempre encanta

Em versos te declaro
De todo o coração
Perfume bom e raro
Aroma de paixão....

ANA MARIA GAZZANEO
Marcos Loures
Publicado em: 21/07/2007 15:54:17
Última alteração:05/11/2008 18:30:24



AMAR DEMAIS -

Não é o vento que bate agora em tua porta
Sou eu grande amor da minha vida
Sou eu, que voltei prá te fazer muito feliz
E para recomeçar tudo de novo
Porque, nós somos uma das poesias que Deus compôs no céu
Diante dos anjos, da lua e das estrelas a brilhar
Fez de dois corações um só repleto de amor
E o que Deus escreveu nunca e nem ninguém poderá apagar
sou eu que voltei para te amar e te tirar da solidão.


Sentindo o vento firme da paixão
Batendo em minha porta com desejo.
Aquece a fria noite um lampião
Na fúria da saudade do teu beijo.

Não quero mais falar em solidão
Pois fogo nos ardendo – amor – prevejo.
Vem logo me tirar desta aflição
Que eu quero me entregar em louco arquejo,

Beber sagrada fonte divinal
Que não se esgota nunca, me ilumina.
A mão que acaricia, sensual,

Passando por teu corpo, tanto excita
Que bom que retornaste assim menina
Em noite agora quente, e tão bonita...

GELIS
Marcos Loures
Publicado em: 23/07/2007 17:43:54
Última alteração:05/11/2008 18:26:51


AMAR DEMAIS //

Saborear o mais puro amor e descobrir a magia que
nos cerca.
Vivenciar dias positivos e concretizar prazeres
contidos.
Pronunciar palavras de desalentos e explodir
confissões secretas.
Saber começar algo impossível e usar sempre a
prudência no momento final.
Deglutir máguas e revelar sorrisos sarcáticos de
alegrias não sentidas.
Embriagar-se com verdades e despertar por meio de
uma traição.
Ser fiel até o início de um final e vangloriar-se de ser
o único.
Usar de proezas para alcançar o que almeja e com
desdém lançar chamas do fel que seduz.
Resgatar sutilmente dias perdidos e não saber a
veracidade desta estória.
Enrubescer a face e sentir nas entranhas a
palpitação de apenas um dos órgãos: O CORAÇÃO!


Amar é ser fiel à perfeição
Que a vida esculturou em sonho e glória.
É ter por outro alguém dedicação
Vivendo intensamente, a louca história

Que traz, todo momento, uma emoção,
E mesmo que não seja só vitória
Amar é perceber quanto o perdão
nos apascenta em vida merencória...

Eu quero estar contigo, sem disfarces,
Amando sempre mais e bem mais forte
E mesmo que em algum dia isso se acabe

Sejam felizes nossos desenlaces,
Amar é ter sublime nosso norte,
É saber conter mais do que nos cabe...


GELIS
MVML
Publicado em: 19/08/2007 21:31:44
Última alteração:05/11/2008 14:55:48



AMAR DEMAIS *

Se o fardo é pesado a culpa é tua,
que andas por aí beijando as flores.
Essa é a verdade nua e crua
razão de tu sofreres tantas dores.

Quebraste as promessas que fizeste
aos corações de ti enamorados.
Nem quero acreditar como pudeste
ferir os que te amavam descuidados.
Carrega o teu fardo sem lamentos:
presta mais atenção aos juramentos.


O fardo que eu carrego
É por amar demais
Querida isto eu não nego
E quero muito mais
Que a vida passa breve
E o tempo nunca pára
Um coração se atreve
Ao ver quem tanto ampara
A fazer nova festa
De tudo o que me resta
Não levo quase nada
Somente a voz amada
De quem pretendo amar.
Voando em liberdade
Sem lastros que me prendam
Palavras que me atendam
Gostosas de escutar.
Vencer a realidade
Tão dura e mais amarga
Vivendo sempre à larga
Sem medo de sofrer.
Vem logo e não discuta
Contigo amor e luta
Que cedo se executa
Em busca do prazer...

HLUNA
Marcos Loures
Publicado em: 28/07/2007 19:55:41
Última alteração:05/11/2008 17:42:21



AMAR DEMAIS /

Lançar fora um sentimento,
Lúcido apelo do meu ser,
-Por causa dele,
Já não posso mais viver...

Ao topo das altitudes dos versos,
Tento livrar-me dessa sina!
-Enxergar novamente já não posso,
O amor nos cega, e nos alucina...

Aprisionada me deparo em vendavais dispersos,
Caio e não há chão para meu corpo...
- Não há mais nada, á não ser esse oco!

É como se eu caísse lentamente num abismo,
É como se ele fosse uma rua onde eu estou abaixo,
-E tudo acontece...menos ele nos meus braços...

Um sentimento esparso solto ao vento
Modula com tristezas, ansiedade.
Amor que fere tanto, o pensamento
Não deixa um só instante, na verdade...

O dia sem te ter passando lento,
As horas-vendavais em tempestade
Poeira que jamais tomou assento,
No fundo estou perdendo a liberdade.

Cativo deste sonho mais distante.
Poder ser companheiro de quem quero.
O dia surgiria deslumbrante

Porém somente o frio, e neste abismo
Vagando em solidão, à noite cismo
E busco em ti o amor que tanto espero...

ERTHALINE RAMOS
MVML
Publicado em: 12/08/2007 19:15:16
Última alteração:05/11/2008 16:51:06


AMAR DEMAIS /

Ainda vens dizer sorrindo
Que não tenho motivos pra ciúmes
Se todas às vezes que ligo o computador
Logo na capa te encontro
E quando leio teus versos
Oh meu Deus! Me espanto

Fico logo zangada
Perco logo às estribeiras
A raiva é tão grande
Penso logo mil besteiras
Então meu amigo te aviso
E quem avisa amigo é
Cuidado muito cuidado
Prá mim não te pegar com outra mulher

Qualquer dia perco a calma
Vou correndo ai te ver
E com toda minha fúria
As outras procurem se defender

Se a rosa tem perfume e tem espinhos,
Que faço se não vivo sem aroma
Gostoso desta rosa que em carinhos
Bem loucos toda noite já me toma.

Bebendo com certeza raros vinhos
Não posso mais negar que já se assoma
Vontade de correr os teus caminhos
Ouvindo: - Vem benzinho, então me coma!

Banquete que eu bem sei pra mil talheres
Fogosa e nesta cama uma pimenta,
Tu sabes que terás quando vieres

Carícias e beijinhos sem ter fim,
Mas por favor, não seja tão ciumenta
Eu tenho amor demais, não cabe em mim...

GELIS
MVML
Publicado em: 15/08/2007 23:03:38
Última alteração:05/11/2008 16:15:46



AMAR DEMAIS /


Desvia desta rota enquanto é tempo
Segue noutra direção rumo sem vento
E vai par o nordeste tempo ameno
Pra comungar nossos cantos e lamentos

Fala ao coração que é traiçoeiro
Que amor é como a água unida ao sal
Quando se misturam em uma só
Não há redemoinho ou vendaval

Que separe as duas partes entrelaçadas
Nem nos versos que a palavra é temporal
Faz aumentar amor intenso em desigual

A sorte está lançada ao teu intento
Vasculha o coração campo deserto
Sonho que mereces, talento ao certo


Meu coração encontra tanto alento
somente em teus regaço, no teu colo.
Pois sabes me trazer com teu talento
um vento delicado, meu consolo.

O tempo que promete temporal
se esvai em um segundo, e logo vejo
vontade se fazendo vendaval
procura, bem depressa por teu beijo.

Quem dera se eu pudesse ter a sorte
de ter em teus carinhos, porto e cais,
eu nada temeria, nem a morte,

seria o mais feliz entre os humanos.
Eu te amo e cada vez aumenta mais
compartilhar amores mais insanos...

SOGUEIRA
MVML

Publicado em: 17/08/2007 20:09:19
Última alteração:05/11/2008 15:42:23



AMAR DEMAIS /

Igredientes de um sonho:

Teu olhar encantado
O teu rosto risonho
O teu toque em magia
Poesia do encontro...

Nossas almas, falenas
Bela flor açucena
Pintassilgo a voar...

E ao som divinal
Das mil harpas, luar
Nossa bocas seladas
Em mil beijos sem par...

São meus sonhos, querido
Nesta tela estelar...

Amor dando rasante no meu peito
Em alvoroço faz a plena festa,
Tocando os meus sentidos desse jeito
Felicidade imensa já se empresta.
Vivendo desta forma, satisfeito,
Sorriso verdadeiro, o que me resta
É um canto de alegria dentro em mim,
Brotando em mil encantos, meu jardim...

ANA MARIA GAZZANEO
ML
Publicado em: 28/11/2007 11:22:59
Última alteração:29/10/2008 21:56:20


AMAR DEMAIS/


Vamos caminhar pelas ondas do amor.
Juntos, roubar flores brancas na lua.
Rir gostoso d’um arco íris sem cor,
lançar purpurina ao sol até que se dilua.

Brincar de amor ao vento, perder-se na rua.
Soltar por inteiro a imaginação sem temor,
vamos caminhar pelas ondas do amor.
Juntos, roubar flores brancas na lua.

Saltar as estrelas tal qual um sonhador,
soprar um cometa que no céu inda flutua.
Deslizar nas asas d’uma borboleta furta-cor,
deitar e rolar na grama... fazer-me tua!
Vamos caminhar pelas ondas do amor.


Amor em ondas traz uma procela
Ao coração que sonha, e mais deseja.
No mar de tanto amor, divina estrela,
Que em puro amor se faz que me proteja
Guiando embarcação, timão e vela,
Ao cais do amor sublime que se almeja

Nos braços da rainha feita em luz,
Mulher que me domina, estrela guia,
À eterna juventude me conduz,
Moldando uma esperança em alegria.
A cada novo canto reproduz
Amor que procurei a cada dia.

Encontro nos teus lábios o Eldorado,
Durante tanto tempo desejado...

MARA PUPIN
MVML
Publicado em: 27/10/2007 13:42:16
Última alteração:03/11/2008 18:50:34


Amar além do quanto imaginara
E de te amar assim, muito e amiúde
É que um dia em teu corpo de repente
Hei de morrer de amar mais do que pude.

Vinicius de Moraes

Amar além do quanto imaginara
E ter no amor o mote principal,
Delírio que se faz consensual
Lapidando esta perla além de rara.

A fonte interminável se escancara
E molda um paraíso sem igual,
Fazendo do desejo um ritual,
A poesia vive se escancara

As portas sem temores nem reservas,
As almas que de amores seguem servas
Encontram; ao final, libertação.

Romper qualquer fronteira, ser inteiro,
Do amor o mais constante companheiro
Saber conter em si, farta amplidão...
Publicado em: 28/11/2008 14:20:29
Última alteração:06/03/2009 16:29:55



A vida passou ávida de vida,
pelo campo onde caminhava solitário.
Não quis ser mar
nem ser maré,
quis viver Maria,
que nada mais continha
a não ser poesia...

Mas me detinha a cada passo,
teu cansaço e minha sina,
meu abraço e tuas pernas,
penugens e paragens,
margens e manhãs...

Quis ser sonho e pedregulho,
ser seixo e ser queixume,
deixo meu ciúme e minha cisma;
cataclismo fatal sem fátuos fatos...
Num átimo um ótimo momento,
um último madorno me adorno
de teus ouros e perolados olhos.
Nos óleos que me tramas,
casas e camas,
nas brasas, chamas
e não respondo,
oculto.

Te cultuo num duo infernal,
sem eco, sem ego,
trôpego, trafego
e me apego a teu passo,
pássaro solto, contrafeito...
Desfeito tudo que pudesse ser
meu, mel e mal,
Maria, o mar ia amar, andei e não te vi
bem te vi, mentiras e martírios.

Marujo sem sabujo, não sei se rei,
sereia que seria minha teia,
mas atéia, ateia tantas brumas,
bruxuleante brisa, concisa e precisa, necessária...
Amar Maria, mar ondeia, nos seios,
seixos e desejos, um beijo e um aceno,
contraceno com velas e veleiros.

Nas mãos vazias, azias e ânsias,
anseias seres livre,
me contive e não tive outro chão...
O vão aberto sob meus pés,
fendida a praia, fendida a saia,
a baia, o portão...
O porto longe, a vida longe,
longevidade para quê?

Na seda que roubaste e vestiste
insiste meu tato,
permite o olfato que,
de fato serei ato, sou regato
e regado a tanta maresia...
Mar se ia sem Maria,
sem marés e sem viés
para o invés do investido,
antes tivesse ido,
morrer no mar,
sem Maria, sem mares,
sem marés,
sem poesia...
Publicado em: 09/04/2007 21:15:01
Última alteração:23/10/2008 20:26:33


Tanto tempo procurando
Tanto amor para te dar.
A vida então se passando,
Tempo depressa a passar.
Lua quase desmaiando,
Eu desmaiando ao luar...

Se não fosse essa distância,
Moça bonita e faceira,
Não havendo discordância
A nossa noite primeira,
Com amor, com elegância,
Beleza mais verdadeira...

Eu te quero amanhã cedo,
Antes do galo cantar.
Meu amor, o meu segredo,
Vem prá cá que vou contar,
É te amar sem nenhum medo,
Desde cedo te adorar...

Recebi o teu recado,
Nessa caixa, nesse e-mail,
Tô ficando apaixonado,
Amando sem ter receio,
O resto deixa de lado,
Deixa amor, todo no meio...

Se não fosse por amor,
Como essa vida seria?
Nossa vida tem valor
Tem verdadeira alegria
Se pudermos, sem temor,
Amar, assim, todo dia!
Publicado em: 08/02/2007 15:20:45
Última alteração:26/10/2008 20:23:09



Amar cura uma amargura
Amar cura uma amargura
E não deixa nem resquícios,
Um amor nunca é loucura,
Embora traga seus vícios.

Faço deste verso meu
Um carinho que te toque,
Tanto amor se concebeu,
Inda tenho mais no estoque.

Passageiro da esperança
Caminheiro sem ter tréguas,
Meu amor sempre te alcança
Na distância, tantas léguas.

Vagamundo coração
Na procura de encontrar
Tanto amor, santa emoção,
No meu sonho a galopar.

Nos meus vasos, sangue pulsa
Vou ritmando uma alegria,
À tristeza, tal repulsa,
Pois o bem eu te queria.

Marceneiro que na prensa
Dos retalhos fez um sonho,
Tanto amor; sei que compensa
Faz o mundo ser risonho..
Publicado em: 03/10/2008 14:01:19


Depois de tanto tempo
Passa o tempo, passaredo.
Passarinho na gaiola
Esperando pela hora
Das asas acionadas
Liberdades e espingardas
Respingando gota a gota
Sangue em asas libertas.
Estrada que passei
Nos calos que criei
Refazendo as confusões
Em fusões já tão frustradas
Confissões abandonadas
Num canto qualquer da sala.
Publicado em: 25/05/2007 13:36:11
Última alteração:26/10/2008 20:28:45



AMAR DE NOVO.../
A minha querida
Essa alma sofrida
Deseja-te só
Mas és mui cruel
Eu sinto esse fel
Tal qual como Jó.

Ando meio triste
Mas peito resiste
Renasce do pó.
Noutra já procura
Redenção e cura,
Não precisa dó.

GONÇALVES REIS
MVML



AMAR DE NOVO...

Maldade que corta
O coração da gente
Se faz falsidade
Que fechando a porta
Da felicidade
Rouba o paraíso
O sonho, o siso
Deixando a saudade
De um rosto, um sorriso
Amor que perdido
Vai e não retorna!
Na alma, já morta,
Reina o desatino!

Amor que se perde
Sem rumo sem nada,
Coração vazio
Procura uma estrada
Que afaste este frio
E traga alvorada.

Não quero a saudade
Batendo na porta
Amor que perdi
É frio que corta
Vivendo sem ti,
A minha alma morta.

Mas vejo talvez
A nova esperança
Que traz alegria
Que cedo se alcança
Na voz que pedia
Renovada dança.

Vem logo morena
Que o tempo não pára,
Eu tenho o desejo
Da flor que mais rara,
No gosto do beijo,
Perfuma e me ampara...

ANNE MARIE
Marcos Loures
Publicado em: 07/07/2007 13:34:31
Última alteração:05/11/2008 19:47:18

AMAR DE NOVO...

Plantei minha esperança
Num pé de bananeira
Morreu na vez primeira
Segunda não alcança
Deu cacho e deu banana
Jamais vai repetir
Coração que se engana
Se esquece de pedir
Amor que venha logo
Salvar do sofrimento
Já perdi este jogo
Sobrando só tormento...
Publicado em: 25/07/2007 15:43:45
Última alteração:23/10/2008 20:36:25


AMAR DE VERDADE /


Mar revolto...
E meu corpo,
O teu navega...

Sem comando...
Força exígua...
Só entrega...

Na lassidão,
Meu gemido,
Em teu ouvido,
Me revela...

Em procelas,
Redemoinhos,
Carinhos e beijos...

Peito arfante,
Antes e depois,
O êxtase...


Em êxtases sublimes, nossa entrega
Formando uma avalanche, um maremoto,
Nos corpos que se tocam já se esfrega
Amor que se extasia aonde esgoto

A vontade de ter mais perto o céu.
Gemidos insensatos, francos risos,
Vagamos nosso amor em carrossel,
Roçamos e volvemos, paraísos,

Precisos nossos toques e carícias.
Arfantes caminheiros nesta senda,
Que é feita e recoberta de delícias.
Já tendo o bel prazer que se desvenda

Numa nudez faminta, depois lassa,
Satisfação completa, não disfarça...

ANA MARIA GAZZANEO
MVML
Publicado em: 25/08/2007 18:42:31
Última alteração:05/11/2008 13:05:25



AMAR DE VERDADE/

Minha alma te anseia,
Como a terra, desnuda
Na secura, por chuva...

O meu corpo te procura,
Como a abelha vasculha,
Na bela flor, o pólen...

Minha boca te busca,
Por desejo do vinho,
Que como o mel, me adoça...

Como mulher eu te busco,
No lusco fusco da vida,
Para que sejas, meu homem!

Anseio tua pele
A boca, o seio,
Um fio de esperança
A lança em riste.
Se o mundo
Num segundo
Morre triste.
Existe e tanto insiste
Amor incide
E faz de mim
O que sempre bem quis
Se sou o que restou
Já vou feliz.

Sou teu,
Duas metades
Um só corpo
Unidos pelas
Tramas do prazer.
E assim nós seguiremos
Remos, barcos,
No rumo do amanhã
Que irá mostrar
Que o brilho deste sol
Eternidade.
Resplende neste amor,
Nossa verdade...

ANA MARIA GAZZANEO
MVML
Publicado em: 22/08/2007 14:37:04
Última alteração:05/11/2008 14:22:45


AMAR DEMAIS ///

Ciúmes de ti,
Jamais terei meu amado...
Porque te amo.
E até mesmo te deixaria,
Se assim o quisesses...
Se fosse essa a sua vontade...
Não sou dona da sua vida...
Sou hóspede querida, sim,
Rainha, sou escrava...
E não tenho cadeira cativa...
O amor é união livre,
De vontades que se encontram...
Na doce esperança de alcançar felicidade...
Que sequer se alcança,
Se não houver acordo entre as partes...
Na certeza do teu querer permaneço,
Serena e tranqüila,
Porque te amo de verdade...

Um canto mais ameno de esperança
Mostrando tão somente esta ventura
Que esconde do ciúme a fria lança
E molda cada verso com ternura.

Ao lado de quem quero, a vida avança
Em todos os momentos, traz candura;
O peito em desabrigo amor amansa
Ao coração doente mostra a cura

Que é feita em total tranqüilidade
E em passos bem mais firmes, destemidos.
Os atos violentos esquecidos,

O mar beijando a praia em liberdade.
Problemas que tivermos, esquecidos
Negar o nosso amor, não sei quem há de...

ANA MARIA GAZZANEO
MVML
Publicado em: 09/08/2007 21:06:04
Última alteração:05/11/2008 16:23:42




AMAR DEMAIS - //

O amor nos enlaça
A gente se abraça
Nos sonhos desejos
Na vida que passa
Em ocasos, luares
À tarde, na praça...
Palavras não bastam
E pele na pele
Na febre que grassa
Nós vamos prá casa
Do amor recolher
No rito sagrado
Frutos do prazer...

Pomares da esperança
Infância tão distante
Sorriso de criança
Refaz-se neste instante
Amor que tenho imenso
Deixando-me contente
Tu sabes quanto eu penso
No amor que é só da gente...
Recolho cada mel
Que emanas, delicada...
Mergulho e chego ao céu
Em tuas mãos de fada.
À noite sou corcel
Canção agalopada
Que mostra no dossel
Que a noite não é nada
Distante deste véu
Desta mulher amada
Que encontro; desnudada,
Na boca o seu sorriso
Convite que me faz
Chegar ao paraíso....

ANA MARIA GAZZANEO
MVML
Publicado em: 08/08/2007 20:47:12
Última alteração:05/11/2008 16:52:27



AMAR DEMAIS - //

Meu peito arde
Será desejo?
Fico em alarde
Com tanto pejo.

Meu peito é brasa
Será saudade?
Em minha casa
Pesar me invade...

E penso logo
Que a vida traz
Em duro jogo
Azar demais

Sou quase um zero,
Deixado à esquerda,
Já não mais quero
A vida em perda,

Somente amor
Irá trazer
Novo fulgor
Num bem querer...

GONÇALVES REIS
MVML
Publicado em: 06/09/2007 21:23:12
Última alteração:05/11/2008 07:31:06





2




Amar nunca é demais.



Esperança diz teu nome
Cada dia mais distante,
Tua imagem me consome,
Perdida, tão inconstante...
Mas, a cada dia vejo,
Que amar mais do que pude,
Faz viver esse desejo,
Amar-te muito, amiúde...

E mesmo assim, minha amada,
É muito pouco, garanto,
Creia: não é quase nada
Nunca bastante nem tanto,
Tanto é grande o que mereces
Bem mais que posso fazer,
Agradeço a Deus, em preces;
O poder te conhecer.

Como amar é doação,
Do muito que, certo, eu te amo.
Nada resta ao coração,
Por isso tanto te clamo.
Grande amor de minha vida,
Sem te ter, morro de frio.
Por tanto te amo querida,
O meu peito está vazio...

Publicado em: 09/12/2006 07:21:21
Última alteração:24/10/2008 13:52:58



AMAR NUNCA É DEMAIS

Em tempos, temporais
Amar nunca é demais
Adoro quem vier
Do jeito que quiser
Pra ser minha mulher
Quem dera ser seu cais
Atrás de cada sonho
Versando sem conversas
Avessos aos reveses
Jamais seremos reses
Me nina quem há meses
Persigo em cada verso
Reverso da medalha
Sem falha na batalha
Deixando-me sem fala
Adentrando esta sala
Em tempos vendavais
Em ventos festivais
Persigo nos trigais
Abandonando o joio
Estando sempre de olho
Ouvindo este estampido
Que faz um decidido
E louco coração....
Publicado em: 24/07/2007 21:58:04
Última alteração:23/10/2008 20:36:18


AMAR O AMOR /


Querido
Mais nada direi
Do que sinto...
Sentimento único
Que simples palavras
Não o podem descrever...
Quero que leias em meus olhos,
O que eu queria te dizer...
E que as palavras
Não o podem,
Roubando a magia...
Doce magia deste instante,
Em que amo, você!

Enleio feito em versos, amor trama,
Das sutilezas molda uma esperança
De ter ao descrever divina dança
A sorte que emoldura a quem tanto ama.

Amor quando refaz em cada rama
Um arvoredo enorme, sempre alcança
Aos céus aonde um gesto de fiança
Demonstra quanto amor, Amor reclama.

Vinhedos de raríssima beleza
Se, cuidados com zelo e com ternura,
Nas mãos de um lavrador, total carinho,

Darão, isto eu garanto, com certeza,
Colheita em perfeição promete pura
A produção de um belo e doce vinho...

ANA MARIA GAZZANEO
MVML
Publicado em: 03/09/2007 18:07:49
Última alteração:05/11/2008 12:01:24


AMAR O AMOR /


Desnuda em teu braço,
Cesso o passo da angústia
Que me fez caminhar, de alma astuta,
Nas tormentas, solidão...
Te entreguei meu coração...
Vi após as heras da ilusão,
A primavera, iluminada pelo sol...
Visão fantástica,
Orgástica sensação de estar viva...
Inativa a razão,
O amor por ti é que me comanda...
Anda,
Não demora...
Beija-me agora...
E me ama até a exaustão!


Fazer de cada noite uma tocaia
Aonde nós sejamos fera e caça,
Não deixe a saudade enfim nos traia,
Pois saiba que este fogo nos realça,

O vento da paixão levanta a saia
E mostra em coxas grossas o que se passa
Nas nossas aventuras. Na gandaia
Eu quero ter teu fogo, ser fumaça...

Amando em tal insânia, combustão,
Airosa tempestade sem aceros,
Desfazem-se pudores e vergonhas.

Entregas sem limite ou precaução
Profundos e profanos, quase feros
Os gozos com que eu sonho que tu sonhas...

ANA MARIA GAZZANEO
MVML
Publicado em: 25/08/2007 12:18:10
Última alteração:05/11/2008 13:06:25



AMAR NUNCA É DEMAIS -


Grito teu nome...
Um grito rouco...
Grito mouco...
Sequer me ouves...

Giro em torno de meus passos
Como cão abandonado
Sem seu dono e sem ração...

Ouço só meu coração
A pulsar desritmado
Pulsação acelerada
Em desespero grita, e nada!

Sequer ouves, estás tão longe
De cruél realidade...
Quão me mata essa saudade!

Escuto a tua voz
E chamo por teu nome.
Não podes mais me ouvir?
Distante um som que some...

Eu quero estar contigo
Amar até não mais.
Sem ter o teu apoio
Naufrago sem meu cais.

Vencer esta distância
Soltando o pensamento,
No mel de tua boca
Encontro o meu ungüento.

Cansado da labuta
Que se faz tão constante
Quem dera se tivesse
O sonho delirante

De ser teu companheiro.
Porém neste abandono,
Procuro por mim mesmo,
Sou qual um cão sem dono.

Eu quero poder ter
Tua presença terna
Meu coração vazio,
Sem ter amor hiberna.

Vencendo o duro frio
Que a solidão me traz,
Eu quero te dizer
Que amar nunca é demais....

ANA MARIA GAZZANEO
Marcos Loures
Publicado em: 23/07/2007 17:23:38
Última alteração:05/11/2008 18:27:07




AMAR O AMOR /

Aonde encontrar este amor tão procurado
Tão cavalheiro despojado refinado
Cantado nas canções, tão poetado
Revoluciona chega ao Céu extasiado

Já revirei terra Céu mar e montanha
Nada encontrei de palpável em seu refrão
Só sei cantar nos poemas esta oração
Pra o coração que me engana, furacão

Hoje está aqui amanhã indecisão
Salta de galho basta mudar a direção
Inconseqüente sem firmeza e decisão
Oras bandoleiro oras eterno turbilhão

Alegra-se chora, esconde-se reaparece
Se oculta nas entrelinhas do olhar
Que aventureiro este amor! Aonde encontrar?
Tantas facetas meu coração não sabe amar.

Amor é melindroso, mas ternura
E faz-se em fantasia, tão galante,
Na dor que ele irradia, uma ventura,
Eternidade viva em um instante.
Quem sabe ser amor feito candura
Não teme a luz do dia, deslumbrante.

Um turbilhão mutável, eis amor.
Tratante conselheiro coração
Perfaz em seu caminho, o sedutor,
Sem ter sequer nem rumo ou direção.
Algoz que nos sacia, tentador,
A ventania em plena mansidão...

Assim, aventureiro, em mar revolto,
O sentimento audaz querida, eu solto...

SOGUEIRA
MVML
Publicado em: 04/09/2007 17:21:12
Última alteração:05/11/2008 11:54:35




AMAR O AMOR EM VOCÊ
E,
nesta água
a correr,
se cria
um rio,
com sede
de amor ...
(ivi)

Olhando para o céu, enamorado,
Vislumbro nas estrelas teu enlevo,
E sigo a cada dia deslumbrado
Sabendo que feliz, contigo, devo...

Sorriso de menina, mulher bela,
Esculturada em mármor de Carrara,
Pintada em genial e rara tela
Uma perla marinha, jóia rara.

Teu rosto de beleza intensa, grácil,
As mãos alabastrinas seda pura,
Sereia que me encanta, linda, frágil,
Endeuso teu olhar, tua figura

E saio a procurar-te, nos astrais,
Teus rastros que vasculho, siderais...
Publicado em: 25/03/2008 20:05:40
Última alteração:21/10/2008 22:05:17


AMAR O AMOR

Canto meu canto sem pranto
No risonho bem querer
Amor demais eu me encanto
E canto amor pra valer
Sem saber se amor me mata
Se me cura ou me maltrata.

Fiz meu barco na esperança
De encontrar o teu mar
Amor viveu da lembrança
Se lança, não quer parar.
De tanto quanto me espanto
Tanto amor quero em meu canto.

Nos olhos que não te viram
Na boca que não beijei
Nos dias que se seguiram
No tanto que tanto amei
Amor se fez de mansinho
Tomou conta, fez seu ninho...

Vencido por tanto sonho
De poder ser mais feliz
O meu cantar mais risonho
Coração pedindo bis.
Conto contas quanto canto
No canto que já me encanto
Na conta que te contei.
Tanto quanto amor amei...
Publicado em: 02/01/2007 08:03:17
Última alteração:28/10/2008 10:36:00



AMAR O AMOR
Na suavidade do tempo a brisa voa
As palavras viajam sem fronteiras
Como uma ave que silenciosa revoa
Procurando na amplidão costumeira

A luz que no caminho segue o trilho
A sombra que oferece aos viajantes
Pousada para um coração andarilho
No silêncio dos amores verdejantes

Rastejo teu olhar nas noites calmas
Na curva que te sigo sou carente
Na imensidão dos versos sou vivalma
Encontro em teu luar amor vertente

Águas que nos banham, sonhadores
Molhando toda a alma esplendores

SOGUEIRA


Falava desse amor á minha amada
Que nem sabia o quanto que eu amava
Sentado no beiral duma calçada
A lua testemunha nos calçava.

Temia pois tremia por inteiro.
Das pernas que tremulam, qual bandeira,
Meu Amor me mostrava, companheiro,
Quanto amar faz mudar a vida inteira.

Depois de tanto tempo sem dizer,
Que o medo nos tortura e enfraquece,
A mão de quem declara é só tremer,
Parece que se perde numa prece...

Aos poucos como quem pede perdão,
Amor, de tanto amor, declaro em vão...
Publicado em: 27/03/2008 18:23:17
Última alteração:21/10/2008 20:33:08


AMAR O AMOR.

Noites rondando
O corpo explodindo
Desejos
À flor da pele...
Em visões maravilhosas
Alucinadamente
Misturam-se imagens.

Bacantes
Orgásticas
Volúpias
E prazeres.

Embriaguez
Insensatez
Insânia
E voracidade...

Êxtases
Que se buscam
E se encontram
Nas loucas
Procissões de corpos.

Espelhos multifacetários
Mosaicos de mim mesmo.
Desnudo pelo absinto
Exposto pelo gim.

Nos bares, cabarés,
Motes e motéis.
Ruas, avenidas
Tetos e tetas.
Espelhos e pelos.
Peles, confusões,
Fusões e convulsões.

E a vontade de ser eterno...
Publicado em: 12/09/2007 11:38:39
Última alteração:23/10/2008 18:07:11


Amar sem ter vergonha nem temores,
Este nosso Amor
é simplesmente,
lindo demais ...
(ivi)

Amar sem ter vergonha nem temores,
Colhendo as maravilhas que plantamos,
Deslindam-se sublimes, raros ramos
Promessas de diversas, belas flores.

Seguindo-te querida, aonde fores,
Se cada novo sol; comemoramos,
Não temos nem escravos, servos, amos,
Tampouco restarão quaisquer pudores.

É simplesmente tudo o que mais quero,
Por mais que o amor pareça fútil, fero,
Não posso resistir ao seu fascínio.

Indômita loucura que nos toma,
Enquanto multiplica simples soma,
Jamais terei a fera em meu domínio...
Publicado em: 30/03/2009 18:42:06
Última alteração:17/03/2010 21:01:05



Podes me amar à vontade
Se isso queres, ó meu bem.
Tudo o que eu quero na vida:
-Ouvir-te dizer-me: Querida

Quando juntos abraçados
Sempre eternos namorados.
Esquecemos realidade
Esquecemos este mundo
E mergulhamos bem fundo
Nas águas do amor... Vontade!

Eu quero esse mergulho bem profundo
Nas águas deste sonho, sem temores.
Vivendo o sentimento, num segundo,
Teus olhos são dois belos refletores

Que lançam tuas luzes pelo mundo,
Só sigo estes teus rastros sedutores...
Da paz deste carinho já me inundo
Sorvendo teu amor sem ter amores...

Querida, não me deixe mais, te peço,
Tu és a glória infinda de viver.
Eu amo bem além e te confesso,

Não tenho mais vontade se fugir
Deitando do teu lado meus prazeres,
Amar-te sem limites.... Vim pedir...

HLuna
Marcos Loures

Publicado em: 30/03/2007 20:01:19
Última alteração:06/11/2008 10:23:10



Sinto-te em paz...
Estou em paz...
Nesta paixão que rima
com coração....
Vibra com ardor...
Sempre renovada...
A cada instante...
Por haver simplesmente...
Amor.....................

Apacificadora sensação
Que toma nosso peito, sem cobranças
Forjada pelas tréguas, alianças
Formando em dois soldados, batalhão.

Dela mesma se faz renovação
E no cantil, somente as esperanças
Nas velas desfraldadas, confianças,
No mar tempestuoso da paixão...

E somos companheiros de viagem,
Nas estações, nos cais, em vários portos
Por mais que sejam duros, sejam tortos

Os caminhos; seguimos. Numa aragem
Serena e mais sensata. Mas com ardor
De quem sabe regar, canteiro e flor...

MARTA TEIXEIRA
Marcos Loures
Publicado em: 02/06/2007 11:30:28
Última alteração:05/11/2008 21:21:26





Quero...
Ao teu lado meu amado...
Descortinar os mistérios,
Deste amor encantado...

Quero...
Aquecer-me no calor,
Deste amor feito sol...
Surgido em meu peito!

Quero...
Neste ninho em flor...
Partilhar com você,
Das delícias do amor!

Quero, mulher amada e tão querida,
Deixar cada pedaço meu em ti.
Singrando em nosso amor a nau perdida,
Resgate deste tempo que perdi
Distante da partilha, nossa vida,
De todo o manso cais que existe aqui

Amores são noturnos, são fornalhas,
Amores são soturnos, envolventes...
Amores sempre cortam, são navalhas
Que trazem dor, prazer, risos, dentes...
São flores delicadas, rosas, dálias
Na paz e na delícia que tu sentes

Se faz a nossa vida d’hora em diante
Num sonho mais gostoso e irradiante...

ANNE MARIE
Marcos Loures
Publicado em: 03/05/2007 09:43:20
Última alteração:06/11/2008 08:13:38



AMAR SEM MEDIDAS


A distância mais longa é aquela entre a cabeça e o coração.
Thomas Merton

Amor não tem medidas nem tem nexo
Existe e sobrevive só por ser.
Um sentimento nobre e tão complexo
É fonte de tristeza e de prazer.
Amar não é buscar simples reflexo,
Tampouco sabe dar e receber.
Amor não tem juízo e maravilha
Por não saber seguir caminho ou trilha...
Publicado em: 09/11/2007 20:08:55
Última alteração:26/10/2008 21:35:31




AMAR SEM MEDO


Às vezes
Mares
Ritos
Rimas
Sondas.
Ondas
Em plenilúnio,
Preamar.
Amar sem medo
Segredos do mar...
Publicado em: 31/05/2008 20:39:13
Última alteração:20/10/2008 20:09:47


AMAR SEM MEDO...



Depois desta borrasca em juventude,
Passando por terrível solidão;
Vazio, sem saber da plenitude
Que encharca todo jovem coração.

Depois da timidez que me afligia,
No manto da saudade e da tristeza;
Era; amar, tão somente fantasia,
Deixada em algum canto, sem beleza.

Depois das noites brancas, sem ninguém,
Depois do medo cego, sem carinho...
Agora quando a madrugada vem,
Olhando para ti, não vou sozinho...

Aprendo, a cada dia, esse segredo,
Amar é ser feliz, e perco o medo...
Aprendo, a cada dia, esse segredo
de amar, de me entregar à fantasia
do beijo, do desejo sem ter medo
e, assim, acalentar minh'alma fria.

Não quero mais viver em agonia
vivendo de um sonho o arremedo.
Aprendo, a cada dia, esse segredo
de amar, de me entregar à fantasia.

Cansei de ser das outras um brinquedo.
Te achei! A vida é pura alegria.
Agora, só agora eu me concedo
a graça da mais bela sinfonia.
Aprendo, a cada dia, esse segredo.

SONETO MARCOS LOURES
RONDÓ HLUNA
Publicado em: 15/01/2007 20:35:41



AMAR SEM RIMA
Rima ?
Não precisa,
quando perfeita
é a dança
de nossos corpos,
unidos em paixão ?
(ivi)

Dança dos corpos
Brindes
Copos
Unidos
Toques
Retoques
Estoques? Pra quê?
Publicado em: 12/05/2008 17:00:58
Última alteração:21/10/2008 14:35:30



AMAR SEM TER LIMITES

Que permita o bom Deus
Viver nos braços teus
Do amor, toda ventura...
Amor que sem frescura
Entalha uma verdade
E sol em claridade
Torna feliz os dias
Que juntos prossigamos
Em plena alegria
A semear sementes
Dos sonhos, fantasias
Do amor, tanta magia
Que tornam a vida bela
Nas asas da poesia!

Amar sem ter limites,
Vivendo a fantasia,
Amada não me evites
Te quero todo dia.

No gozo que permites,
Encontro uma alegria
Meu coração palpites
No amor que nos vicia.

Teu homem; quero ser,
Sem medo algum de errar,
Tocando devagar,

Amor, meu bem querer,
E sempre me entregar
Loucuras do prazer...

ANNE MARIE
Marcos Loures
Publicado em: 02/07/2007 22:06:13
Última alteração:05/11/2008 20:23:33


AMAR ETERNAMENTE...
Saudades doutros dias onde, outrora,
Tivera no teu colo meus abrigos,
A luz de uma alegria me decora,
Protege contra os males e os perigos.
Tua presença em sonhos revigora
Meus passos em caminhos mesmo antigos.
Amando eternamente posso crer
Que um dia nosso amor vá renascer...
Publicado em: 26/10/2007 18:53:48
Última alteração:23/10/2008 18:49:49




Esse amor, deliberado...
Que cativos, nos mantém...
Ao unir-nos lado a lado,
A nos manter, seus reféns...

Vai escrevendo a poesia,
Vai tomando a melodia,
Alimentando a alegria,
Dos nossos dias, amado!

Já não cantamos tristezas,
Pois o amor, em farta mesa,
Alimenta este sonhar...

E o riso, vai aflorado...
E o cantar é mais festivo...
Neste amor, o paraíso!

E vivemos tão felizes...
Ao amor, vamos cantar,
Toda a alegria de amar!

Quiçá, no tempo, sem fim!
Permaneçamos, assim!
Neste amor, todo encantado!


Amar é transbordar felicidade
Não é ser singular, é ser plural.
É conhecer a vida de verdade,
Vagar, com pés no chão, por todo astral.

Amar é conceber a liberdade
E sempre querer bem, negar o mal,
Potência que se faz força e vontade,
Sem artifícios ser mais natural...

Eu quero todo encanto deste amor,
Que é por apenas ser e nada mais.
Um paraíso em canto, salvador.

No versejar alegre e tão festivo,
Trazemos nosso amor, que é feito em paz,
Do qual e pelo qual, respiro e vivo!

ANE MARIE
Marcos Loures

Publicado em: 06/03/2007 18:28:58
Última alteração:06/11/2008 11:30:13


AMAR É...


Interessante é quanto o que não quero
Por vezes é mais forte do que espero
E vence esta batalha pelo nada.
Alçada na calçada asa serena
Emblemas desfiando no meu peito.
Amar Maria amara serventia
Que é feita sem remédio ou poesia
Apenas apeando o meu cavalo
Abraço eternidade que eu queria...
Publicado em: 13/11/2007 19:34:48
Última alteração:23/10/2008 17:10:59




AMAR EM ESPERANÇA

Vivendo em claros tons a minha vida
Depois de tantos grises descaminhos
Os dias que passara tão sozinhos
A dita agora trama mais querida
A cena que pensara já perdida
E nela sem saber de teus carinhos
Singrando um mar imenso, vãos espinhos
Percebo a glória intensa enternecida.
Revendo os meus diversos desalentos
Bebendo calmamente novos ventos
Eu posso acreditar noutro cenário,
O amor que agora toca e me domina,
Mudando com ternura a triste sina
Vencendo o pesadelo temerário...
Publicado em: 23/05/2010 11:46:48


Amar em Liberdade

Sentindo mansos ventos
Queimando devagar.
Nos espinhos, rosas,
As pétalas, perfumes.
Sonhos desatados
Entre tantos ventos.
Que cantam mansamente.
Solidão...
Não quero tuas teias
Nem lembranças.
Só meu sonho liberto
De viver teu colo
Na tarde...

Amores que se vão nunca mais voltam
Disso eu sei e como...
Nos passos que percorrem meus ventos
Não posso me queixar
Do medo da verdade em plena brisa.
Não quero mais...

Mas quero amar
Em liberdade
Rodando a vida
Batendo coração
Sentindo teu perfume.
Rosa, teu perfume.
Perfume...
E as águas do mar
Emolduradas pela lua...
Publicado em: 03/01/2007 15:17:54
Última alteração:28/10/2008 10:36:13




Ao teu lado,
A voar...
Asa à asa,
Em céu de amor sem fim...

Posso enfim dizer o que é,
Felicidade!

Liberdade que empresta dons,
Ao coração tão sonhador...
E os transforma em realidade...

Te amar com certeza,
Me fascina...

E não contive,
Ao voar contigo,
Nestes céus de tantas maravilhas...
De dar meu grito mais intenso,
De alegria...

Asas abertas sonhos delirantes
De vôos mais felizes pelo espaço.
No toque e no carinho dos amantes
A vida nos conforta passo a passo.

Saber de uma alegria e ver bem antes
A dor que nos maltrata, cerra o traço,
O dom que nos cativa, triunfantes
Caminhos que se abriram num abraço

Das asas que conhecem liberdade
Nos olhos sempre puros, e por isso
Mais aptos a saber da claridade

Que uma esperança mostra; tão intensa,
Com a felicidade, o compromisso,
Desta alegria nossa, que é imensa...

ANNE MARIE
Marcos Loures
Publicado em: 04/04/2007 21:40:48
Última alteração:06/11/2008 10:32:07




Mentiras e verdades
Jogo duplo
Amor e liberdade.
Nossa culpa.
Vencido pela culpa
Minando culpa
Me diz culpa
Me dês culpa
E me deixe ir seguindo.
Pesado, transformado
Em peso absoluto.
Luto e mendicância
Constância de sons
Ecos
E botecos.
Nada mais me sobraria
A não ser esta certeza
De que a culpa
É do coração,
Vadio e sem sentido.
Premido de esperança.
Curtido de tanto frio
Meu fio perdido
Entrelaça-se com o teu.
Temos algo em comum
O um.
O medo
A rima
E o final,
Sempre vago
E sem nexo.
Sexo é bom
Tanto foi
Quanto será
Mas há?
Não sei se te mostro
A culpa
Pegue tua lupa
E vamos dançar!
Publicado em: 12/05/2007 16:37:56
Última alteração:23/10/2008 20:29:16


"O amor é um passarinho que não aceita gaiola."

Cuidado, meu amor; ouça a verdade:
A mão que acaricia nunca esfola.
Nas grades que me impões; sem liberdades,
Amor já vai morrendo... Na gaiola...

Publicado em: 30/03/2007 16:07:27
Última alteração:27/10/2008 19:02:18




AMAR EM PAZ //


Lado a lado
Passo a passo
Ladeados pela felicidade
Enamorados
Prossigamos enfim,
Ao que nos resta...
Sonhos sem fim, teçamos...
Cantigas de amor
Que a alma gesta...
E resto
Deixemos para lá!
Que vivamos do amor
Que a sorte empresta!
Quiçá continuemos bem felizes!


Encantos
Tantos cantos
Pelos cantos
Da cidade.
Vasculhando
Cada ponto
Sempre encontro
Na verdade
O meu sonho
Que proponho
Sempre ponho
Claridade.
Sem ter pressa
Vida passa
Mais depressa
Eu acho graça
Na fumaça
Uma tristeza
Que se foi
Pra não voltar
Quero ter
Em cada verso
Universo
Pra te dar.
Vem comigo
Companheira
Que esta noite
Não é nada
Se não
Voltar agora
Vai ser triste
A madrugada.
Somos parte
De um conjunto
Sempre junto
Amor se faz,
Não permita
Uma distância
Que se mostre
Mais audaz.
Vamos ter
Em cada beijo
Novo mundo
Barco livre
Sem deriva
Alma altiva
Vai buscando
Calmo cais.
Por estrelas
Procurei
Velas abertas
Naveguei
Até encontrar
Onde pudesse
Ao atracar
Sentir a brisa
Me tocando
Me roçando
Amar demais.
Sem ter medo
Do degredo
Desde cedo
Eis o segredo
De uma vida
Feita em paz...

ANA MARIA GAZZANEO
Marcos Valério Mannarino Loures
Publicado em: 01/08/2007 20:16:32
Última alteração:05/11/2008 17:57:46


AMAR EM PAZ /

E porque me acolhes, doce enlace,
Felicidade imensa, amor me invade...
Saudades... Saudades infinitas...
Deixa-me beber da tua doce imagem...
Até a saciedade...
Quero te amar, com paixão e com loucura...
Retornar à vida nos teus braços...
E contigo levitar...
Alegria contagiante me abarca...
Ata-me ao teu corpo...
Que absorto à alma que grita
Estremece ao desejo de te amar...

Enlace que me traz doçura na alma
Fomento de ternura em lucidez.
Dos calos da esperança, fina palma
Esmeraldino sonho em mesma tez.

As águas que se movem – plena calma,
Buscando na quietude, a placidez,
Locais ermos, distantes sem vivalma
Permitem me dizer do amor que fez

O sonho convertido em mansidão,
Uma alegria tal onde apazigua
Sem medo de palavra quando ambígua

Que possa nos trazer desilusão.
Assim uma atitude feita amor,
É como um novo dia, encantador...

ANA MARIA GAZZANEO
MVML
Publicado em: 01/09/2007 17:26:23
Última alteração:05/11/2008 12:23:44



AMAR EM PAZ /


Te nino menino
Mas me ensina a nadar
Que quero contigo
Neste mar, mergulhar...

Viver sem ter medo
De ver afogar
Os sonhos, enredos
Dos versos de amor
Que me pôs ao teu lado,
Feliz, a cantar!

Balançando a roseira
Te nino a noite inteira
Afasto uma besteira
E te deixo feliz,
Afogado em carinho
Olho devagarinho
E chegando mansinho,
Bebo pedindo bis.

Sabendo dos enredos
Percebo teus segredos
Aplacando meus medos
Cantando o nosso amor
Em verso doce e macio
Contigo me fantasio
Tua nudez, espio
Corpinho encantador

Pecado que cometa
Perfeita silhueta
De curvas, mais repleta
Moça bonita traz
Beleza que me encanta
Minha alma sempre canta
Vontade que agiganta:
Poder amar em paz...

ANA MARIA GAZZANEO
MVML
Publicado em: 10/09/2007 19:27:13
Última alteração:04/11/2008 18:11:48



AMAR EM PAZ /


Nossos corpos
Doces rimas
Nas procelas
Incontidas
Versos soltos
Mar revolto
Arremessam
Nossas vidas
Em doce encontro
Numa hora
Tão querida...
Hoje, não
Que sabe a sina
Delineie
Em curva extrema
Ao fim da história
Enfim, furtiva...

Corpos
Portos
Expostos
E famintos.
Risos
Ritos
Riscos
Prosseguimos.
Rimas
Primas
Cismas
E tempestas.
Rios
Cios
Veios
Tantas festas.

Amor
Romã
Aroma
Manhas
E maçãs
Manhãs
Audazes
Luzes
Trazes
Amor
Demais...

Boca
Beijo
Toca
Ensejo
Desejo
À solta,
À tona,
À vera...
Haverá
Outro
Dia
Decerto
Alegria
Trará
De novo
Sorriso
Breve
Alma
Leve
E amor
Em paz...

ANA MARIA GAZZANEO
MVML
Publicado em: 12/09/2007 22:38:22
Última alteração:04/11/2008 17:10:16



AMAR EM PAZ
Balançando a roseira
Te nino a noite inteira
Afasto uma besteira
E te deixo feliz,
Afogado em carinho
Olho devagarinho
E chegando mansinho,
Bebo pedindo bis.

Sabendo dos enredos
Percebo teus segredos
Aplacando meus medos
Cantando o nosso amor
Em verso doce e macio
Contigo me fantasio
Tua nudez, espio
Corpinho encantador

Pecado que cometa
Perfeita silhueta
De curvas, mais repleta
Moça bonita traz
Beleza que me encanta
Minha alma sempre canta
Vontade que agiganta:
Poder amar em paz...
Publicado em: 10/01/2008 17:56:06
Última alteração:22/10/2008 19:43:06



AMAR EM PAZ
Entrego-me
à volúpia
de teus olhos
em chamas
(ivi)

Na delícia e magia nosso amor
A cada novo dia se transborda
Fazendo da alegria seu sabor
A solidão, por isso, nunca acorda!

Não vamos deixar de ser assim
Roubamos da manhã raio de sol,
Lutamos pelo amor até no fim,
Sabemos, nele está nosso farol!

O nosso amor vadio vale a pena
Percorrendo as paredes quando em cio,
Uma doce paixão nos envenena,
Não sabemos de inverno, só do estio...

Amando-te já sei desse amor pleno,
Gostoso como o mel, doce veneno...
Publicado em: 26/03/2008 23:04:33
Última alteração:21/10/2008 20:32:20



AMAR EM PAZ
O tempo que passa
Fazendo fumaça
Enquanto na praça
A gente se caça
Enquanto se amassa
Carinho são tantos
Encantos que tive
Amor sobrevive
Falando do sonho.
Eu quero e proponho
Um dia feliz
Vivendo o que quis.
Vencer os meus medos
Saber dos segredos
Dos novos enredos
Que fazem de nós
O sonho do após
Atento a tais nós
Chegamos à foz.
Num rito veloz
De gozos e tramas
Amor pede chamas
Entregues nas camas
Enquanto reclamas
Amamos em paz.

Publicado em: 17/07/2008 08:41:51
Última alteração:19/10/2008 21:50:15


AMAR ETERNAMENTE -


Ama-me pela eternidade
Quero tocar as brumas do universo
Sentir contigo toda essa verdade
Sorver por inteiro o cálice submerso

Professar o juramento do inverso
Despedaçar o mito que me invade
Ama-me pela eternidade
Quero tocar as brumas do universo

Ser uma doce lenda na imensidade
Dar razão ao sentimento disperso
Donos de nós, seremos realidade
Sagrado sempre seja nosso verso
Ama-me pela eternidade...

Amar eternamente, em laços fortes,
Usufruindo a vida com vontade
Alçando bem mais alto a liberdade,
Sanando o sofrimento, fundos cortes.

Atando num momento nossas sortes
E crer por isso mesmo em amizade
Deixando longe, a esmo, a falsidade.
As dores eu pretendo, enfim, que abortes

E deixe renascer somente o bom
Semente que plantamos com esmero.
Fazendo deste sonho, um verdadeiro

Sacrário onde se escute em mesmo tom
Na eternidade frágil de um segundo,
Que nosso amor se espalhe pelo mundo...

MARA PUPIN
Marcos Loures
Publicado em: 23/07/2007 10:50:53
Última alteração:05/11/2008 18:28:26


AMAR ETERNAMENTE

Querida, na verdade quem me dera
O amor ao devolver a primavera
Também fosse comigo alvorecendo,
Guiado pelas mãos de uma emoção
Eternizando um vento que envolvendo
Tocasse bem mais fundo o coração.

Assim numa alvorada amor se tece,
E a juventude, deixa de ser prece,
A mocidade volta, de repente,
É como se o meu tempo, enfim parasse,
E o mundo que eu sonhara, mais contente,
Também como a manhã, me iluminasse...
Publicado em: 03/09/2007 22:01:37
Última alteração:23/10/2008 20:41:26



amar eternamente
O Amor
é algo que vai além
da beleza física,
do momento atual ...
Amor, de verdade,
é eterno ...

(ivi)

Amor se verdadeiro, calmo e terno,
Prepara o coração, jamais é tarde,
Vencendo a frialdade deste inverno
Adentra com louvor a eternidade...
Publicado em: 03/09/2008 16:40:05
Última alteração:08/09/2008 04:45:06


AMAR ETERNAMENTE
Ame!
Nunca pense que tudo se acabou
Acredite em ti, tempo não passou...

Deixe
Que toda essa tristeza vá embora,
É preciso sonhar! Amar é sempre agora!

Veja
Que tudo nesta vida, tem duas faces...
É preciso saber. Não use teus disfarces...
É preciso viver toda tua fantasia
Se esse amor nunca veio? Virá, um dia...

Sonhe!
Essa tal solidão é tão vazia...
Viva o pleno amor. Em tudo, poesia...
E sempre amar...

Cabem
Todos os nossos sonhos nessa vida.
Seja então feliz. Então: missão cumprida!
E sempre amar...
Publicado em: 19/09/2008 17:56:52
Última alteração:02/10/2008 20:28:35


AMAR É

Eu te quero aqui do lado,
venha ser meu namorado,
tô querendo te amar...

Sem você, tudo é sem graça,
Tão morosa, a vida passa,
E eu querendo te encontrar!

Meus carinhos vou te dar,
Em mil beijos vou te amar,
Em linda noite que cai,
enfeitada de luar!

Mas se você não vier,
Viver eu nem quero mais...
E nem sei quem foi que disse,
sem amor, tudo é chatice!

Tu és a namorada que sonhei
Durante a juventude, adolescência,
Amar é conhecer desta ciência
Que faz uma esperança ser a lei.

Teu corpo delicado que busquei,
Envolto na malícia da inocência
Não tem para comigo mais clemência,
Pois nele, sem juízo, me encontrei.

Amar é decifrar qualquer enigma,
Tirar de nossas almas um estigma
Que marca com tristezas; cicatrizes.

Assim nós prosseguimos insensatos,
Rompendo mil barreiras, sem recatos,
Gritando ao mundo: enfim, somos felizes!

ANNE MARIE
Marcos Loures
Publicado em: 18/06/2007 22:12:55
Última alteração:05/11/2008 20:54:39


AMAR É



Amar é como o vento em disparada
Não escolhe onde a poeira vai parar
Penetra em toda fresta que encontra
Embota todo espaço é só deixar

Não dita regras é absoluto em seus atos
Não aconselha, seu guia é dono exato
A posse é seu tema para todo seu status
È surdo e cego não atina em outro lado

Seu juízo é ilimitado ao seu querer
Astucioso, entra deita em nosso ser
Assim mesmo quem consegue na vivê-lo!

Sua ardileza espreita nossas vidas
Até nos versos é senhor das mil conquistas
Quem ousará discordar de tais premissas

Amar é ser feliz e sofrer tanto,
Vencido pelo gozo e pela dor,
Em faces pavorosas, meu encanto,
Trazendo paz em forma de furor.

Amar é ter na vida, doce espanto,
E ser astucioso e sedutor,
Desafinar enfim em cada canto,
Depois de tudo, ser um amador.

Amar é ser qual cego em luz intensa,
Beber da tempestade, com sorrisos,
Descer em pleno inferno aos paraísos,

Querer do nada eterna recompensa,
Amar é ter; portanto, e nada ser,
É mesmo derrotado, assim, vencer...

SOGUEIRA
Marcos Loures
Publicado em: 28/06/2007 20:45:54
Última alteração:05/11/2008 20:27:21


AMAR É

Vai meu mar amar maré
Maresia mar e sina,
Amando Mar e Marina,
No meu mar, morreu a fé,
Nadava, mas não deu pé.
Fui tragado por sereia,
Que cantando, fez a teia,
Que prendeu seu grande amor,
Nem por reza ou por favor,
Cessou brasa, que incendeia...
Publicado em: 23/09/2007 22:34:27
Última alteração:23/10/2008 18:25:12



AMAR É

Amar é refazer uma esperança
Quem ama de verdade teme a morte,
Embora reconheça esta aliança
Eterna, sem saída, dura e forte,
A vida em alegrias sempre alcança
Felicidade intensa e muda o norte
Trazendo em amor pleno, o vero riso,
Prenúncios de um eterno paraíso.
Publicado em: 10/11/2007 10:19:44
Última alteração:23/10/2008 17:09:39




AMAR É

Amar é desfrutar cada desejo
Da forma mais sublime que puder,
Nos olhos de quem ama sempre vejo
O brilho que se emana em tal poder
Amor que muito quero e tanto almejo
Nos braços benfazejos da mulher
Que seja companheira e mais amiga,
De toda a minha vida, a forte viga.
Publicado em: 24/11/2007 21:34:57
Última alteração:23/10/2008 17:35:46


AMAR É

Amor que em si se faz paradoxal
Ao mesmo tempo alenta e desespera.
Enquanto num sorriso sensual
Ressurge a garra fina de uma fera.
Amar é navegar em pleno astral
Sem asas. Nossa sorte se tempera
No gozo deste amor que é dor e cura
Trazendo em amargor plena ternura.
Publicado em: 08/12/2007 21:30:29
Última alteração:23/10/2008 17:38:32


AMAR É
Rasgo o verbo e a soberba / Impúdica / Ao amor insano / Dou-te meu
corpo como altar / Nada me impedirá / Nem me atará / De sentir o
orgasmo em grito e gozo.../ Fogoso, quero-te, a me adentrar / Assalta
meu ser, / Meu viver.../ E na suprema loucura de te amar/ Faz de mim a
louca, a deusa.../ No teu corpo a cavalgar..

FLOR DE CACTUS

Fâneros e lábios
Conjunção
Olhos em olhos
E o resto se faz.

A perfeição de um encaixe permite o movimento à dobradiça
Abrindo as portas e esperanças...
Publicado em: 12/03/2008 22:11:23
Última alteração:22/10/2008 14:33:25


AMAR É
Me entregar
por inteiro,
vai valer a pena ?
Um golpe
tão certeiro ...
(ivi)


Felicidade; encontro em cada verso
Que faço ao me lembrar do beijo teu.
Vagando sem limites no universo
Do amor tão delicado que se deu
Depois de tanto tempo andar disperso;
Um coração vazio; eterno breu...

Tu és a redenção em minha vida;
Nasci, tenho certeza, com o sonho
De ter uma paixão tão incontida
Imersa num futuro mais risonho.
Amar e ser feliz, bela saída
Que trago para ti, amor, disponho

Meus olhos nos teus olhos, força e luz.
Amor quando em amor, se reproduz...
Publicado em: 02/04/2008 19:29:43
Última alteração:21/10/2008 16:53:45

AMAR É
Amor além do amor, imensidade
Tragando cada sonho vorazmente,
Na calma sensação da tempestade,
Confunde e no final, resta contente
Amar é conhecer a liberdade
Sangrante e ao mesmo tempo inebriante.
Amar em gozo e riso é ser liberto,
Embora; movediço, amor incerto...
Publicado em: 20/06/2008 17:44:04
Última alteração:19/10/2008 21:23:06





AMAR É

Dorme menina
Que o tempo não pára,
No campo dos sonhos
A vida se ampara
E faz tempestade
Virar calmaria
Enquanto a cidade
Matando alegria
Nos sangues
E mangues
Expõe seus escombros.
Pesando nos ombros
As cruzes da vida,
As luzes e ruas
Perdidas estrelas
Vendendo seus corpos,
Os portos sem barcos
Os parcos momentos
Intentos venais
Atrás deste sonho
Esqueço os sinais
E logo naufrago
Distante do cais.

Mas sonhe menina
Que amor traz segredos
Enredos diversos
Sem versos, poemas
Algemas que a sorte
Prepara pra morte
Que um dia há de vir.
Mas trague o sorriso
Se vier sem aviso
Conciso e preciso
Amor toma o siso
E diz Paraíso
Em trevas e dor.
A cor dos teus olhos
O molho de chaves
Estrelas são naves
Navegam infinito.
Do frio granito
O mito se fez.
Amor entre nuvens
È chuva da vez.
Depois passa tudo
E mudo de sonho
Medonho ou risonho
Componho outra tela.
Amor por afã
Não perde o élan
Nem tampouco a vela.
Se atrela ao vazio.
No toque macio
Da moça morena
Amor não tem pena
Invernando o estio
Calor, mas faz frio.
E assim recomeça
A peça pregada
A noite encantada
Que espera outro dia.

Dorme menina
Que a tenda é distante
Desvenda o farsante
E acolhe quem sonha...
Publicado em: 30/07/2008 12:30:01
Última alteração:19/10/2008 21:53:38



AMAR É
Juntos passaremos
Passarinhos passarão
Passado e presente
Passas e presas
Prendas e passos
Esparsos espaços
Esquálidos ritos
Risos romances
Nuances e danças.
Amar não enche a pança
O ventre bendito
O dito pelo inaudito
A brita construção
A ação revolução
Evolução
Chão
Asas
Etéreo
Estéreo
Entronizando
Ondas
E rondas.
Chips
E chopes.
Cortes
E cardos
Espinhos
Amar é
Maré
Que sobe
E decresce
E verte
Ilusão...
Publicado em: 31/07/2008 14:27:09
Última alteração:19/10/2008 22:04:35



AMAR É
Eu sei que somos parte deste todo,
Que faz da festa quase obrigação,
Saídos deste mangue, me meio ao lodo,

Rasgamos nosso véu de ingratidão
Renasço noutro ser, e quando eclodo
Demonstro minha face de leão...

Perdoe meu amigo, esses enganos,
Depois de certo tempo me desnudo,
Não quero me iludir com estes planos,

Nem quero ser apenas só, contudo...
Nós todos somos seres desumanos
O coração decerto tão miúdo...

Mas resta uma esperança de vitória,
Sem ter outra saída senão essa.
Amar o ser humano em plena glória

Somente por amar, não por promessa
De termos noutros mundos nova história.
Uma amizade sempre pede pressa.

Por isso não se deixe mais levar
Por tantas fantasias e sorriso
As águas deste rio vão ao mar

Amar é desfrutar do paraíso,
E nele, nessa vida se encontrar
No abraço mais gentil e mais preciso.
Publicado em: 12/09/2008 12:59:08
Última alteração:17/10/2008 15:00:20



AMAR É
Amor sempre nos traz felicidade
Mesmo que esteja envolto na tristeza.
A mágica da vida com certeza
É sempre perceber variedade.

A mão que nos afaga e que nos corta
Decerto também teve muita dor.
Mas saiba que é preciso, para o amor,
Que a vida se renasça mesmo torta

E traga novo brilho e nova estada
Sabendo que teremos fantasia
A vida nos permite, a cada dia,
O gosto do nascer d’uma alvorada.

Nem sempre conseguimos ser amados
Mas isso não se pede, se conquista.
Não há um simples ser que inda resista
Aos ventos que lhe tragam mansos fados.

Porém, mesmo que a sorte lhe proíba
De ver o seu reflexo neste espelho,
De tudo nessa vida que assemelho
Amor sempre carrega e nos arriba.

Portanto minha amiga e companheira
Não deixe de sonhar, pois desengano
Faz parte desta vida e traça o plano
Que sempre te fará mais verdadeira.

Embalde muitas vezes, sem luar,
A noite deste amor é sempre bela;
O sentimento nobre nos revela:
Bem mais que receber é sempre dar!
Publicado em: 14/09/2008 20:58:23
Última alteração:17/10/2008 13:31:37



AMAR É
Quando menino
Sonhava com balas e confeitos
Agora aprendi
Que jujuba
Vicia
E arranca a juba do felino...
Publicado em: 02/01/2009 14:53:11
Última alteração:06/03/2009 13:29:08


Amar é
Amar é
Maré
Mar
Ar
Armar
E diz
Armar
E diz
Amar
Mar
Ar
Até que
Falte o mar
O ar
e recomece...
recalls meça
refaz
ate
até
nunca mais.
Publicado em: 22/01/2010 05:54:38
Última alteração:14/03/2010 19:38:00



AMAR É
Talvez seja meu único
E redentor
Quem sabe?
Acabe e nada mais desabe
Além da fantasia
Comprada em atacado
E distribuída no varejo
Da esperança.
O sal
O céu
Mar
Amar
Armar
Carmas
Armas
Lamas
E amas,
Desamas
Reamas
E no fim
Já desanimas.
Almas
Mistificadas
Mumificadas
Fincadas nos solos
Agrestes do sonho.
E quando me proponho
Vencendo o quanto resta
De ilusão no carcomido
Peito de um poeta,
Esgarço a torpe juventude
Que teima, e não descansa,
E não alcança
Realça
A primavera
Temporã.
Um gole
Um bar
Engole
O mar
E mareado
Anseios
Vários
Dias fartos
Cartas sobre a mesa
Amar é
Maré
Até
Que se renove
Sem nada e move
Gerando o caos
O vão e o trafegar
Em contramão
Olhar no retrovisor
E vislumbrar
A dor
Sem lume
Sem rumo
E sem talvez.
Jogando as cartas
Cantando as pedras
Somando as perdas,
Aprendo?
Tento.
Invento
E marco
Arco com erros
Enganos e fastios.
Poeta?
Poente.
Prometa
E alente,
Mas quando vejo
Tudo em vão
Repete a ação
Reflete a face
Especular
Anseio
Num tumular
Alheio
Devaneio
Espero
E sei do fim.
Concebo
O placebo
E se recebo
Percebo
A luz ao fim do túnel?
Não tanto
Nem tento
Garanto?
Atento...
Publicado em: 09/10/2010 15:43:02



Amar é na ferida cutucar,
Sangrar a cicatriz sem pena e dó,
Voar e ser feliz e ser tão só,
E nada mais precisa, nem voar...

É ser beira do mar e ser areia,
É concha que se abriu em multicor,
No gozo tão oculto deste amor,
E ver em cada cais uma sereia.

Serei o que quiseres; serra e vale,
Montanha, aço; punhal e doce mel,
Arando meus desejos no teu céu,
Amor queimando intenso sempre vale...

Publicado em: 01/03/2007 15:06:45
Última alteração:23/10/2008 20:11:10


AMAR É..


As águas que passaram sob a ponte
Moveram mais moinhos que tu pensas.
O sol que agora brilha no horizonte
Permite um manso amor em recompensas
Felicidade bebe a calma fonte
Em ternuras sutis, porém imensas.
Amar é simplesmente perceber
Beleza da alegria de viver...
Publicado em: 17/11/2007 18:47:01
Última alteração:23/10/2008 17:11:40





Amar e ser profano levemente,
Vestido da nudez em redenção
Não creio no pecado e na vingança
De quem tanto espalhou sacro perdão.
Despido de maldades, cães vadios
Nos cios se procuram noite inteira.
O sexo, na verdade nos garante
O gozo da alegria verdadeira.
Usando com certeza um velho cinto
Mentindo sobre a falsa castidade,
Nos frutos generosos do Bom Deus
Sacanas vagabundos com maldade
Ao colocarem cercas, com certeza,
Queriam do pecado a garantia,
Usando como escudo o tal castigo,
Espalham sobre nós a hipocrisia...
Publicado em: 18/11/2007 19:04:48
Última alteração:02/11/2008 21:50:49




Amar é ter // É ser..
espinhos sem temor// contido em mim
vivendo o bom perfume// no frasco da alma
bebo a dor...// por inteiro...
Marcos Loures // Mara Pupin

Publicado em: 03/04/2007 18:08:10
Última alteração:28/10/2008 06:10:25



A porca de tão pesada
Já não anda, meu senhor
A vida desconsolada,
Nada serve sem amor.
Todo o pó da minha estrada
Alimenta o sonhador
Na noite, na madrugada,
Na tua cama, o calor...
Publicado em: 18/04/2007 22:19:21
Última alteração:23/10/2008 21:05:38



Sei que ando pela vida amargurada
No coração, mágoas guardadas
Quero tanto, tanto este amor
Ele foge de mim, estou abandonada...
Minha esperança se perde a cada dia
Encontrar o olhar, o sorriso deste amor
Sigo vagando tal qual alma perdida...
No peito sentindo muita dor;
Trocarei o fel pelo mel
Trarei para minha vida, doçura
Mas quero achar-te meu amado...
Para contigo viver uma doce e feliz aventura!


Amada, como espero esse momento
com tal felicidade no meu peito.
Entrego todo amor e sentimento
pois sei que ser feliz é meu direito.

Não quero mais do fel, tormento
nem quero mais seguir insatisfeito.
Teu nome vem chegando pelo vento,
tocando o coração. Amor,aceito

o teu carinho, sempre redentor,
é lume que me guia pela vida.
Destrói o que se fora triste dor;

refaz minha esperança dia a dia,
por isso é contigo amor, querida,
pretendo me entregar à fantasia.

ISABEL NOCETTI
Marcos Loures
Publicado em: 07/05/2007 21:22:10
Última alteração:06/11/2008 08:05:39




Fome
Do teu amor,
Vai definhando-me...

Sinto desejo
De saborear teus beijos...
Doces amoras...

Minha alma chora
A sede,
De saboroso vinho...

Mel...
Dos teus lábios...

Vem amor!
Trazer em teu corpo,
O alimento,
Que me sacia...

Vem...
Vicia-me,
No prazer
Destas delícias...

Malícia, sim!

Descobre,
De que fome,
Estou a morrer...

Sim,
É isso mesmo!
Não te enganaste...

E vou,
Mais,
Te dizer:
- Tenho fome e sede,
De amar você!

Sentir a tua mão quente e macia
Passando por meu corpo, nau exposta.
Na sensação profana que vicia,
Do jeito que sonhei, tanto se gosta.

Querendo sempre assim, e todo dia,
Na fome que se mata, já reposta,
Na sede que somente amor sacia,
Encontro em nossa saga uma resposta

Que tanto procurara vida afora.
Na pele amorenada, fartos seios,
Vontades e desejos... Vem agora!

Não tenha mais vergonhas ou receios,
Sossegue esta vontade junto a mim,
No gozo e na alegria, sem ter fim...

ANNE MARIE
Marcos Loures
Publicado em: 17/05/2007 14:03:28
Última alteração:06/11/2008 08:02:39




Digo amar você
E você nem liga!
Sequer acredita
que um amor,
possa surgir,
sobreviver,
e sobreexistir,
assim, à distância...
Mas a poesia atesta e afiança...
Sorveu os enredos deste amor,
que por você existe...
E te oferece aliança!


Um passageiro alado deste sonho
Que envolve a cada dia em forte enredo.
Meus barcos nos teus braços; cedo ponho,No mundo que desejo e me enveredo.

Amor que se faz festa em aliança,
Atesta uma alegria sem igual.
Segredos; deposito em confiança;
Viajo em teus carinhos, porto e nau.

Sobrevivendo assim, além do cais,
Formando uma esperança sem ter par.
Te quero sim, e cada vez bem mais.
Não canso de dizer e de te amar.

Seguindo cada passo que tu dás,
Bebendo esta alegria que amor traz...

ANNE MARIE
Marcos Loures
Publicado em: 19/05/2007 22:02:08
Última alteração:06/11/2008 07:39:44



Envio-te,
Nesta manhã de sol,
Um doce beijo!

Meu desejo
Seria te afagar...
Abraço intenso...

Te amar eu penso,
Seria a glória,
Deste amor,
Que me consola...

Nesta loucura...
Que é a vida,
O bálsamo...
Suave lenitivo...

À minha alma esmoler,
De um sonho ameno...
Ou fantástico,
Eu não sei...

Tudo vai além...
Da real possibilidade!
Queria só beijar-te,
De verdade...

Por que te amo!
E a viver tão longe,
Sei ser um sonho,
Esta vontade!

Quem veio de uma vida dolorosa,
Ao ver nascer enfim a primavera
Tomando este perfume de uma rosa,
Além de toda dura e triste espera

Percebe em tua mão tão carinhosa,
Muito mais do que sempre assim soubera.
A vida passa a ser bem mais gostosa,
Deixando para trás toda quimera...

As dores num momento já se esquecem,
Futuro mais bonito, os olhos tecem,
Jamais me sinto, assim, abandonado.

Meu mundo já não sigo mais sozinho,
Nas asas deste amor, um passarinho
Que nunca mais será engaiolado...

ANNE MARIE
Marcos Loures
Publicado em: 22/05/2007 12:37:24
Última alteração:05/11/2008 23:04:59



Vem logo, pega este trem,
não perca tempo, o tempo urge
e a saudade vem junto também!

Saudade vem trazendo este desejo
Do beijo e do carinho necessário
Amor já vai cumprindo itinerário
Nesta estação querida que prevejo;

Morena; a sensação do todo beijo
Que é dado sem motivo e sem horário
Fazendo ressoar um campanário,
O coração batendo numa trovejo.

Que coisa mais gostosa que o amor tem,
Não deixa ficar pedra sobre pedra,
Homem apaixonado nunca medra;

Tampouco, te garanto perde o trem.
Por isso estou chegando e sou ligeiro
Pedindo o teu carinho, dê-me um cheiro!

ISABEL NOCETTI
Marcos Loures
Publicado em: 25/05/2007 07:22:01
Última alteração:05/11/2008 23:01:13



AMAR VOCÊ

Ao teu cuidado,
jardineiro amado
floriu bela rosa
enfeitando o jardim...

Na efemeridade,
de curta existência,
doa-te amor em essência...
Assim, concentrado...

Toda perfumada,
já nada lhe resta,
que tornar em festa,
teu amado olhar...

Oh! Vem te encantar
enquanto vida houver...
Que ao sol crespuscular,
u´a lembrança será!

Amor em sua essência
Se mostra mais humano,
Em toda uma existência,
Num verso soberano,

Amor se faz clemência
Impede o desengano.
Pedindo paciência,
Refaço cada plano

E tenho uma certeza
De ser bem mais feliz,
Tomado por beleza

Em tuas mãos gentis,
Encontro na princesa
O que sorte prediz...

ANNE MARIE
Marcos Loures
Publicado em: 23/06/2007 15:43:20
Última alteração:05/11/2008 20:54:24



AMAR VOCÊ


Dormes...tranquilo..
A mim...a insónia...
Castiga-me...mantém-me acordada...
Mas gosto de te ver assim...
Abandonado ao meu olhar...
Encosto-me mais a ti...
Suspiro profundamente...
Num desejo invejoso de
que o sono me transporte
até ao mundo dos teus sonhos......................

Sentindo esta delícia de poder
Deitar ao lado teu me faz feliz.
Depois da nossa noite de prazer,
Vontade de acordar e ter teu bis.

Desfilas nos meus sonhos, tanto eu quis,
Que agora me envolveste sem saber
Mostrando toda a glória de viver
Além do que pensara, e que já fiz.

Transporto o pensamento num instante
Deitando meu amor, amada amante,
Abandonado estou ao teu olhar.

Desejos invadindo a madrugada,
Envolto nas vontades, na mirada
Sentindo-me por certo a flutuar...

MARTA TEIXEIRA
Marcos Loures
Publicado em: 30/06/2007 12:40:52
Última alteração:05/11/2008 20:26:19



Vem, meu amor...
Deixa que seja eu desta vez...
A desnudar-te...
A invadir-te...
A tornar-te meu prisioneiro...
Sente a pele sedosa da minha perna...
Sente-a roçar pela tua....
Ah, meu amor...deixa-me...
Ser tua....

Recebo em mil segredos formidáveis
Palavras que me tocam, fogo e chama.
Deitando meu prazer em nossa cama,
Em rompantes de amor, inconfessáveis.

Vontades são por certo ilimitáveis
Meu corpo sobre o teu, amor derrama.
Teus lábios sequiosos, tão amáveis
Traduzem emoção de quem tanto ama.

Nas glórias deste amor, que são supremas,
Dedico meus carinhos e poemas.
Distante das tristezas, pensativo,

Eu agradeço a Deus por ter me dado
A chance de saber-me enamorado
Desta mulher com quem, feliz, eu vivo...

MARTA TEIXEIRA
Marcos Loures
Publicado em: 12/06/2007 16:05:08
Última alteração:05/11/2008 21:25:15




AMAR VOCÊ!

Falo a dormir…
Sonho acordada…
Sorrio sem razão…
A tua voz…escuto sempre..
Embala-me, mima-me...
Palavras doces, promessas cumpridas...
Desejos encontrados..............

Meus versos te buscando, embalando
Os sonhos mais gostosos de sonhar,
Aos poucos me envolvendo, me enlevando
Querendo simplesmente te encontrar.

Pergunto quase sempre e não sei quando
A vida pode assim me maltratar
Distante de quem quero, perguntando
Aonde, meu amor, posso buscar;

Meus olhos vão famintos, são sedentos,
Não deixam de querer cada carinho,
Tocado pelos sonhos, doces ventos,

Não posso mais ficar aqui sozinho.
Preciso de teu corpo, meus ungüentos
Salvando um coração tão pobrezinho...

MARTA TEIXEIRA
Marcos Loures
Publicado em: 23/06/2007 17:08:55
Última alteração:05/11/2008 21:21:01


AMAR VOCÊ!


Dia noite, noite e dia
A te amar, quanta alegria!

Fazer todas as loucuras
Que o amor nos incita...
É bem mais que paraíso!

Pois num mundo de ternura,
Perder-nos nestes carinhos,
Somos como passarinhos,
A voar, céus de magia...

Toda noite , todo dia,
Nosso amor é poesia!


Eu quero a ternura
Que a vida nos traz
Viver com brandura
Certeza de paz.

Amor que perdura
Se faz mais capaz
A vida tão dura
Ficou para trás.

Eu quero voar
Na cama contigo,
Sempre te encontrar

Teu corpo, um abrigo.
Vamos namorar;
Pro resto eu nem ligo...

ANNE MARIE
Marcos Loures
Publicado em: 24/06/2007 21:03:46
Última alteração:05/11/2008 20:46:16



AMAR VOCÊ!

Os meus lábios na tua nuca...
Os meus braços nos teus ombros..
Num simples abraço...
Nada mais peço por agora...
Enterrar a cara no teu pescoço...
Ver o teu sorriso....
Beijar-me??
Porque esperas?


Menina que me fez ser mais feliz,
Eu quero em cada toque mais audaz
Prazer que sempre, sempre, satisfaz
Promessas nesse amor que; louco, fiz.

Não quero mais a vida por um triz,
Apenas um desejo ameno, em paz.
A fome do querer, teu beijo traz,
Vontade se refaz e pede bis.

Sentir o vento manso da paixão
Tocando minha face, sem demora.
Querendo todo amor que já se aflora

Batendo em descompasso, o coração.
Teus lábios vão roçando meu pescoço,
Amor que a gente faz, puro colosso!

MARTA TEIXEIRA
Marcos Loures
Publicado em: 25/06/2007 20:55:57
Última alteração:05/11/2008 20:45:33


AMAR VOCÊ!

Te amar pela tarde
Tão feliz meu amor
Em mil sonhos eu voo...

Nos teus braços encontro
Toda a paz que busquei
E assim eu bem sei
Eu desejo viver...

Haja lua, haja sol,
Em meus versos de escol
Eu proclamo feliz,
Meu amor por você!

Minha alma em alarde,
No meu peito que arde,
Denuncia prazer!


A sorte de te ter, já não se cala,
E forma em cada verso, um elo forte.
Deixando para trás tristeza e corte,
Do meu passado amargo, uma senzala

Que fora em minha sina, uma ante-sala
Numa programação que leva à morte.
Amor me dominando em alta escala
Prelúdio tão divino, a dor aborte.

Proclamas nosso amor aos sete mares,
E falo do carinho aos quatro ventos.
Colhemos tantos frutos dos pomares

Que plantamos com arte e sentimentos,
Contigo, amada, irei por mil lugares,
Com todo este prazer, nossos momentos....

ANNE MARIE
Marcos Loures
Publicado em: 26/06/2007 17:13:15
Última alteração:05/11/2008 20:44:34


AMAR VOCÊ!

Encontra-me o fim da tarde
no jardim...
Relaxada, a saborear na
pele nua....
Os últimos raios de sol...
Não há brisa...
Não me avisa da tua chegada..
Tão tranqüila eu estou
que desta vez não te sinto.................

Deitada no jardim, qual flor mais bela,
O sol vai bronzeando tua pele.
Olhando-te o desejo me compele
Nesta nudez divina que revela

Um quadro magistral em rica tela,
Quem dera se meu corpo ao teu se atrele
E o tempo por momentos se congele
No amor que assim cavalga, sem ter sela.

Não vês minha chegada, nem percebes
Que estou perto de ti, tão distraída...
Num beijo delicado, sigo as sebes

E toco tua carne, assim querida.
Com um sorriso manso me recebes
E toda a resistência está vencida...

MARTA TEIXEIRA
Marcos Loures
Publicado em: 27/06/2007 16:28:20
Última alteração:05/11/2008 20:28:26


AMAR VOCÊ!

Tenho medo, muito medo
Medo de te querer
Sei que não percebes
Sei que irei sofrer;
Por ti, meu coração chora calado
Quer porque quer teu amor
Estou sozinha em meu sentimento
Carregando uma imensa dor;
Estou aqui, olha para mim
Te quero tanto
Mas uma coisa te digo amado
Ao me deixar, serás meu desencanto!

Jamais te deixarei minha querida,
A vida sem te ter, não vale nada,
Seguindo o teu caminho, doce estrada,
Embora tantas vezes, distraída,

A mão que te acarinha, vale a vida,
Não quero outra manhã nem alvorada
Que venha sem te ter, querida, amada.
Pois vejo em nosso amor, uma saída

Às dores que encontrei pelo caminho,
Meu coração sofrido, um passarinho
Distante de seu ninho. Na verdade,

Eu quero nosso amor, santa magia,
Mesmo que dure assim, único dia,
Já vale, para mim, a eternidade!

ISABEL NOCETTI
Marcos Loures
Publicado em: 01/07/2007 20:28:00
Última alteração:05/11/2008 20:25:10



AMAR VOCÊ!

Já nem digo mais nada...
Qual taça de vinho, sorvida...
Vivo em total embriaguez...
Lassidão... Sinto entorpecido o meu ser...
Te amo e vejo-me assim,
Jogada aos teus pés!
Rendida ao amor!

Abraço-te com força
E deito sobre ti,
Amor que se reforça
No qual me soergui

Prazer que vem em poça,
Num cálice sorvi,
Vem logo minha moça
Te espero, estou aqui.

Sentindo entorpecer
Propago pelas ruas,
O mágico prazer

De nossas peles nuas,
Nos beijos converter
Delícias todas tuas...

ANNE MARIE
Marcos Loures
Publicado em: 04/07/2007 19:41:58
Última alteração:05/11/2008 19:50:51



AMAR VOCÊ!

Os meus lábios são de mel
Minha pele de maça
Meus seios de chocolate
Meu umbigo de avelã
Minhas coxas de tâmara
Meu bumbum? Tens que descobrir coração
Não fiques triste meu bem
Pois é teu o meu amor
Mas se demorares muito
Seja lá como for
Vou até onde estás
Meu segredo revelar
Te alimentar com meu sabor.

Delícias que eu encontro sobre a mesa,
Bebendo teu licor maravilhoso,
Depois sorver com calma a sobremesa,
Num corpo delicado e tão gostoso...

Vibrando meu amor em tal beleza,
Recebo de teu mel, em pleno gozo,
Sabor extasiante, com certeza,
Total sofreguidão, voluptuoso...

Aguça o paladar tanta vontade
De enfim comer do prato principal.
Chegar assim à tal saciedade,

Banquete tão fogoso e sensual.
Matando minha fome, em qualidade
Que sei ser absoluta, sem igual...

GELIS
Marcos Loures
Publicado em: 07/07/2007 22:33:26
Última alteração:05/11/2008 20:12:24



AMAR VOCÊ!

Todas elas sabem amar
Conheço bem os seus valores
Mas meu amor é mais profundo
Quem faz amor mais gostoso
E, além disto, doce mel
É o que te deixa mais louco
pois só eu sei acender
o fogo da tua paixão
Para o teu vulcão
entrar em erupção.


Amor se faz gostoso
Em cada beijo teu,
Acende esta fornalha,
Na qual se concebeu.

Eu quero penetrar
As furnas mais ousadas,
Amor durante a noite
Varando as madrugadas...

No açoite de teus lábios
Sentindo cada toque,
Aumenta a minha libido,
Amor, não me provoque

Senão perco o juízo
Depois o que fazer?
No corpo desnudado,
Um mar, tanto prazer...

GELIS
Marcos Loures
Publicado em: 08/07/2007 20:06:35
Última alteração:05/11/2008 20:11:41

AMAR VOCÊ!

Gosto de sonhar contigo...
Abraçar-te....
Sentir no teu peito...
O coração ansioso...
À espera que a minha mão
se decida....
A naufragar mais em ti.....


Eu quero naufragar
Nos braços deste amor
Que vem a transformar
Um velho sonhador

Na espera de encontrar
Um corpo sedutor,
Na noite a festejar
Sem medo e sem pudor.

Desnudo-te querida,
Deitando nos lençóis,
Mostrando o quanto a vida,

Estreita os fortes nós,
Vem logo, amor decida,
Aqueço-me em teus sóis...

MARTA TEIXEIRA
Marcos Loures
Publicado em: 09/07/2007 21:30:20
Última alteração:05/11/2008 20:42:48



AMAR VOCÊ!

Nos seus braços, adormeço...
O faço em preces, agradecendo,
Ventura que sequer, mereço...
Te amar, ser amada, em tal ternura...
Penso estar no céu, no teu regaço...
Ah! Meu amor!
Felicidade que me adentra, me dispõe a dormir,
Repetindo o mantra do que estou a sentir:
Te amo! Te amo! Te amo! Te amooooooo!

Eu agradeço o verso
Em palavras de carinho,
Nos braços adormeço
E sei que enfim me aninho.

Bebendo deste lábio
Ousado e sem juízo.
Amor que me embalando,
Invade o paraíso.

Ventura é ser feliz
Nos braços de quem quero
Assim eu não me canso,
Encontro o que eu espero

Da vida mais vivida
Em luz e sedução.
Eu te amo e para sempre,
Escuto o coração

Chamando para a festa
Do gozo mais profundo,
Amar até o fim,
Vencendo a dor do mundo.

Querida. Como é bom
Saber que te encontrei
Fazendo deste amor,
A nossa sorte e lei.


ANA MARIA GAZZANEO
Marcos Loures
Publicado em: 10/07/2007 16:16:40
Última alteração:05/11/2008 20:08:56


AMAR VOCÊ!

Tola, eu também sou
Mas devo te confessar
Em laços de amor
Tolice é bom amar

Do bolo dividido
Repartas a metade
Meu e teu, somente
Escondidos lá no quarto

Feito criança mimada
Ganância e ousadia
Comendo escondidinhos

Dedos sujos, melados
Boca bem lambuzada
Duas bocas, gargalhadas

Amor quando escondido
Decerto é bem melhor,
No bolo repartido,
Somando é bem maior.

Eu quero desfrutar
Da festa que se faz,
E assim me lambuzar
Querendo sempre mais.

Vem logo que esta festa
É boa e não termina,
A noite que me resta
Descobre que esta mina

Dourando em rica glória
Não sai mais da memória...

SOGUEIRA
Marcos Loures
Publicado em: 11/07/2007 17:39:40
Última alteração:05/11/2008 19:32:29


AMAR VOCÊ!

Querer...desejar...
Amar-te...
Na confusão dos dias...
Na solidão da noite...
Recusar as cores do sol...
Brilhar com as da noite...
Para ti...
Num desejo....


Desejo-te com tal voracidade
Que nada impedirá que um dia eu tenha
De fato no teu corpo com vontade
A sorte de poder pedir que venha
E faça desta vida, em liberdade,
Amor que não há nada que contenha...

Brilhando mil estrelas refletidas
Nos olhos de quem amo e tanto quero.
Juntando com certeza nossas vidas,
Neste desejo imenso. Já te espero
Em noites encantadas e queridas,
Na cama em que tal deusa assim venero...

Vencendo estas distâncias, tanto mar...
Voraz, já não me canso de te amar...

MARTA TEIXEIRA
Marcos Loures
Publicado em: 13/07/2007 10:29:50
Última alteração:05/11/2008 19:29:54



AMAR VOCÊ!

Meus versos, universos procurando,
No seio da mulher que tanto sonho...
Teus mares meus saveiros navegando.
Os olhos que te perdem, mar medonho...

O tempo que não tive, vai passando.
Mortalhas estendidas no porão...
Esparsos, os meus sonhos formam bando,
Invadem teu veleiro e coração...

Mascaro minhas dores com teu riso,
Massacro meus amores sem perdão...
De tudo o que vivemos, teu sorriso,
Reflete tanta luz nesta amplidão!

Na sede que matamos, mutuamente...
Meu canto que persigo não preciso...
As luas vão rodando em minha mente.
Nos olhos, minha amada, o paraíso...

Te faço meus poemas, sem segredos...
Esqueço de minha alma, redundante...
Não deixe que esses torpes, frios medos
Impeçam teu caminho, sempre avante...

Meus versos inundados de desejo
Não trazem suas rimas: solução.
A vida que conheço no teu beijo,
Impede conceber a solidão...

A boca que profanas, sempre mente.
Bem sabes que vivemos sem martírio...
Amamos e sofremos simplesmente,
As luzes deste amor, feliz colírio...

Cantando nas gaiolas tristes cantos...
Amores se tornando prisioneiros...
Não posso permitir os desencantos,
Amor que não morremos, verdadeiros...

Espero por teu verso, minha amada.
Mas não demores nunca, tenho pressa...
A noite que na aurora, vai calada,
Esquece de cumprir sua promessa....

Os raios boreais minha aquarela.
O medo de sofre mais desengano...
Teu rosto emoldurado, bela tela,
Pinacoteca minha, disso ufano...

Afrodite, decerto, tem inveja
Da beleza sutil desta mulher...
Hermes, extasiado te deseja,
Teu brilho é invulgar, não é qualquer...

Dancemos homenagens para o deus
Que permitiu a vinda desta musa...
Teus olhos na verdade são ateus,
Espreito belos seios nesta blusa...

Meus versos desejando: sou feliz.
Não nego meu amor: eu te venero...
Vivendo minha sorte por um triz,
És muito mais que penso, nem espero...

Amada, minha ninfa, meu tormento...
A noite que passamos, sem marasmo...
Esqueço assim qualquer um sofrimento,
Envolto nas delícias deste orgasmo...
Publicado em: 03/10/2007 18:53:05
Última alteração:23/10/2008 20:45:11


AMAR VOCÊ!

Querendo o corpo nu
Tocando minha pele
Acenas com teu riso,
O gozo prometido.
Servil eu me aproximo
Nos cimos de teu corpo,
Teus seios, Vênus Monte
Fagulhas irradias,
Orgásticas promessas
De falas, falos, rumos.
Rocas, rumos rotas,
Ardências e torpores
Arpões, setas e lanças,
Avanço sem temor
Chegando ao mel preciso,
Sorrisos e carícias,
Sevícias, tentações
Encampas meus tentáculos
E remexendo, inundas
As furnas com deleite
No leite produzido
No mel que assim recolho,
No molho do prazer,
Fermentos de alegria.
Teu cio, um vício meu,
Início, pressupostos.
Postos penetrados,
Repostos mil desejos.
Somos dois sacanas,
Bacantes insensatos.
Atos repetidos,
Compelidos sonhos.
Somos siameses,
Mares inundados.
Fados enlaçados.
Alçando o paraíso.
Gemidos e sussurros,
Suores e salivas.
Gozos misturados.
Prados penetrados,
Planos e planaltos.
Seios e mamilos,
Doces desfrutados...
Publicado em: 10/10/2007 20:10:17
Última alteração:23/10/2008 20:45:29



AMAR VOCÊ!


Percalços tantas vezes nos ensinam
Na dura caminhada, dia a dia,
Meus olhos a teus olhos se destinam
Em forma sedutora, em poesia.
Amores que porejam, loucos, minam
Tomando nosso corpo em alegria.
A sorte nos contempla com sorrisos,
Fomenta, então os veros paraísos...

Colorem nossos dias, aquarelas,
Matizes que enobrecem, multicores.
As horas que passamos são tão belas,
Recendem a canteiros, finas flores,
A cada novo verso me revelas
Os alicerces firmes dos amores.
Que são as bases fortes desta vida,
Que deve, em tal magia ser vivida...
Publicado em: 21/10/2007 22:38:33
Última alteração:23/10/2008 18:51:00



AMAR VOCÊ!

À noite em lua plena, serenata
Que faço nos meus sonhos mais felizes,
O rio derramando-se em cascata
Meus olhos dos amores, aprendizes
O vento se espalhando pela mata,
A vida sem tristezas ou deslizes.
Amor que prosseguindo sem receio,
Do sonho mais bonito, um grande esteio...
Publicado em: 10/11/2007 08:19:15
Última alteração:23/10/2008 17:09:18



AMAR VOCÊ!
Minha alma te procura em tantos lagos,
Vivendo a sensação de ser só tua.
Por vezes esquecida vai embalde,
E sem amor sequer se rasga nua...

Querida tanto quis quanto fizeste
Tufão que me derruba e me transtorna.
Tu és a soberana que domina,
De tanto amor que tenho, a alma se entorna.

Mas sinto que depois de certo tempo,
Virás para os meus rios, cachoeiras.
E seguirás comigo para um mar.
Trazendo novas luas verdadeiras.

Cercado por carinho, então serei
O rei que tu quiseste amar, sereia.
E tanto amor enfim nos levará.
Deste pequeno lago; imensa areia.

E vamos nos salgar, tanto prazer,
Trazer para a lagoa, o grande mar.
Na imensidão insana e deliciosa
Que traz essa alegria de te amar!
Publicado em: 18/11/2007 20:15:58
Última alteração:23/10/2008 17:13:16


AMAR VOCÊ!


Sonhar não custa nada
mesmo que seja de olhos abertos
importante é ter o prazer de sonhar com vc
veremos um novo sonho a cada amanhecer
minha batalha,não está perdida
porque tenho você em minha vida
Enquanto eu existir
não viverei por viver
vivo porque adoro amar você.

Machuca o coração a tua ausência...
Sabendo que te quero, minha amada
A vida não se faz coincidência,
Precisa ser, deveras, conquistada.

Em cada novo beijo, num novo abraço,
Se somam sentimentos mais perfeitos.
Amando quem se fez pleno cansaço,
Desejo reclamando seus direitos...

Repare como o céu tem claridade
Roubada de teus olhos, minha estrela.
Louvando tanto amor em liberdade
A cada no sonho, revivê-la.

Machuca o coração ando curvado,
Coração tanto pesa, apaixonado!

LUCIANA DIAS
ML
Publicado em: 18/12/2007 15:17:30
Última alteração:23/10/2008 08:57:37


AMAR VOCÊ!


Amar e ser profano levemente,
Vestido da nudez em redenção
Não creio no pecado e na vingança
De quem tanto espalhou sacro perdão.
Despido de maldades, cães vadios
Nos cios se procuram noite inteira.
O sexo, na verdade nos garante
O gozo da alegria verdadeira.
Usando com certeza um velho cinto
Mentindo sobre a falsa castidade,
Nos frutos generosos do Bom Deus
Sacanas vagabundos com maldade
Ao colocarem cercas, com certeza,
Queriam do pecado a garantia,
Usando como escudo o tal castigo,
Espalham sobre nós a hipocrisia...
Publicado em: 02/01/2008 12:06:33
Última alteração:22/10/2008 19:26:04




AMAR VOCÊ!


Percalços tantas vezes nos ensinam
Na dura caminhada, dia a dia,
Meus olhos a teus olhos se destinam
Em forma sedutora, em poesia.
Amores que porejam, loucos, minam
Tomando nosso corpo em alegria.
A sorte nos contempla com sorrisos,
Fomenta, então os veros paraísos...

Colorem nossos dias, aquarelas,
Matizes que enobrecem, multicores.
As horas que passamos são tão belas,
Recendem a canteiros, finas flores,
A cada novo verso me revelas
Os alicerces firmes dos amores.
Que são as bases fortes desta vida,
Que deve, em tal magia ser vivida...
Publicado em: 25/09/2008 08:18:10
Última alteração:02/10/2008 14:20:58

AMAR VOCÊ!

Meus versos, universos procurando,
No seio da mulher que tanto sonho...
Teus mares meus saveiros navegando.
Os olhos que te perdem, mar medonho...

O tempo que não tive, vai passando.
Mortalhas estendidas no porão...
Esparsos, os meus sonhos formam bando,
Invadem teu veleiro e coração...

Mascaro minhas dores com teu riso,
Massacro meus amores sem perdão...
De tudo o que vivemos, teu sorriso,
Reflete tanta luz nesta amplidão!

Na sede que matamos, mutuamente...
Meu canto que persigo não preciso...
As luas vão rodando em minha mente.
Nos olhos, minha amada, o paraíso...

Te faço meus poemas, sem segredos...
Esqueço de minha alma, redundante...
Não deixe que esses torpes, frios medos
Impeçam teu caminho, sempre avante...

Meus versos inundados de desejo
Não trazem suas rimas: solução.
A vida que conheço no teu beijo,
Impede conceber a solidão...

A boca que profanas, sempre mente.
Bem sabes que vivemos sem martírio...
Amamos e sofremos simplesmente,
As luzes deste amor, feliz colírio...

Cantando nas gaiolas tristes cantos...
Amores se tornando prisioneiros...
Não posso permitir os desencantos,
Amor que não morremos, verdadeiros...

Espero por teu verso, minha amada.
Mas não demores nunca, tenho pressa...
A noite que na aurora, vai calada,
Esquece de cumprir sua promessa....

Os raios boreais minha aquarela.
O medo de sofre mais desengano...
Teu rosto emoldurado, bela tela,
Pinacoteca minha, disso ufano...

Afrodite, decerto, tem inveja
Da beleza sutil desta mulher...
Hermes, extasiado te deseja,
Teu brilho é invulgar, não é qualquer...

Dancemos homenagens para o deus
Que permitiu a vinda desta musa...
Teus olhos na verdade são ateus,
Espreito belos seios nesta blusa...

Meus versos desejando: sou feliz.
Não nego meu amor: eu te venero...
Vivendo minha sorte por um triz,
És muito mais que penso, nem espero...

Amada, minha ninfa, meu tormento...
A noite que passamos, sem marasmo...
Esqueço assim qualquer um sofrimento,
Envolto nas delícias deste orgasmo...
Publicado em: 29/09/2008 22:43:49
Última alteração:02/10/2008 14:50:06



AMAR VOCÊ!


Amar e ser profano levemente,
Vestido da nudez em redenção
Não creio no pecado e na vingança
De quem tanto espalhou sacro perdão.
Despido de maldades, cães vadios
Nos cios se procuram noite inteira.
O sexo, na verdade nos garante
O gozo da alegria verdadeira.
Usando com certeza um velho cinto
Mentindo sobre a falsa castidade,
Nos frutos generosos do Bom Deus
Sacanas vagabundos com maldade
Ao colocarem cercas, com certeza,
Queriam do pecado a garantia,
Usando como escudo o tal castigo,
Espalham sobre nós a hipocrisia...
Publicado em: 05/01/2009 12:15:11
Última alteração:06/03/2009 12:34:44

Meu barco em seu mar,
Sem rumo, sem vela.
Vasculha a passar
Amor que revela.

Amor, quero o mar,
Amar? Quem me dera.
Sabendo que amar
É ter primavera.

Vencendo esse amor
Que amor me convence
Por onde mais for
Amor já me vence.

E leva meu mar
Meu mar que quer vela
Amor quero amar,
Amor se revela.

No vento que trouxe
Amor deste mar,
A vida é tão doce
Se fosse te amar...

Se fosse teu vento,
Se fosse o carinho
Amar um momento
Encontro teu ninho
E não temo o tempo
Não morro sozinho
Todo o sentimento
Desconto no pinho,
Que canta esse amor,
Como um passarinho...
Publicado em: 30/01/2007 18:23:05
Última alteração:28/10/2008 10:38:22



Não quero uma tristeza tão insana
Que impeça de sonhar felicidade.
Buscando teu amor pela cidade
Talvez eu reconheça liberdade...

Não quero a mansidão que se falseia
E sempre se renega sem pudor.
Vivendo uma esperança sem temor
Nas garras mais gentis do deus amor.

Não quero o desamor que me torture
Não quero conhecer maior receio,
Amor já se sabendo de onde veio
Descansa toda noite no teu seio...

Não quero um verso falso, sem sentido,
Mentindo a sensação de ser feliz.
Eu quero a fantasia que prediz,
Poder, ser finalmente, o que mais quis...
Publicado em: 31/01/2007 18:58:26
Última alteração:28/10/2008 10:38:31


Minha amada como é bom
Ouvir teu canto macio
Que me traz essa alegria
Não me deixa estar vazio.
Mergulho nesse teu rio
Em busca do grande mar...

Nada mais tenho comigo
Senão os olhos sedentos
Procurando com certeza
Encontrar a maravilha
Que, na vida, tanto brilha,
Beleza do teu olhar...

Nessas frontes tão sublimes
Não concebo mais palavras
De tanto amor que me traz
O risco de ser feliz,
Vivendo assim por um triz,
Na esperança do luar...

Na dança que prometida
Nas horas boas que passo,
Sabendo do teu desejo,
Amor que tanto queria
Me dê tua companhia
Vamos pr’a praça dançar...

Beber toda essa emoção
Viajar numa esperança
No cometa mais bonito
Nosso amor estrela guia
Lavando essa fantasia
Levando meu canto ao ar.

Não temo mais incertezas
Nem vivo sem direção.
A nossa porta querida
Aberta para o futuro
Clareando todo o escuro
Que teimava em se mostrar...

Eu quero uma nova lua
Que teça essa poesia
Que faça melancolia
Se esfumaçar e sumir.
Meu amor venha sentir
O doce gosto de amar!
Publicado em: 11/02/2007 18:14:04
Última alteração:26/10/2008 20:24:32



AMAR VOCÊ! i

Distante dos pecados ou injúrias
A noite do meu bem se faz perfeita,
Nos mares de teus braços loucas fúrias,
Estrelas que mergulham mal se deita
Promessas de delícias e luxúrias,
Deixando a deusa nua satisfeita,
Hedônica vontade de beber
A fonte luminosa do prazer...
Publicado em: 10/11/2007 13:18:30
Última alteração:23/10/2008 18:56:22


Meu amor quando se entrega
Tem poder de sedução.
Minha amada nunca nega
Que é só meu seu coração.

Canto um canto que me encanta
Se te canto, canto bem.
Tanto encanta quando canta
Coração tamanho trem.

Se Maria quer meu ninho,
No meu ninho pode vir.
Eu sou como passarinho
Meu cantar vem te pedir.

Nos meu verso tão sincero
Minha amada, minha flor.
Tanto amor eu sempre espero
Vou vivendo por amor...

Nas curvas deste caminho
Capotei meu bem querer
Procurei, achei carinho,
Não consigo te esquecer...

Quem cultiva tantas rosas,
Jardineiro cuidadoso,
Deixa todas orgulhosas,
Um jardim lindo e viçoso.

Quero o beijo de quem amo
De quem amo, quero sim.
Toda vez que, amor, te chamo,
Vem pra pertinho de mim...

Somos vidas desta vida
Que com Deus fica melhor.
Se minha alma foi perdida,
Caminho sabe de cor.

Tenho o gosto da esperança
Neste beijo que te dou.
O sentido da aliança
Só conhece quem amou!
Publicado em: 11/02/2007 10:28:04
Última alteração:26/10/2008 20:24:57


AMAR VOCÊ!

Não quero que tu te enganes
me vendo qual uma santa
pura, leve, angelical.
Sou mulher e sou guerreira,
tenho alma aventureira.

Quero seguir livre e solta
navegando mar adentro
desbravando os pensamentos,
que me elevarão às nuvens.
Não sei aonde vou.
Não te iludo, sou sincera.
Mas, se, acaso, tu me amas
não tenhas pressa; me espera.

Embora assim tu queres parecer,
Bem sei que esta guerreira, feminina,
Na mansidão enorme me faz ver
O quanto me conquista e me domina.

Sabendo que envolvido em tal prazer
A sorte que se fez tão cristalina
Não deixa outro destino se antever
Senão o que tão belo descortina...

A força delicada mostra assim,
Com calma este poder que nunca nego,
Dominas totalmente, tudo enfim,

És mais do que tu pensas, meu amor,
No mar de amor que junto a ti carrego,
Estampas toda a glória aonde for.

HLuna
Marcos Loures
Publicado em: 08/05/2007 15:53:37
Última alteração:06/11/2008 07:48:10



Ansiosas as minhas mãos...
Na tua pele...despertarem...
Escorregarem....húmidas...
Numa viagem envolvente...
Desejosas de fazerem com que
as desejes...
As conduzas.....
Num prazer partilhado...

Tuas mãos deslizam sobre mim,
Suadas, desejosas, envolventes...
Acendem num segundo o estopim,
As bocas se procuram, loucas, quentes...

Eu quero o teu prazer até o fim,
Sabendo que também, amada, o sentes.
No gozo que nos toma tudo assim,
Gemidos e suspiros entre os dentes...

Fazemos tanto amor, louca viagem,
Prazeres explodindo aos borbotões.
Teu sexo perfumado, uma visagem

De flor tão delicada, tentações...
Inunda em umidade, uma estiagem,
Arrebenta a barragem, explosões...

MARTA TEIXEIRA
Marcos Loures
Publicado em: 21/05/2007 11:10:59
Última alteração:05/11/2008 23:06:41



Navego no prazer dos teus sentidos,
no vinho de um amor que me embriaga.
Te aqueço. Assim quedamos esquecidos
ao fogo desse amor que não se apaga.

Delícia de amor, não faz perguntas.
Delícia de amor que tudo sabe.
Juntemos nossas mãos, as quero juntas,
pedindo que este amor nunca se acabe.

Te quero o tempo inteiro hora a hora,
e louvo esta paixão que me devora.

Amor que sem cobranças nada deve,
É por ser tão somente e nada mais.
Do jeito que nos toma, satisfaz
Não pesa e sendo assim, torna-me leve.

Amor que sem medidas já se atreve
A ser além de barco, porto e cais.
Traduz-se por loucura em santa paz.
Ciúme? Quando chega se faz breve

E logo recompomos nossa história
Que é feita de carinho e confiança
Trazendo sem temores nossa glória.

Eu quero estar contigo o tempo inteiro...
Embora necessário a contradança,
Para sempre serei teu companheiro.


HLUNA
Marcos Loures
Publicado em: 08/06/2007 16:28:26
Última alteração:05/11/2008 21:29:53



Por mais distante sonho que pareça
Por mais que a vida não nos obedeça
Amor vai palpitando mesmo assim.

A lua é tão distante do deus sol
Rebrilha a forte luz deste farol,
Assim este amor rebrilha em mim...

Por mais que não se toque, se imagina
Amor que tão potente descortina
Um mundo virtual que enfim, existe.

O canto da ilusão não é mentira
Nas ondas mais longínquas já se atira
Não deixa que esta vida siga triste...

O brilho deste sonho é tão potente
E mostra todo amor lindo da gente
Que vive e se proclama nesta dança.

Nos versos que cantamos, nós vivemos,
Por mais que não tocamos e nem vemos,
Em nome deste amor; viva a esperança!
Publicado em: 10/06/2007 11:10:11
Última alteração:26/10/2008 20:29:14



AMAR VOCÊ /

Ciúmes tenho e sempre terei
Das pessoas e coisas que amo
Neste ponto sou deveras egoísta
Não permito que ninguém me engane
A traição para mim é prato cheio
Pra futuros desenganos

Impugno a traição
Detesto falsidades
Gosto de pessoas determinadas
Que abusem de sinceridade
Se não me queres meu bem
Podes falar a verdade

Não entendo então porque falas
Que sou o que sempre quis
Se vives rodeando outras
Me achando no amor aprendiza
Conforma-te comigo benzinho
E com certeza serás feliz

De carinhos sublimes desejoso,
Querendo esta presença iluminada
De tanto que eu vivera receoso,
Encontro nos teus braços, doce Fada
Um mundo mais feliz e venturoso,
Depois de tanto espinho em minha estrada.

Vivendo nosso amor a cada instante,
Dourando nosso dia em fantasia.
Amor que se fazendo mais prestante,
Garante toda a glória que eu queria.
Num sonho que se mostra deslumbrante
Concebo amanhecer divino dia.

Contigo eu sou feliz, isto eu garanto.
Coberto por teus braços, belo manto...

GELIS
MVML
Publicado em: 29/10/2007 21:16:02
Última alteração:03/11/2008 18:27:55


AMAR VOCÊ /


No remanso dos meus braços
Te acolho amor, no compasso
Do coração a bater
Tresloucado, descomposto...
Unindo ao teu o meu rosto,
Mil carícias, te abraço
Para ver-te adormecer...
Acoplado no meu peito
Sereno, calmo, em meu leito,
Até o dia amanhecer...
Ternura imensa me invade
É tanta felicidade
Prazer de amar você!


Prazer de amar você deusas serena
Acolho-te em meus braços, num compasso.
Felicidade imensa em noite plena
Vibrando nosso amor, galgando o espaço
Aonde a lua intensa nos acena
Carícias e desejos, doce abraço.
Assim em teus remansos, vou feliz,
Decifro teus enigmas, peço bis...

ANA MARIA GAZZANEO
MVML
Publicado em: 12/11/2007 22:40:17
Última alteração:31/10/2008 15:04:18



AMAR VOCÊ/

Um gesto de fantástica alegria
Eu vi naquele seu sorriso brando
Meio inocente, mas de vez em quando
Uma malícia, às vezes, lhe nascia...

Que inesquecível foi aquele dia
Ouvir a voz suave murmurando
Um beijo quero e eu, então, lhe dando
Com'um escravo fido lhe servia

Entretanto, a mulher tão caprichosa
Sorrindo desdenhou aquele beijo
Artimanhas sutis de uma criança

Que mesmo sendo assim, maliciosa
Conhece e tripudia do desejo,
Um vento tresloucado que me alcança...

GONÇALVES REIS
Marcos Valério Mannarino Loures

Publicado em: 08/08/2007 14:28:45
Última alteração:05/11/2008 16:54:07


AMAR VOCÊ/

Segreda-me...
Os minutos, os segundos...
A doçura do meu dia...
Pensar nos teus segredos..
Sentir-me parte deles...
Procurar na rosa que me deixas...
No perfume suave...
O meu nome dito por ti

Pudera segredar-te num momento
As ânsias tresloucadas da paixão,
Que formam da alegria, o seu fomento,
Às custas de nossa imaginação.
Refém de toda a força deste alento,
Perfumes tão suaves na amplidão.

Doçura que da boca, méis emana,
Abençoadamente abrindo a fresta
De toda esta ilusão que, soberana,
Depois da noite imensa é o que me resta,
Vagando sem destino, amor se explana
E marca o meu destino em riso e festa.

Teu nome, uma crisálida em bonança
Promete a paz suprema da esperança...

MARTA TEIXEIRA
MVML
Publicado em: 04/09/2007 17:27:21
Última alteração:05/11/2008 11:53:54



AMAR VOCÊ/

Eis aí,
O que sobra,
Soçobrando ao vento...


Pensamento,
Tormento de uma busca...
Meu ser sem resistência,
Vencido à força,
Do amor que sinto...

Já não omito.
Não mais segredo.
Meu único degredo:
Não ter você aqui!

Abrace-me!



Amor que em flórea estrada nos transforma

E vence qualquer força ou tempestade.

Refaz a vida em glória e nos compele

Ao canto mais sublime: liberdade!



Eu quero estar além de um simples cais

De um corpo tão somente em fantasia.

Amar é ser depois da eternidade,

E ter estrela pura que se guia



Buscando o beneplácito da sorte

Alçando uma concórdia que, suave,

Ressoe em consonância e nos leve

Ao infinito encanto sem entrave...



ANA MARIA GAZZANEO

MVML
Publicado em: 22/09/2007 18:54:09
Última alteração:04/11/2008 14:16:42



AMAR VOCÊ/


Seios nus, corpo despido,
quero ficar em teus braços
gozando o calor do momento,
que tão célere como o vento,
passa depressa e se esvai.
Mas deixa lembranças marcadas...
Ah! Foram tantas as madrugadas
que nos quedamos envolvidos,
de tudo mais esquecidos,
na junção linda e profana
que reúne eu e tu
toda noite em minha cama.


Madrugadas vividas em loucura,
Reféns de tantos gozos e prazeres.
Lembranças que se entranham e não largam.
Toando em nossos sonhos e quereres.

Vestido de desejos e vontades,
Ornados pelos risos e venturas.
Profanas sensações... amor profundo
Riscando, ganha os ares, noites puras.

E assim vagando estrelas, vamos juntos.
Despidos nossos corpos, nossas almas.
Prenúncios que extasiam e nos unem.
Em convulsões, querida, tu me acalmas.


HLUNA
MVML
Publicado em: 25/09/2007 14:52:58
Última alteração:04/11/2008 14:48:25


AMAR VOCê/
Tanto amor acalento no meu peito
Que bem sei, já alcança imensidão
Coração já verás adulterado
Já rendido aos encantos da paixão...

Vou convulsa a expor tal sensação
Ofuscada por luz, dessa verdade
Eu te amo, amado, e o coração
Se fez sol de intensa claridade...

Já, disfarce não ouso, é fogo intenso
No rubor que me cobre, queima a face
Já me jogo em teus braços, sou incenso
Que te louva no amor, amor, me abrace...


Um louva-deus quem sabe um colibri
Tragando todo o sumo desta flor
Permite perceber o que senti
No fogo intenso e louco deste amor.

Não perco meu caminho e vou a ti,
Num átimo sou teu, intenso ardor
Singrando cada mar que percebi
Mergulha em teu olhar encantador.

Sorvendo cada gota que poreja
No corpo da mulher que tanto quero,
Na boca carmesim, doce cereja

Nos seios a romã que tanto quis,
Embarco meus desejos, sempre espero
O bem que mais procuro e se deseja...

ANA MARIA GAZZANEO
MVML
Publicado em: 14/11/2007 16:55:16
Última alteração:31/10/2008 14:59:48


AMAR VOCÊ -


Qualquer dia destes, querido,
Aparecerei de improviso...
Te acolherei num abraço,
E em mais doce sorriso,
Te mostrarei meu amor!

Afagarei teus cabelos,
Te beijarei ternamente,
E em amor, bem presente,
Loucuras, eu sei ,farei...
Pois te amarei loucamente!

Meu passo no teu passo vai preciso
Navega eternidade em cada abraço.
Amor, eu na verdade nem disfarço
E vejo em nosso caso um bom aviso

Mostrando delicado, o teu sorriso,
Presente que nos deu em fino traço
Cupido, ao estreitar em forte laço
Amor que se entregou, bem mais conciso.

Sentindo os teus cabelos, sobre a face,
Beijando a tua boca, mais sedento.
Um gesto benfazejo, sem impasse

Transforma em alegria o que foi dor
Tocando nossa pele um manso vento,
Empresta loucamente o seu calor...

ANA MARIA GAZZANEO
Marcos Loures
Publicado em: 20/07/2007 17:38:41
Última alteração:05/11/2008 18:35:38



AMAR VOCÊ -

Nas delícia dos beijos,
Que feliz, tu me dás,
Sei não sabes meu bem,
Mas eu fico a sonhar...

Minha alma feliz,
Passa então a voar...
Quero mais, venha aqui,
Adular meu cantar...

Se eu fosse uma andorinha
Iria procurar
Beijar tua boquinha
Gostosa de provar.

Serias toda minha,
Jamais irei deixar
Estou aqui, Aninha
Sozinho a te esperar.

Menina, eu te desejo
Não nego esta verdade.
Da boca quero o beijo,

Matando esta vontade
Amor estou aqui,
Ó flor, sou colibri...

ANA MARIA GAZZANEO
Marcos Loures
Publicado em: 20/07/2007 18:44:11
Última alteração:05/11/2008 18:34:43



No caos do mundo em que vivemos,
Linda flor do amor, surgiu...
A trazer a esperança...

Anunciar um novo tempo,
Para a dança da alegria,
Em nossas vidas...

Quiçá não seja flor efêmera!
Verbenas, repletem as nossas noites de luar...

Quero dançar contigo doce dança...
Até o sol raiar na madrugada...
De um novo dia...

E que o sol encantado,
Venha nossos risos, iluminar...

Pois a flor do amor assim, surgida,
Neste meio em que vivemos,
Surgiu para alegrar as nossas vidas...

Propiciar-nos os sonhos...
Anunciar futuro mais risonho!
Onde seremos mais felizes...


Na primavera eterna da alegria
Em flores e carinhos um festejo
Além de todo cais que a Deus pedia
Imerso nas procuras do desejo.

Salvando da penumbra triste e fria,
Agora, nos teus laços, eu prevejo
A luz que imaginei, tanto queria,
Na mansidão suave; nosso beijo...

Tu és a garantia de um futuro
Mais rico em emoções, calor e vida.
Aramos este chão outrora duro

E vemos novamente, num clarão,
A senda mais feliz, uma saída
Que sabe que o amor é solução.

ANNE MARIE
Marcos Loures
Publicado em: 06/05/2007 12:19:02
Última alteração:06/11/2008 08:07:36


AMAR VOCÊ i


Não quero mais tristezas nos meus versos,
Apenas a alegria deste amor
Que trama outros sentidos tão diversos
Tramando novo tempo a recompor
Os dias que passaram, mais perversos
Distantes da emoção e do calor
Agora se perdendo sem saudade,
Permitem meu amor em liberdade...
Publicado em: 10/11/2007 18:31:19
Última alteração:23/10/2008 17:10:08



AMAR VOCÊ III


Amor que se demonstra em tais façanhas,
Deixando a nossa vida mais formosa,
Adentra sem limites as entranhas,
Acalentando a sorte gloriosa
Deixando para trás dores tamanhas,
As vidas se transformam, fabulosas.
Amor é de quem sonha, o companheiro
Que levará ao canto derradeiro.

Distante de um momento duro e fero,
Amor vai nos tomando em seu feitiço,
É tudo na verdade, o que mais quero,
Refaço em nosso amor, o brilho e o viço,
Nos braços deste amor, eu me tempero,
E um mundo mais ameno, enfim, cobiço.
Amor se derramando em forte chama,
Mudando num segundo toda a trama.

Quem tem no seu amor toda a fiança
Reveste o seu caminho em plena glória,
Ao sonho mais sublime já se lança,
Mudando o rumo incerto desta história.
Voltando num momento a ser criança,
Garante para si toda a vitória,
O amor torna mais brando um cavaleiro
E mostra um mundo novo e verdadeiro...

Meus versos que serão sempre esquecidos,
Falando deste amor em clara aurora,
Os medos e as tristezas dirimidos,
A luz em plenitude vencedora,
Meus cantos invadindo os teus ouvidos
Num sonho mais sutil, amor aflora,
E o dia se refaz, deveras forte,
Vencendo qualquer medo, até da morte.

Falar de nosso amor, querida eu posso,
Pois nele mergulhei em puro encanto,
Um sonho em liberdade, assim esboço,
Viver felicidade sem espanto.
Nos traços desta luz eu me remoço,
E de alegria, amada, aqui eu canto.
Cruzando na esperança de outros mares,
Encontro em cada espelho, os teus olhares...
Publicado em: 18/10/2007 21:01:19
Última alteração:23/10/2008 19:14:48

AMAR VOCÊ QUERIDA... /

Ah! Não culpa essa lua tão formosa,
bem sabes ela é nossa madrinha.
À noite no jardim faz nascer rosas
tão belas que ninguém, nem adivinha.
Eu amo, sim, a noite iluminada
onde a lua passeia - enamorada.


A lua é benfazeja, disso eu sei,
E dela amor recebe seus encantos,
Nos mares desta lua eu mergulhei,
Às vezes afogando duros prantos.
Por tantas vezes, saiba, eu te amei,
Olhando para a lua em belos mantos.
Embora um cavaleiro e seu alforje
Roubou-a num instante: velho Jorge...

HLUNA
MVML
Publicado em: 10/11/2007 14:51:40
Última alteração:31/10/2008 15:38:00


AMAR VOCÊ! /

Caminhava pela estrada -
Era noite? - Era dia?
Já nem sei como andava
Muito menos o que diria...
Mas então alguém eu via
Sem poder olhar direito
A cabeça tão confusa
Eu tentava dar um jeito
E buscava algo melhor
O sonhado Eldorado
E no coração saudade
Pois procuro ser amado!..

Ser amado, então procuro
Galopando o pensamento
Nas estradas da ternura
Vagabundo sentimento
Que não pode ser tormento
Nem refaz o que se quer
Nem tampouco o que já foi.
Amar é ser maré cheia
Transbordando penedias.
Coração tanto mareia
Quanto faz revolução.
Eu te quero, e não discuto,
Alvoroça o coração..

GONÇALVES REIS
MVML
Publicado em: 04/10/2007 18:57:38
Última alteração:04/11/2008 12:05:01



AMAR VOCÊ!/


Embolado
Fogoso
Pressuroso
Do gozo
Que escavas
Desasas
Atado
Em meu corpo
Rechaça
O desejo
Em concordata
Reina
E profana
Imflama
Em cortejo
E me rende...
Toma-me
Sereia em tua cama!


Cativo deste amor
Bebendo a tempestade,
Amando sem pudor,
Ardendo em liberdade
No sonho a te propor
Total felicidade,
Arquejos com fulgor
Chego à saciedade.
Vem logo sem temores,
Que a noite é toda nossa,
Teus beijos sedutores,
Além do que se possa,
Do corpo, teus pendores,
De tudo já se apossa
Sereia em teu encanto
Teu canto me conquista,
Ulisses se perdendo,
Seguindo cada pista
Deixada em mar profano,
Procelas, desengano,
Tomando do teu seio
O leite do prazer,
Vivendo sem receio
Sem medo de morrer...

ANA MARIA GAZZANEO
MVML
Publicado em: 29/09/2007 17:46:18
Última alteração:04/11/2008 13:04:35



AMAR VOCÊ!/


Deixo-te um sorriso...
Deixo-te um segredo..
Nos meus lábios...
Deixo-te um abraço..
Um gemido, uma pressa..
disfarçada num sorriso...


Segredos, sonhos,
Mares risonhos
Marés serenas,
Nas noites plenas
Bocas que acenas
Prazer intenso.
Gemidos, risos
E paraísos,
Toques precisos
Sorriso e gozo.
Amor gostoso
Risco fogoso,
Quem, andrajoso
Fora andarilho,
Buscando o trilho
Adentra a festa
Rendido em frestas
Abrindo portas,
Janelas, muros.
Portos seguros,
Teus braços mansos,
Alcanço a glória
Nossa vitória
Que é peremptória
Já vangloria.
Sabendo disto,
Amor que listo
Não mais despisto
Eu aterrisso.

MARTA TEIXEIRA
MVML
Publicado em: 30/09/2007 19:41:17
Última alteração:04/11/2008 13:00:25



AMAR VOCÊ!/


Meu coração é um dirigível
Tripulado por sentimentos
Quando não estás ao meu lado
Fica a deriva ao vento
Pronto pra despencar
No solo deste tormento

Como sempre tu que decides
Que rumo coração vai tomar
Se estou presa em teus braços
Tu que diz até quando estar
Se estou em algum lugar sozinha
Só tu sabes onde encontrar

Obedeço todas as tuas ordens
Todas em tempo preciso
Se manda ir pro norte vou pro norte
Se para o sul não penso nem resisto
Portanto dirigir meu coração meu docinho
Não é nenhum desafio

Meu coração seguindo cada passo
Que fazes nesta estrada mais audaz
Tu sabes que eu te quero e não disfarço
Te quero, na verdade muito mais.

Sou teu, apenas isso, meu amor.
Atrás de teus caminhos, acho o meu.
Deitar-me do teu lado, em teu calor,
Amor quando é demais, me convenceu

Do dia que promete ter teu sol
Ardendo em minhas costas, prazeroso,
Deixando uma tristeza em arrebol,
Encontro um canto, leve e mavioso

Nas águas de Iracema, na alva areia,
Desfila radiante esta sereia...

GELIS
MVML
Publicado em: 06/10/2007 08:43:16
Última alteração:04/11/2008 12:01:34



AMAR VOCÊ!/



Entrego-me...
Aos teus beijos...
Tentação, sedução..
Beijos com alma...
Na boca entreaberta...
Entrego-me...
Ao que sinto...
Apenas ao que sinto...
Com os teus lábios no meu...

Redimo os meus pecados, singro em ti,
A cada novo ponto, uma chegada,
Premonições diziam que eu aqui
Já poderia ver uma alvorada

Que em alamedas belas se anuncia,
Numa nudez, em bocas entreabertas,
Moldando minha vida em alegria,
Em sendas sensuais, prazer despertas.

Teus seios, tuas coxas, lábios quentes,
Nesta umidade doce, farto mel.
O mais feliz de todos os viventes

Ao celebrar o amor, nos braços teus,
Percebe a divindade alçando ao céu,
E louva a eternidade, toca em Deus...

MARTA TEIXEIRA
MVML
Publicado em: 08/10/2007 17:28:15
Última alteração:04/11/2008 11:41:15



AMAR VOCÊ!/


No mar do teu corpo
No gozo bendito
Recolho em conforto
Gosto do infinito...

Aos céus, lanço em prece,
Mil gritos, gemidos...
Na noite alaridos,
Colhidos do enlace...

Que passe este tempo
Que se tudo se acabe
Depois de te amar
Mais nada interessa...

Te amando sem pressa
Amor, sei assaz,
Sem muita conversa
Meu mundo refaz...


Arcanjos, querubins louvando em cantos,
Fomentam alegrias mais sinceras.
Teus olhos entornando seus encantos
Refazem nos meus dias, primaveras.

As noites tão sombrias, frias feras,
Em trevas tinham feito estes recantos,
Infantes emoções, mansas quimeras
Secando com ternura, velhos prantos

Permitem que eu te fale deste amor
Que ao mesmo tempo cura e me redime.
Moldando em seu caminho, encantador,

Um mundo mais amigo e benfazejo,
Querendo que este sonho já nos prime,
Emoldurando a vida que eu desejo...

ANA MARIA GAZZANEO
MVML
Publicado em: 11/10/2007 16:09:37
Última alteração:03/11/2008 21:47:30


AMAR VOCÊ!/

Já sei que fico sozinha
Hoje...
O tempo é meu inimigo....
Nesses dias em que não estás..
Faz troça de mim........
Lembra a cada minuto quanto
falta para chegares........
E faz-me chorar........................


Saudade de poder tocar teu corpo
Beijar a tua boca e me deixar
Levar pelas vontades, sem limites,
Até que possa em ti, num mergulhar

Reconhecer as marcas que deixei
Em cada ponto, atol, farol ou ilha,
Tomando em grandes goles deste vinho
Na adega sensual que maravilha.

O tempo traz a pura sensação
Da importância real de ser feliz.
Fadado a ser só teu, ao te rever,
Percebo quanto bem sempre eu te quis.

MARTA TEIXEIRA
MVML
Publicado em: 20/10/2007 08:48:08
Última alteração:03/11/2008 20:28:52



AMAR VOCÊ!/


Encontrarás a minha mensagem no parapeito...
Da tua janela já aberta...
Saberás que é minha....
Sem qualquer hesitação....
Pensarás em mim...
Aqui, ainda enroscada nos lençóis
Coloridos, quentes do meu corpo...



O vento penetrante me tocou,
Janela escancarada, coração,
Ao mesmo tempo insano mergulhou
Em ares tentadores, sedução.
O brilho de teus olhos me encontrou
Luzindo, mensageiro da paixão.

Agora o que fazer se em nada penso,
Senão em ter teu corpo junto a mim.
Deitada em tua cama, o fogo imenso
Do amor que vai trazendo até o fim
Perfume da emoção, amor intenso,
Espalha este desejo forte assim...

Abrindo esta janela, do meu peito,
Encontro o teu olhar no parapeito...

MARTA TEIXEIRA
MVML
Publicado em: 27/10/2007 08:56:52
Última alteração:23/10/2008 18:49:42



AMAR VOCÊ!/


A doença que nos consume é a saudade
E pra ela ninguém descobriu antídoto
Faz sofrer a nós enamorados
Fazendo de nossas vidas um castigo
A causa desta doença é a distancia
Colocando entre nós enorme abismo

A única salvação é nosso amor
Que consegue transpor fronteiras
Enfrentar vendavais tempestuosos
Mares revoltos e fortes correntezas
Tornando nossos pensamentos
Impenetráveis fortalezas

Nada consegue o deter
Nada consegue o domar
Os raios do sol e a luz da lua
São nossos olhos a brilhar
Somos dois enamorados
E nada conseguira nos derrotar

É pimenta demais pro vatapá
Saudade que maltrata um sonhador,
Vontade de trazer meu bem pra cá,
Vivendo a sensação do intenso amor.
O dia mais brilhante nascerá
Nos braços deste sonho encantador.

Amor que vem chegando em correnteza
Trazendo inundação e tempestade,
Refaz a nossa vida da incerteza,
Tramando ao fim do dia, a claridade.
Permite que se veja esta beleza
Redimindo a tristeza na verdade.

Abraços e carinhos sem ter fim,
Amor que vem nascendo dentro em mim...

GELIS
MVML
Publicado em: 30/10/2007 14:17:50
Última alteração:03/11/2008 18:41:43



AMAR VOCÊ!/

Espreguiço-me...
Ofereço o corpo...
Ao brilho da lua...
Á suavidade de brisa...
Respiro fundo...
Penso em ti...
Nos lábios..um sorriso malicioso...
No ar.......um perfume sedutor...
Faltas...apenas tu.............


Quem dera se eu pudesse ser o vento
Que roça a tua pele devagar,
Vibrando de prazer por um momento
Chegando no teu corpo e penetrar

Debaixo desta saia, tomo assento
Nas coxas e virilhas, desfrutar
De toda a maravilha, estar atento
E nesta fantasia mergulhar.

Um gozo prometido, sedução,
Debaixo do vestido, paraíso.
Malícias irrompendo num sorriso,

Delícias e desejos, tentação,
Orgasmos espelhando e sem aviso
Alçar eternidade com tesão...

MARTA TEIXEIRA
MVML
Publicado em: 02/11/2007 16:59:54
Última alteração:02/11/2008 20:04:36

AMAR VOCÊ!/


Nos braços do meu amado
Horas respingam suaves
Nossos corpos feito naves
Flutuam céus de magia

Nossos olhos mergulhados
Um no outro, poesia
De nossas bocas coladas
Brindamos vera alegria

Corpos colados no afago
Vivemos doce ventura
De um amor apaixonado
Um amor que sempre dura...

Sensação de paraíso
São versos deste poema
Na imensidão deste amor
Felicidade é o tema...


Nos meus versos, querida, eu sou sincero;
Procuro traduzir meus sentimentos;
Falando deste amor que assim venero,
Tomando sem parar meus pensamentos.
Encontro o paraíso em que eu espero
Viver até meus últimos momentos.
Apaixonadamente, venho aqui
Falar do amor que tenho, só por ti...

ANA MARIA GAZZANEO
MVML
Publicado em: 05/11/2007 20:40:13
Última alteração:31/10/2008 17:41:14



AMAR VOCÊ!/
Seja de sonho e pó o caminho
Por certo, não vagamos sozinhos...
Imensa multidão sabe de cor
Da dor, desilusão, destinos sós...

Porisso a grandeza deste canto
Um bálsamo, um riso em novo encanto
Quem dera irmanados, novo albor,
Nos céus, se refletisse só o amor!

Se nas fráguas do sonho, um cavaleiro
Caminha entre as estrelas, ganha espaço,
Nas águas, nos perfumes, doce cheiro
Tocando em harmonia, ganha espaço,

Sem mágoas nem temores, sigo inteiro
Por entre multidões e me refaço
No etéreo, onde decerto, alvissareiro
Meu sonho alabastrino deixa o traço

De todas as pegadas, rastros frágeis,
Nos astros merencórios e distantes
Corcéis vão galopando em passos ágeis

Sidérios pensamentos do eremita
Que sonha com teus lábios deslumbrantes,
Trazendo a luz intensa à negra cripta..

ANA MARIA GAZZANEO
MVML
Publicado em: 06/11/2007 19:47:55
Última alteração:31/10/2008 17:35:59


AMAR VOCÊ!/

Doces palavras...
Doces segredos...
A palavra-chave de hoje...
Ofereço-te os dedos...
Para beijares....
Um sorriso sonhador...
Um convite discreto...
Para que me ames..
docemente....
Beijos na nuca, no pescoço..
Até que eu feche os olhos...
E te peça outros mais profundos...........


Descubro em tuas minas, teus segredos
E faço de meus lábios bons mineiros.
Sabendo de teus sonhos, teus enredos
Percebo teus desejos sei teus cheiros.
Adentro em teus caminhos, meus degredos
Olhares que trocamos; feiticeiros.
Bebendo o teu orvalho gota a gota,
Acerto meu prazer em tua rota...

MARTA TEIXEIRA
ML
Publicado em: 24/11/2007 15:37:39
Última alteração:31/10/2008 12:12:00



AMAR VOCÊ!/

Encontra-me no silêncio..
Despe-me com o olhar..
Não disfarçes esse desejo...
Segue-me apenas...
Perde-te comigo...
Nesse labirinto....
Nesse enlace de corpos...
Total....

Na entrega de dois corpos, labirintos,
Desejos e delírios demarcados.
Bebendo dos prazeres os absintos,
Despindo nossos medos malfadados.
Alvoroçando assim, nossos instintos,
Mil gozos em carícias são trocados.
E vamos noite adentro; vida afora
Nos braços desse amor que nos decora...

MARTA TEIXEIRA
ML
Publicado em: 29/11/2007 05:41:37
Última alteração:29/10/2008 21:55:59



AMAR VOCÊ!/


Em círculo fechado amor total
Em trezentos e sessenta graus
Não há mais espaço é todo igual
Nem frestas que sirva afinal
Pra outro desejo que seja rival

É todo inteiro o olhar desvia
Amor completo eu digito no dia
Amor sem igual na tela se cria
O coração já sorrir de alegria
Bebendo teu cálice só alforria

Amor fechando o cerco
Certeza de bom tempo.
Não deixe que se escape
Pela porta escancarada
De um coração moleque.
No leque de esperanças
Na dança em sentimentos
Bendigo cada vento
No cata-vento imenso
Chamado coração.

SOGUEIRA
ML
Publicado em: 08/12/2007 17:34:27
Última alteração:27/10/2008 18:06:30



AMAR VOCÊ! -


Diz-me...
Fala-me do teu dia...
O que sentiste, o que desejaste...
O que agora desejas...
Vem....liberta-me da preguiça...
Provoca-me....num jantar romântico...
Longe de tudo...exótico...
Cada minuto contigo...
Reforça os laços....


Dos ermos desolados de onde vim,
Num último segundo, diluído,
O resto que sobrara dentro em mim
Ao ser tocado veio ressurgido.

Uma esperança tenta até que enfim
Um sonho que deixara já no olvido
Trazendo um bom perfume de alecrim
Apraza num momento tão querido.

Cada minuto agora, em alegria
Demonstra quanto é bom poder amar.
Toda palavra dita, mansa e terna,

Que em lúdica ternura se dizia
Espalha esta canção que solto no ar
E Amor, bem sacrossanto, nos governa...

MARTA TEIXEIRA
Marcos Loures
Publicado em: 18/07/2007 14:52:54
Última alteração:05/11/2008 19:25:53



AMAR VOCÊ///

Se estou junto contigo, sou feliz.
E tudo o mais nem me interessa...
Não tenho pressa de partir...
Quero ficar bem junto a ti...
Tempo que resta!
Te dar amor e amor sentir...
Teu corpo unido junto à mim...
Fazendo festa!
Sorrir, bailar, nos divertir...
Sons de serestas...
Beber teu mel até o fim...
Noite em promessas...

Eu quero estar em ti, belo festejo,
De bocas que se caçam e navegam
Além do imaginável, no desejo
Profano onde dois corpos já se entregam.

E cada vez que sonho; sempre vejo
Teus olhos, dois luzeiros que me cegam,
E assim em loucas noites eu prevejo
Cometas que se tocam e se pegam.

Ateio em nossos fogos, a lareira
Que aquece em cada gozo a noite fria.
Volúpia que jamais alguém sacia

De ter prazer, rondando a noite inteira
Fazendo nesta festa em serenata
A doce insanidade que arrebata...

ANA MARIA GAZZANEO
Marcos Valério Mannarino Loures
Publicado em: 02/08/2007 19:09:41
Última alteração:05/11/2008 17:15:59



AMAR VOCÊ //


Cavaleiro alado adentra os meus sonhos, devaneios...
Entrega-me seu coração, e meu amor primeiro,
Sou princesa a encontrar o meu amado...
Abraço este fado, única ventura,
Que num caminho de pedras, sem usura,
Trouxe aos meus dias, poesia...
Sigo na alegria de quem sonhou felicidade...
E a verdade, quem poderia enfim, saber?
Se realidade, aos sonhos se misturam...
Mas acredito e posso até dizer,
Que a magia do sonho que me cura,
Encontrei no prazer de amar você!

Um bandoleiro solto num deserto,
Alçando uma esperança qual oásis,
A lua transmudada em tantas fases
Chegando em noite plena, bem mais perto.

Ao ver esta odalisca eu já desperto
E sinto no perfume que tu trazes
Tremer em tempestade minhas bases,
Adaga da emoção, em belo acerto

Ao atingir meu peito, me desmonta;
E desabrocha a flor que, adormecida,
Pensara ter a vida toda pronta.

Porém o teu perfume, já me aponta
Para outra direção, a minha vida,
Que há tempos só soubera despedida...

ANA MARIA GAZZANEO
MVML
Publicado em: 18/08/2007 11:36:56
Última alteração:05/11/2008 14:59:22


AMAR VOCÊ//

Se me atiro em teu abraço
Vejo a razão naufragar...
Só me move esta volúpia
Que me põe a delirar...
Na febre desta paixão
Começo a rodopiar...
Vasculho vales e ilhas
Meu amor, buscando a trilha
Que vai dar no teu olhar...
Onde saciada me encontro
Mesmo estando o corpo morto
Extasiada, a bailar...

Bailando no teu corpo
Cigano enamorado
Procuro por estrelas
Num êxtase sublime
Alado, o meu cavalo
Percorrendo o teu céu
Dourando tua pele
Enegrecido véu
Alvorecendo luas
Esqueço desenganos
Verdes os teus destinos
Verde que quero tanto.
Planando por espaços
Um verso enamorado,
Gitana soledad
Se faz erma e sombria
Mas vem o teu brilhar
E molda em poesia
O mar de estelas maris
Que trazes por tiara...

ANA MARIA GAZZANEO
Marcos Loures
Publicado em: 24/07/2007 20:01:32
Última alteração:05/11/2008 18:25:45



AMAR VOCÊ *

É deveras triste e solitária
Esta situação que a vida me propôs
De só ter o teu amor por alguns momentos
Depois ter que padecer de dor
De vagar por vales perdidos
De Remar sempre contra o vento
Sonhar sempre acordada
Já disse a ela que não agüento
Ah! se a vida me remitisse
A felicidade de outrora
apagando de mim este amor
eu lhe proporia aqui e agora
Amar apenas o sol, o amar e o arco-íris
com todo seu esplendor
Veria nele apenas teus olhos
Refletido na sua imagem multicolor


Amar além do cais
As flores e as palmeiras
As cores verdadeiras
Matizes magistrais
Não sei quanto que pude
Embora um tanto rude
Deixar a juventude
E entrar em outros campos
Aonde pirilampos
Não voam colibris.
Ouvindo o teu cantar
Amada tão distante
Eu sinto neste instante
Chegar melancolia
Mas veja que este tempo
Que foi não voltará
Volátil como a vida
Marcando para sempre.
Abrindo bem os olhos
Deixemos tais abrolhos
E vamos por que o dia
Também irá passar.
As asas deste sonho
Promessa de chegada
No porto onde adorada
A lua vai voltar
Trazendo em plenilúnio
Distância do infortúnio
Que nos teima em queimar.

Vem logo e não despreze
A força do desejo
Fomento de alegria
Fermento da esperança
A dança prometida
A vida não dispensa
Quem pensa já tropeça
E pode se sangrar.
Abrindo esta dispensa
Encontro a recompensa
Na boca mais molhada
Decerto a mais ousada
E a que sempre sonhei
Sentir sobre meu corpo
Refaça a primavera
Que o porto não espera
E o barco partirá...

GELIS
Marcos Loures
Publicado em: 25/07/2007 11:12:19
Última alteração:05/11/2008 18:08:47


AMAR VOCÊ /

Agora que a noite chega..
Acompanhada da brisa..
Ficamos timídos...
Desviamos o olhar...
Escondemos o sorriso...
Mordemos os lábios....
Depois..eu fujo...
Aos gritos...
Tu persegues-me...
E eu só rio..........................

Num jogo que é deveras sedutor,
Despida pela casa vai correndo.
Fugindo, mas bem sei que está querendo
Sorrindo, se entregando sem pudor...

Abraço o belo corpo tentador
E aos poucos com meus lábios percorrendo
Os olhos, eu percebo revolvendo
No fogo de um desejo abrasador...

Depois, na cavalgada que não cansa,
Galopes entre marchas, pulos, trotes,
Mostrando com perícia tantos dotes

De quem a plenitude sempre alcança.
Num gozo que se explode em grito e riso,
Entramos sem saber, no paraíso....


MARTA TEIXEIRA
Marcos Valério Mannarino Loures
Publicado em: 07/08/2007 17:58:06
Última alteração:05/11/2008 16:55:48


AMAR VOCÊ /

A te amar e te amar, mais e mais
Prossigo feliz, pela vida afora...
Agora que te tenho gravado em meu peito
E na certeza de ser, amor perfeito
Não, não deixo mais, que vás embora...

Quero te amar nas noites e manhãs...
Em doce afã, escreverei prá você, mais de mil cartas...
Poemas de amor, e a sorte malsã,
Espantarei com mil risos de alegria...

Derradeira ventura, sei será
O vencer este tempo, em que terás
Do amor, meu amor, a face mais serena...
Que unida a ti, não mais se aparta...
Qual dueto de amor, em poesia!

Não quero que se aparte mais de mim,
se pareados vamos ao limite.
Seguindo cada passo vou ao fim
num sonho em que jamais se delimite.

Um venturoso passo dia a dia
inexoravelmente nos trará
um sol incandescente ao meio dia,
pois para onde tu fores estou lá.

Cintilas minha estrela, lua bela,
teus raios iluminam meus caminhos.
E sempre que eu consigo, amada, vê-la,
pressinto como um mar em mil carinhos.

Vem logo meu amor, meu bem querer
perfumas desde cedo o amanhecer...

ANA MARIA GAZZANEO
MVML
Publicado em: 17/08/2007 21:51:35
Última alteração:05/11/2008 15:00:16



AMAR VOCÊ /


Ah! Que vontade tenho de te tocar,
Sentir teus lábios os meus beijar,
Ter o toque da tua pele na minha,
No teu peito repousar,
Sentir que me queres,
Me enxergar no teu olhar!
Ah! Fico imaginando,
Se um dia vou poder te encontrar,
E deste encontro,
Ah! muitas coisas para recordar!


Vontade de tocar teu corpo inteiro,
Beijar-te, mansamente... Que vontade!
Ser teu e me entregar, sentir teu cheiro;
Beber de tua boca, a tempestade

Em loucas fantasias, desfrutar.
A pele tão sedosa em maciez
Beijando com carinho e devagar,
Até chegar... total insensatez...

Amor mais que perfeito... com ternura
Em plena insanidade, sal e mel.
É feito de alegria e nos tortura,
Viaja em nossos corpos, ganha o céu

Depois, no belo colo, o meu cansaço
Deitado extasiado em teu regaço...

LAMANDARINO
MVML
Publicado em: 23/08/2007 16:45:37
Última alteração:05/11/2008 14:19:10


AMAR VOCÊ /

Enfim responde ao meu anseio...
Aplaca meu desejo neste beijo...
Toma-me inteira, que sou tua...
Vê bailar em meu olhar, esta alegria?
Tua presença em meu ser, a fazer folia?
Adoro amar você!

Adoro amar você
a cada novo dia,
no amor que a gente crê
delícias em folia,

sem medo e sem por que,
esbaldando alegria,
quem sabe logo vê
amor que bem queria

no corpo da morena
bonita e caprichosa,
uma bela açucena

perfumando qual rosa,
a sorte que me acena,
mulher maravilhosa..

ANA MARIA GAZZANEO
MVML
Publicado em: 07/09/2007 21:18:52
Última alteração:04/11/2008 20:25:01


AMAR VOCÊ /

Teu perfume penetrou os meus sentidos,
de uma forma tão intensa e tão potente,
que de mim eu há muito ando esquecida,
e de ti eu dependo inteiramente.

Vivo, pois, esse momento tão presente,
nesse amor que é prazer, pura alegria.
Ah! Como é bom te pertencer inteiramente,
e contar sempre com tua companhia.
Meu amigo, meu amado, vem agora,
não deixa que o tempo faça tardia a hora.

Meu amor eu te amo tanto,
Sentimento sorrateiro
Quando é feito em tal encanto
Mais audaz e companheiro

Que jamais tenha quebranto
O nosso amor feiticeiro
Que nos venha em acalanto
Se mostrando por inteiro

Em total felicidade,
Verso solto, alma liberta,
Sendo feito em claridade

Qual farol que nos desperta
Traga sempre em amizade
A palavra boa e certa...

HLUNA
MVML
Publicado em: 10/09/2007 14:38:16
Última alteração:04/11/2008 18:15:24


AMAR VOCÊ /

Te espero aqui com perfume de jasmim
Enfeito meu canto com as cores do jardim
Quem sabe as flores te tragam para mim...
A tua espera conto cada segundo, cada hora
Te peço amor, por favor não demora
Vem antes de surgir no céu a aurora

Recebo o teu chamado, bela flor
Nascida lá nos pampas, nas coxilhas,
Percebo em teu perfume as maravilhas
De um dia em primavera, sedutor.

Seguindo os doces rastros, meu amor,
Persigo nos sinais, divinas trilhas,
Almas enamoradas andarilhas
Procuram um lugar aonde pôr

Os olhos, vendo a luz que me irradias
Sentindo esta presença junto a mim,
Recende ao doce aroma de um jasmim

Tocando bem suave, as fantasias
De dias que virão em rara aurora,
Canteiro de ilusões, tão cedo aflora...

GIANA GUTERRES
MVML
Publicado em: 13/09/2007 14:11:36
Última alteração:04/11/2008 17:37:21



AMAR VOCÊ /


Nas horas que não te vejo
Eu sonho te encontrar
Numa esquina então desejo
Com você me deparar...

Meu pensamento em cortejo
Te busca aonde estás
O nosso encontro prevejo
Nas voltas que a vida dá!

Nas voltas desta vida em carrossel
Girando tão somente e nunca pára
Quem sabe poderei alçar o céu,
Que além de todo amor nos antepara.

Vencendo a solidão, medo cruel,
Trazendo a sensação de jóia rara,
Eu quero estar contigo, minha cara,
Ao desbravar espaços, teu corcel.

Caminho nos cortejos estelares
Atrás das nuvens soltas, por luares
Argênteas emoções que preparadas

Por anjos em delírios sensuais,
Em cantos delicados, magistrais,
Nas mãos tão carinhosas, belas fadas...

ANA MARIA GAZZANEO
MVML
Publicado em: 13/09/2007 20:22:27
Última alteração:04/11/2008 17:03:01


AMAR VOCÊ /

Danço...
Sonho...
Vejo-te...
Saboreio cada momento...
Cada pedacinho...
O corpo fala-me...
Aproxima-me de ti...........
Do teu corpo...
Torna-me o teu momento...
A tua memória...
O teu amor......................

Sinto do teu corpo tal frescor
Que vence um duro estio tropical,
Trazendo em cada verso sensual
Vontade de poder já te propor

Toda esta maravilha feita amor,
Carinho que percebo sem igual,
O gozo deste amor sensacional
Deixando-nos querida em tal torpor

Vencendo, com desejos o receio
O gosto de teu beijo, eu saboreio
E peço novamente quero o bis.

E tomo-te em meus braços, feiticeira
Paixão que nos tomando a vida inteira
Demonstra quanto a gente é tão feliz...

MARTA TEIXEIRA
MVML
Publicado em: 14/09/2007 21:23:08
Última alteração:04/11/2008 16:58:50


AMAR VOCÊ /

Amo-te meu bem além da conta
Sei que apenas gostas de mim
Mesmo assim agradeço ao bom Deus
Este sentimento me encanta sim
O importante é que é verdadeiro
Mas digo-te vou te amar até o fim

Amar não tem medidas. Na verdade
Um sentimento belo não se mede,
Apenas se recebe e se concede,
Pois guarda dentro dele imensidade.

Amar é desejar felicidade,
É dar e não cobrar o que se pede,
Quem ama tantas vezes não impede
Que o outro tenha luz e claridade.

Eu te amo, não neguei e nunca nego,
Teus olhos me impediram de estar cego,
Já que neles achei o meu farol.

Estrela maviosa que me guia,
Nos passos deste amor, tanta alegria,
Resplandecendo a vida como um sol...

GELIS
MVML
Publicado em: 15/09/2007 07:35:52
Última alteração:04/11/2008 16:57:22



AMAR VOCÊ /

Quanta beleza encontro ao despertar
Abro a tela meu olhar já te procura
Saboreando esta manhã bonita chama
Assim o dia me levará para as alturas

Andarilho do amor é meu destino
Nas cordilheiras no mar ou na floresta
Meu coração está contigo sempre em festa
Num regozijo que acalenta em seresta

Neste canto mavioso eu me entrego
Em qualquer hora momento ou dia
Inspirando amor respirando poesia

Teus rastros eu acompanho aqui agora
Sem perder nem ofuscar tamanho brilho
Assim o dia correrá não mais sombrio


Aquele que diz tudo e tudo sabe
Não sabe na verdade o que me importa,
Amor em qualquer parte sempre cabe,
Abrindo com carinho imensa porta,

Adentra no meu quarto, na janela
Que um dia se trancou, duros ferrolhos,
E em perfeição divina se revela
Invade o coração, brilhando os olhos.

Amor não se permite resistência,
É feito um furacão, um fátuo fogo
Que aos poucos vai firmando residência
E toma o coração. Mas desde logo

Avisa para os frágeis navegantes
Dos maremotos loucos, por instantes...

SOGUEIRA
MVML
Publicado em: 19/09/2007 14:15:22
Última alteração:04/11/2008 16:02:54



AMAR VOCÊ /


Primavera em flor, e o amor em nós, viceja
Beija- flores, flores, natureza
Céu azul, o mar, tudo que enfeita
Universo enfim, lindo luar...

Nesta estrada, vamos lado a lado
Tão felizes, juntos e ao beijos
A colher da sorte, um canto, belo arpejo
Da alegria que nos faz, seres alados...

Neste canto, amado a harmonia
De duas almas, plenas de verdade
Faz compor amor bel sinfonia
De uma orquestra, em gran felicidade...

Crisálidas se abrindo em tal beleza
Enaltecendo aos deuses criadores.
Formando em multicores espetáculos
Da natureza plena em seus fulgores.

Da larva que já foi, sequer notícia.
Alçando espaços, lépida figura
Que entregue às sutilezas de um amor,
Voando em perfeição, uma escultura.

Eu quero esta crisálida comigo,
Refeita em borboleta maviosa,
Que não teme as borrascas nem os ventos,
E destemida, sabe quando goza...

ANA MARIA GAZZANEO
MVML
Publicado em: 26/09/2007 19:21:26
Última alteração:04/11/2008 13:27:33


AMAR VOCÊ /


Neste enlace o amor como em prece
De meu corpo ao teu céu se eleva
Vou em neve , teu fogo me aquece
Tanto ardor, faz de mim, tua escrava...

E te sirvo do mel de meus beijos
O meu corpo em bandeja, bacante
Doce vinho, bebemos na fonte
Do amor, que destila desejos...

Mergulho no teu mar. Vou desejoso,
Querendo cada gota prometida,
Sorvendo e destilando tal prazer,
Nos méis maravilhosos, nossa vida.

Ao ter teu corpo lânguido e sedento,
Misturo nossos lábios e salivas.
Atado nas vontades mais profanas,
Atraco no teu porto, tais ogivas

E na explosão das minas eu me rendo,
E deixo-me levar, do amor cativo.
Fartura de banquetes tão sonhados
Dos gozos mais benditos, eu me crivo...

ANA MARIA GAZZANEO
MVML
Publicado em: 26/09/2007 22:15:00
Última alteração:04/11/2008 13:26:38



AMAR VOCÊ /

Só voltarei no dia
Em que disseres que me ama
Que por me choras e lastima
Por não me teres em tua cama
Tua alma agora só
Viverá em eterna chama

Mas não vale por e-mail
Nem dito em simples versos
Quero ouvir da tua voz
Sem ninguém estar por perto
O número do meu celular
É meia nove nove zero

No meia nove, nove meia zero
Eu quero que tu fales para mim,
Se eu falo deste amor, amor já fala,
E o falo vai falando tudo assim.

Eu amo cada vez em que me falas
Não uso de falácia, mas te digo,
Que quando eu te falar do amor que sinto,
Perceba quanto eu quero estar contigo,

As bocas ocupadas, vão falando
Do amor que nos comporta e já se explode
Com línguas, olhos, dedos, mãos e lábios,
Até que amor com fúria, enfim, se eclode...

GELIS
MVML
Publicado em: 29/09/2007 08:37:25
Última alteração:04/11/2008 14:07:33



AMAR VOCÊ /



No novo dia agora que amanhece
Essa saudade vindo me abater
Estar contigo como me apetece
Dá-me tua boca para eu beber

Minha querida veja como cresce
Essa ferida ao peito a escanecer
Enquanto aqui a minha mente tece
Ah! Vamos meu amor frui prazer!....

Saudade; com certeza irei matar
Nos lábios delicados em cereja.
Prazer em te beijar e te tocar,

Rodando a noite inteira em carrossel,
Delícias deste amor que já lateja
E promete levar, depressa ao céu...

GONÇALVES REIS
MVML
Publicado em: 16/10/2007 14:33:29
Última alteração:03/11/2008 21:15:09



SE O HUMANO SER PUDESSE, NUM MOMENTO,
TIRAR DO PEITO AMARGAS CICATRIZES,
FILTRANDO O TÉDIO E TODO O SENTIMENTO,
TALVEZ ASSIM, NÓS FÔSSEMOS FELIZES!

SE TRAZ O AMOR, CONFORME TU ME DIZES,
A DOR E NADA MAIS, O ENCANTAMENTO
QUE ELE APRESENTA, EM TODAS AS MATIZES,
É CAUSA DE TRISTEZA E SOFRIMENTO!

POR ISSO, QUANDO O AMOR O PEITO INVADE
EM UM MOMEMTO ÚNICO E FELIZ,
COMO DIZER-TE A VIDA UM DIA QUIS

ELE JAMAIS TERÁ FELICIDADE
POIS SE ENSINAM O JEITO DE QUERER,
NÃO SABEM MESMO, O MODO DE ESQUECER...

Amor por um momento me domina,
Refaz em cada passo, meu futuro;
Trazendo um novo sonho, descortina;
Clareia totalmente um céu escuro.

Viver intenso amor é minha sina.
É como respirar um ar mais puro.
Fazer felicidade ser rotina
É como um manso cais que já procuro...

Porém eu não consigo disfarçar
O medo que me traz tão grande amor.
Capaz de me invadir e transbordar,

Jurando assim total felicidade;
Eu ficarei inteiro a seu dispor,
Nem mesmo temerei uma saudade!

MARCOS COUTINHO LOURES
Marcos Loures
Publicado em: 16/01/2007 20:56:30
Última alteração:28/10/2008 10:36:50


AMAR VOC, QUERIDA
Não sei
dar o nome
ao que
estou sentindo,
ao mesmo tempo
tenho medo
e uma vontade
muito louca
de quem quer
sempre mais ...
(ivi)

Meus olhos que te enlaçam com ternuras
Buscando no teu colo meu descanso,
Aguarda tanto amor, suas venturas
Qual rio que procura seu remanso.

Ternuras desejadas e queridas
Dos braços da mulher que procurei,
Vasculho nos espaços, tantas vidas,
Parece que este amor eu encontrei.

Deitando sobre esse vergel tão cálido
Que trazes com ternuras indizíveis,
A lua com luar belo e tão pálido
Reflete as belas cenas mais incríveis...

Teus olhos e luar, que fantasia,
No brilho que este amor, tonto, irradia!
Publicado em: 29/03/2008 21:50:16
Última alteração:21/10/2008 20:14:02



AMAR VOCÊ ///

Vivo agora...
A minha paixão...
Claramente...
Sem segredos..
Proibida foi..
Mas agora sem ela...
Viver...não...
Voo até ti...
Todos os dias
novamente me apaixono.................

Eu chego bem depressa quando chamas
Voando sem parar, mil oceanos,
Deixando para trás os desenganos
Enredo meu destino em tuas tramas.

Fogueira que se mostra em vivas chamas
Refaz a minha vida em novos planos
Momentos que sabemos, soberanos,
Em versos mais bonitos, logo clamas

E vou sempre correndo, apaixonado,
Querendo estar contigo do meu lado
Deixando as cicatrizes para trás.

Amor que faz amor e a sorte traz,
E cada vez que escuto a tua voz
Meu mundo já te alcança, tão veloz...

MARTA TEIXEIRA
Marcos Valério Mannarino Loures
Publicado em: 04/08/2007 13:51:58
Última alteração:05/11/2008 17:12:02



AMAR VOCÊ ///

Saudades vives sempre alegando,
quando chegas cansado, madrugada.
Em ti eu vou, de pronto, acreditando,
bem sei, é bem melhor não dizer nada.

És velho marinheiros em tantos cais,
olhando as estrelas em noite escura.
Mas voltas para mim uma vez mais,
me encanto só de ouvir a tua jura.
Borrascas... tempestades... que me importa?
Se estás aqui, de novo, á minha porta

Partindo de distantes horizontes
Em busca de uma estrela feita lua.
Olhando para os altos, belos montes,
A senda de quem sonha continua.

Atravesso caminhos, tantas pontes
Chegando na cidade, em cada rua.
Nascentes, maravilhas feitas fontes
Nas horas tão divinas que são tuas.

Encontro depois disso um calmo porto
No corpo da mulher que eu amo tanto.
Oásis de beleza em puro encanto.

Depois, louco prazer me deixa morto
E os mares, eu esqueço. Meu navio
Abandonado, fica só. Vazio...

HLUNA
MVML
Publicado em: 22/08/2007 14:31:01
Última alteração:05/11/2008 14:22:49


AMAR VOCÊ //


Te trago em mim...
Aconchegado em meu peito...
Deitado em meu leito...
Com tanta ternura...
E sinto por ti
Um amor verdadeiro
Sendo o meu tesouro
Saiba ser sem fim...

Versando sobre um fato benfazejo
Ultrapassando sempre meus limites.
Eu trago em mim a força de um desejo
Pedindo que tu sempre me acredites.

O dia a dia em horas corriqueiras
Somente me trazendo uma esperança
Das palavras gentis e verdadeiras
Que selam para sempre esta aliança.

Às vezes são mordazes os meus dias
Marcados pela angústia e pelos medos.
Mas trazes, companheira, as alegrias;
Amanhecendo assim, outros enredos

Tu és por isso mesmo, o meu tesouro
Nas procelas, gentil ancoradouro...

ANA MARIA GAZZANEO
Marcos Loures
Publicado em: 22/07/2007 19:32:39
Última alteração:05/11/2008 18:29:31


AMAR VOCÊ //


Refugio-me no mar..
Dispo-me da areia e do sol...
Deixo que o mar me encante...
Me leve...
Ao sabor das ondas...
Cheiro as algas...
Sinto o meu corpo relaxar...
Depois naufrago na praia...
Naufrago em ti..........

Naufrago no teu corpo, doce enchente
Vazando pelas margens, algas, águas.
Tocando em cada rio, um afluente
Eu deixo para trás antigas mágoas

E invado tua praia sem licença
Avanço pelos cabos, ilhas, portos.
Não vejo ser possível desavença
Embora meus caminhos sejam tortos...

Ao invadir teu cais com meu saveiro
Adentro cada ponto de chegada.
Mergulho no teu corpo e vou inteiro,
Não deixo, meu amor, sobrar mais nada...

E tudo se transforma em tempestade,
Só resta bendizer felicidade....

MARTA TEIXEIRA
Marcos Loures
Publicado em: 30/07/2007 11:22:32
Última alteração:05/11/2008 17:38:35




AMAR VOCÊ
E chegarás,
e em mim ficarás
para nunca mais sair
neste constante desejar
de poder, muito, te amar ...
(ivana)

Abarco o sentimento
Embarco neste sonho
Meu barco no teu cais
Um marco que se dá
Amar quase infinito
Amares em marés.
Somar e ser teu mar.
Publicado em: 05/03/2008 22:55:34
Última alteração:22/10/2008 15:21:51



AMAR VOCÊ
Nos amamos,
entre o sagrado e o profano,
o pecado e a benção ...

(ivi)

Quando te vejo, amada, fico louco,
Começo imaginar coisas de amor...
Desnudo tua roupa pouco a pouco
Em minha fantasia, nosso ardor...

Imagino nossos corpos no entrelace
Que traz tanta alegria, no prazer,
Nos rumos mais divinos que se trace
Amor tão infinito em nosso ser...

Vagando nesse mapa, lentamente
Decoro cada rota, vales, montes,
Desvendo esses segredos totalmente,
Bebendo dos prazeres nessas fontes...

Assim vou conhecendo os teus desejos,
Usando como guia os nossos beijos...
Publicado em: 26/03/2008 23:18:58
Última alteração:21/10/2008 20:32:29



AMAR VOCÊ
De todos
os deleites sinuosos
de tua provocante mente,
o que aperta teu corpo
sobre mim prevalece ...

Suor destilando
gotas veneno
sobre o prazer
que o nosso íntimo
estremece ...
(ivi)


Em busca da pantera dos seus sonhos,
Corcel desesperado alça um vôo
Por sobre tantos mares mais risonhos,
Os sonhos do corcel, cedo eu perdôo...

São sonhos como os meus, minha querida,
Envoltos em total ansiedade...
Esqueço destes males, salvo a vida,
Aguardo tanto sonho, liberdade...

Amor como nas tramas mais sutis,
Não cabe mais nos sonhos do corcel,
Que em toda sua vida sempre quis
Alçar um manso vôo pelo céu...

Pantera mostra as garras delirantes
Amor doma o corcel bem cedo e antes...
Publicado em: 29/03/2008 17:48:53
Última alteração:21/10/2008 20:36:09



AMAR VOCÊ
Menina tão sapeca
Fazendo um coração
Parece adolescente
Na primeira paixão...

Amar é bem gostoso,
Isso eu nunca neguei
É fogo que acendendo
E nele me queimei...

Beijar a tua boca,
Carinhos nos teus seios...
Cuidado.... vem alguém...
Não tenha mais receios...

Quietinhos, no arvoredo,
Depois no matagal...
Um toque audacioso
Sem medo e sensual...

Depois veio teu pai
De manso, de repente....
Varada de marmelo
Deixando amor ardente..
Publicado em: 02/04/2008 13:36:34
Última alteração:21/10/2008 16:50:17


AMAR VOCÊ
E
no meu regaço
pousarias
teu cansaço ...

Adormecendo,
amando ...
(ivi)

Montado no cavalo da ilusão
Entrando em teu castelo, em teu destino,
Recebo a baforada da emoção
Ao ver-te ali deitada, me alucino!

Vencendo, do castelo, estas defesas,
Invadindo teu quarto, nos umbrais,
Nas formas tão sutis delicadezas,
Desnudo-te no olhar e encontro a paz.

Princesa adormecida, te encontrei,
E quero me entregar aos teus delírios,
No leito da princesa, hoje sou rei,
Nossas batalhas nunca têm martírios.

Cavalgas mansamente teu corcel,
E loucos, nossos sonhos vão ao céu!
Publicado em: 05/04/2008 11:11:50
Última alteração:21/10/2008 17:02:00



AMAR VOCÊ
Vem,
me faz
toda tua,
que farei tudo
o que quiseres ...
(ivi)


Açodam-me as vontades mais audazes
De ter uma estrelar constelação,
Desejos que se mostram mais vorazes
Permitem devorar, sofreguidão,

Ao mesmo tempo sei que são capazes
De trazer a total transformação
Deixando para trás dias mordazes
Estrelas salpicando em meu colchão.

Teu vulto passeando pelo quarto
U’a sílfide fantástica, um colírio
A quem imaginara ser delírio

Amor que me fizesse pleno e farto,
Agora uma tristeza eu já descarto
Legado ao meu passado, um vão martírio...
Publicado em: 05/04/2008 20:16:42
Última alteração:21/10/2008 20:17:07


AMAR VOCÊ
Andando bar em bar
Nas praias, nas areias
Na lua que virá
No fogo em que incendeias...

Fazendo nosso ninho
Nas ruas e nos bares
Debaixo das marquises
Os braços dos luares.

Vencendo a timidez
Fazer amor na praia,
Beijando tua boca
Tirando tua saia,

Depois, extasiados,
Cobertos pelos astros,
Sem nem deixar pegadas
Ninguém verá meus rastros

Sedentos nossos corpos,
Na entrega mais devassa,
Depois de amor bem feito
Dançarmos nus na praça...

E assim amanhecendo
O sol nos espiando,
A vida se refaz
E nós, de novo, amando...

Publicado em: 07/04/2008 06:54:15
Última alteração:21/10/2008 19:57:17




AMAR VOCÊ

Ao teu cuidado,
jardineiro amado
floriu bela rosa
enfeitando o jardim...

Na efemeridade,
de curta existência,
doa-te amor em essência...
Assim, concentrado...

Toda perfumada,
já nada lhe resta,
que tornar em festa,
teu amado olhar...

Oh! Vem te encantar
enquanto vida houver...
Que ao sol crespuscular,
u´a lembrança será!

Amor em sua essência
Se mostra mais humano,
Em toda uma existência,
Num verso soberano,

Amor se faz clemência
Impede o desengano.
Pedindo paciência,
Refaço cada plano

E tenho uma certeza
De ser bem mais feliz,
Tomado por beleza

Em tuas mãos gentis,
Encontro na princesa
O que sorte prediz...

ANNE MARIE
Marcos Loures
Publicado em: 23/06/2007 15:43:20
Última alteração:05/11/2008 20:54:24


AMAR VOCÊ


Dormes...tranquilo..
A mim...a insónia...
Castiga-me...mantém-me acordada...
Mas gosto de te ver assim...
Abandonado ao meu olhar...
Encosto-me mais a ti...
Suspiro profundamente...
Num desejo invejoso de
que o sono me transporte
até ao mundo dos teus sonhos......................

Sentindo esta delícia de poder
Deitar ao lado teu me faz feliz.
Depois da nossa noite de prazer,
Vontade de acordar e ter teu bis.

Desfilas nos meus sonhos, tanto eu quis,
Que agora me envolveste sem saber
Mostrando toda a glória de viver
Além do que pensara, e que já fiz.

Transporto o pensamento num instante
Deitando meu amor, amada amante,
Abandonado estou ao teu olhar.

Desejos invadindo a madrugada,
Envolto nas vontades, na mirada
Sentindo-me por certo a flutuar...

MARTA TEIXEIRA
Marcos Loures
Publicado em: 30/06/2007 12:40:52
Última alteração:05/11/2008 20:26:19




Se os dias entristecem
Nas tardes eu prossigo
As dores já se esquecem
Quando encontrar abrigo.

Apenas, de repente
O que já fora triste
Se mostra renitente
Porém logo persiste

E volta neste instante
A ser um canto leve,
Quem fora mais constante
Se torna assim tão breve.

Eu vejo que inda tenho
Um resto de esperança
Bastando ter empenho
Que a noite inda se alcança

Nos braços da morena
Na boca em coração,
A sorte que se acena
É feita de ilusão.

Aguardo uma resposta
Que traga uma certeza,
A mesa já foi posta
Só falta a sobremesa..
Publicado em: 30/07/2007 14:41:00
Última alteração:23/10/2008 20:36:29



AMAR VOCÊ

Tu dormias, mansamente,
Sonhando tão calmamente
Nesta mais bela visão
No frescor do respirar,
A beleza de encontrar
Amor, tamanha emoção!

Tantas vezes que sonhara,
Poder encontrar minha cara
Tranqüila note de sono,
Na placidez infinita
De tanto amor que me excita
Deitada em seu abandono...

A minha alma embriagada
Nessa tua alma enfeitada
Fazendo um verso sem fim,
Um dueto mais perfeito,
Amar é estar satisfeito,
Te encontrar tão bela assim.

Ao te ver eu não dormia,
Nada mais eu conseguia
Só pensar no meu desejo
De saber do teu amor,
Me levas por onde for,
Minha boca quer teu beijo..

Nessas espreitas, sem medo,
Sem temer qualquer segredo,
Amor cedo me conquista,
Não me deixa um só momento,
Superando esse tormento
Fazendo a vida bem quista.

Agora que o tempo passa
Que todo amor não disfarça
Que te quero sem temer
Em volta desta fogueira
Vou te amar a noite inteira,
Emoldurar meu prazer...

E sinto que não termina,
Amor que tanto domina,
Não te esqueço mais querida
Eu quero te dar meu canto,
Vibrando com teu encanto,
Sonhando com nossa vida!
Publicado em: 12/08/2007 06:25:12
Última alteração:23/10/2008 20:36:55



AMAR VOCÊ

Eu te quero do jeito que és
Com os cabelos soltos
Ou mesmo presos,
Com sorriso nos lábios
Até emburrada.
Fazendo charme
Ou me xingando.
Até dormindo
Mesmo em pesadelos
Convulsos.
Com o perfume da rosa
Ou com o mau hálito matinal;
Com o mais belo vestido
Ou, principalmente,
Totalmente desnuda...

Eu gosto dos teus defeitos,
O que dirá das qualidades.

A mania de arrumação,
A neurose obsessiva,
Até, por que não dizer?
Da tpm mensal.

Aprendi até a gostar da minha sogra...

Quem diria.
Mesmo que, possa parecer efeito colateral,
Para mim é apenas um apêndice
Que encanta mais
Este mosaico maravilhoso
Que dorme comigo...
Publicado em: 16/08/2007 09:43:14
Última alteração:23/10/2008 20:37:38


AMAR VOCÊ

Nosso amor vou desfrutar
Em lençol de seda e ninho
Vou chegando devagar
Te beijando de mansinho,

Um beijinho em tua nuca,
A lambida no pescoço,
Você diz: Fico maluca,
Mas amor, é um colosso!

Sem ter medo vou audaz,
Em teus cabelos, meneios
Minha boca mais voraz
Vai pousando nos teus seios.

Meu amor não tem pecados,
E não suporta uma intriga
Tantos beijos serão dados
Com cosquinha na barriga,

Depois disto amor, querida
Pode falar que eu não ligo,
A minha língua atrevida
Vai chegando em teu umbigo.


No teu pé tão delicado,
Mil carinhos; vou fazer,
Nosso amor, sabe o recado
Tanta coisa por dizer.

Nossas noites são eternas
E gostosas como o quê
Vou beijando as suas pernas
Paraíso então se vê

Os caminhos que percorro,
Vão ficando mais vermelhos,
Meu amor pede socorro,
Ao chegar aos teus joelhos.

A paixão tem muitas flores,
Vermelhas brancas e roxas,
Mas eu sei dos seus pendores
Quando chego em tuas coxas.

Amar é seguir decerto
Toda a beleza das trilhas,
O caminho estando aberto
Quando alcanço estas virilhas...

O resto bem que eu queria
Nestes versos declamar
Mas a censura esvazia
Já não deixa eu mais falar.

O que importa, minha amada,
Nos versinhos que eu te fiz,
É saber que nesta estrada
Eu te faço mais feliz!!!!
Publicado em: 08/09/2007 19:15:03
Última alteração:23/10/2008 18:18:34


AMAR VOCÊ

Uma infinita e cintilante estrela
Vestida da nudez mais desejada,
Roubando desta noite cada brilho,
Num estribilho mostra-se em desejos.
Devoro cada poro deste corpo,
Meu porto onde eu aporto cada beijo.
Salivas se misturam em promessas.
As coxas tão roliças, as cobiças,
Virilhas, movimentos mais febris,
Quadris que já rebolam sobre mim.
Ser feliz? Tuas bocas carmesins...
Publicado em: 19/09/2007 19:59:30
Última alteração:23/10/2008 18:23:16


AMAR VOCÊ

Quando vejo teu corpo divinal,
As tardes passam sempre mais felizes...
As dores esquecidas num bornal,
Escondem-se fugindo, más atrizes...
No teu rosto, manchetes de jornal,
As cores do universos, seus matizes...
Pergunto ao vento: Posso te encontrar?
Me respondendo, aponta pro luar!

Quando te percebi, voavas livre...
Meus olhos reflexivos, te buscaram.
De todas essas coisas que já tive,
As horas te esperando não passaram...
O amor que de teimoso, sobrevive,
Nasceu quando meus olhos te encontraram...
Voavas pelos céus qual fosse um anjo;
Na vida sempre quis o teu arranjo!

Fortuitas madrugadas, passo cego.
Na busca violenta e sem demora...
Os mares que não sei, nem os navego,
A vida me parece, vai embora...
Procuro e satisfaço, um atroz ego;
Minha alma, num suplício, vem e chora...
Os dedos que desfiam esse canto,
Acariciam t’a boca e teu manto!

Melindras meus amores com teu riso...
As forças da natura sempre invejam...
Pois quando ris, tão bela e sem aviso,
As tempestades loucas já trovejam.
Comemoram teus lábios tão precisos,
Amores mais divinos, pois, farejam...
Quem dera não tivesse mais tristezas.
Te traduzir beleza em fortalezas...

Foste íris, pupila, até retina...
Sem te ter, para que saber do mundo?
A luz que me irradias, cristalina,
O céu que te concebe é mais profundo...
Azulejas meus dias sem rotina,
De ternuras sem fim, então me inundo...
És maciez de pêssego querida.
As tuas mãos acalmam minha vida!!

As vagas estendendo os seus abraços,
Encontraram –te linda como a lua...
E rasgaram, ferozes, os espaços.
Sem saber que essa vida continua.
Então vens, apertando os velhos laços,
Uma deusa caminha pela rua...
Sempre serás, revives Afrodite,
Nova estrela brilhando no Zenite!
Publicado em: 27/09/2007 16:14:13
Última alteração:23/10/2008 18:26:24


AMAR VOCÊ

A minha alma, tristonha caminheira,
Buscando pelos passos de quem amo...
Nas endeixas perdida por inteira,
Nos braços de quem peço, triste clamo...

Como a criança sofre com os medos,
Os gozos que persigo atemorizam...
Nas vezes que persigo seus segredos,
As dores de minha alma traumatizam...

Pomba rola que voa sem destino,
O pântano que me deste de presente,
Causando em mim, perjuras, desatino,
O nada que se perde, nem pressente...

As noites sem sentido, são mundanas,
Os beijos que teimei foram ocaso,
Tais marcas de veneno que me empanas,
São formas de viver simples acaso...

A noite que mendigo é tão aflita,
Perdido nesta mata, neste bosque...
No peito silencioso a alma se agita,
Nas noites tanta perna que se enrosque...

Minha alma, empedernida, não se acorda,
Dos sonhos que alucinam meus sentidos...
A borda do que somos, perde corda,
Os montes que vivemos, dos olvidos...

Minha alma, procurando pelo alvor,
Destila toda cor de bela aurora,
Trepida, procurando por calor,
A vida que me deste foi embora...

Quebrado todo o pote, foi-se o doce,
As pombas que cantaram, seu arrulo,
Quem dera que restasse nunca fosse
Amor que me encantava, já não bulo...

Ouvindo toda noite tal soluço,
O canto das cigarras não se imita,
Nos trotes do cavalo, rocim, ruço,
O peito tartamudo louco, grita...

Procuro por passagem neste porto,
Espero conseguir um novo pouso...
Um resto de sentido queda morto,
Das tétricas saudades, sou esposo..

A porta que fechaste, gemedora,
Não pode nem sequer por isso chora,
A mão que me carinha, redentora,
Olhar que agora lanço, já te implora...

No meio de tristezas tudo somo,
No seio desta noite, pleno breu,
O mundo se ilumina deste assomo,
O tanto quanto amei já se perdeu...

Perdendo meu sentido e toda a calma,
Pressinto renascerem ilusões,
São falsas e disfarçam a minha alma,
Sentidos e promessas, ilações...

Quem dera tanto amor de duas vidas,
Não fosse de repente assim fanado...
As marcas que me mostram despedidas,
Percorrem sem destino os feros fados...

Quem duvida não pode nem quer crer,
Amar um triste jogo, perigoso,
Mesmo que ganhe, sempre vai perder...
A mão que te machuca te dá gozo...

Exclama tempestades sempre já...
Nunca espera nascerem novas folhas,
A lua que brilhou não brilhará.
As rosas que espreitaste não recolhas...

As páginas que tanto foram lidas,
São restos do que vida, já se foram...
Carinhos que me deste, despedidas,
Os medos qual foguetes, sempre estouram...

As dores que me urtigas são remotas,
As noites que me levas são chorosas,
De tanto que sonhei perdi as cotas,
Amar sempre traduz, maravilhosas...

Quem dera dedicar todo meu canto,
A vida se resume em gesto nobre,
Minha alma vai buscando teu encanto,
O medo da saudade já me cobre...

Num vale dolorido, amor desmaia...
Na pantomima mímicas venais,
A calmaria foge desta praia,
Os olhos embotados, nunca mais...

Não quero nem permito tantas queixas
Do coração que bate nova plaga,
Misturam-se desejos com as gueixas,
A forma de viver tudo, me alaga...

Amar que me pergunta sempre e quando,
As pétalas desfeitas nunca beija,
Nos sonhos que produzes, mergulhando.
A cama se demora e não deseja...

Levanta sutilmente a tua saia,
Sem perceber, audaz, a noite avança...
Deitados envolvidos nesta praia,
Amantes se desnudam, tanta dança...

A vida por tristezas vai banhada,
Nos medos que deixei restaram prantos...
A calma se transtorna, desolada,
Nosso sexo invadindo sob os mantos...

Amor que se delira com afinco,
Na mata penetrante mais escura,
Recebo com delícias o teu brinco,
Amar-te é consumir toda a ternura...

O medo de morrer já me levou
Às margens do que fora um triste rio...
Meu pranto que, de espanto, já nevou,
Derrama sobre tudo um canto frio...

Minha alma de ternuras ressuscita
Palavras que jamais compreendi,
Rompendo meus sinais, resume a fita,
Minha alma vai perdida em mim, sofri...

Minha alma de rancores violentos,
Por céus penetra, infinda, como o medo...
Os campos que conhece, são sedentos,
De tudo quanto tive, um arremedo...

Viscerais tempestades me envolveste,
Minha alma seduzida nunca está
Amar por tantas vezes, inconteste,
Um barco que jamais navegará...

Vasculho por sinais, felicidade,
Esmago qualquer forma de sofrer,
Não peço paciência, veleidade,
Minha alma, nos teus braços, quer viver...

Agora que não tenho solução,
Espreito meu caminho nos penedos...
Aberto sempre deixo o coração.
Carinhos que te faço com os dedos...

Mortalhas que vesti são meus delírios,
Os prados que visito são falsários...
No fundo o que resta são martírios,
Tal qual corvo imitando esse canário...

Nas fimbrias do vestido que desnudo,
Nos pátios destas casas que freqüento...
Não quero teu amor, mas quero tudo,
Montanha que resiste a todo vento...

Dedico minhas noites a minha alma,
O beco que te dei não tem saída...
A boca que me beija sempre acalma,
Resumo a minha alma em tua vida.
Publicado em: 28/09/2007 22:55:37
Última alteração:23/10/2008 18:28:26



AMAR VOCÊ

Cobra coral, coralínea praia,
Desfaço meus passos e não te vejo.
Andrajoso caminheiro sem coragem.
A margem esquerda do riacho,
Acho que não posso te esquecer...
Ver o mar vencerá quem quiser...
Quem me quer, mal me quer, quem puder
No meu manto, canto, encanto e cantochão.
Cara a cara com a rara formosura, se mensura
A brandura na ternura, terna cura que não doura
Na madura moldura que me dás.
Remedas as ondas e as árduas amarguras...
Nas volúpias, cópulas e cúpulas. Apaziguas...
Te quero vencido e vencedor, vencer a dor,
Vendeta e colheita, completa sedução.
Rastelo e castelo, somos mar e cordilheira,
Girassol e contratempo, carisma e solidão.
Sempre te procuro, mata escura, candura
E carnaval...
Pierrô, colombina, se combina tantas diversidades.
Cidades e províncias, vícios e santidade...
Princípios e terminais. Umbrais e porões.
Multidões..
Me mutilas e te espreito, és meu peito e meu pendão.
És meu sim, sinônimo do não.
Acordes sem acordos, acordeão.
Varizes e valores, vinis e venais vergões.
Vértices e abismos, paris e lirismo, istmo e atol.
Mesmice e repertório, veleiro e velório.
Insone e opiácio, pirão e pescaria.
Temor e meio dia, melodia e melancolia...
Matagal e mataria, manto e montaria,
Fogaréu e afago, ganho e derrocada.
Cada parte e multidão.
Serva sem sermão, sertão e serenata.
És a minha nata e sabiá, catarei teu canto e cantoria.
Autor áudio, auditoria, marte e sereno.
Vaia e veneno, versos e complexos comparsas, persas, praças, asas, asas, as, a...
Publicado em: 01/10/2007 11:18:42
Última alteração:23/10/2008 21:07:33



AMAR VOCÊ

Meu canto em pleno amor vai comovido
Semeia uma esperança em chão tão duro,
Depois de tantos anos neste olvido,
Depois de andar caminho em treva, escuro,
Aos céus o meu cantar vai decidido,
Trazendo um sonho breve, leve e puro,
Amar você é ter a glória rara
Da jóia mais divina que encontrara...
Publicado em: 09/11/2007 21:09:32
Última alteração:23/10/2008 18:55:41



AMAR VOCÊ


No vértice dos sonhos
Estrelas e cometas
Verdades esquecidas
Num jogo sem vitórias
Amar e ser feliz
Sublime pensamento
Que o tempo feito em vento
Depressa já dispersa
E deixa o gosto amargo
Do quanto que não fora
Do jeito que não veio
E o barco naufragado...
Publicado em: 08/12/2007 16:18:45
Última alteração:23/10/2008 17:37:18


AMAR VOCÊ

Quando pensas que estás mais solitária
Não sabes que jamais estarás só.
Não precisas pedir, não terei dó,
A vida sempre foi tão solidária

E nunca percebeste, num segundo,
Que tudo que clareia pede lume,
Que toda bela flor, em seu perfume,
Traz a felicidade deste mundo.

Mendigas por carinho, não me importo.
O rosto que se vira, tua meta.
Se queres tua vida mais completa
Não venhas ao meu colo como um porto.

Vencido por flagrante desespero,
Vagueio no universo sem parada
A noite se dizia enluarada
Não me trouxe sequer um só luzeiro...

Vestido das estrelas sem juízo
Percorro siderais desilusões
O mundo das eternas amplidões
Negou a quem sonhou um só sorriso.

Os mantos que me deste, tempestade,
Carrego e não desfilo pela vida.
A rua me demonstra a despedida
Meu barco já naufraga, realidade...

Não vejo mais futuro; em desencanto
Espreito pelo salto da pantera.
As presas afiadas desta fera
Meus ossos se quebrando sem espanto.

Não quero mais saber deste teu choro.
A tua solidão ofende quem
Desesperado pede por alguém
Que jamais percebeu que eu tanto imploro

Pelo beijo, carinho e mansidão
Pela noite maviosa, enluarada
Parece que não vê, sou quase nada.
Não demonstra a menor satisfação

Mas perceba que existo companheira
Eu amo-te não vês que estou aqui?
Teu mundo no meu sonho já perdi
Espero teu amor, a vida inteira!
Publicado em: 11/12/2007 07:19:03
Última alteração:23/10/2008 09:40:56


AMAR VOCÊ


A noite a descer
Um desejo gritar
O peito a arder
Alma a alardear...

Te amar, beijar
Em rito solene
A ti me entregar
Perdida, sem leme...

Em ti naufragar
Em mar de prazer
Sem hora, sem mais
Em ti me perder...

Amor que se permite essa emoção
De ser o menestrel do sentimento,
Receba esse meu canto em oração,
Palavras que não são soltas ao vento...

São mansos como a noite, estes meus versos,
Pois sabem dos amores que mais sinto,
Vividos pelas noites, vão dispersos,
Bebendo nosso amor, que é doce e tinto.

As rimas que produzo sempre falam
De tudo que se vive, sendo puro.
Amores que no peito nunca calam,
A cada novo canto, novo apuro...

Amor tão perolado que rebrilha,
Em cada novo sonho, maravilha...

ANA MARIA GAZZANEO
ML
Publicado em: 13/12/2007 21:00:22
Última alteração:23/10/2008 08:26:05



AMAR VOCÊ



Olho...
Por cima do ombro..
Para ter a certeza..
De que me segues...
Perguntas nesse olhar...
Desejos contidos...
Apesar do cinzento do dia..
Chamas, calor...
Sedução pura...
De quem...ardentemente
O deseja...............


Eu quero o teu carinho, e não me canso
De cada vez mais firme procurar
O sonho em que perceba este remanso,
Gostoso de viver e desfrutar.

O coração batendo calmo e manso
Procura nos teus braços descansar.
Paraísos contigo eu sempre alcanço,
E sonho com delícias deste mar

Do amor que se mostrou ser mais capaz
De ter a solução para os problemas,
No riso mais feliz decerto traz

Riqueza que se encontra em raras gemas,
Amor que assim nasceu, em tanta paz,
Rompendo do passado, estas algemas...

MARTA TEIXEIRA
ML
Publicado em: 15/12/2007 15:02:24
Última alteração:23/10/2008 08:53:15



AMAR VOCÊ

Entre risos
e loucuras
tão gostosas
eu te amo
em carícias
as mais fogosas.
Tu és para mim
o doce abrigo
que me acolhe
nos momentos de perigo.
Já não vivo
sem teu beijo
e meu desejo
é perder
por inteiro
o meu juízo.
Nem me importa
se alguns
me julgam louca
pois é quando
eu encontro tua boca
que diviso
os portais do Paraiso.

Só quero esta delícia de querer-te
Poder ter teu carinho e te abraçar;
Meus braços em teus braços, envolver-te
E sempre que puder, poder te amar...

Me nina se quiseres, meu amor,
Menina, se quiseres, sou feliz.
Eu quero esta beleza, mansa flor,
Fazendo-me, do amor, um aprendiz...

Eu quero o vento doce do cerrado
Trazendo uma esperança pro meu canto.
Quem dera se por ti eu fosse amado,
Quem dera inebriado em teu encanto,

Meus versos não seriam mais tristonhos,
Meus sonhos, sem temor, bem mais risonhos!

HLUNA
ML
Publicado em: 16/12/2007 15:16:43
Última alteração:23/10/2008 08:54:30


AMAR VOCÊ

Riem-se de mim....
Por oferecer o meu rosto ao sol....
Apesar do frio intenso...
Aproveitar o calor que resta...
Enquanto não se despede de nós...
Porque é 2ª Feira...
Só à noite estarás comigo...
E o teu calor....a mim...
se comunicará...


Amor quando em amor desequilibra
E finge que se vai mas nunca vem,
Mas quando meu amor, por certo, vibra,
Aguardo em tantas ânsias, por alguém.

Que teme ser amada por quem sou
E mata uma emoção em pleno aborto.
Se tramo meus destinos, onde vou,
Procuro calmaria no teu porto.

O medo te tomando, cara amiga,
Impede que tu sonhes com firmeza.
A noite se aproxima e não periga,
Mas foges desta forte correnteza.

Amar quem tanto quis, já me parece,
De tanto amor que tens, amor padece...

MARTA TEIXEIRA
ML
Publicado em: 17/12/2007 20:47:45
Última alteração:23/10/2008 08:56:08




AMAR VOCÊ

Beleza desta aurora que procuro
Em cada novo verso, mais exalto.
Aos olhos mais sensíveis se evapora
E traz o nosso amor, em sobressalto.

Eu sinto qual dilúvio de prazeres
Que invadem meus sentidos, sem parar.
Um mundo de esperanças sempre traz
Aurora tão bonita vai chegar...

Acima deste monte todo azul,
Em tão belo horizonte, fronte e céu...
Viaja o sentimento sem descanso,
Amor que tanto queres, sou corcel.

Esqueça tantas mágoas, que se ergueram,
Esqueça tantas águas, foram turvas,
Depois de tantas nuvens, negras nuvens,
Prazer que se transborda em tantas chuvas.

Eu quero caminhar por sobre as dores,
Se fores tantas flores que preciso.
Amor em todo sonho mais bonito,
Deitar devagarinho: um paraíso!
Publicado em: 19/12/2007 14:43:25
Última alteração:23/10/2008 08:58:15



AMAR VOCÊ



Surpreendo-te...
Gosto...
Fingir que não te sinto...
Não ouço os teus galanteios...
Esconder-te o sorriso...
A vontade de,
novamente contra mim...
Te apertar....
E amar-te....


Na noite desta estrela maviosa
Que brilha como um sol dentro de mim,
Perfunde o coração, perfume e rosa,
Trazendo a luz solar que quero, enfim...

Eu sinto que este raio que me queima
Se faz tão radiante que devora...
Perdoe, meu amor, por tanta teima
Minha alma em tua alma se decora.

Se noite, sou soturno passarinho,
Que tenta corujar nossos desejos.
Se esqueço tanta vez do nosso ninho,
Aguardo a sensação dos quentes beijos.

A lua tantas vezes, cor de prata,
Espera o quente sol, ardendo a mata...


MARTA TEIXEIRA
ML
Publicado em: 19/12/2007 17:57:49
Última alteração:23/10/2008 08:58:58



AMAR VOCÊ



-Falar de amor... Às vezes eu me ponho
E nas tramas do verso me embaraço,
Pois se ele é a realidade, é também sonho
E sonho não se exprime, neste espaço.

Da inútil tentativa me envergonho
Ao ver tão limitado este meu passo;
Mas se a pensar, em tempo, me disponho,
Não posso lamentar o meu fracasso!

Pois sendo o amor, um puro sentimento,
Melhor senti-lo em vibrações febris
Que buscar descrevê-lo, como tento.

E se ele a vida inteira contagia,
Quem tem amor, consegue ser feliz
E ser feliz, também é Poesia...

E poesia intensa, leve e pura.
Nos versos que me embalam, nosso amor;
Que em meio a tanta dor me traz a cura,
É vida que renasce em bela flor...

Falar do sentimento que te trago
Nas mãos tão machucadas por espinhos.
Embora calejadas, meu afago
Virá na mansidão dos meus carinhos...

Sentir o meu amor, viva explosão,
Tomando, sem segredo, todo o mar,
Alaga de esperanças, o sertão
Criado pelo medo de te amar...

Falar de amor... Meus versos não se cansam,
Os sonhos, liberdade, sempre alcançam...

Marcos Coutinho Loures
Marcos Loures


Publicado em: 30/12/2007 07:49:01
Última alteração:22/10/2008 21:31:04





Amor gostoso se faz quietinho.
Mineiramente...
Que somente as paredes do quarto
Sejam nossas testemunhas
Bem que eu queria te fazer uma serenata.
Lua cheia...
Mas tenho medo de acordar
A vizinhança ,
A criança
A cobiça
E a inveja
Além do desejo
Do vizinho folgado
Da moça mal amada
Da comadre faladeira...
Deixa quieto
Bem quieto...
Abra o coração
E a janela...

O resto?
Deixa que a gente,
Na hora sabe o que fazer...
Publicado em: 08/01/2008 12:39:11
Última alteração:22/10/2008 19:36:46


AMAR VOCÊ
Estrela matutina radiante
Estás dentro de mim, a cada instante.
Mulher de brilho raro e riso franco,
Eu quero o teu querer sem mais perguntas
O dia do teu lado, claro, branco.
As mãos que se procuram, almas juntas.
Publicado em: 10/01/2008 20:14:11
Última alteração:22/10/2008 19:42:41



AMAR VOCÊ

Eu quero, com certeza
Beber mel e garapa,
E pode me esperar,
Pois você não escapa.

Vou dar um belo trato,
Fazer um cafuné,
Carinho tão gostoso,
Beijinhos no seu pé.

Acendo esta fogueira
Que nada mais apaga,
Vem logo que eu espero,
Seu poço já se alaga...

Não deixo pra depois,
Eu quero tudo agora,
Pois sei, se me provar
Não quer mais ir embora.

Amada nunca deixo
Luar morrer à míngua,
Nos raios resplandece,
Na ponta desta língua...
Publicado em: 02/02/2008 17:22:01
Última alteração:22/10/2008 16:47:02


AMAR VOCÊ
Não sei por que ciúmes
Tu tens, já que te quero.
Deitado no meu quarto,
Querida eu sempre espero

Carinhos abusados,
Vontades sem receios,
Beijinhos e carícias
Que eu derramo em teus seios...

A vida prometida,
Em noites tão eternas,
As mãos vão deslizando
Nos vãos de tuas pernas

E encontram doce mina
Aonde eu me esbaldar
De toda esta delícia
Que quero desfrutar.

Do mel onde lambuzo
Até perder sentidos,
Percebo quanto gostas,
Ouvindo os teus gemidos...

Bem sabes quantas vezes
Vagando no teu leito
Deixei-te satisfeita
Estando satisfeito....

Publicado em: 03/02/2008 20:27:05
Última alteração:22/10/2008 16:46:12



AMAR VOCÊ
Amar-te depressa
Querida, eu já vou,
A manhã nasceu
O sol já raiou

Não deixe que a vida
Te afaste de mim,
Tu és meu caminho
Feliz sou, enfim.

Tirar tua roupa,
Beijar devagar,
Com tanta volúpia
Prazer vou te dar.

E quero sem pressa
Sem medo de nada,
Na cama, no quarto,
Pele desnudada,

Vestida em desejo
Coberta de mel,
Vagando na cama
Encontrei o céu.

Calor que nos toma
Um sol sem pudor,
Com lubricidade,
Fazemos amor...
Publicado em: 03/02/2008 22:08:06
Última alteração:22/10/2008 16:45:44



amar você
Caminhando sem medo em mansos passos
Nos cantares suaves das sereias,
Trazendo dos desertos as areias
Que nada neste mundo me levou.
A terra dos amores, abre em fendas
Tragando toda a dor que desespera,
Amores incrustados nessas lendas
De tudo o que tivera mal restou...

Se fomos tão distantes hoje perto,
Envoltos na esperança que carrego
Amor quando sincero nunca nego,
Demonstra, qual espelho, o que já sou.
Um velho navegante sem destino,
Um canto em desafio, bem mais forte,
Não temo assim te amando, nem a morte,
Por todas as estradas donde vou...

Querida não se esqueça que te adoro,
Em versos que te faço, todo o mundo,
Que tramo no meu peito vagabundo,
Sabendo qual o cais onde aportou
O barco da esperança, meu parceiro,
Amada te desejo, sem cobranças,
A vida se promete em novas danças,
Em todos os meus sonhos, onde estou...

Vencemos todo o mal que sempre traz
A noite desdenhosa onde se alcance
Os olhos da quimera, num relance,
Pois tudo o que sofremos já passou...
Não deixe que transtorne essa viagem
Por mares e caminhos tão diversos,
Dedico com ternura tantos versos,
A quem, na vida inteira, nunca amou...

Encantam-me talvez os teus espinhos,
Beleza radiante desta rosa,
Quem sabe que, por isso, tão vaidosa,
E finge que nem sabe mais quem sou.
Um pobre beija flor busca na tarde
Amor que sempre pensa estar consigo
Mal sabe dos espinhos, do perigo,
Sem asas sua rosa não voou...

Quem sabe poderá talvez um dia,
A flor criar coragem e voar
Depois de tanto tempo sem sonhar,
A rosa percebendo quem cuidou
Das pétalas sangrantes que levava,
Perceba o colibri esfuziante
Que quer de toda forma ser constante
Da rosa que o amor despetalou...
Publicado em: 10/09/2008 20:32:57
Última alteração:17/10/2008 14:46:35



amar você
Quando encontrei em ti tal formosura
Que sempre invade a vida, uma ternura;
Deixando o sentimento satisfeito
A vida se tornando menos bruta
Amar passando a ser total direito,
O canto da alegria já se escuta...

A luz de imenso brilho, tão precisa,
Num gesto mais tranqüilo, calma brisa...
No peito um batimento acelerado,
Quase se arrebentando num estouro.
Dizer deste momento apaixonado,
Amor é com certeza, o meu tesouro...

Não falha o pensamento mais preciso,
Que trama com certeza, um paraíso...
Eu sinto estar feliz por ser cativo,
Eu sinto uma alegria em forte chama;
Da dor que me ilumina, sempre vivo.
Amor que é redenção, tanto me inflama...

É força que comove e me sustém
Sem ele sobrevivo e sou ninguém
Sustento que me nega a refeição
É rumo que me perde e que redime.
É lastro que me traz elevação,
Demais tanto me salva e me deprime!
Publicado em: 11/09/2008 09:03:52
Última alteração:17/10/2008 14:51:37

AMAR VOCÊ
Amar tem merecer, tenha certeza,
O rumo que esperança traz, o norte
Depende desse amor sereno e forte.
Em todo seu vigor, a fortaleza.

Quem pena pela vida, sem saber
O quanto é necessário, sim, amar
Confunde luz do sol com o luar
E passa pela vida a se perder.

Amor traz mansidão, é como a lua,
Nos raios que se entornam, maciez.
É clara e traz doçura de uma vez,
É leve e nos seus raios se flutua.

O sol, que nos queimando, sem perdão,
Nos raios violentos, queima tudo.
Coração assustado fica mudo
Envolto nesses raios da paixão!
Publicado em: 14/09/2008 19:17:52
Última alteração:17/10/2008 14:59:42



AMAR VOCÊ
Amor que tortura
De noite na cama
Que apaga essa chama
Faz a noite escura
Maltrata demais
Não deixa que eu ame
Nem quer que reclame
Já não satisfaz.

Amor que maldito
Me trouxe veneno
Amor tão pequeno
Me deixando aflito.

Não vê que te quero
Morena faceira
Minha vida inteira
Em ti me tempero
E perco o juízo
Não foste bondosa
Perdi minha rosa
Cadê paraíso?
Publicado em: 16/09/2008 12:56:26
Última alteração:17/10/2008 13:48:26



AMAR VOCÊ
Minha infinita amante, minha amiga
Os nossos corações em sincronia
Caminham perseguindo a poesia
Que tanta fantasia em mim abriga.
Encontros, desencontros, alegria,
Verdades e mentiras, sintonia.
A mansa mão do amor nos desobriga.

Quando em nossa nudez, te vejo inteira,
Percebo nos teus olhos, meu desejo.
Querendo desfrutar me dê teu beijo,
E vamos viajar na verdadeira
Emoção que, trazendo um realejo
Revive nossa sorte no versejo
Vívido desta tarde costumeira.

Espero teu carinho com ternura,
E tantas harmonias sem pecado.
Amiga meu amor por ti amado
É feito de desejo e de brandura
Sentido teu caminho, nosso fado,
Vivendo sem certezas ao teu lado,
Penetrando em teu corpo, mata escura...

Teu sexo vasculho, sem pudor.
Pressinto teus orvalhos em meus dedos.
Amores e delícias, os segredos,
Vertendo nossos gozos, fruto e flor.
Tecendo das venturas, os enredos,
Mergulhos da amizade em pleno amor!
Publicado em: 20/09/2008 20:27:54
Última alteração:02/10/2008 20:25:17



AMAR VOCÊ
Não quero amor mal disfarçado
Em palavras polidas;
Versos frágeis.
Quero a tépida mulher
Rolando em minha cama,
Abrindo o paraíso
Em formas sensuais.
O amor nos botequins
Em tramas e delitos
Pecados quando à vista
São feitos sem ter prazos.
Muito menos nexo.
Sexo não é crime
Simplesmente redime.
E se cismar
Refaz a vida.

Quero o amor de pernas e coxas,
Volteios e seios
Quadris. Ah! Os quadris...

Quando bem enquadrados
Arredondam a vida...

Ancas de potranca
Requebros mais gentis.
Sem ser sectário
Não quero amor burocrático
Cartão de ponto e crachá.

Fraques e cuecas não combinam.
Publicado em: 25/09/2008 13:02:06
Última alteração:02/10/2008 14:28:21



AMAR VOCÊ
Amor senso comum em contra-senso,
Sentido vivo imerso em mar imenso
Soergue quem se abate em luta insana.

Em fases diferentes nos semeia
Ênfases tão diversas; fogo ateia
Engana mesmo quando desengana.

Amor é virtual e vencedor
Amor é tão real quanto essa dor
Que dorme em sobressaltos e inferniza

Amor que não se cuida e nem se adoça
Abrindo pra si mesmo triste fossa
Não sobrevive nem à leve brisa.

Porém o nosso amor é força intensa
Que traz no próprio amor a recompensa
Da vida que sonhamos sem percalços.

Andamos por milênios e mil ares
Milhares de cometas e luares
Os pés humildemente vão descalços..

Quem dera todo ser assim pensasse
E em puro amor sincero se encontrasse
Sem ter por que e nem fazer sofrer...

Amada tão amiga e companheira,
Amar é muito mais que uma bandeira
É misto de esperança e de prazer...

Não deixe que a quimera nem te arranhe,
Perceba que por mais que a gente ganhe
Talvez um só sorriso seja a glória

Perdoe quem perdeu felicidade,
No nosso amor tão pleno de amizade,
O fato de existirmos é vitória...
Publicado em: 26/09/2008 06:58:44
Última alteração:02/10/2008 14:40:28




AMAR VOCÊ

Beleza desta aurora que procuro
Em cada novo verso, mais exalto.
Aos olhos mais sensíveis se evapora
E traz o nosso amor, em sobressalto.

Eu sinto qual dilúvio de prazeres
Que invadem meus sentidos, sem parar.
Um mundo de esperanças sempre traz
Aurora tão bonita vai chegar...

Acima deste monte todo azul,
Em tão belo horizonte, fronte e céu...
Viaja o sentimento sem descanso,
Amor que tanto queres, sou corcel.

Esqueça tantas mágoas, que se ergueram,
Esqueça tantas águas, foram turvas,
Depois de tantas nuvens, negras nuvens,
Prazer que se transborda em tantas chuvas.

Eu quero caminhar por sobre as dores,
Se fores tantas flores que preciso.
Amor em todo sonho mais bonito,
Deitar devagarinho: um paraíso!
Publicado em: 28/09/2008 20:00:24
Última alteração:02/10/2008 14:45:18


AMAR VOCÊ
Estou aqui
pedindo
teu amor,
e mais um dia
pra poder te amar ...
(ivi)

Nos aços dos meus olhos
Antigos cosmonautas
Distante dos abrolhos,
Das noites mais incautas
Em refeições divinas,
Em mesas ricas, lautas.
Percebo o teu perfume,
Escrevendo outras pautas
Preciso de teu lume,
Do amor que sei que brotas,
Nos ramos dos desejos,
Além de tantas cotas,
Tocando-te em mil beijos,
Em noites tão febris,
Anseios e carinhos,
Fazendo-me feliz...
Publicado em: 10/04/2008 17:34:53
Última alteração:21/10/2008 18:22:46


AMAR VOCÊ
Não deixe que a tristeza te domine
Em tudo o que fizeres, alegria!
A vida se renasce todo dia
Que essa luz que carregas, ilumine
Os passos que darás a vida inteira
Alegria é da vida, companheira.

Demonstre esta coragem: ser feliz!
Não deixe que a saudade te maltrate
Serás o vencedor do duro embate
Que te trará, da vida outro matiz

A luta não termina e recomeça
A cada novo dia e nova dor
Alegria ressurge como a flor
Precisa de coragem e tem pressa.

Não faça como o triste caminheiro
Somente reparou nas duras urzes
A vida se redime e traz as luzes
O mundo sorrirá mais verdadeiro

Não deixe teu caminho pelo mundo
Sem ter essa coragem de plantar
A cada novo tempo libertar
E viver toda vida num segundo.

Sabendo que tiveste um novo dia
Mais Pleno de carinho e sem tristeza,
De tudo nesse mundo, mor beleza
Explode num sorriso de alegria!
Publicado em: 17/04/2008 12:16:22
Última alteração:21/10/2008 18:25:21



AMAR VOCÊ
A extrema glória de beijar-te os seios.,
Senti-los, nos meus lábios a pulsar;
Da sedução usar todos os meios
Para extremo prazer poder te dar.

Não são deles, porém, de que mais gosto
Neste teu corpo de beleza rara,
Se em teus quadris, a minha mão encosto,
Aqui no peito, o coração dispara.

Porém se busco novas emoções
Sob o vestido que te cobre a pele,
O meu desejo pede que eu revele

Ao teu ouvido, as novas sensações!
E assim, se a voz embarga na garganta,
Dentro do peito, esta minha alma canta!


MARCOS COUTINHO LOURES
Publicado em: 17/04/2008 12:47:39
Última alteração:21/10/2008 18:25:51



AMAR VOCÊ
Minha vida vai passando
Pelos campos, devagar.
Tantos verbos conjugando,
Viver, sofrer e lutar...

Vivendo na poesia
Sofrendo por teu amor
Vou lutando todo dia
Pelo caminho que for.

Nos campos dessa saudade
Plantei a minha esperança
Não brotou sequer verdade,
Só restou uma lembrança;

Do jardim da minha vida,
Do rosal do meu caminho.
Minha alegria esquecida
Marcada por cada espinho.

Os teus beijos tão amenos
Os carinhos, meus remansos,
Os teus olhos mais serenos
Teus belos seios, tão mansos...

Nada mais aqui ficou
Só a dor de não te ter.
Pelos caminhos que vou,
A vontade de morrer...
Publicado em: 17/04/2008 15:39:23
Última alteração:21/10/2008 18:28:21



AMAR VOCÊ
O meu afrodisíaco perfeito...
Deitada se esmiúça em desafio.
É fera que amedronta, em pleno cio,
Proclama-se senhora do meu leito.
Sem hora chega, vê-se no direito
De vasculhar meu mundo fio a fio.
É vela que devora o meu pavio,
É rasto que me leva e rasga o peito!

Na lúbrica ternura, tantas unhas...
As garras incrustadas entram fundo.
Amor que tanto quis, sem testemunhas;
Em plena madrugada, nos motéis
Amores vão cumprindo seus papéis
Nos jogos sedutores, entrelaces...
Nas ânsias me devoras, perco o mundo,
Nos nossos loucos gozos, tantas faces...
Publicado em: 17/04/2008 20:33:28
Última alteração:21/10/2008 13:08:51


AMAR VOCÊ
Posso escutar o que, em teus olhos, dizes,
Pois és, de fato, muito especial,
E sendo assim tão bela e sensual
Só de te ver, sentimo-nos felizes.

E como é bom trazer-te na lembrança
Por seres meiga transparente e pura
És mulher ideal, que se procura
E de querer-te, o peito não se cansa.

Sonhar com teu amor é tão bonito
E embora sinta o coração aflito,
Sei que és, de fato, aquilo que ele quer.

E enquanto em ti, meu pensamento ponho,
Sinto mais forte renascer meu sonho,
No teu perfume suave, de mulher.


MARCOS COUTINHO LOURES
Publicado em: 19/04/2008 15:48:46
Última alteração:21/10/2008 13:12:26



AMAR VOCÊ

Quero o cheiro da morena
Que distante sempre acena.
Ah! Moreninha tem pena
Deste pobre trovador,
Tanto amor que me envenena
Haja ponte de safena
Se velho quer vida amena,
Quê que eu faço seu doutor?

Sem essa morena comigo,
Nem viver eu mais consigo,
Na morena achei abrigo
Pr’esse peito sonhador.
Eu sou velho, mas não ligo,
Gosto de correr perigo,
Morena, do pão é trigo,
A minha deusa do amor!
Publicado em: 20/04/2008 19:42:25
Última alteração:21/10/2008 13:15:02



AMAR VOCÊ
Minha vida faz sentido,
Somente se for você
Quem, comigo, for viver.
Senão, meu mundo perdido,
Perde todo o colorido.
O azul dos olhos seus,
Que, quem dera, fossem meus,
Seriam a salvação,
Pediria, por perdão,
Esses meus olhos ateus!
Publicado em: 26/04/2008 08:33:28
Última alteração:21/10/2008 13:31:02



AMAR VOCÊ
Não te vi, nem pretendia
A noite não traduz dia...
Versejando fantasia,
Esqueci da melodia...

Amar demais a Maria,
Que sei, jamais, amaria...
Todo amor que se cumpria,
A dor que no peito estia...

Não te vi, nem pretendi,
Jamais pude estar aqui,
Por tanto tempo vivi,
O teu amor esqueci!

No teu livro tanto li,
Depois de tudo perdi
O prumo. Meu souvenir,
É saber que estás ali...

Não te vi nem pretendia,
Jamais pude estar aqui,
Versejando fantasia,
Por tanto tempo vivi!

A noite não traduz dia,
Não te vi, nem pretendi,
Esqueci da melodia
E prumo, meu Souvenir...
Publicado em: 26/04/2008 13:32:41
Última alteração:21/10/2008 13:33:58


AMAR VOCÊ
Teus olhos são as flores que desejo
No jardim maravilhoso que sonhei.
Deveras tantas rosas já plantei
Mas em nenhuma delas inda vejo

Beleza como tens nos teus olhares,
Meu canto que traduz o manifesto
Mais puro, mais feliz e mais honesto
Do que todas as preces nos altares.

Feliz por desfrutar desta beleza,
Se bem que depois disso, mortas flores
Que invejam tanto brilho e os olores
Que fazem-te suprema natureza.

Deveras compreendo este ciúme;
Beleza também têm as pobres rosas,
Que são tal qual teus olhos olorosas,
Porém não trazem todo esse teu lume!
Publicado em: 02/05/2008 20:34:31
Última alteração:21/10/2008 14:31:05


AMAR VOCÊ
Tocar teu corpo nu
Roçando tua pele
Bebendo desta fonte
Que é feita como ponte
Ao mundo que sonhei
Amar é nossa lei
Que move e que compele...
Percebo levemente
Um gosto angelical
Que vem tão delicado
De um jeito assim safado,
Teus seios pequeninos
Provocam desatinos...
Menina sensual...
Seu riso tão maroto
Desejos principia,
E mostra-se voraz
Querendo sempre mais,
Um rosto adolescente
Num corpo mais ardente,
É santa e é vadia
Amor que é sempre muito
Chamando pra batalha.
Repentes eu te faço
Estreito assim o laço
No corpo mais sedento,
Desejo é como ungüento
Que cura e nunca falha.
Num jogo em que se ganha
Vencido e vencedor,
Banquete de emoções
Angústias e paixões
Loucuras e desejos
Mordidas quase beijos,
Assim é o santo amor...
Publicado em: 13/05/2008 22:05:37
Última alteração:21/10/2008 14:38:05



AMAR VOCÊ
Eu sinto o teu perfume
E sigo cada passo
Além de ser costume
Amor tramando um traço
Que faz do corpo o lume,
Desejos nem disfarço
Não tenho mais queixume
Em ti já me desfaço
Bebendo desta fonte
Que eu sei iluminada
No sol deste horizonte
Janela escancarada
Do peito que te busca
Em luz estrela guia
Querendo estar contigo,
Vibrando em fantasia
Girando carrossel
No céu de nosso amor,
Sem medo e sem pudor.
Fantástica magia...
Publicado em: 15/05/2008 13:43:18
Última alteração:21/10/2008 18:30:48



AMAR VOCÊ
Contigo aprendi tantas maravilhas,
Amar a natureza por si só,
Saber que retornamos sempre ao pó,
Por mais que sejam tristes nossas trilhas.

Aprendi respeitar o ser humano,
Mesmo que decepcione, pois quem erra
Merece ter perdão. Fugir da guerra
Que mesmo com justiça, é sempre engano.

Amar a luz de todos, cada brilho
Diverso do meu brilho, do meu breu.
E saber perdoar quem me esqueceu,
Cada qual reconhece o próprio trilho.

Amor tão gigantesco nega o medo,
Que esconde, na verdade, o vero amor.
Saber que nem precisa temer dor,
Amor já recompensa sem segredo.

Tão longe das estrelas, mas tão perto,
Fazendo do viver uma alegria,
A vida assim, perfeita fantasia,
É lua num oásis, no deserto...
Publicado em: 19/05/2008 20:21:23
Última alteração:21/10/2008 15:07:34


AMAR VOCÊ
A minha amada Maria,
Depois de muita conversa,
Todo dia me exigia,
Casamento assim depressa...

Por um motivo banal,
Não pude nem ofertar,
Sem dinheiro, o principal,
Como vou poder casar?

Maria me disse sentida,
Isso né motivo não,
As coisas boas da vida,
Moram no meu coração...

Pensando nessa verdade,
Olhei pra cima, pro céu,
Reparei na claridade,
Maria, bela com véu...

Ofereci pra beldade,
Um lugar para morar,
Falei, sem falsidade,
O que dava pra comprar...

Lhe disse: que tal Mercúrio,
Ela olhou bem diferente,
O lugar é bem espúrio,
Eta lugarzinho quente!

Sem dinheiro, o que é de menos,
Eu falei em procurar,
Um terreno lá em Vênus,
Nem me deixou completar...

Cheio de carinho e arte,
Belo tom avermelhado,
Eu fui falando de Marte,
Me disse não, é gelado...

Olhei um olhar soturno,
Minha voz, coloquei mel,
Como é lindo esse Saturno!
Nem Saturno, nem anel...

Falei, agora com medo,
Júpiter é maioral!
Foi me contando um segredo,
Muito grande, passo mal...

Pensei, mudando de plano,
Num terreno mais distante,
Fui pensando em Urano,
Me disse: passe adiante...

De nós dois virarmos uno,
Tanto sonho nessa vida,
Nem pude dizer Netuno,
Me falou em despedida...

Mas agora estou ferrado,
Não posso falar Plutão,
Tal qual como estou, rebaixado,
Não é planeta mais não!
Publicado em: 22/05/2008 10:41:00
Última alteração:21/10/2008 15:16:09



AMAR VOCÊ
Quando ouço o seu chamado,
meu peito logo todo inflamado,
me aponta o aberto caminho,
pra lhe dar meu gostoso carinho.
Mas saiba, que todo o dia,
você é minha companhia,
aquela que do meu lado,
faz meu dia ensolarado.
De outra forma me recuso a viver,
Para os seus braços,volto sempre a correr!!

TUES
Em meio a tempestades, chuva e frio;
Trazendo tantos medos, tanta enchente.
O tempo revoltoso e mais sombrio,
Mudando todo o curso, de repente.

As nuvens se dissipam, vem o sol;
Seus raios inundando toda a terra.
Seguindo, com meus olhos, seu farol...
Depois que esta tormenta já se encerra.

Encontro tanto brilho que me cega
Por um momento apenas, nada vejo.
Do poderoso lume que carrega
Potência de paixão e de desejo.

E sigo teu olhar de luz tão plena,
Seguindo como ao lume, uma falena...
Publicado em: 26/05/2008 19:44:58
Última alteração:21/10/2008 15:18:08


AMAR VOCÊ


Eu vago pelas ruas
Nuas estrelas
Conduzem meu passo
E caço as pegadas
Pedaços de nós
Nossos momentos.
Volto a te ver
Reflexos da lua
Por sobre os lençóis...
Publicado em: 15/06/2008 21:14:58
Última alteração:20/10/2008 21:51:35


AMAR VOCÊ
Amor quando inconstante
Causando mal estar
Em luz tão deslumbrante
Depois não quer brilhara
Mudando pouco a pouco
Deixando quase louco
Quem tanto necessita
De ter tranqüilidade
Às vezes a verdade
Tornando uma alma aflita
Nega a felicidade
E segue pirilampo
Amor que não se firma.
Em tanto reboliço
Causa revolução
Não sabes que te quero?
Preciso de perdão
Talvez quem saiba assim
Amor virá sensato
Comendo o mesmo prato
Dormindo em mesma cama,
Fazendo do infinito
Local bem mais palpável
Amor enfim, bonito
Além do imaginável....
Publicado em: 05/08/2008 14:41:50
Última alteração:19/10/2008 22:15:00



AMAR VOCÊ

Êxtase sem estase
Sem fase
Por só ser
Tão somente
Prazer.
Quero o que talvez nunca teria
Se não houvesse,amor, tua presença;
Tensa
Densa
Imensa
Imersa
Dentro dos meus sonhos
Pura poesia.
Belezas
Tesas
Sem defesas
Por querer
E ser
Por ser
Sem mais
Nem porquês...
Amo-te
Da forma
Mais sublime...
Firme mente
E sem temores
Rancores
Pudores
Cores diversas
Versos verões
Vergastas? Pra quê?
Somos soma
Mesmo rumo
Mesma cama
Esmos juntos
Com partilha dos
Nossos sonhos.
Sem sombras de nós
Sem nós nem algemas
Gemas idênticas...
Publicado em: 16/08/2008 20:39:57
Última alteração:19/10/2008 20:17:37



AMAR VOCÊ
Lúbricos amantes, noite imensa
A recompensa feita num prazer
Vivendo em cada gozo eternidade
Aos poucos me permito perceber
O quanto nosso amor, doce pecado
Permite este desejo se aflorando
Tocando nossos corpos sem juízo
Em louca sinfonia enlanguescente
Orgástica viagem: paraíso..

Publicado em: 28/08/2008 17:20:19
Última alteração:17/10/2008 14:25:20


AMAR VOCÊ


Eu queria te dizer
Deste amor que não termina,
Minha fonte de prazer,
De alegrias, farta mina...
Publicado em: 29/08/2008 12:48:07
Última alteração:17/10/2008 14:25:35




amar você
Aprisionado sempre
Por força soberana
Que trama em minha cama
Amor que não contive
Espero que tu venhas
Ao acabar a festa
Trazendo o que me resta
De sorte em minha vida.
Vencida por quimeras
Depois das primaveras
Inverno vem chegando
Num frio que não cabe
Mas antes que ano acabe
Se algum calor trouxer
A vida não trará
Somente a dor sem fim.
Regar nosso jardim
Com lágrimas? Jamais
Eu quero sempre mais
Mesmo que nada venha
Pois sei que enquanto houver
No coração a lenha
Trazida por mulher
Que tanto desejei
Restará mais um dia
Aonde a fantasia
Irá ditar a lei...
Publicado em: 05/09/2008 15:12:06
Última alteração:17/10/2008 14:31:55


amar você
A sorte abandonando meu caminho
Não deixa-me saber por onde irei.
Deveras nas estradas que passei,
Amores esquecidos, velho ninho.
Perdido procurando as esperanças
Não vejo um horizonte que me caiba
Não sei se saberei o que se saiba
Nas curvas mais fechadas das lembranças.
No meu destino mel não se percebe
O mal o fel o bem não se misturam
Porventura serei o que procuram
Aqueles que a ventura não concebe.
Do tédio meu remédio, uma migalha
Que o mal, em meu caminho, sempre espalha.
Um mal nunca se cura noutro mal
Assim como com mel não se mistura
O fel que recebi da criatura,
Que sempre produziu só fel e mal!
Publicado em: 09/09/2008 18:02:46
Última alteração:17/10/2008 14:35:38



AMAR VOCÊ, MENINA -

Nos meus olhos todo o amor
Que tenho guardado pra te dar
Nos teus olhos os versos que quero compor
Que digam quanto quero te amar
Nos meus lábios beijos a te esperar
Ansiosa, te espero, com meus abraços
Em cada noite contigo a sonhar
Sonhando com teu colo, teus braços
E esta espera me deixa mais insistente
A distância de ti não vai me separar
Te espera em cada segundo passando lentamente
Sempre estarei aqui a te amar e amar


Meu coração mineiro, um pobre sertanejo
Nascido na montanha em meio a tanta mata
Sonhando com menina, um distante desejo
Percebe sua sina, a vida em serenata...

Apenas vou dizer o quanto que prevejo
Do medo do que sou, um rio que em cascata
Descendo em solidão, num momento revejo
O que já fui e deixo em frio me arrebata...

Quem dera se pudesse em vôo mais liberto
Trazer esta guria e ser enfim feliz.
Porém triste cerrado esconde este deserto

Que trago dentro da alma, a vida calejada,
Que bom se isso trouxesse o céu em bom matiz,
Talvez então viesse a tarde desejada...

GIANA GUTERRES
Marcos Loures
Publicado em: 25/07/2007 13:14:14
Última alteração:05/11/2008 18:19:50



AMAR VOCÊ, MENINA

Menina encantada
Aos olhos do poeta
Vive enamorada
Ouvindo esta seresta
Na noite que tão mágica
Termina em bela festa...

Na festa do amor
Envolta em teu calor
Felicidade gesta
No verso e poesia
Que ao amor empresta
Real fotografia...
Te amo, noite e dia...

Amor que não se esgota
E faz a diferença
Permite que eu já tenha
Decerto nova crença

Felicidade doura
O verso em que eu dizia
Da luz que assim nos guia
Em nossa poesia.

Querência sem limites
Profundo amo já tem,
Amor que nos vicia
Gostoso ter alguém

Em quem tanto confio
Um fio que nos ata,
Seguindo esta alameda
Na noite que arrebata

Mostrando a luz perfeita
Que assim eu procurara
Na paz enaltecida
Por tua voz, tão cara.

Nascemos para a festa
Do amor que a gente sente,
Tomando nossos dias,
E o coração da gente

É fato consumado,
É fogo sem fronteiras,
Viver é ser feliz
De todas as maneiras..

ANNE MARIE
Marcos Loures
Publicado em: 07/07/2007 19:15:05
Última alteração:05/11/2008 20:13:11


AMAR VOCÊ, MORENA /

Sai só um pouquinho
Mas depressa voltei
Será que sentiste minha falta
Nos momentos que me ausentei?

Se tiveres sentido
É porque o teu amor é só meu

Se não tiveres sentido minha falta
Ficarei muito tristinha
Saberei logo agora
Que não sou tua rainha

Desligarei o computador
E dormirei aqui sozinha


É claro que eu senti minha querida
Morena tão cheirosa e mais gostosa,
A noite ia ficando sem saída
Sozinho, sei que a vida é caprichosa

Não tendo o teu perfume, minha rosa,
Minha alma vai sem rumo e tão perdida.
Vem logo moreninha tão cheirosa,
Não quero mais sentir a despedida.

Meu verso sem juízo te provoca
E assim vamos brincando em gozo e riso.
Tatu não esquecendo a doce toca

Procura então portal do paraíso.
Sentindo o teu gostinho em minha boca,
Eu tenho, meu amor o que preciso...

GELIS
MVML
Publicado em: 22/08/2007 22:02:46
Última alteração:05/11/2008 14:51:31

AMAR VOCÊ, MORENA /

Chegaste em minha vida
De um jeito tão diferente
E quando eu dei por mim
Estava assim dependente.

Aqueles lascivos beijos
O teu sorriso tão meigo
Quantas loucuras sem pejos
Já não estava mais leigo...

Ao fazeres tanta festa
Coração pegando fogo
A noite foi tão gostosa,
Jogamos o mesmo jogo

Que traz gozo como prêmio,
Alegria com prazer,
Tanto amor já festejando
No teu corpo me perder,

E perdendo vou me achando
Num braseiro que não cansa,
Meu amor estou te amando,
Lambuzado a noite avança

Em teu corpo divinal,
Adentrando a noite inteira,
Penetrando o matagal
Hasteando uma bandeira

Incendeio em louca chama,
Boto fogo todo dia,
A fornalha em nossa cama,
Em delícias já se ardia...

GONÇALVES REIS
MVML
Publicado em: 05/09/2007 19:29:45
Última alteração:05/11/2008 07:39:49



AMAR VOCÊ, QUERIDA /

Neste mundo mavioso que falas, tão tristinho
Podes de corpo e alma se entregar.
Sou tua tão esperada abelha rainha,
Estou aqui pra te consolar.

É longa e árdua nossa jornada,
Seremos dois pássaros livres nesta imensidão,
Lutaremos contra tudo e contra todos
Sabendo que a paixão sempre transcende a razão.

Diz amor que confia demasiado em mim,
Pois nunca vou pensar sequer em te deixar.
Já fiz no teu coração o meu ninho.

Sou tua Afrodite na cama a esperar,
Vem meu amor não te acanhes,
Prometo teu coraçãozinho alegrar.

Acendo o meu cigarro em noite escura
E parto em solidão para o infinito.
Carente de carinho e de ternura
Ninguém pode escutar meu triste grito.

Porém ao perceber que enfim vieste
Depois de tanto tempo sem ninguém
De uma esperança nova, amor reveste
E encontra finalmente o grande bem.

De um coração deveras sonhador
Em praias tão distantes, passarinho,
Encontra finalmente o bom do amor
E nele uma promessa em terno ninho.

E a dor que outrora tive se esfumaça
Jogada feito guimba em plena praça...

GELIS
MVML
Publicado em: 14/08/2007 19:49:38
Última alteração:05/11/2008 15:46:27



AMAR VOCÊ, QUERIDA /


Morena, serena
A candura profana
Ansiosa te acena
Só porque já te ama!

Não teme a maldade
Pois felicidade,
Já espalma os acordes
Dos risos perfeitos

Sem jeito, negar
O que não dá mais...
Inundou fantasia,
Já se fez poesia...

Como estrelas no céu,
Já se fez, aclarar...
Em beleza sem véu,
Vem assim deslindar,
Os desejos secretos...
Que a paixão fez brotar...


Menina eu te quero,
Com todo o veneno
Desejo, eu te aceno
Repito o querer,
Beijando esta boca
Tirando esta roupa
Assim posso ver
Beleza morena
Desnuda e completa
Quem dera poeta
Eu pudesse ser
Falar deste corpo
Que me deixa morto
De tanto prazer...

ANA MARIA GAZZANEO
MVML
Publicado em: 20/08/2007 14:51:06
Última alteração:05/11/2008 14:54:02


AMAR VOCê, QUERIDA /

Vem aqui linda andorinha
Leva notícias pra meu amor
Diz-lhe que estou aqui na mata
Procurando-o em plena dor

A noite está chegando tristonha
O frio vai congelar minha pele
Preciso de um cobertor humano
Pra me aquecer neste inverno

Diz-lhe que sozinho, não canto
A lágrima embarga minha voz
Seu canto ao meu é albatroz

Tenho medo de escuro desta mata
Mas tocando tua mão junto a minha
A coragem ressurge em companhia

Minha noite nos teus braços, tem alento
E a força necessária pra saber,
Que por mais que seja intenso e forte o vento,
Eu tenho o meu amor pra proteger

Do frio da saudade, de um tormento
Que mata sem a gente perceber.
Sentindo o teu carinho, o sentimento
Que invade a minha vida é de prazer.

Teu canto que me encanta e que me ampara,
Os olhos que me guiam, estrelares
Gostoso mergulhar nos teus olhares

E ver cada pepita, perla rara,
Tu és a companheira que sonhei,
Amor que sempre, sempre imaginei...

SOGUEIRA
MVML
Publicado em: 29/08/2007 11:14:37
Última alteração:05/11/2008 12:38:24


AMAR VOCÊ, QUERIDA /

A te amar, em alvoroço
Coração em descompasso
Alma a voar, pelo espaço
A colher bel fantasia
Desfilando em poesia
Vou perdida em teu abraço...

No abraço que me dás, uma certeza
De alçar ao infinito num momento
Encontro em teu olhar farta beleza,
Tomando já de assalto o pensamento.
Vivendo nosso amor com tal clareza
Percebo que me inunda o sentimento,
Estreito a cada verso mais o laço
Perdido em teu olhar, num doce abraço...

ANA MARIA GAZZANEO
MVML
Publicado em: 09/11/2007 22:10:43
Última alteração:31/10/2008 15:39:31



AMAR VOCÊ
Minha amiga, vida e mar, amar a vida em ti é tudo.
Mudo e contrafeito, feito de cada momento,
novo tempo e pesadelo.
No novelo em que me envolvem teus lábios, olhares e alma.
Calma e chama, chamando por ti.
Amiga, no amargo âmago de cada dia,
num novo amor, acidez e luto.
No culto a tudo que invade e persevera,
na vera mansidão onde houvera sido
o precipício e o meu vazio cálice.
O ápice e a parcimônia,
a embriaguez do nada, de nada, contudo...
Vindo o passo, contradança e pasmo, a esmo.

Meu amor esbarra em teus pés,
alados e cansados com os vôos incessantes.
Mas claudicas, mendigo e me negas, refutas e maltratas.
Sem querer me matas a cada instante,
onde não tenho-te e te teimo.
Onde queimo e me destruo,
num uno que pretendo duo.
No nada que queria tanto,
num esmo que seria canto,
meu solo que, em não, erosões transformas...
Na transparência que desfilas,
na languidez que me definhas,
nas artimanhas que não percebes e usas.
A blusa entreaberta, desperta, acende e pulveriza.
A brisa que emanas, a astúcia que não percebes,
delícia e pelúcia.
Amiga, quisera amante; antes e ante tudo,
vago por ondas que produzes com as luzes
que emites e remetes, confetes e serpenteantes
serpentinas do teu andar audacioso e delicado.
Meu fado, meu enfado e fardo
. Meu amor risonho e sorrateiro,
um último cigarro no cinzeiro, derradeiro e fátuo.
No umbral da janela, onde te vejo,
distante e solitária, a esmo,
olhares soltos e vadios;
adivinho o vinho que não tomarei.
Olhares que não serão meus, ateus,
teus olhos procuram por um deus...
Um deus que mal sabes e nem te concebe,
que segue outra trilha, noutra ilha, noutro mar.
Amar, armas e almas conjugadas;
no fim serão mais nada,
ainda nadas em águas com algas que não as minhas...
As unhas arrancam e cravam, travam os meus segredos.
Meus medos inundando toda mansidão.
Teu não é, enfim, minha queda. Ácida queda...
Que há de ti? Onde estarias se fosses minha.
Minha amiga...
Perigo são teus lábios, ócios e ósculos, oráculos...
As máculas onde calculas minhas mágoas estariam,
são as máscaras que uso, abuso e, confuso, o fuso perdi...
Paridas as lágrimas, últimas que derramo, te amo, amiga...
Perdoe a dor e a doença, a luz e a crença,
não quero pena e recompensa, apenas que me entendas,
estendas a mão e não canses...
Te amar é atar os nós,
os pós escondidos nos calçados, após a jornada.
Agora, a hora é embora, partida.
Tida como vida, a lida não espera e grita.
Rito, rituais e tais atos. O contato satisfaz.
Ser feliz é por um triz.
Da vida, pedir bis.
Mas, bisonho, sonho, nada mais...
Publicado em: 02/10/2008 08:19:49
Última alteração:02/10/2008 13:42:58


AMAR VOCÊ
Fantasmas de amores...
Assombras meus sonhos.
Fantasmas de amores...
Nas noites me dramaste
Me fizeste me mataste
Me supriste e não me deste.
Fantasmas andam sem paragem...
Sem visagens, sem viagens.
Fantasmas são pajens
E pajés...
La luna que me deste
A pluma que não veio
A fome de legaste.
A festa que não tive
A fresta que fechaste.
As horas que negaste
As hastes que quebraste
Quero tua parte
Mas nada, partes...
Lã e tosquio.
Arrepio.
Frio.
Rio
Nos tais fantasmas me desfio!
Publicado em: 22/10/2008 17:14:28
Última alteração:02/11/2008 21:47:35



AMAR VOCÊ
Meu barco se perdendo em tempestade
Distante dos teus braços, sigo só.
Não tendo mais sequer a claridade
Percebo bem longínquo o porto, o cais
Quem dera se eu pudesse ter o amor
Decerto eu poderia ser feliz.

Quem busca nesta vida ser feliz
Ao enfrentar a dura tempestade
Já sabe da importância de um amor
E nunca quer seguir assim tão só.
E busca na alegria ter seu cais,
Farol de uma esperança – claridade!

Percebo em teu olhar tal claridade
Que sabe me deixar bem mais feliz
Proporcionando à sorte um belo cais
Vencendo a mais terrível tempestade.
O coração amante não vai só
Ao ter a calmaria feita amor.

Seguindo os rastros mansos deste amor
Percebo ao fim do túnel, claridade
Que surge quando um sonho não vai só
E nos permite ser enfim feliz
Embora a vida trague tempestade
O amor leva meu barco para o cais.

Encontro nos teus braços o meu cais
Levado pelos ventos deste amor
Depois de ter vencido a tempestade.
Nos olhos de quem amo a claridade
Iluminando a glória: ser feliz,
Caminho de quem nunca vive só.

Quem pensou tantas vezes ser tão só
Ao ver no colo amado, um doce cais
Já sabe que é possível ser feliz,
Pois tem a fortaleza deste amor
Bebendo da alvorada a claridade
Não teme mais sequer a tempestade.


O meu passado em plena tempestade
Daria uma certeza de ser só
Não fosse ter a sorte e a claridade
Depois de tantos anos, como um cais
A maga sensação do pleno amor
Promessa de um futuro mais feliz.

Não tendo mais temores, vou feliz
O peito aberto enfrenta a tempestade
Contando com a força deste amor
Que nunca me abandona e deixa só.
Quem sabe que terá na vida um cais
Das trevas faz surgir a claridade.

Dos teus olhares sinto a claridade
Tornando o dia a dia, enfim feliz.
Ancoradouro belo, um raro cais
Afronta com bonança, a tempestade,
Matando a sensação amarga e só
Revigorado sempre pelo amor.

No barco, o timoneiro sendo amor
Traz a inerente luz e claridade
E segue o seu destino por si só
E tem por garantia o ser feliz,
Apascentando sempre a tempestade
E chega calmamente a qualquer cais.

Vagando a noite inteira, busco um cais
Levado pelos ventos de um amor
Enfrento a ventania, a tempestade,
Seguindo passo a passo a claridade,
Decerto assim serei bem mais feliz
Desembarcando aqui, não vou mais só

E peço assim querida, uma vez só,
Receba o meu saveiro no teu cais
Deixando-me contente e mais feliz.
E ao ter o teu carinho, meu amor
Na paz que me transmite a claridade
A vida não trará mais tempestade.

É dura tempestade o ser tão só
Porém em claridade sei do cais
Que quando em pleno amor nos faz feliz.
Publicado em: 30/10/2008 11:53:58
Última alteração:02/11/2008 20:28:29


AMAR VOCÊ
Não sei se tu sabias ou se sabes
Das sebes e das serpes que hoje sei.
Se somos o que temos não serei
Nos olhos que te cabem não me cabes.

Pois sinto que se queres não acabe
Amor que sempre sabe o que mais quer.
Vencido por não ser o que quiser
Se queres o que quero amor não sabe.

Amor me disse tudo numa frase
Que guardo dentro em mim, vital segredo.
Amor se fortalece e perde o medo,
É lua que transmuda toda fase.

Começa com um lume delirante,
Em pleno plenilúnio nos transforma,
Amor que em paixão já se deforma
Saudades mesmo ao lado traz, da amante.

Depois de algum tempo, em calmaria,
O brilho dessa lua, diminui,
Mas mesmo assim o brilho que possui
Nos ilumina quase como o dia.

Mas quase que sem brilho, ao fim do ciclo,
Se não cuidarmos morre sem querer,
Por isso meu amor preciso ter
Essa força motriz onde reciclo.

E recomeço as fases desse amor,
Para que no final da minha vida,
Eu possa recompor força perdida,
Matando o que causar o desamor!
Publicado em: 05/11/2008 11:03:23
Última alteração:06/11/2008 11:58:23


AMAR VOCÊ
Não vejo se vais ou ficas
Apenas quero teu mar
Nas luas que edificas
Nos raios deste luar
Vencido pelo cansaço
Espero noite chegar
Deitando no teu abraço
Até de novo, sonhar.

Não quero teu gesto amargo
Nem lendas que não contei
Amor avança num trago
No canto que escolherei
Na cama te peço afago,
Se me deres, viro rei...
Amor invado teu lago
Tanto amar, a nossa lei...

Cativas e não percebes
Que quanto mais me cativas
Mais carinho tu recebes
As flores são sempre vivas
Viajando nossas sebes
Por tantas noites altivas
Amor tu nunca concebes
Em nossas doces salivas...

Mas se quero o teu amor,
Teu amor eu necessito,
Vivendo tanto calor
Se não vier, estou frito!
Publicado em: 16/11/2008 21:03:33
Última alteração:06/03/2009 18:54:15



AMAR VOCÊ
No tabuleiro da serra
Seguindo pelas estradas
Vou trilhando pelas terras
Nas noites enluaradas.
Estrelas por companhia
Em busca do meu descanso
As três marias por guia
Em Maria o meu remanso...

Amar Maria me trouxe
O peito novinho em folha
Tanta tristeza acabou-se
A vida permite escolha
Por isso que eu quero tê-la
O mais depressa comigo
Com Maria, a boa estrela,
Eu não corro mais perigo.

Vou correndo tão ligeiro
Procurando seu carinho
Coração sempre matreiro
Encontrou o seu caminho.
No colo dessa morena
Que não me deixa mais só
O final da estrada acena,
Minha alma cheia de pó.
O pó de tanto sofrer...
Maria sabe varrer!
Publicado em: 17/11/2008 15:36:54
Última alteração:06/03/2009 18:53:10



AMAR VOCÊ
Minha alma não sossega, aguarda um novo sonho.
Onde possa encontrar amor em profusão.
Minha alma sempre esquece: amor é perdição.
Mas um dia, quem sabe, o sol chegue, risonho...

Os segredos da vida escondem-se no mesmo
Instante que nasci, depois? É descobrir...
É vontade de ficar, mas tendo de partir,
Vivendo a cada dia, o tempo corre a esmo...

É brincar de esperança e saber que jamais
Terá u’a recompensa... e sofrer meio a toa,
E reclamar que a vida, ingrata, te magoa.
E de repente achar que já sofreu demais...

Eu bem sei deste jogo, amor vira pantera
E depois de um minuto a vida recomeça.
Mas eu também não tenho a sombra d’uma pressa,
Se morreu, já passou, a vida nunca espera...

Depois o botequim, a dança na boate,
Outra morena passa, o beijo não demora...
A vida não tem pressa, a noite não tem hora...
Morena caçadora, em um segundo abate.

A noite no motel, a taça de champanha,
Nessa cama redonda, a cabeça girando...
Aquela velha história, o tempo vai passando,
A dor parece um monte, o prazer é montanha!

Percebendo a jogada, a vida não tem freio.
Passa noite após noite o dia sempre vem.
Se hoje estou tão sozinho, amanhã? Sem ninguém.
Tudo bem. Nasci só. Que há um Deus, eu creio.

E que eu vou morrer. Certo, isso eu tenho certeza
Absoluta. Se dane! A cachaça me cura.
Eu não quero saber se é clara ou se é escura
Se é loura ou se é morena, o que importa? Beleza!

E um jeito sem vergonha, um beijo mais macio,
Um cheiro de pecado, o gosto do veneno.
Amor não tem tamanho, ou grande ou é pequeno,
O que importa em verdade, o resultado do cio...

Um dia inda me mudo, ou nunca mais, quem sabe...
Se mudar, cadê limo? Assim vivo melhor.
Danado colibri. A flor? Eu sei de cor.
Nesse mundo de Deus, toda saudade cabe...

Até que sou feliz, e gosto do verão.
O vento é generoso, as pernas da morena...
Também é perigoso, amor trocando pena...
Hoje, amanhã, depois...Lá vem outra paixão!

E tudo recomeça, a cachaça, o bar...
As pernas, a morena, o beijo, esse motel.
E tudo vai girando, enorme carrossel...
Minha alma não sossega e prá que sossegar?
Publicado em: 19/11/2008 05:50:52
Última alteração:06/03/2009 19:02:42



AMAR VOCÊ
Vontade de te ver se faz urgente
Depois das madrugadas/ solidão
Desejo teu carinho que envolvente
Penetra bem mais fundo o coração.
No gozo deste amor todo da gente,
Percebo a mais sublime tentação.
No corpo tão bonito e sensual
Viajo sem ter asas, ganho o astral...
Publicado em: 27/11/2008 12:14:50
Última alteração:06/03/2009 16:34:14


AMAR VOCÊ
Meus olhos estão vagando
Procurando teu olhar
Que está sempre lumiando
O rumo que quero dar
Debaixo deste luar.

Tantas ondas me pegaram
Na areia deste verão
Me feriram me pisaram,
Maus tratos ao coração
Das ondas da solidão.

Fiz meus versos nos caminhos
que tanto quis e não tive
meus barcos pequeninhos
trazidos lá de onde estive.
Tanta saudade se vive!

Meus olhos que se plantaram
Nestes jardins sem ter flor
Os campos que já se aguaram
Tanta lágrima de dor.
Brotaram no nosso amor...

Desenho nosso desejos
Nas nuvens que vão passando
Os cantos nos meus versejos
Aos poucos se transformando
Nos beijos que vou te dando.

Amor não pode tristezas
Nem tampouco sofrimento.
Dessas tuas incertezas
Vai nascendo meu tormento
Coração batendo lento...

Mas te quero mesmo assim
Não temas pelo futuro
De tudo que tenho em mim
Mesmo neste mar escuro,
O meu amor que é tão puro.

Pois venha sem temer nada
Pensamento em liberdade
Venha minha doce amada
Pelas ruas da cidade
Matando a triste saudade!
Publicado em: 05/12/2008 09:06:55
Última alteração:06/03/2009 16:01:53


AMAR VOCÊ
Amar a quem jamais amei!
Quando a vi, envolvida na neblina
Das mágicas poções sempre conquistam,
Minha vida promessa, cristalina,
Ressurgia, em teu corpo que alucina!!!

Teus olhos, negros, belos como o breu...
Brilham como a buscar mais claridade,
Coração que decifra, camafeu...
Vida quimerizada em brevidade...

Não sei se me visitas ou se foge,
Não percebi distâncias que separem...
Carrego tanto amor no meu alforje,
Defesas esquecidas que anteparem...

Vistosas mãos carinhos prometidos...
Sestrosos dedos, lúdicos brinquedos,
Quem saga não reparte sãos sentidos,
Mestiços sentimentos mentem medos...

Vê-la envolta, neblina sensual.
Réstias, hóstias, segredos seculares...
Caminhas teu disfarce casual,
Simulas teres vindo dos altares!!!

Nas horas mais difíceis não conferes,
Constranges m’as fenícias invasões,
Pesadas consciências por halteres,
Conspiras contra tolos corações...

Neblina que me nega ver teu rosto,
Embalde procurei por teu retrato,
Nos jardins poluídos meu desgosto,
Nas partituras métricas, maltrato...

Trepido meus farsantes sentimentos.
Vasculho por um lápis, lapiseira,
Não consigo lembrar quais os momentos...
Te perdi, num segundo, a vida inteira...

Não foste pois, sequer a despedida,
Não tenho outra lembrança mais feliz.
Respondo a toda lua que convida
Amante nebulosa, meretriz...

Nas neblinas, garoas e nos fobs
Entrevi teus macios espetáculos,
Nas certezas que perco, não afobes,
A vida me negou não quero oráculos.

Acalmo-me, fantasma delirante,
Não verto mais as lágrimas vazias.
Repouso os sentimentos numa estante,
Ao mesmo instante, logram-me valias...

No cárcere saudoso teatral,
As pombas nunca mais retornariam,
Arquipélagos reinam meu astral,
Quiçá foram manobras que mentiam...

No cais que deveria ser meu porto,
Começam meus saveiros naufragantes
Perfazes tão somente um triste aborto,
Não pude mergulhar qual navegantes...

Restando tua ausência neste barco,
Que a vida nunca turve este teu céu.
No fulcro da discórdia, tinges arco,
A porta que entreabriste, dum bordel...

Amantíssima orgia que não pude,
Ambrosias me deste por engano.
Verdadeira sonata do ataúde
Que formam derradeiro, cego plano...

Nos surtos fantasias e complexos,
Nos cantos melodias e serpentes...
Mascate negocias trapos sexos,
Os beijos nas neblinas absorventes.

Tentei quitar as dívidas com Deus,
Eu quis me transbordar desse desejo...
Não tive nem promessas, himeneus,
As mãos vazias nunca se calejam!

Quando a vi, nebulosa, mascarada.
Sangrei por todos poros, hemorrágico.
Não pude concluir, te vi calada,
O que pensei romântico é tão trágico.

Mas beijo esse teu manto de princesa,
Não podes me surtir nenhum efeito.
Da morte, te forjei, a realeza,
És parte deste amor meu, contrafeito...

Fenestras que fechaste não refiz.
Nas frestas meus fantasmas buscam farpa.
Não me permitirão nem ser feliz...
A morte dilacera, corta, escarpa...

A moça emoldurada justifica
A dor de me saber velho e ignaro...
Nos lodos que freqüento se amplifica
Mortalhas me seguindo, torpe faro...

A podridão que invade, traz minha alma
De encontro a rapinais aves de agouro.
Não deixando enlutada uma vivalma
Não deixando sequer mapa ou tesouro!

Tu foste amortalhada mansidão.
Mirraste meus delírios de grandeza.
Pachorrenta andorinha sem verão.
Loteaste infortúnios com vileza...

Fui latifundiário sem limites,
Amei dissimulando tantas vezes...
Criei amores falsos, paixonites,
Mereço por mentir dias e meses...

A minha cicatriz não se consuma,
A parte que me cabe não consola,
Das leis que te omiti, formaste suma.
Hemorragicamente foi escola...

Me sinto tão cretino, não te nego.
Meu par enebriante foi um mito.
Dos olhos nebulosos que carrego,
Um grito emana, salta ao infinito!

Não vês que me embriago de luxúrias,
Não viste que fingi um ser errante.
As marcas no teu corpo são espúrias.
O beijo da pantera asfixiante...

Te deixo, sepultura minha, em vida...
Refaço meu caminho sem segredo.
Mecânicas as mãos na despedida,
Os hóspedes não fingem sequer medo..

O coração piloso, t’as melenas...
O peito analfabeto quer poemas...
Não deixo por querer as velhas penas...
Amor e sofrimento, os mesmos temas!

Espraio meus sentidos pelo norte,
Vasculho cada canto do meu ser...
A poesia farta-se de morte,
Partilhas vai fazer, depois morrer...

Amada, me perdoe não ter tido
O filho que jamais querias ver.
Amante mais boçal, mais distraído,
Irias nesse mundo conhecer?

A tua face escondes azul véu,
O velcro da saudade foi satânico.
Impede conceber viver o céu,
Não deixa refletir senão meu pânico!

Despeço-me de ti, ó fantasia!
Na névoa abençoada te criei.
A porta do barraco, permitia
Amar assim a quem jamais amei!
Publicado em: 09/12/2008 09:10:09
Última alteração:06/03/2009 15:22:30



AMAR VOCÊ
Não te vi, nem pretendia
A noite não traduz dia...
Versejando fantasia,
Esqueci da melodia...

Amar demais a Maria,
Que sei, jamais, amaria...
Todo amor que se cumpria,
A dor que no peito estia...

Não te vi, nem pretendi,
Jamais pude estar aqui,
Por tanto tempo vivi,
O teu amor esqueci!

No teu livro tanto li,
Depois de tudo perdi
O prumo. Meu souvenir,
É saber que estás ali...

Não te vi nem pretendia,
Jamais pude estar aqui,
Versejando fantasia,
Por tanto tempo vivi!

A noite não traduz dia,
Não te vi, nem pretendi,
Esqueci da melodia
E prumo, meu Souvenir...
Publicado em: 11/12/2008 10:09:09
Última alteração:06/03/2009 15:38:39



AMAR VOCÊ
Sentindo assim
Amor profano
Dentro de mim
Sem desengano
A noite chega
Em porto belo
Amor navega
E te revelo
Que quero mais
Rico tesouro,
Ancoradouro
Teu corpo, um cais..
Publicado em: 05/01/2009 10:52:05
Última alteração:06/03/2009 12:35:31



AMAR VOCÊ

Não sei por que ciúmes
Tu tens, já que te quero.
Deitado no meu quarto,
Querida eu sempre espero

Carinhos abusados,
Vontades sem receios,
Beijinhos e carícias
Que eu derramo em teus seios...

A vida prometida,
Em noites tão eternas,
As mãos vão deslizando
Nos vãos de tuas pernas

E encontram doce mina
Aonde eu me esbaldar
De toda esta delícia
Que quero desfrutar.

Do mel onde lambuzo
Até perder sentidos,
Percebo quanto gostas,
Ouvindo os teus gemidos...

Bem sabes quantas vezes
Vagando no teu leito
Deixei-te satisfeita
Estando satisfeito....
Publicado em: 06/01/2009 12:21:53
Última alteração:06/03/2009 12:29:10


AMAR VOCÊ
Minha tapera tem lua,
Tem viola e tem sertão,
Tem Maria toda nua,
Disparando o coração.
Tem um ninho de andorinha
Tem minha alma tão sozinha!!

Tapera que fiz no mato,
Cobertura de sapé,
Na margem desse regato,
Lá plantei muito café,
Toda tarde e de noitinha,
Tem minha alma tão sozinha!

Não quero falar de dores,
Nem tampouco de saudade
Na tapera, meus amores,
Procuram por claridade.
Quem me dera fosses minha,
A minha alma é tão sozinha!

Meu roçado tem feijão,
Tem milho e tem capineira,
Tem também um coração,
Que chora uma noite inteira.
Quando a noite se avizinha,
A minha alma está sozinha!

Na tapera que te fiz,
Nunca vieste morar,
Por isso não sou feliz,
Onde posso te encontrar?
Sem te ter perdi a linha,
Minha alma vive sozinha!

Recebi tua mensagem,
Quando é que vais voltar?
Não vais perder a viagem
Estou louco a te esperar!
A minha alma coitadinha,
Não quer mais ficar sozinha!!!
Publicado em: 07/01/2009 11:32:51
Última alteração:06/03/2009 12:04:28



AMAR VOCÊ
Amor é tão diverso
Que nada mais existe
Senão um paraíso
Matando o que era triste.

Não quero te perder,
Depois que te encontrei.
Fiel em cada verso,
Contigo eu viverei.

E tu sabes bem disso,
Sou teu e nada mais,
Afirmo-te conciso
Que eu amo-te demais.

Nas horas em que teço
Meu sonho sem enganos,
Eu lembro-me que tenho
Carinhos soberanos

Desta mulher faceira
Que Deus me reservou,
Não tens o que temer,
Somente teu, eu sou...
Publicado em: 08/01/2009 06:32:31
Última alteração:06/03/2009 12:00:46



AMAR VOCÊ
Cada verso que hoje faço
leva em si, mesmo desejo,
de me ver no teu abraço
e te dar gostoso beijo...

ANA MARIA GAZZANEO

Coração botafoguense
Já cansado de ser vice
Quer amor que recompense,
Tanto desamor desdisse.

Trago estrelas no meu peito,
São medalhas de um guerreiro,
Muita vez insatisfeito;
Mas dos sonhos, mensageiro.

Riscos: corro todo dia
Procurando por alguém
Que não seja fantasia,
Mas; distante nunca vem.

Chego mesmo a imaginar
Se existe felicidade.
Cultivando sem parar.
Só colhendo uma saudade...
Publicado em: 04/05/2009 13:53:19
Última alteração:17/03/2010 19:59:50


AMAR VOCÊ
Do quanto que vive
Amor da esperança
Meu canto se lança
Na busca da paz
Amor satisfaz
O sonho em que avança
Total temperança
Azuleja a vida
Outrora perdida
E sempre doída
Pra quem não se dá
E sei desde já
O quanto fará
No canto me douro
Feliz fervedouro
Do tão duradouro
Meu canto de paz
Se mostra feliz
Quem tanto já quis
E agora aprendiz
Enfim sou capaz.
Vibrando esta sorte
Que tanto comporte
Um mundo e seu norte
Suporte da vida
Que cedo decida
Um rumo mais leve
Amor que nos leve
Ao reino dos sonhos
Delírios risonhos
E deles o tempo
Sem ter contratempo
Voraz e saudável
E sinto este amável
Desejo de ter
Além do poder
Do qual já se emana
Alma soberana
Além da profana
Cruel solidão
Eterno verão
Sincero caminho
Sem ter mais espinho
Não ando sozinho
E tramo um futuro
No quanto procuro
Amor e verdade
Na sinceridade
A felicidade
É feita do quanto
Se vive este encanto
Por isso é que canto
Sem ter medo ou pranto
O amor que domina
E logo fascina
E assim determina
Um dia melhor.
Publicado em: 10/02/2010 20:26:48
Última alteração:14/03/2010 13:44:40




AMAR VOCÊ

Amor com loucura e cautela,
Nosso delicioso segredo,
Que jamais seja degredo;
Sinto-me a mais desejada donzela
A singrar os mares de tua emoção,
Luz, calor, erupção...
REGINA COSTA

Tanto amor, mas sem cautela
Sem pudores, sem temor
Quanto mais em teu sabor
O meu gozo se revela,
A vontade já se atrela
No delírio multicor
Traduzindo o pleno amor,
Noite clara, intensa e bela,
Navegando em cada instante
No teu corpo se garante
A alegria mais ardente,
Neste jogo tão audaz,
Que deveras satisfaz
E nos toma plenamente.
Publicado em: 23/07/2010 11:23:29



Por te amar, somente,
Eu já vivo contente!
Que dizer, então do amor, que me ofertais!
Do teu afago...
Carícia tanta...
Da poesia...
Da melodia...
Desta cantiga..
Dos beijos meigos...
Do teu olhar?
Da tua presença...
Sempre constante...
Deste bailado,
Alucinante...
Desta ventura... No teu amor?
Das noites lindas...
Dos sonhos, tantos...
E dos encantos...
Da primavera?
Dos nossos filhos...
Dos nossos hinos...
Dos nossos dias...
Plenos de paz?
Só por te amar...
Já sou contente!
É meu poeta!
Vivo a te amar!

No canto em primavera deste amor
Cada palavra veste-se de flor
E forma a nova dança, uma ciranda.

Contente por te ser e ser só teu
No verso, esse compasso que se deu
Formado por uma alma que se abranda

Na poesia amiga e companheira
Vontade de dançar a vida inteira
Sem ter sequer descanso, só dançar.

O gosto deste mel feito garapa
Escorre livremente, já se escapa
E traz uma emoção tão singular.

O canto que fazemos tem perfume
Que mesmo que provoque algum ciúme
É lume que nos guia ao mar, sem medo.

Na lua que se encanta com o sol,
A solidão perpétua de um atol
Meu barco desvendado este segredo.

Querida, como é bom amor amigo,
Cantando, extasiado, vou contigo,
Por astros, nosso espaço sideral.

Perdoem outros versos combalidos,
Se noutros rumos seguem mais perdidos,
Se juntos nós cantamos, afinal...

ANE MARIE
Marcos Loures

Publicado em: 27/02/2007 07:36:55
Última alteração:06/11/2008 11:36:16




Adejar sem rumo...
Movimento em falso...
Brumas a envolver...
Caminho que era luz!
horizonte, perdido...
Placas, sem indicação...
Ser, estagnado...
Sem potenciação...
Para que voltar?
Para que, seguir?
Para que, ficar?
Sem real, razão...
Tudo consumado!
Fim, desesperado...
Nada prá fazer...
Nada a envolver...
O nada, que sobrou...
E agora?
Diz-me, ó tu que se fez um comigo;
Me diz o que fazer, em tua ausência?
Eu que sobrei, com tanto amor, para te dar...
E já não posso, mais fazê-lo!
Fiquei assim, sem mim e sem você!
Farias por mim, o que eu fiz, para você!
Me devolverias?
A ti e a mim, felicidade!
Não fique deste jeito, minha amada
Nada nos trará o triste fim,
Se existo dentro em ti, estás em mim,
Numa canção eterna e bem marcada...

Os versos que cantamos canto harmônico
Fazemos universos, sintonias...
Cantando nossas simples fantasias,
Palavras com formato arquitetônico.

Nas danças, contradanças, esperanças...
Nos passos, os compassos se completam,
Abraços, nossos traços se repletam
Estreitas, satisfeitas alianças...

ANE MARIE
Marcos Loures

Publicado em: 27/02/2007 19:30:52
Última alteração:06/11/2008 11:35:35





Na noite que se achega, generosa,
Eu só quero te amar sem titubeio,
Te oferecendo a graça do meu seio,
E minha boca fresca e perfumosa...

Prá ti eu já nasci assim formosa,
Contigo vou perder-me em doce enleio,
Tu és meu colibri, eu sou a rosa
Aberta que se entrega sem receio...

A rosa mais bonita que já vi,
Em todo roseiral, na primavera,
Desejo imenso eu sinto só por ti;

Na noite, de manhã, de tardezinha
Fazer tanto carinho... Ah! Quem me dera...
A rosa mais cheirosa é toda minha!

HLuna
Marcos Loures



Procuras novo amor em outro prado?
Não deixe que se acabe uma esperança
De um dia, não precisa ser na dança,
Sentires meu abraço apaixonado..

Esperando, cultiva a paciência
Com arte tal qual mestre zen-budista.
Não é fácil, assim, uma conquista
Nem há necessidade de uma urgência.

Se meu destino está, ao teu ligado,
Nós ficaremos juntos meu amado,
E iremos pela vida sempre unidos,

As almas se encontraram, são felizes,
Embora, no passado, cicatrizes,
Os planos de futuro bem urdidos...

HLuna
Marcos Loures
Publicado em: 08/04/2007 14:18:19
Última alteração:06/11/2008 09:59:03




Vem menino lindo
Brincar comigo
Correr por estes campos
De flores, sem fim...

Vem comigo
E de mãos dadas,
Conhecer as fadas
De pura magia...

Alegrias e risos sem par...

Vem, alma pura
Cantar este canto...
Vem para o recanto
De intenso sonhar...

Vem, venha já!
Quero só te amar!

Brincarmos nestes campos delicados,
Em meio a tentações e mil segredos.
Os olhos sem malícia misturados
Buscando desvendar tantos enredos
Que fazem dos meninos dedicados
Promessas de desejos e degredos...

Aos poucos, te tocando, a boca pede
A boca que me dê lábios tão quentes,
Retrato desenhado na parede,
Os corpos se procuram tão urgentes,
Menina receosa logo cede
E as tarde vão passando, são mais quentes...

No gosto da maçã, tão sem juízo,
Meninos descobrindo o paraíso...

ANNE MARIE
Marcos Loures
Publicado em: 01/05/2007 14:14:15
Última alteração:06/11/2008 08:33:07



AMAR VOCê, QUERIDA /

Vem aqui linda andorinha
Leva notícias pra meu amor
Diz-lhe que estou aqui na mata
Procurando-o em plena dor

A noite está chegando tristonha
O frio vai congelar minha pele
Preciso de um cobertor humano
Pra me aquecer neste inverno

Diz-lhe que sozinho, não canto
A lágrima embarga minha voz
Seu canto ao meu é albatroz

Tenho medo de escuro desta mata
Mas tocando tua mão junto a minha
A coragem ressurge em companhia

Minha noite nos teus braços, tem alento
E a força necessária pra saber,
Que por mais que seja intenso e forte o vento,
Eu tenho o meu amor pra proteger

Do frio da saudade, de um tormento
Que mata sem a gente perceber.
Sentindo o teu carinho, o sentimento
Que invade a minha vida é de prazer.

Teu canto que me encanta e que me ampara,
Os olhos que me guiam, estrelares
Gostoso mergulhar nos teus olhares

E ver cada pepita, perla rara,
Tu és a companheira que sonhei,
Amor que sempre, sempre imaginei...

SOGUEIRA
MVML
Publicado em: 29/08/2007 11:14:37
Última alteração:05/11/2008 12:38:24


AMAR VOCÊ...

Não quero falar de amores tontos,
Nem quero perceber quais foram os sonhos...
As madrugadas parecem mais risonhas,
Os meus dias são pétreos abandonos...
Queria navegar teu horizonte.
Da fonte dos desejos, uma moeda;
A mordaça cansaços e delírios.
As crisálidas que fomos não vingaram...
Quero o defeito de não ter solução,
Quero o direito de não ter mais meu fracasso.
Aço fraco, frascos, ascos e escusas...
As blusas abertas, o blues que tocas..
As tocas onde deixo meus degredos e segredos...
Meus medos, sutis medos, temerário...
Meu salário que recebo, um passo sem estrada...
Uma escada sem degraus. Um mar sem ter naus...
O caos absoluto...
Me enluto e não te esqueço. Tropeço, vou do avesso...
Me arremesso, não peço nem prossigo.
Se persigo não consigo consistência. A ciência
Da consciência esparsa, farsa...Belas taças
Jogadas num vago espaço...
Trago o aço da batalha, navalha, falhas e pecados...
Quero o acero da alma, a chama, acalma e tramas sem nexo...
Quero o frio gosto do rosto exposto sem rugas...
As rusgas as tropas e as trôpegas pegadas...
As pegas, os rogos, os lagos e barcos.
Arcos, areia, marcos, penteia a sereia os cabelos...
A morte não traíra nem traria uma traição.
Ação e coragem, aragem e sertão.
As serralhas e as fornalhas, acendidas.
As mãos descansadas, o peito aberto.
Meu medo completo, a nau, o sol...
Quero teu prazer e tua lei.
Quero poder ser teu rei
Quero o que não sei,
O seio, o veio,
O meio
Um mar
Distante mar,
Luz e luar, plenilúnio
Quero saber teu infortúnio.
Quero nada mais que minha sina.
Um frágil delírio, um vício, um principio.
Um banal gesto trazendo um desencontro louco,
As tarde sem Marina. Saudades fúteis e inúteis, fétidas...
Se ainda me quisesses não poderias dizer adeus...
Quem sabe os sonhos meus te trariam de novo.
O gosto amargo da saudade... Olhos tristes,
A vida resiste e não insiste, existe. Exige!
A face da esfinge se finge ágil e frágil.
As horas não passam, nem peço.
Meus passos, tropeço.
Me apresso
E não
Vou....
Publicado em: 03/01/2008 14:14:10
Última alteração:22/10/2008 21:28:18


AMAR VOCÊ, QUERIDA /

A te amar, em alvoroço
Coração em descompasso
Alma a voar, pelo espaço
A colher bel fantasia
Desfilando em poesia
Vou perdida em teu abraço...

No abraço que me dás, uma certeza
De alçar ao infinito num momento
Encontro em teu olhar farta beleza,
Tomando já de assalto o pensamento.
Vivendo nosso amor com tal clareza
Percebo que me inunda o sentimento,
Estreito a cada verso mais o laço
Perdido em teu olhar, num doce abraço...

ANA MARIA GAZZANEO
MVML
Publicado em: 09/11/2007 22:10:43
Última alteração:31/10/2008 15:39:31


AMAR VOCÊ, QUERIDA /

Agora nem mais existo
Se partires, meu amor...
Te gravei, porisso insisto
Pra que fiques, eu repito
Só por ti, ainda vivo
Deste amor, já sou cativa
Neste amor, que me escraviza
Encontro o meu lenitivo...

Meu corpo se acoplou na tua pele
Em gemelares sonhos somos um.
Depois de tantos medos, sou cativo.
Eu não te deixarei de modo algum.

Recebo o doce vento do desejo
Batendo no meu rosto, acalentando.
Amor que nos redime e me sustenta;
Encontra-me feliz, e levitando...

ANA MARIA GAZZANEO
ML
Publicado em: 23/11/2007 14:37:14
Última alteração:31/10/2008 12:16:39


AMAR VOCÊ, QUERIDA -

Escreves-me...
Poemas de amor...
Fico quieta...
São loucos, ardentes...
Apaixonados....
Assusto-me com a tua voz
Ao meu ouvido...
Cada uma dessas palavras...
carinhosamente repetes............
Depois sou eu quem te escreve
Um poema de amor...


Nos versos que te faço
Amor que me domina.
A mão seguindo o traço
Desenha uma menina

Que sigo em cada passo
Buscando rara mina
Dourando cada espaço
Aonde determina

Amor em poesia
Em sonhos, descobertas,
Marcando em alegria,

Nos lençóis nas cobertas
Amar mais que podia,
Os corações alertas...

MARTA TEIXEIRA
Marcos Loures
Publicado em: 18/07/2007 17:55:56
Última alteração:05/11/2008 19:25:46


AMAR VOCÊ, QUERIDA -

Não falarei mais de tristezas
Exaltarei a alegria
Pois afinal de contas
Esta coragem não se tem todo dia
coragem de falar de amor
Sem medo
Declarar amor
Sem segredos
Dizer eu te amo
Sem receios
Hoje só quero falar de alegria!


Perfaço meu caminho em senda clara
Adentro uma vital felicidade.
Teu colo tanto ajuda quanto ampara
E vibra com total ferocidade

Amar é lapidar a jóia rara
Que encontra-se em pepita e na verdade
Adoça o que se fora fruta amara
E forja com firmeza a liberdade.

Mal posso definir, mas veja bem
Confusos os meus versos podem ser.
Mas sempre desfiando por alguém

Que ajude meu caminho percorrer,
Depois de tantos anos sem ninguém
Encontro finalmente o amanhecer...

GELIS
Marcos Loures
Publicado em: 20/07/2007 21:16:24
Última alteração:05/11/2008 18:34:08


Do mar....uma ligeira brisa...
Ameaça de chuva............
Apresso o passo...
Sorrio ligeiramente....
Já te sinto...
Perto....cada vez mais....
Se fechar os olhos....
Vejo-te sorrir...........
Ah, meu amor.............


A chuva vem chegando devagar,
Te espero em nossa casa... o tempo voa...
Vontade de te ter e me entregar...
A vida do teu lado é sempre boa;
A brisa que se chega lá do mar;
O vento em tua voz, meu peito ecoa...

Total ansiedade me tomando,
Aos poucos te percebo bem mais perto...
Lá fora azul do céu, mesmo nublando,
Uma esperança traz o tempo aberto.
A chuva que virá, se aproximando,
Garante esse alagar em meu deserto...

Num aguaceiro lindo de emoção,
Molhando nosso quarto de paixão...

Marta Teixeira
Marcos Loures
Publicado em: 20/04/2007 17:20:58
Última alteração:06/11/2008 08:49:19


AMAR VOCÊ, QUERIDA

QUE TERNURA TRAZ
A NOITE TÃO CALMA.
DO MAR CRISTALINO,
UM GESTO, UM MENINO.
TANTA VALENTIA
QUE SEMPRE ALUCINA.
CALMAMENTE, OS SONHOS VÃO...
MERGULHAR NESTE LAGO.
QUE É TÃO DESEJADO
DO TEMPO PRECISO
ME FAZ NAVEGAR,
PERDER O JUÍZO...
Publicado em: 09/08/2007 17:08:37
Última alteração:23/10/2008 21:06:31


AMAR VOCÊ, QUERIDA

QUANDO FALAS DE TRISTEZAS ME ABORREÇO
POIS TRISTE MESMO É A DESPEDIDA
AINDA FALTA MUITO TEMPO
PARA VERMOS CESSAR O DIA
ENQUANTO HOUVER SOL LÁ NO CÉU
SEREI TUA COMPANHIA

MAS NÃO TE ABORREÇAS COMIGO
POR RESOLVER TE ACOMPANHAR
POIS SERÁ SOMENTE HOJE
PROMETO AMANHÃ NÃO PERTUBAR
TERÁS OUTRAS FLORES NO TEU JARDIM
PRA TENS VERSOS ORNAMENTAR

O ninho que julgara abandonado
Sem ter sequer a luz de uma esperança
Refeito com um sonho imaginado,
Promete nova vida bem mais mansa...

Aquela que se fora e não voltou
Deixando espedaçado o coração,
Não sabe que favor que me prestou
Abrindo o meu caminho à salvação.

Agora que vieste minha amada,
Decerto o nosso ninho renovaste,
Trazendo novamente uma alvorada
Fincando com firmeza uma nova haste.

Reforma que fizeste neste ninho,
Cimentaste na força do carinho...

GELIS
ML
Publicado em: 14/12/2007 18:21:46
Última alteração:23/10/2008 08:29:29


amar você, querida
Olhares incisivos que trocamos
Em meio a tempestades, solidão.
E logo após, querida, nos amamos,
Na fome do desejo e da paixão.
Nesta vontade louca de te amar,
Meu mundo, nos teus braços, entregar.

Publicado em: 04/09/2008 12:33:14
Última alteração:17/10/2008 14:30:30



AMAR VOCÊ, QUERIDA
Amor bárbaro, trágico e demente
Nos trama sensações incoercíveis
Amores que se tornam impossíveis
Aos poucos alucinam totalmente.
E fazem do mais crédulo, descrente.

Mas entretanto, amamos sem pensar
Em tudo colocamos nosso afeto
Amor quando demais, é mal secreto
Que ao mesmo tempo goza e faz penar
É frio no deserto em luz solar.

Porém quando da sorte benfazeja
Amor nos toca e traz felicidade
Depressa se transforma a realidade
Felicidade em tudo se deseja.

Comigo amor, trazendo santa paz,
Nas sortes que as quimeras não previam
De amores meus amores já viviam
E nada contra amor se fez capaz.
Publicado em: 17/09/2008 15:46:11
Última alteração:17/10/2008 13:35:19


AMAR VOCÊ, QUERIDA
AMAR VOCÊ, QUERIDA

QUE TERNURA TRAZ
A NOITE TÃO CALMA.
DO MAR CRISTALINO,
UM GESTO, UM MENINO.
TANTA VALENTIA
QUE SEMPRE ALUCINA.
CALMAMENTE, OS SONHOS VÃO...
MERGULHAR NESTE LAGO.
QUE É TÃO DESEJADO
DO TEMPO PRECISO
ME FAZ NAVEGAR,
PERDER O JUÍZO...
Publicado em: 02/12/2008 13:13:44
Última alteração:06/03/2009 16:24:54


AMAR VOCÊ, SIMPLESMENTE
E chega
a noite,
e traz
a lua,

e no
seu brilho

Me leva
para um mundo
de sonhos ...
(ivi)

Noite diz da lua
Entrega farta e nua
Dança em nossa rua
Ao gozo que flutua
Em versos continua
Atua em nossos palcos
Cenários inventados
Ventos desbravando
Sonhos e sonatas
Natas entre tantas
Amor que agigantas
Com fartas emoções
Monções e descobertas
Menções honoris causa
Causídica esperança
Espreita um novo pleito
No peito que entreabres.
Nos sabres e sabores
Sobeja companhia
Campanhas e champanhas
Abertas no feitio
Feito em cio
Puro vício.
Precipício
Principio
E recomeço.
Peço e prezo
Expresso
Cada verso
Convexo que
Quer côncavo
Corcovados
Confluência
Afluência
Feita em luz.
Lumes tantos
Gumes ambos
Faca e foice
Foi-se amor
Nasceu em ritos
Gritos
Gana
Gesto
Agrisalhando
O meu destino.
Mas tendo
A tenda
Que se estenda
De teu corpo
Porto e parto
Corte e canto
Tanto encanto
Sem espanto
Manto feito
Jogo feito
Nosso leito
Deleito
Delito
Sem pecado
Sem perdão
Sem termômetro
Verão...
Publicado em: 25/03/2008 21:31:07
Última alteração:21/10/2008 22:05:47



AMAR VOCê, SIMPLESMENTE
A Cuca não se cansa
E pega esta criança
Que existe dentro em nós.
Por mais que o tempo seja
Cruel vilão algoz
A boca te deseja
E ser a tua foz.
Não tenha mais juízo
Permita-se viver
Assim cada sorriso
Encharca-se em prazer.
Colhendo o que plantamos
Cevamos esperança.
A vida que sem amos
Estampa a temperança
Alcança este infinito
Que existe e não se acaba,
O amor quando bonito,
Tempesta não desaba.
E mesmo quando escuro
O tempo se anuncia,
Eu salto o velho muro,
Mergulho em poesia...


AMAR VOCÊ.. /


Preciso da natureza em mim
Sentir os raios do sol
A chuva a umedecer minha alma
Da lua para conversar comigo;
Quero juntár-me ao verde
Me tornar flor do campo
Balançar suave com o vento
Meus pés na relva fria;
Lançar-me as nuvens
Brincar com as estrelas
Jogar-me ao belo mar;
Quero sentir tua chegada
Vens a mim trazendo um doce arrepio/
Recostár-me no teu peito
E eternamente nos amarmos!

Eu quero te sentir junto comigo
Na noite mais gostosa, a preferida,
Trazendo nos teus olhos meu abrigo,
A redenção completa em minha vida.

Perfumes que me exalas, eu persigo,
E encontro em alegria uma saída
E assim, na madrugada, vou, persigo
Deixando a dor distante, vã, perdida.

Decerto que encontrei o meu caminho
Contigo, minha amada, em flóreos rumos.
Tomando em tua boca doces sumos,

Jamais irei, de novo, assim, sozinho.
Floresces toda noite dentro em mim,
A flor de meu desejo, carmesim...

ISABEL NOCETTI
MVML
Publicado em: 04/11/2007 20:28:44
Última alteração:02/11/2008 19:46:27


Tu voas na ilusão do amor festivo,
que inunda o teu céu de claridade.
Não morra, inda é por ti que vivo,
e sempre viverei esta é a verdade.
Amor não quero o gosto da saudade,
nem quero viver só de amizade.

Eu quero além do mar de uma amizade,
Estar ao lado teu a cada dia.
Compartilhar assim felicidade
Mostrando ao mundo inteiro esta alegria
De ter a moça bela que sonhara,
A jóia mais gentil, perla tão rara...

HLuna
Marcos Loures
Publicado em: 25/04/2007 20:04:57
Última alteração:06/11/2008 08:40:47



AMAR VOCÊ... /


Sem medo
Sem pejo
Me enredo
Em teus braços...
Desfaço
No gozo
O desejo
Gostoso
Te beijo
E dengoso
Te acolho
E bem dentro
Te sinto
E não minto
Absinto
Do amor
Em torpor
Me seduz
E reluz
Em meus olhos
Assoalhos
Do céu...

Bebo o mel
Do amor
Em tua boca
Feito louca...
Sou sereia,
Meu corcel,
Alazão,
Meu coração...

E alada
Me perco
Em real
Sensação...

Mergulhando nos mares,
De louca paixão,
Sei, saio,
Do chão...

Meu corpo no teu corpo; atos, laços,
Fomentos da divina insensatez.
Adentro com fulgor, ocupo espaços
Sentindo o teu suor, brilhante tez...

Estar dentro de ti, ser inerente,
Coalizão complexa, mas exata,
Num gêiser divinal, já se pressente
O gozo que em sorrisos se constata.

Das cordas, cárdia insânia, coração,
Volúpias benfazejas que se tocam,
Ardências e vontades, com tesão,
Prazeres que se encontram, já se alocam

Nos cândidos recônditos sedentos,
Em loucos frenesis, doces tormentos...

ANA MARIA GAZZANEO
MVML
Publicado em: 25/08/2007 13:44:52
Última alteração:05/11/2008 13:06:06



AMAR VOCÊ... -

Sonhei, nos teus braços,
Cantei de alegria...
Dancei no compasso
Do amor em folia...
Magia, e deslumbre
Viví nestes dias...
Teu amor me enternece...
Calor, que me aquece...
Nestas noites tão frias.

Te vejo camponesa,
Nas lavras mais benditas
Vestida de princesa,
Nas noites tão bonitas
Deixando sobre a mesa
As palavras escritas

Antigas esperanças
Que agora, enfim, percebo.
Nas dores, as lembranças
Do mundo que concebo
Distantes das mudanças
Do imaginário Febo

Que surge lavrador,
Cevando o teu amor...

ANA MARIA GAZZANEO
Marcos Loures
Publicado em: 16/07/2007 21:31:41
Última alteração:05/11/2008 19:12:54


amar você... amar
Eu fiz teu gosto e vontade
Não poupei sinceridade
E em entreguei de verdade
Em cada momento, amor.
Mas o triste sofrimento
Se envolveu no pensamento,
Me cortou como esse vento
Me causando tanta dor...

Eu não mais suporto o frio
Coração bate vazio,
Meu amor, meu pobre rio
Não deságua no teu mar.
Por favor quero o teu beijo
Não mais negue este desejo
Em todo lugar te vejo
Teu amor a me guiar...

Noite sem a poesia
Deste amor, minha alegria
O meu coração se esfria
Não suporta esta saudade...
Venha para mim morena
A minha alma sempre acena
Sem te ter já se envenena,
Já me mata, de verdade!
Publicado em: 17/09/2008 21:45:51
Última alteração:17/10/2008 13:58:06

AMAR VOCÊ... QUERIDA /

Só vivo mermo pra ti meu benzim
E nos teu braço quero derreter
Sabe que sô tua abeia rainha
Bebe do meu mé meu prazer

Vâmo namorar a noite toda
Venha cá meu querubim
Beija logo minha boca
Quero vancê só par mim

Vancê tarbem tem gosto de mé
Tem chero de sabunete de fazema
E se ranca todo espim
Então te amar vale a pena
Prefiro namorar no quartim
Lá não tem pobrema

Muié se me atiçá vancê vai vê
Cum quanto pau se faiz uma canoa.
Juntim e coladim eu e vancê
A noite vai ficá, garanto boa.

Se ansim vancê promete dá prazê,
Eu deito inté na prancha de taboa.
No corpo da morena recoiê
As gota mais gostosa da garoa..

Eu quero tê vancê bem safadinha,
Debaxo das cuberta, maravía.
Dexano bem pelada a piludinha,

Encheno nossa cama di cubiça
Vem logo, meu amô, vem minha fia
Tô doido prá fazê tanta bubiça..

GELIS
MVML
Publicado em: 28/08/2007 20:51:31
Última alteração:05/11/2008 13:04:19





AMAR!

Sem estardalhaço
Amor, papel almaço
Fazendo passo a passo
A fotocópia exata
Do rosto preservado
Do gosto retratado
Eterna serventia.
A capa muda,
O livro amarelado
Guardado nesta estante
De repente ressurge
Conteúdo.

Amar é ser
Não perguntar
Simplesmente
Seguir
A calmaria
Feita em remanso
Em lago.
Plácido.
A vida é breve
Que o sonho enleve
E nunca neve,
Apenas... Leve...
Publicado em: 04/10/2007 18:24:01
Última alteração:23/10/2008 18:40:45


AMAR!

Pela vida passei, plantando flores
Que são, de Deus, as grandes maravilhas!
Dos corações fui retirando as dores
E desarmei, da estradas, as armadilhas...

Trouxe alegrias aos olhos sofredores
E, ao caminheiro, enumerei as trilhas;
Pintei os muros, das mais vivas cores
E coqueirais plantei, em muitas ilhas.

Ingratidões sofri mas não lamento
Pois é do humano ser a provação
E, do Bem recebido, o esquecimento...

Mas, se a tristeza, acaso, o peito invade,
Olho o jardim e vê meu coração,
Germinar a semente da saudade....

MARCOS COUTINHO LOURES
Publicado em: 25/11/2007 07:54:50
Última alteração:23/10/2008 17:35:50


AMAR!

Não quero que tu penses em meus versos
Apenas como fossem mensageiros
Deste Cupido há tempos destroçado.
É necessária toda a fantasia
Decerto eu acredito em algum sonho.
Mas sei destas mentiras espalhadas
Que virarão verdades mais solenes;
Os corpos são vendidos numa esquina
Amor é o comércio mais antigo.
Os pobres transformados em carneiros
Matando a fome eterna dos leões
Que dormem nos Congressos, nas Igrejas
E fazem deles suas refeições.
Assim como não posso imaginar
Um homem que acusado de pedófilo,
Pagando uma fortuna em extorsões,
No mínimo este dinheiro foi roubado.
Não quero e nem consigo compreender
Apenas retratando nos meus versos
O quanto posso ver da realidade.
Nos dias tão modernos, digitais,
Vendidos como carnes, animais,
Os pobres do planeta pagam caro.
O tempo vai mudando de estação,
Inverno se transforma no verão,
E as fábricas produzem seus brinquedos
Seus jatos, automóveis e folguedos
Com o sangue dos pobres desgraçados.
Vingança de um deus bom e verdadeiro
Que adora os puxa-sacos de plantão,
Trazendo para alguns tanto dinheiro
E o resto se vendendo num leilão...
Falar do amor, decerto é meu destino,
Gritar que eu amo a quem já saiba amar.
Roçando na morena sexo e gozo,
Também sem isso, amada, o que fazer?
Não quero que tu penses que eu desisto,
Um trovador boçal, inda resisto
E luto nas trincheiras que conheço.
Perdoe estas palavras, são sinceras,
Não quero te negar as primaveras
Apenas vomitando sobre as feras,
Aprendo o verdadeiro e sacro amor...
Publicado em: 03/01/2008 12:10:52
Última alteração:22/10/2008 19:27:45



Poeta meu companheiro,
Que acompanho o tempo inteiro
Que sei do orgulho primeiro
De escrever, se libertar.
Não negue este paraíso
Que se esconde no sorriso
Que nos chega sem aviso
E que jamais vou negar...

Neste canto mais preciso
É preciso ter juízo
Mesmo sabendo que o riso
Também nos põe a chorar.
Sentimento verdadeiro
Na mancha deste tinteiro
No rosto meigo e faceiro
Uma alegria a pintar.

Minha luta por justiça
Essa batalha, essa liça
Minha saudade se atiça
Dá vontade de ficar.
Mas a dor, o sofrimento,
Rajando forte qual vento
Faz parte do sentimento,
Que é doce e vira tormento
Sem ter hora de parar...

Nas horas de tanto sono,
Na ameaça do abandono,
Nessa sensação de dono,
Que não quero carregar.
As pedras todas da rua
A sensação que flutua
Uma beleza tão nua
Que não canso de cantar..

Meu companheiro poeta
A vida em si se completa
Na companhia dileta
Que nos faz assim, sonhar.
Perdoe se tanto insisto
A verdade é que se existo
Companheiro; não resisto,
Tanta vontade de amar!
Publicado em: 11/02/2007 13:00:34
Última alteração:26/10/2008 20:24:53



AMAR

Por que te amo...
Como as outras em tua vida...
Eu poderia te manter passarinho,
Preso em gaiola dourada...

Por que te amo...
Como é costume, ser feito...
Eu poderia fazer mil promessas,
Que jamais eu cumpriria...

Por que te amo...
Eu poderia mentir...
Fantasiar, mesmo o céu...
E a bailar, co´estes véus,
Tuas vistas deslumbrar...

Tudo isto, por que te amo.
Se meu amor, fosse igual,
A tantos amores banais,
Que já pudeste encontrar...

Mas o amor, meu grande amor...
Que por ti vou a nutrir...
Está aquém dos finais,
Que é tão fácil deduzir...

É amor, fenomenal!
Que mudou, o meu viver...
Nem humana, eu sou mais,
De tanto amor, por você!

Este amor, que sublimou,
Cada palmo desta estrada,
Plantou flores, na invernada,
Jogou estrelas pro céu...

E já ouso pressentir,
Quê, meu bem, amor, assim,
Sequer, alguém, nunca viu!

Nem eu mesma compreendo,
Das leituras que eu faço,
Nestes riscos, nestes traços,
A real, potenciação!

Mas te digo, sem ter medo,
Que se torne meu degredo,
Ou pura imaginação,

Que este amor, real, de fato,
Que pintou o teu retrato,
Dentro do meu coração
Não é nada deste mundo...

Pois tão raro e tão profundo,
Fez-nos unos, neste amar,
E se compreendes bem,
Já não preciso explicar...

Nem temor, eu tenho mais
Pois querido, neste abraço
Te fizeste amor em paz!

Te quero bem além do simples fato
De ter uma esperança de te ser,
Não és somente espelho nem retrato,
És muito mais que sempre pensei ter...

Não és a sensação do intenso beijo,
És mais e sempre mais que simples caso,
Vivemos noutra esfera do desejo
Que nunca se permite um triste ocaso.

Quando irmanamos sonhos e vontades
Estamos bem acima disto tudo,
Não medimos no amor intensidades,
Entrega bem mais forte e sem contudo.

Amor que não precisa-se explicar
Tão simples; quatro letras: só AMAR...

ANE MARIE
Marcos Loures

Publicado em: 04/03/2007 14:50:09
Última alteração:06/11/2008 11:31:46


Todo esse canto que trago
Escondido no meu peito
Procurando por afago
Que creio ser meu direito,
É canto que se revela
Nesta estrela que é a dela...

Sinto o gosto da saudade
Do carinho que passou,
O tempo traz a verdade
Para quem pensou que amou,
Tudo de repente cala,
A saudade sempre fala...

Mas se perco esta esperança
Nova dança irei dançar,
Quem ficar na mesma dança
Uma dor vai alcançar,
Esse meu canto no vento,
Liberta meu pensamento...

Vou contigo, vens comigo,
Sem ter medo de sofrer,
Amar é correr perigo,
Amar é quase morrer,
Sabendo que o novo dia
Se encharca de poesia...
Publicado em: 30/03/2007 16:01:10
Última alteração:23/10/2008 20:14:13



Conheço escuridão e claridade
Idade que passei jamais retorna
Em torno de meus olhos água benta;
Nas algas, lagos, lumes, pirilampos
Os campos invadidos sem ter nexo,
Teu sexo me chamando para o ritmo
Imposto pela cama do motel.
Se céus ou méis invadem nosso gosto,
No gozo mais profano boca e línguas.
Exíguo nosso tempo, mas te quero.
Vem logo que nos sóis vou me queimar
Brilhando em tua boca meu prazer
Depois de tudo em paz, recomeçar.
Na dança tão gostosa de fazer..
Publicado em: 03/04/2007 22:03:53
Última alteração:26/10/2008 20:28:28



AMAR VOCÊ...


Náufrago
Dos sonhos
Ausente vida
Medonhos
Pesadelos
Tempestades
Procelas
Celas
Servidão.
Ser vil?
Não serve
Sereia breve
Num leve vento
Me leve
Nesta aragem.
Paisagem tão diversa
Diz versos
Distinta
Diz tinta
E poesia.
Tecendo a calmaria....

Publicado em: 31/07/2008 12:59:27
Última alteração:19/10/2008 22:03:35


AMAR VOCÊ...
Quem dera passaredo,
Apenas passarinho...
Segredos os meus desejos
E sigo, assim.
Sozinho...
Publicado em: 21/08/2008 15:05:41
Última alteração:19/10/2008 20:31:24


AMAR VOCÊ...
A lua, companheira de jornada,
Pelos versos que faço a minha amada
Que nem lê, nem percebe que a quero,
Apenas imagina que esta lua
Que tanto canto e, sempre que a venero,
Na verdade, venero a luz que é tua.

No teu brilho me espraio toda noite
Toda noite sonhando com pernoite
Ao lado desta lua que não vê
Meus olhos mendigando o teu carinho.
Tantas vezes procuro mas, cadê?
E no final, sempre vou dormir sozinho...

Mas espero que a lua te convença
A dar-me, no final, a recompensa,
De poder despertar ao lado teu,
Todo envolvido pelo teu luar,
Meu medo é que vivendo neste breu,
A claridade enfim, possa cegar!
Publicado em: 24/10/2008 12:10:43
Última alteração:02/11/2008 20:32:50


AMAR VOCÊ...
Andarilhos em busca do infinito
Fazendo deste amor nave suprema,
Trazendo uma alegria como rito,
Do canto em esperança nosso lema,
Espaço sideral sonho bonito
Distante de qualquer dor ou problema,
Amantes das estrelas, navegantes
Dos sonhos mais sublimes, delirantes...
Publicado em: 31/10/2008 15:35:52
Última alteração:02/11/2008 20:26:08


AMAR VOCÊ...
Amor eu bem te vi
Abrindo-se em botão
Se eu fosse um colibri
Beijava com tesão,
Trazendo para ti,
Prazer e tentação.

Bebia do teu mel,
Florzinha tão cheirosa,
Levava-te pro céu,
Da forma mais gostosa,
Destino tão cruel
Espinhos; tem a rosa...
Publicado em: 04/11/2008 14:09:09
Última alteração:06/11/2008 12:10:57




Vestida de lua...
Com um diadema de estrelas nos cabelos...
Olhar em sol...
Apareço!
Deslumbrada
Diante do teu olhar, amado...
Encantada com teu ensejo,
Me rendo em beijos,
Ao amor que tenho por ti!
Saciai teu desejo!
Adentremos os mistérios deste universo...
Amor e paixão!


Tu sabes, meu desejo é teu desejo,
Entregues nossos corpos saciados.
Vibrando nossos êxtases no ensejo
Da vida que promete novos prados,
Amada te tocar em cada beijo,
Depois nos descobrirmos deslumbrados...

A lua que recobre um corpo belo,
Em tua morenice, teus encantos,
Meu barco no teu cais; decerto atrelo
Viajo sem temor, rumos e cantos...
Amor que no teu corpo, cedo selo,
Singrando saciado; mil recantos...

No diadema feito por estrelas,
Em sonhos mais perfeitos... convertê-las....

ANNE MARIE
Marcos Loures
Publicado em: 19/04/2007 22:41:28
Última alteração:06/11/2008 08:50:09



AMAR VOCÊEEEEEEEE
Minha tapera tem lua,
Tem viola e tem sertão,
Tem Maria toda nua,
Disparando o coração.
Tem um ninho de andorinha
Tem minha alma tão sozinha!!

Tapera que fiz no mato,
Cobertura de sapé,
Na margem desse regato,
Lá plantei muito café,
Toda tarde e de noitinha,
Tem minha alma tão sozinha!

Não quero falar de dores,
Nem tampouco de saudade
Na tapera, meus amores,
Procuram por claridade.
Quem me dera fosses minha,
A minha alma é tão sozinha!

Meu roçado tem feijão,
Tem milho e tem capineira,
Tem também um coração,
Que chora uma noite inteira.
Quando a noite se avizinha,
A minha alma está sozinha!

Na tapera que te fiz,
Nunca vieste morar,
Por isso não sou feliz,
Onde posso te encontrar?
Sem te ter perdi a linha,
Minha alma vive sozinha!

Recebi tua mensagem,
Quando é que vais voltar?
Não vais perder a viagem
Estou louco a te esperar!
A minha alma coitadinha,
Não quer mais ficar sozinha!!!
Publicado em: 26/04/2008 13:10:41
Última alteração:21/10/2008 13:33:46


AMAR VOCÊEEEEEEEE
Dancemos.
A noite promete
A dança que sempre
Quisemos, sonhamos,
Vivemos e somos,
Danças e danações
Que tramam
Sonhos
Medos
E desejos...

Dancemos
Tantas alegrias
Na dança que sempre
Pedimos, torcemos,
Sofremos e temos
Danças e tentações
Que tramam
Sonhos
Segredos
E desejos...

Dancemos
Subimos muito além
Da dança que temos
Choramos, rodamos
Giramos, amamos,
Danças e expressões
Que tramam
Sonhos
Prazeres
E desejos...

Nossa dança
Danação
Tentação
Expressão
Do mais
Divino
Amor!
Publicado em: 06/05/2008 19:28:41
Última alteração:21/10/2008 14:32:14



AMAR VOCÊEEEEEEEE


Versos e reversos
Da mesma medalha
Que é feito um troféu,
Na rês que se perde
No sonho que encontro,
Um conto qualquer.
De vida e de morte
Da sina e da sorte
Que é sempre o meu norte
Em tal cantoria.
Andanças fazemos
Sem barcos nem remos,
Apenas nós temos
A ponta dos dedos.
Que trazem segredos
E formam correntes
Com faca entredentes
Com fome e feijão
Arado no campo,
Fazendo o repente,
E qual pirilampo
Vencendo a corrente,
Abraço contente
Parceira gentil,
Meu peito fuzil,
Dispara e não cansa
De ter esperança
De um dia ser;
Quem sabe feliz...
Publicado em: 15/05/2008 20:05:05
Última alteração:21/10/2008 12:46:19


AMAR VOCÊEEEEEEEE
Quando me chamas de querida.
Lembro-me de uma antiga paixão.
Que guardava mil segredos.
Deixando-me sem opção.
Graças a Deus que se foi.
Libertando meu coração...

Com o coração liberto.
Pude então lhe conhecer.
Livrar-me das falcatruas.
Que rondavam meu viver.
Agora dedico-me corpo e alma.
A você meu bem querer.

Nosso amor não tem segredos.
É branco como a neve.
Límpido como as águas de um rio.
Saciável e não famélico.
Ele é forte e confiável.
Do tamanha do universo.

GELIS


Recolhe cada fruto do pomar
Quem sabe cultivar com maestria,
Um jeito agricultor trama alegria,
Decerto colherá o bem de amar.

Arando então a terra com vagar,
Cevando pouco a pouco e todo dia,
Usando de toda arte que sabia
Chegaste à minha vida, devagar.

Depois de certo tempo eu percebi
O quanto eu necessito assim de ti,
De todos os prazeres, bela mina.

Redimes com carinho, os erros tolos,
Nos gestos sempre calmos, aras solos,
Rainha que tão mansa, me domina
Publicado em: 21/05/2008 21:11:42
Última alteração:21/10/2008 15:14:16


AMAR VOCÊEEEEEEEE


Vislumbro um Paraíso feito em mar
Convite para um dia de prazer.
Aonde em calmaria eu possa amar
Sentir a mansidão deste momento
Vestindo uma alegria sem igual.
Deixando para trás qualquer tormento,
Encanto libertário sem algemas,
Não quero nem saber do sofrimento,
Distante das tristezas e problemas.
Vivendo a mais perfeita liberdade
Encontro o que sonhei: felicidade!
Publicado em: 22/05/2008 11:38:25
Última alteração:21/10/2008 15:16:17


AMAR VOCÊEEEEEEEE
Amor quando em desejo mais aceso,
Trazendo esta mulher maravilhosa,
Vislumbra com certeza em fogo teso,
Delícia que nos toca mais gostosa,
Sentindo sobre mim teu doce peso,
Te quero assim audaz e tão fogosa.
Bebendo desta luz tão deslumbrante
Eu quero o teu prazer a cada instante
Publicado em: 22/09/2008 13:22:37
Última alteração:02/10/2008 19:36:59


AMAR VOCÊEEEEEEEE
Quem dera se eu pudesse ser herdeiro
Do sonho que se mostra em lua clara,
Amor que tanto eu busco, verdadeiro,
Adoça a minha senda, outrora amara.
Alçando ao infinito um cavaleiro
Encontra esta rainha, perla rara,
E canta seu amor quase impossível,
Matando a solidão, cruel, terrível...
Publicado em: 25/09/2008 09:34:43
Última alteração:02/10/2008 14:19:03



AMAR VOCEEEEEEEEEEEEE /


CANIBAL DESEJO
FÓRCEPS DE UM LOUCO ENSEJO
PARTEJAM DE MIM, NUM SONHO
RUMOREJOS SEM PEJOS
DE UM GOZO INSANO...

E PORQUE TE AMO
ARGUTAS MÃOS TE BUSCAM
AFAGAM,
CRAVAM AS UNHAS
NA LOUCURA DA LÚXURIA QUE ME TOMA INTEIRA...

ROSA DESFOLHADA EM TUA CAMA
NO ÁPICE DO PRAZER,
EM CHUVA
LUVA EM LAVRA
EXTRAVAZA E TE REDOMA...


Amor partogenético divino
Eterno pleonasmo que nos guia.
O canto de louvores, um sacro hino
Enquanto abençoando luxuria
E traz o gosto doce em que alucino
Sagrando a maravilha em heresia.
Altares e pendores, ritos fartos,
Amores e loucuras, camas, quartos...

ANA MARIA GAZZANEO
ML
Publicado em: 17/11/2007 16:31:48
Última alteração:31/10/2008 13:16:20



AMAR VOCÊEEEEEEEEEEEE /

Como deixar de te amar
Se cada encontro é uma festa?
Como não mas te buscar
Se te achar é o que interessa?

Como seguir sem você
Se meu canto por ti gesta
Toda alegria que empresta
Ao meu viver, poesia?

Não, não mais eu seguirei
Sem teu riso, companheiro...
Contigo ao meu lado eu sigo
Vou de janeiro à janeiro

A cantar, alvissareira
Cantata em lira, poema
Que se fez amor certeiro...

Teus lábios entornando um doce vinho
Licores e delícias que propões
Nos braços generosos, teu carinho
Parecem maravilhas, alçapões

Chegando em noite clara, eu já me aninho
E bebo de teu corpo mil poções
No porto dos prazeres, fonte e ninho
Na fome em que se encontram explosões.

No amor que não permite mais censuras
Adentro sem juízo belas furnas
E nelas me esbaldando, vou ao Céu.

Adentro teus caminhos, sou corcel
E faço de meus lábios doce açoite
Singrando tuas tocas toda noite...

ANA MARIA GAZZANEO
ML
Publicado em: 20/11/2007 19:37:16
Última alteração:31/10/2008 13:13:11


AMAR VOCEEEEEEEEEEEEE
Luar exuberante que entrou pela janela
Do meu quarto.
Tomando tudo, claridade e sonho.
Lua Plena de tantas fantasias...
Com um brilho maior que tantos sóis.
Há tempos que não via tal beleza,
Apenas vista nos olhos do meu amor.
Amor que o mar, triste mar, levou.
Luar de tal beleza e calor que, aos poucos,
Foi me fazendo sonhar de novo.
Interessante é que, mesmo com as mudanças
Das fases da lua,
Ela continua cheia,
Numa eterna gravidez de luz.
E eu, apaixonado e entregue.
Sou pego pelos raios e me convida a passear
Andando livre pelos céus,
Andando leve pelos espaços...
Cada vez mais leve e cada vez mais livre.
Até que um dia, uma noite, uma vida.
Estaremos eternamente atados.
Atos e pensamentos.
Quem sabe, neste dia,
No nascimento do que fosse essa criança.
A Terra Inteira
Explodirá em luz.
E dessa lua, desse nascimento,
Venha a mansa paz e ternura
Que o sol não conseguiu nos dar?
Publicado em: 20/11/2008 12:09:10
Última alteração:06/03/2009 18:47:02



AMAR VOCEEEEEEEEEEEEE
Loucura é não ouvir
A voz deste desejo
Que chega devagar
E logo quer um beijo,

Do beijo, sem temor,
Se faz tanto carinho,
Adoça nossa trilha,
Esquenta o nosso ninho.

Depois, a noite chega
E o fogo revigora,
Amada eu tanto quero
Te ter comigo, agora,

Não tenha mais pudores
Nem medo de chegar,
A noite se faz clara
Aos raios de um luar

Que tanto santifica
Quem ama e quem se entrega,
Sabendo disso, amor,
Na luz que quase cega

Eu deixo o meu destino,
Na espera incandescente
Do beijo que incendeia
Amor que vem da gente...
Publicado em: 25/11/2008 11:45:24
Última alteração:06/03/2009 16:40:17



AMAR VOCEEEEEEEEEEEEE
Após as dores tantas que passei,
Os medos que invadiram minha vida,
Agora que, feliz, eu te encontrei,
Do labirinto, encontro uma saída,
No mar de tanto amor, eu mergulhei
Deixando a dor distante e já vencida.

A luta mais renhida está vencida
Depois de toda dor que aqui passei,
Nos braços de quem amo, eu mergulhei
Razão para viver, o bem da vida.
Percebo finalmente esta saída,
Caminho mais suave que encontrei.

A sorte nos teus braços; encontrei,
Dificuldade imensa foi vencida
E ao vislumbrar, enfim esta saída
Depois da triste estrada que passei
Recebo o vento forte e beijo a vida
Nos lábios deste amor, eu mergulhei.

Em meio a tantas trevas mergulhei,
Sabendo que o caminho eu encontrei
Razão para seguir a minha vida;
A solidão enfim se fez vencida
Nas tramas mais doridas que eu passei
Resume nosso amor, uma saída.

Quem tenta na tempesta uma saída
Já sabe o quanto fundo eu mergulhei,
E todo o vendaval que aqui passei.
Somente após saber que te encontrei
Eu percebi batalha já vencida
E renovei em paz a minha vida.

Uma esperança doura a minha vida
Percebe ao fim do túnel, a saída
Deixando bem distante, de vencida
A chama em que sozinho, mergulhei
Agora meu amor que eu te encontrei,
Concebo o quanto outrora em dor passei.

Depois do que passei em minha vida,
Eu sinto que encontrei uma saída
Em ti eu mergulhei. Guerra vencida.
Publicado em: 09/01/2009 12:08:37
Última alteração:06/03/2009 11:40:31


AMAR VOCEEEEEEEEEEEEE
Quero o mel do teu prazer
Quero amor que não tem fim,
Minha abelha; vou viver
Nosso amor que é sempre assim

Um gosto que a vida trouxe
Do jeito que sempre quis
Calmo, manso, quieto e doce
Pronto pra fazer feliz...

Morena que bom que veio,
Fica deitada comigo,
Não precisa ter receio
Te juro, não tem perigo,

Tanto amor tenho por ti,
Moreninha, minha vida,
Nesse amor já me perdi,
Vamos viver nossa vida.

Eu te preparei a cama
Perfumada de alecrim,
Meu amor sempre te chama,
Vem moreninha... Pra mim...
Publicado em: 02/12/2008 18:34:22
Última alteração:06/03/2009 16:24:10


AMAR! -

Já não vou só a caminhar, enfim, errante...
Junto aos teus passos, eu me vi, tão de repente...
Amor surgido me tomou e tão contente,
Junto de ti, céu coloriu-se, em mil matizes...

Diversas vezes, eu pausei, o meu caminho...
Pois solidão minguava toda a alegria...
Mas te encontrei e em bela dança vou contigo...
Em novo lume, como o sol, brilha a poesia...

Caminho passo a passo com quem amo
Enveredando espaços infinitos.
Versejo e com força amor eu chamo
E venço a solidão em claros ritos.

Meus olhos que já foram tão aflitos
Agora neste sonho em que amor tramo
Reféns de uma alegria, vão benditos
Somente em teu olhar encontram amo.

A vida em perfeição com plenitude
Remoça no teu canto em juventude
Amando-te demais, vou amiúde

Na busca sertaneja por açude
Assim como é preciso ter saúde
Amar é sempre um gesto de atitude!

ANA MARIA GAZZANEO
Marcos Loures
Publicado em: 20/07/2007 21:35:10
Última alteração:05/11/2008 18:33:59


AMAR! -

Vem cavaleiro encantado
Me toma de assalto
Em noite de luar...
E me leva contigo...
No recanto abrigo
Vamos namorar...
Tempo mavioso
Certo se fará
Estar junto a ti
Feliz a te amar!


Amar! Felicidade imensa e plena
Que faz a nossa vida se mostrar
Tão mágica, sublime e mais serena
Dourando sob os raios de um luar

Que em noite luminosa nos acena
Delícia de viver e de sonhar
É vida que se mostra mais amena
Embora sempre venha transtornar.

Abrigo que encontrei só teu colo
Morena tão bonita e magistral,
Estando nos teus braços eu decolo

E vôo sem ter asas, pensamento.
Teu corpo tão gostoso e sensual
Certeza de que tenho, enfim, alento...

ANA MARIA GAZZANEO
Marcos Valério Mannarino Loures
Publicado em: 02/08/2007 15:02:58
Última alteração:05/11/2008 17:16:51


Que amor é esse?
Nos deixa insensatos,
veias latejantes,
Coração pulsante.

Que amor é esse?
desconhecido...
livre, leve e solto.
Nos deixam tolos,
infantis, pueris.

Volúpia louca,
Paixão inconseqüente...
Demência desmedida...
Mar revolto, tempestade.
Vôo cadente da ave.

Para que se entendam os corações
Numa linguagem de...
amor, sexo e carinho.

Nada mais a temer
quero a ti pertencer,
Para que me deixes...
Em completo estado de embriaguez,
De prazer me inundar.
Então...
Amar! Tão somente amar.


Eu quero te sentir completamente
Dois corpos que se entregam sem medida,
Em plena simbiose, de repente,
Unificados numa mesma vida.

Ávida sensação inflama; intensa,
Na desmedida entrega, inundação...
O sexo em perfeição, a recompensa,
Imensa desta louca sensação...

Eu quero inebriar-me de teu ser,
Voluptuosamente devorar
Sem pontes, sem pudores, quero ser
Inteiro, totalmente e me grudar

A ti nesta delícia indescritível,
Contigo, sem limite, indivisível!



Aracelly Loures
Marcos Loures
Publicado em: 21/02/2007 13:44:24
Última alteração:06/11/2008 12:06:20



AMAR!

Quem me dera poder ter liberdade
Voando pelos céus sem paradeiro,
Sabendo meu caminho verdadeiro
Vivendo por viver felicidade.
De todos os meus sonhos, o primeiro,
Mergulho nestes céus e vou inteiro
Não levo do passado nem saudade...

Nos braços que entreabertos, esperando,
As asas de minha alma sonhadora,
As mãos de minha amada e redentora,
O tempo sem tristezas, vai passando.
Perfumes sem espinhos, vida aflora
E nada do que tive se demora,
O mundo em rodopio, vai girando...

Estrelas desfilando em carrossel,
A lua plena e clara, em seu luar
Dizendo da ternura de te amar
Eu penso que vivendo assim, no céu,
O canto das estrelas escutar,
Depois de tanta luz, morrer no mar
De amores que me fez o teu corcel...
Publicado em: 13/12/2006 13:48:05
Última alteração:24/10/2008 13:55:54


AMAR!



Alçando um vôo cego
Nego o chão que piso
E tento flutuar
Nas asas deste sonho.
Estupidamente
Lembro-me de Ícaro.
Fazer o quê?
Mais cedo ou mais tarde
Eu sabia que iria sentir
Na própria pele
Toda a solidez do solo...
Publicado em: 01/09/2007 17:04:09
Última alteração:23/10/2008 20:39:51


AMAR
Nossos corpos,
fundem-se
numa junção,
louca e sublime ...
(ivi)

Iremos nos amar de madrugada
As bocas percorrendo tantas sendas...
Searas que descubro em minha amada,
Aberto o coração, vislumbro tendas...

E sinto no teu corpo, meu desejo...
Nos mares que navego, cada porto,
Receba meu carinho, manso beijo.
De tudo que pensei ‘stivesse morto..

Amar é conhecer que o infinito
Limita o sentimento que nos une,
Amor tanto sublime quão bonito,
Ao mesmo tempo cura e já nos pune...

Quem dera se eu morresse neste instante,
Em que sou seu carrasco e seu amante...
Publicado em: 26/03/2008 23:46:36
Última alteração:21/10/2008 20:32:40


AMAR





Amar toda manhã
É tudo que deseja
Um coração faminto,
Provando da cereja

Gostosa desta boca,
No corpo, uma maçã
Deitando em minha cama,
Os seios de romã.

Felicidade plena
Se faz neste pomar,
Que toda noite vem
Com fome de provar

E desfrutar de tudo,
Um pouco e sempre mais,
Segredos que descubro
De mar, de porto e cais.

Veredas que prometem
A fonte genial
Que é feita de carinho
Ousado e sensual.

Depois entrar no rio,
Chegando à sua foz
Lambendo tua praia,
Numa explosão feroz.

Sei quanto amor brotou
Na lavra mais audaz,
Tu sabes minha amada
Como me satisfaz!
Publicado em: 31/03/2008 20:44:18
Última alteração:21/10/2008 20:15:17


AMAR
Mal sabias que em tormentos
Andava triste e marcado,
Aflorando os sentimentos,
Querendo estar ao teu lado.

Mas voltei como de um sono,
Sem ter sequer cicatriz,
Rainha; volte ao teu trono,
Comigo serás feliz!
Publicado em: 02/04/2008 12:44:19
Última alteração:21/10/2008 16:50:01


AMAR
Prazer que com certeza é nosso rito
Trazendo esta beleza em pleno amor.
Vivendo nosso sonho mais bonito
Percebo novo encanto a se compor
Adentro nos teus braços, infinito,
Mergulho neste olhar tão sedutor.
Num mar de poesia, minha amada,
A vida em mil prazeres, desenhada...
Publicado em: 14/05/2008 08:05:46
Última alteração:21/10/2008 14:38:27



AMAR
A juventude foi-se há tanto tempo.
Agora só me restam poucos anos.
Preciso de elixir que restitua
Meus dias que se foram, soberanos.

A fonte que busquei, da mocidade,
Decerto não encontro no caminho.
A noite sem luar, vai se acabando
Enquanto permaneço aqui sozinho.

Porém num almanaque, uma verdade
Estampada, dizia e não reprovo.
A boi velho, jogado já num canto,
Remédio é um chocalho bem mais novo.
Publicado em: 14/05/2008 10:39:55
Última alteração:21/10/2008 14:38:56



AMAR
Laços frouxos nos prendem.
Liberdade é nosso lema.
Somos pássaros em matas virgens.
Nosso amor não é problema.

Nosso vôo é livre e paralelo.
Nossas paragens diferentes.
Mas nada disso nos impede.
Que nos amemos loucamente.

Nestas horas de emoção,
São poemas que nos une.
Um frêmito de prazer.

Na despedida um queixume.
Mas sempre voltamos a sorrir
Em outro momento radiante.

GELIS


Não tendo mais sequer qualquer algema
Iremos mais libertos pelas ruas,
Enquanto tantas vezes já flutuas
Distante da mentira e sem problema

Eu faço da alegria o meu emblema
Estendo na varanda várias luas,
Estrelas vão surgindo belas; nuas
Não há nem mais fantasmas que se tema.

Tu és de toda a glória, a responsável
No amor que é muito mais que imaginável
Sabendo da esperança o seu trejeito.

Feitio deste terno? Desde cedo
Guardado sob a forma de segredo:
Adoro com certeza esse teu jeito.
Publicado em: 21/05/2008 19:34:04
Última alteração:21/10/2008 15:13:44



AMAR

A neblina que toma meus olhos
Não impede que eu veja
A imensa cordilheira
Chamada amor.
A solidão permite
Que eu vislumbre
Na plenitude
A esperança...
Publicado em: 22/05/2008 14:40:00
Última alteração:21/10/2008 06:31:50



AMAR

Sonhos
Medonhos
Espreitam
Na noite.
Tocaia...
Tocando as estrelas
A moça não sabe
Bem antes que acabe
Virá novo tempo.
Contemplo o seu corpo
E vejo outro sol...
Publicado em: 19/06/2008 20:53:32
Última alteração:19/10/2008 21:09:05



AMAR
Não digo: renasço
Nos maços de dores
Das flores jogadas
Cigarros abertos
Destinos incertos
Poeto o vazio.
Completo o meu riso
De irônica fonte.

Sou quase o quasar,
Pulsando distante
No eterno pulsar.
Depois. Buraco negro.

Amores cevados
destinos marcados
por olhos distantes
colheita perdida,
a dor entranhada
na pele curtida
ao sol deste nada...
Publicado em: 07/08/2008 21:03:06
Última alteração:19/10/2008 19:45:58


AMAR
Arcanos olhos
Velhos momentos
Praças e pinos
Piões e sorrisos.
Agonizo em granizos
Caindo na tarde
Em tempestade
Que nunca sanou
Quem sabe se entranhe
A boca cortada
Estrelas se foram,
Decoram outro céu.
Mel?
Quem dera.. Ferrão!
Vespas e caspas
Castas e crostas
Cumes... precipícios.
Abissais
Abismais
Biso mais?
Bisonho...
Amar é ser bizarro,
É capotar o carro
Voltar de novo ao barro
De onde eu nunca
Deveria ter saído.
Duvido, devido
Dramáticos astros
Perdem o rumo.
Meteoros caindo
Sorvendo esperanças
Prometeu amarrado
Na penedia cruel.
O bico do abutre
É meu consolo...
Apenas um afago
E nada mais.
O mar é imenso
A derrota é terrível.
Mas valeu a luta.
Abrupta e completa.
Ao fim, empatei.
Matar? Não matei.
Dos morros corri,
Mas sei que morri.
Publicado em: 28/08/2008 08:25:03
Última alteração:17/10/2008 14:19:45



AMAR
Cachorro que late grosso,
é bonito quando acoa;
amar quando é de gosto,
meu Deus, que coisa mais boa!

Nosso amor é bem gostoso
Todo o dia te beijar.
Tá me deixando orgulhoso,
O prazer de namorar

Não sou cabra vaidoso
Mas não canso de falar,
Teu pescoço é tão cheiroso,
Minha flor quero cheirar.

Passa segunda, na terça,
Quarta, quinta e sexta feira,
Mais amor do que eu mereça

Chega o final da semana,
Namorei semana inteira...
Coração nunca se engana!

Trova mote da região Oeste de Minas Gerais
Publicado em: 21/09/2008 21:46:32
Última alteração:02/10/2008 20:21:20


AMAR
AMAR

Exposto à loucura
Caído no chão
Sarjetas.
Um cão vadio
Seguindo pegadas.
Farejo o prazer
Em cada rabo de saia...

Num pano vermelho
De nylon, algodão
Desfilas teus paraísos
Escondidos, ou quase.

Miragem?
Álcool?
Alucinação!

Castigos em promessas
Fustigas minhas taras
Caras e bocas
Locas, amarras
E garras profundas.
Bandas e bunda,
Bondes perdidos.
Tempos passados
Camas revoltas.
E a vontade de adentrar
A paisagem-miragem.

No ar tão pesado
Dos dias que passo,
Talvez no compasso
Aberto das coxas
Coragem e ventania.
Aragem, valentia,
Traduzindo salvação.
Publicado em: 22/09/2008 17:31:05
Última alteração:02/10/2008 19:34:45



nunca se sinta só,
pois mesmo em pensamentos
estarei ao lado teu.
Queria poder te cobrir de beijos
fazê-lo sentir todos os meus desejos.
Ser tua amante, amiga
amá-lo nas madrugadas frias
em que teu corpo se aquece do meu.
Queria eu, nesse momento,
transpor todo esse meu sentimento
da maneira mais simples e natural,
amá-lo sem temor, unir-me a você,
saciar-lhe todos os desejos...

Poder sentir inteiro o teu perfume,
Em cada novo dia, me entregar,
Bem mais da forme de costume,
Teu corpo no meu corpo naufragar...

Subindo estas montanhas, vales, cume...
Naturalmente inteira, te tocar.
Cravando em teu cerne, todo o lume
Que um dia das estrelas quis roubar.

As duras madrugadas que, tão frias,
Maltratam quem dormia assim mais só,
Fazendo deste sonho as fantasias

De uma dia ser feliz, não sofrer mais.
Renasço nos teus braços deste pó,
Solidão que não quero ter jamais...

Escritora rp
Marcos Loures
Publicado em: 05/04/2007 20:47:42
Última alteração:06/11/2008 10:11:01


Dizem que amar assim...
Perfeita loucura é......
Que importa??
Seja ou não....
Um gigante me sinto...
Por tanto te amar..........


Amar não é loucura ou fantasia
É verbo que se faz felicidade.
É canto que nos toma em alegria
É sonho que nos guia à liberdade.
É vida que se entorna em poesia,
É rumo que nos leva à mocidade.

Loucura é desamor, tanta tristeza,
É verso em que se dá desilusão,
É rio que se perde em correnteza
É chuva que não veio no sertão,
É lágrima sentida em impureza
É tosca e tão cruel ingratidão.

Amor nos alimenta e agiganta,
É força que nos salva e nos encanta...

Marta Teixeira
Marcos Loures
Publicado em: 24/04/2007 18:01:41
Última alteração:06/11/2008 08:42:12



AMAR


Dileto, querido,
Do meu coração...
Ardendo de amor,
Queimando em paixão,
Está nos teus braços,
Minha redenção!

Se peco não nego...
Nem peço perdão...
Te amar feito cega,
A perder a razão,
Se fez a alegria,
E toda a emoção,
Dos dias tão frios,
Noites de verão...

Meu tempo mais doce
Neste mundo cão!

Não posso calar
Amor dentro em mim,
Vivo a te buscar
Amor não tem fim.

Teu corpo tocar,
Boca carmesim,
Até naufragar,
Me perdendo assim

Na noite que queima
Na lua que vem,
Amor não tem teima

É sorte quem tem
Um gosto tão doce
Que a sorte me trouxe...

ANNE MARIE
Marcos Loures
Publicado em: 25/06/2007 23:34:54
Última alteração:05/11/2008 20:44:48



AMAR

Todo amor tem seu preço é lema certo
Sentença e hora exata em seu prazer
Mas, quem é capaz de menosprezo
Em tal façanha que é destino oferecer

No magistério, és professor qualificado
Pra exalar tanto amor em versos livres
Desafiando corações em desalento
Despertando alento a quem não vive

O coração tem seus segredos e mistérios
Decifrá-los é desafio incontestável
Visto que mente é segredo impenetrável

Mas aos amantes o coração fala baixinho
Com seus olhares segredos decifráveis
Somente o toque já decifra a mensagem

Amar é transfundir uma emoção
Qualificando a vida em força plena
Sentir bater mais forte o coração
Em tempestade imensa que serena.

Vagar quase sem rumo na amplidão
É benção que tão mágica, envenena,
Beber do sofrimento e ter em vão
A sensação cruel e mais amena.

Segredos que trocamos; quais mistérios
Implícitos em versos e palavras,
Amar é descuidar-se dos critérios,

Colher uma alegria em dor que lavras,
Percebo nas mensagens que me mandas,
Que amor em si já traz cura e demandas...

SOGUEIRA
Marcos Loures
Publicado em: 04/07/2007 17:21:22
Última alteração:05/11/2008 19:51:38



AMAR



Quem ama já descobre
A sorte que se tem,
De ter amor na vida,
Vivendo para alguém

Que sabe o quanto vale
Também cada carinho,
Amando sem temer
Mesmo que vá sozinho

Procure me entender
Se acaso me quiseres,
Desejo descobrir,
O quanto tu me queres,

Por isso vou pedir,
Em cada verso meu,
O gosto da maçã
No beijo que me deu.

A vida é tão malsã
Pra quem não sabe amar,
Por isso venha logo,
Comigo, enfim, sonhar...
Publicado em: 07/07/2007 16:17:39
Última alteração:23/10/2008 20:36:06



AMAR

Amor senso comum em contra-senso,
Sentido vivo imerso em mar imenso
Soergue quem se abate em luta insana.

Em fases diferentes nos semeia
Ênfases tão diversas; fogo ateia
Engana mesmo quando desengana.

Amor é virtual e vencedor
Amor é tão real quanto essa dor
Que dorme em sobressaltos e inferniza

Amor que não se cuida e nem se adoça
Abrindo pra si mesmo triste fossa
Não sobrevive nem à leve brisa.

Porém o nosso amor é força intensa
Que traz no próprio amor a recompensa
Da vida que sonhamos sem percalços.

Andamos por milênios e mil ares
Milhares de cometas e luares
Os pés humildemente vão descalços..

Quem dera todo ser assim pensasse
E em puro amor sincero se encontrasse
Sem ter por que e nem fazer sofrer...

Amada tão amiga e companheira,
Amar é muito mais que uma bandeira
É misto de esperança e de prazer...

Não deixe que a quimera nem te arranhe,
Perceba que por mais que a gente ganhe
Talvez um só sorriso seja a glória

Perdoe quem perdeu felicidade,
No nosso amor tão pleno de amizade,
O fato de existirmos é vitória...
Publicado em: 19/08/2007 06:27:38
Última alteração:23/10/2008 20:38:31




AMAR


Na brancura da bruma que se mostra
Nas costas, praias, mares e falésias
Tropeças teus desejos e penhores,
Penhascos, riscos, ritos, sons e vagas,
Alagas, hemorrágico prazer.
Aprazas praças, passos, paços, guetos.
Ninfetas desnudadas nas areias.
Nas veias morfinantes sensações,
Tufões e lagos plácidos, misturas...
Procuras pelo sexo, bares, bocas.
Entocas meus delírios entre as coxas.
Afrouxas e contrais, loucura imensa,
Na densa bruma imersa, gozo e cura.
Publicado em: 18/09/2007 18:28:07
Última alteração:23/10/2008 18:06:58


AMAR

Exposto à loucura
Caído no chão
Sarjetas.
Um cão vadio
Seguindo pegadas.
Farejo o prazer
Em cada rabo de saia...

Num pano vermelho
De nylon, algodão
Desfilas teus paraísos
Escondidos, ou quase.

Miragem?
Álcool?
Alucinação!

Castigos em promessas
Fustigas minhas taras
Caras e bocas
Locas, amarras
E garras profundas.
Bandas e bunda,
Bondes perdidos.
Tempos passados
Camas revoltas.
E a vontade de adentrar
A paisagem-miragem.

No ar tão pesado
Dos dias que passo,
Talvez no compasso
Aberto das coxas
Coragem e ventania.
Aragem, valentia,
Traduzindo salvação.
Publicado em: 06/10/2007 11:29:48
Última alteração:23/10/2008 18:41:51


AMAR

Meu mundo se mostrando em alegria
Permite que eu encontre uma esperança
Na força desta estrela que me guia
Promessa benfazeja já se alcança
De um dia mais feliz em que a magia
Do velho já transforme na criança
Resgate em novo amor da juventude
Amar é renovar-se e ter saúde...
Publicado em: 09/11/2007 19:36:31
Última alteração:23/10/2008 18:55:31



AMAR

Amar é admirar com o coração. Admirar é amar com o cérebro.
Theophile Gautier

Amar é ter suprema admiração
Deixando para trás qualquer defeito,
Olhando com os olhos da paixão
O ser amado passa a ser perfeito.
Porém ao admirar a perfeição
Tu amas na verdade de outro jeito,
Deixando uma razão logo aflorar,
Razão ou emoção nos faz amar...
Publicado em: 09/11/2007 20:55:44
Última alteração:26/10/2008 21:35:26


AMAR

No pensamento, um sonho foi criado
Formado por desejo mais ardente;
No dia a dia sempre celebrado
No canto mais feliz, alegremente.
Agora o sentimento cultivado
De simples ilusão, sacra semente;
Permite que o amor, assim ordene
A glória se tornando, então, perene.
Publicado em: 07/12/2007 06:47:34
Última alteração:23/10/2008 17:36:41



AMAR


Amar é libertar o pensamento
Fazer de cada dia, eternidade.
Recebo o teu carinho como um vento
Que manso já me traz felicidade.
Mergulho nos teus braços, sentimento,
Criticar-nos, quem pode, enfim, quem há de?
No vão destes teus braços carinhosos,
Recebo mil carinhos maviosos...
Publicado em: 07/12/2007 08:00:01
Última alteração:23/10/2008 17:36:57


AMAR

Qualquer que seja o mote
Qualquer que seja o norte
Amor desnorteia.
Fazer o quê?
Deixar ao léu,
O barco sem timoneiro
Encontrará uma praia,
Qualquer que seja a praia
Mas chegará...
Publicado em: 08/12/2007 16:48:51
Última alteração:23/10/2008 17:38:01


AMAR

amar e perdera razão pra encontrar a emoção

perder o juízo sem ter prejuízo

perder as redias e disparar o coração

sentir calma,sentir sua alma, penetrando na minha



Razão ao ser tocada por amor

Perdendo todo o rumo já se entrega

Aos braços da emoção em destemor,

Por mar tempestuoso enfim navega;

Num novo caminhar a se propor

Sem rumo e sem destino; quase cega,

Porém amor permite um novo sonho,

Decerto mais audaz e mais risonho...



ADRIELLY CRISTINA

ML
Publicado em: 15/12/2007 10:01:25
Última alteração:23/10/2008 08:52:36


AMAR

Pela vida deixei caminhos claros,
Cansados velhos pés e tristes mãos...
Os medos se repetem não são raros...
Os dias se tornaram meus irmãos!

As dores, companheiras dessa estrada,
Não querem permitir tua visita.
À noite não me resta madrugada,
O coração destrói-se, dura brita...

Jardim morrendo, perco uma tulipa,
Já morta, não deixando a flor de lis.
A dor veloz, sorrindo me antecipa,
Irônica me diz: não és feliz!

Nas pontas das chibatas, desatinas...
O sangue que se escorre nunca estanca...
As praias no deserto minhas sinas,
A noite que sonhei, termina branca!

Perdido, me desfaço nos teus veios...
A lua não permite esse esplendor.
A mãe que me sustenta nega seios,
Estranhas tempestades, desamor!

Das rosas nunca tive seus eflúvios,
As portas que fechaste, são etéricas,
Os medos transformados em dilúvios,
As mortes são sinfônicas, histéricas!

Sonhara sempre ter comigo as graças,
Pensara tantas vidas imortais.
A vida me prepara tais desgraças.
Os sonhos que sofri, não quero mais!

Nas torpes caminhadas tantas eras,
As bocas escarrantes dos amigos...
As pragas meu castelo, velhas heras,
Não me protegerão desses perigos!

Num recôndito deixo o podre templo,
Não queira mais saber nem sei mais onde...
O resto dos meus laços, não contemplo.
Nos passos derrapantes perco o bonde...

Tantas vezes tentei saber segredos,
Muitas vezes perdi-me em teus ciúmes...
Nas portas da ambição velhos degredos,
Nos parques da emoção tensos queixumes...

Pois, como me deixaste em tenebrosos
Pesadelos, jamais vida circula
Entre os restos mortais, vis pavorosos...
A morte sanguinária traz dracula!

O meu desesperado tinto, sangue.
Vinícola fartura apaixonado...
No que me sobrar: podre, mar, mangue,
O passo que pensei descompassado...

As vísceras expostas, minha morte.
As pétalas rasgando o manso sonho...
Queimando-me venais expulsam sorte.
O karma minha herança, é mais medonho!

Nas vastidões perdido, pois sei frias,
Percebendo, ansiado, tal fluidez...
Nos pântanos nos pélagos, morrias.
Agora, percebi, é minha vez!

Quem me dera saber de teus mistérios!
Quem sempre fora amante, vai simbólica!
Dos tons que me dedicas, cemitérios,
Antenas minhas dores, parabólica!

Perdido, em desespero, olhos tão lívidos,
Bem sabes que legaste olhos mais frios.
Matando as sensações de serem vívidos,
Respingas teus venenos mais sombrios!

Muitas vezes perdido, sem ter rumo.
Adormecido em sarjetas velhas praças...
Jamais sobreviver, levantar prumo.
Servindo de isca viva para as caças.

Nas pontes, velhas fontes, nas Igrejas...
Dormindo pelas ruas da cidade...
Cansado das derrotas nas pelejas,
Buscando pela vida, claridade!

Resumo de fatal encenação,
Verdugo de mim mesmo, sem futuro.
Não sei de meus caminhos nem portão!
As cordas que salvam, salto o muro...

Vacinas e bacilos são venéreos
Espadas que me cortam, passageiras.
Os sons que me repetes nunca estéreos
Mordes-me com as presas verdadeiras!

Sorrateira manhã que não atrevo
A ponte que me deste, levadiça...
A vida sempre deixa um cruel trevo.
A morte me namora e me cobiça!!!

No meu quintal brotou urtigas, urzes,
A franja da ilusão raspando irônica.
Nas costas tanto peso, lenhos, cruzes...
Gargalha a gralha rindo-se histriônica!

Nos pontos de partida, sem destino.
As portas da saudade são ferozes.
Quem fora simplesmente esse menino,
As pernas nunca marcham, invelozes!

Só sei deste meu nada em nada creio,
Castelos de princesas desabados.
Não sou metade nunca tive um meio
Apelos que já fiz, desesperados!

Espero pela dor depois da curva,
A morte se prepara para a festa.
A vista que me deixa, fica turva
O lobo me devora na floresta!!!

Mereço ter meu mundo estropiado,
Rasgado pelas garras desta peste.
Os prêmios que perdi, paguei dobrado.
O fogo vem subindo em minha veste.

Cáspite! Merecia melhor sorte!
A dívida que tenho nunca acaba.
Quem sabe sorriria para a morte,
A noite no meu norte se desaba!

Vasculho nos meus bolsos, nada tenho..
Vasculho em minha cama, nem lençol,
Persigo meus defeitos de onde venho,
Não pude nem conheço nascer sol!

Nas catedrais silentes, velhos túmulos...
Homúnculos vestidos de quimera.
Nos altos dos meus sonhos, ledos cúmulos
Nas cartas que não fiz, parca e megera!!!

No parto que enfrentei, resta placenta.
A porca que engordei, morde ferrenha.
Resumos que não fiz, a noite venta,
Na mata sem saída a vida embrenha...

Nada mais tenho, nada mais terei,
Num canto, abandonado, fico mudo.
A vida me deixou u’a fatal lei.
O pássaro não voa, sou miúdo...

A bala engatilhada me responde.
Num revólver, resolvo meu problema.
Quem pensaria nobre, qual visconde,
Não deixa de cumprir esse dilema...

Da rapa do meu monte da lembrança,
Desperta, num momento essa aliança,
Vida, não sei se amor ou por vingança.
Num átimo reluz velha esperança!!!!

Publicado em: 22/12/2007 16:13:09
Última alteração:22/10/2008 21:06:21


AMAR

Partilha que se faz todos os dias
Nas palavras pensamentos e vontades
Na força dos desejos rumo guia
Nos ventos que sopram em liberdade

Do querer que na distância silencia
Apenas com as asas da imaginação
Quando o olhar contempla a lua fria
E o dia resplandece sol no coração

Farol que nos guia nas noites plenas
Nos sonhos das madrugadas silenciosas
Apenas as estrelas claridades formosas

Testemunham a travessia em harmonia
Dos amores que cavalgam sem cansar
Até a última palavra não se esgotar

No toque mais preciso de Cupido,
Menino bem sapeca e sonhador.
Rosto no coração foi esculpido
Com mágicas ternuras do escultor
Destino nos teus braços foi cumprido,
Nas asas da magia deste amor.

Recebo teu carinho dadivoso
Na glória de saber que és minha amada.
No rio da esperança, caudaloso;
Minha alma sempre segue extasiada,
A vida do teu lado, raro gozo,
Tomando novo norte em bela estrada...

Contigo irei trilhando este infinito
Caminho que nos traz amor bendito...

SOGUEIRA
ML
Publicado em: 26/12/2007 16:29:09
Última alteração:22/10/2008 21:09:11



Amar

Por vezes entre cardos caminhamos,
E a dor em tempestade sempre rega
Jardim das ilusões matando os ramos
Aonde uma emoção audaz se nega.
Nos sonhos em que tristes navegamos
Uma alma solitária se faz cega.
Procuro por teus rastros, teus sinais,
E sei- não te verei, amor – jamais...
Publicado em: 02/01/2008 08:02:28
Última alteração:22/10/2008 21:29:34



AMAR
Amar
Amarra
Amaro
E doce.
Num agridoce sonho
Ponho o barco.
Ao largo de teu porto
Invado tuas praias.
Naufrago nos teus braços
O vento em tuas saias,
Vencendo as resistências
Clemências não mais ouço
E bebo desta fonte,
Adentro este teu poço
E posso te dizer
Da sanha que promete
Ser feita no prazer
Que vem e se repete...
Publicado em: 05/02/2008 08:07:40
Última alteração:22/10/2008 17:39:48


AMAR, AMAR --

Quem dera que este cais abandonado
Trouxesse um passageiro livre, manso
Regado de carinho em belo espaço
Unindo os desejos, embalo encanto.

A mão já calejada em dura vida
É gozo da missão força cumprida
Ao toque d’outra mão frágil bendita
Afagos em carícias, mãos divinas.

Molho-me nesta chuva em plena paz
Com pingos gotejando corpo, vida
Sabor de liberdade, alma esquecida

Embalo-me nesta procura rotineira
Desejos viajando em mar aberto
Unindo meu amor a tua prece

As mãos já calejadas pela vida,
Os olhos esquecidos no horizonte.
O tempo se aproxima em despedida.
O sol que vai morrendo trás o monte

Mostrando quanto é dura a nossa lida
Em busca do futuro que se apronte
Apenas nosso amor mantém a fonte
Nesta certeza em glória, tão querida

De vermos esperanças e consolos,
Aguando e semeando em nossos solos
Frutificando a paz em liberdade.

Arando uma certeza feita em luta
De que o amor venceu a força bruta...

SOGUEIRA
Marcos Loures
Publicado em: 22/07/2007 20:13:17
Última alteração:05/11/2008 18:29:23


AMAR, AMAR DEMAIS*

Quero...
Ao teu lado meu amado...
Descortinar os mistérios
Deste amor encantado...

Quero...
Aquecer-me no calor
Deste sol, feito amor...
Surgido em meu peito!

Quero...
Neste ninho em flor...
Partilhar com você
Das delícias do amor!


Ah! Se eu pudesse ser
O canto da esperança
Que traz toda esta festa
Que faz toda esta dança
Andar o que me resta
No amor em aliança
Na qual a gente gesta
O sonho que se alcança
Vencendo a dor que empresta
Valor a cada lança
Amor tem a potência
E mostra que a ganância
Matando a convivência
Se faz em dissonância
Porém uma alegria
Que vem desta partilha
Além do que podia
O mundo maravilha
Fazendo da constância
O passa mais intenso
Em direção ao sonho
Que sei ser tão imenso
De um mundo mais risonho
Ao qual estou propenso
Pois sei que quando penso
Em ti, felicidade
Se torna realidade
E mostra ser possível...

ANA MARIA GAZZANEO
Marcos Loures
Publicado em: 28/07/2007 20:26:35
Última alteração:05/11/2008 17:42:06

AMAR, AMAR i

O deus que pelos céus se fez eleito
E doma um coração enamorado
Em setas atingiu um velho peito
De tantas amarguras do passado,
Agora não sei mais se tomo jeito,
Apenas me percebo destroçado
Ferido pela seta que é mortal
Do amor que traz insânia, sensual...
Publicado em: 10/11/2007 15:38:51
Última alteração:23/10/2008 17:10:03




AMAR, AMAR!

Dos cadáveres que levo algum me pesa tanto
Que não consigo crer como agüentei o pranto
E a dor da perda. Não pretendo mais falar
Das mulheres, do medo e da fatal espera
Que sempre me acompanha. Esqueço do luar,
Da casa pequenina e até desta tapera.

Fui tantas vezes frio, outras queimei no estio,
Em verdade omiti as curvas deste rio
Onde afoguei o verso, imerso sem ter dó.
Também eu não pedi nem vou pedir mais nada;
Apenas que me deixe. Eu prefiro estar só,
Sem ter preocupação se vem a madrugada!

Uma saudade estranha: o medo que não tive;
Mistérios deste templo onde a quimera vive.
Vive e me traz vergonha, estou meio cansado.
Estou na idade em que os sonhos são mais mansos.
Não devo mais beber; me deixe aqui do lado
E pode ir procurar os seus belos remansos...

Depois de tanto disse, e não disse, e dirá,
O que não sei aqui, eu nunca serei lá.
Lá, onde as manhãs que jamais eu sonhei ter,
Acordarão do medo, eterno medo do nada,
Do vazio, do que sei que nunca irei saber.
Algo assim como beijo e carinho de uma fada.

A safada não veio e nunca mais notícias.
Aliás estou só, e sonho com carícias,
Nem que sejam assim tortas ou insinceras
Das mulheres que sei que jamais me amariam...
E por falar de amor, onde estão as panteras
Que prometeste, vida? Eu sei que não viriam.

O gosto da saudade: um chocolate amargo,
Dá prazer e maltrata. O mundo é longo e largo,
Embargo a voz, um trago e depois a ressaca.
Meu barco corroído em plena tempestade
É um naufrágio certo, a culpa é sua, craca,
Assim como também é culpa da saudade...

Música e botequim, mistura corrosiva...
Depois de certo tempo, uma mulher é diva,
Pouco me importa, sou o que sempre desejo,
Pirata, submarino, olho cego e viseira,
Cataclismo irreal, amor me dê teu beijo.
Na cauda do cometa, espreito a terra inteira.

Depois, peço desculpa e se não me der; tchau!
Viajo pela noite, espaço sideral!
E volto para casa, amargo e tão sozinho...
A lua é companheira, o copo de conhaque...
Espero tua mão, em vão, cadê carinho?
Mas não repare não, a lágrima é de araque!
Publicado em: 09/10/2007 14:58:38
Última alteração:23/10/2008 19:57:18


Das ilusões eu faço um grande embrulho
E jogo lá de cima do penhasco
Amor quando cismando em ser carrasco
Ao menos vem fazendo um tal barulho
Parece tanto pombo em tanto arrulho.

Vendi as minhas lágrimas decerto
Em litros, nos barris em plena esquina
Amor que tanto faz bate de quina
Eu não quero ficar tampouco perto.
Sou mar e sou alérgico a deserto.

Mentiras que contei sobre nós dois,
Espalho nossas cinzas na cidade.
Depois irei falar dessa saudade
Mas juro não darei o nome aos bois.

Batuca um velho peito sem juízo
Procura logo as pernas da morena.
De novo esse moleque, amor, acena.
De novo vou pecar no paraíso!
Publicado em: 27/05/2007 06:18:59
Última alteração:23/10/2008 20:30:47


AMAR, AMAR

Me vês em tua cama
Tal qual a lua bela
Poeta que me ama,
Teus versos são prá ela?
Ciúmes devo ter,
Da imensa lua, então
Postada na janela
Roubando o coração
Do meu amor, enfim...
Tua rosa amarela?
Respondes-me por fim...
Tu tens amor por mim?
Então feche a janela...
Poeta que ama a lua,
Amor da flor, cancela...

A rosa no jardim,
Você em minha cama,
Felicidade assim,
Acende sempre a chama

De quem sonhou por fim,
Com chuva, mel e lama,
Bebendo até no fim
Amor que tece a trama

Felicidade espreita
Mas vem, decerto, inteira,
A boca insatisfeita

Procura por roseira,
Não me faça desfeita,
Vem logo, companheira...

ANNE MARIE
Marcos Loures
Publicado em: 06/07/2007 21:57:47
Última alteração:05/11/2008 19:47:55


AMAR, AMAR

Juntinhos vamos sim
Viver amor eterno
Pois certo é que encontramos
Oásis, no deserto...

Eu trago o coração
De amor por ti, repleto
Felicidade enfim,
Se fez raro confeito...

No beijos que trocamos
Nas juras de amor
Sempre se vê tão claro
A força deste amor!

Enfim, estrada florida...
No amor, prá toda a vida!


Estrada tão florida em que passeio
Depois de conhecer teu colo amado,
Beijando calmamente sem receio,
Encontro-me por fim, extasiado.

Nesta delícia imensa em cada seio,
Não quero mais lembrar do meu passado.
Qual rio que percorre novo veio,
Qual mar que vai, enfim, iluminado...

Dourando meu desejo no teu colo,
Queimando neste ardor que nunca cessa
Vertendo nosso amor em pleno solo,

Além do que pensara conseguir,
Amar e ser feliz, não é promessa,
Prazer que é tão gostoso de sentir....

ANA MARIA GAZZANEO
Marcos Loures
Publicado em: 10/07/2007 18:36:06
Última alteração:05/11/2008 20:08:14


AMAR, AMAR

Sou resto
Quase rito
Riso solto,
Arrasto meu olhar
E nada vejo.
Somente
O que não sei
E nem desejo
Surgindo
No horizonte
Dos meus olhos.
E bebo deste suco
Sumo e gomo.
Amar é
Mar
Maré
E nada mais.
Após
O nada devo
Nem queria,
Vasculho
Uma gaveta
E lá encontro
Retrato há tanto tempo
Amarelado
Do quanto
Que eu amei
E foi deixado
Nas pedras e nas urzes
Do caminho.

Refaço cada traço
E já realço
Os erros cometidos
Os percalços
Descalço
Entre estrepes,
Tanto espinho
Quem sabe
Poderei
Amar em paz?
Publicado em: 13/09/2007 15:43:01
Última alteração:23/10/2008 18:07:03


AMAR, AMAR


Amor em esperança se liberta
Dessas duras algemas do ciúme,
Trazendo a nossa vida sempre alerta
Já sabe discernir melhor perfume.
A cada novo dia a descoberta
De um tempo sem lamento e sem queixume.
Amar e ter no peito uma esperança
Certeza de uma vida em temperança.
Publicado em: 08/12/2007 21:24:08
Última alteração:23/10/2008 09:25:29


AMAR, AMAR

Invade pelos mares, ganha a areia,
Renova em alegria uma jornada,
Na praia da esperança se incendeia,
A sorte de viver é desejada,
Amor vai penetrando pela veia,
A nossa alma se deixa ser tomada,
Pelas garras felinas deste sonho,
Trazendo um canto nobre e mais risonho.
Publicado em: 05/01/2008 12:17:26
Última alteração:22/10/2008 21:27:36


AMAR, AMAR


O Dia nascerá de novo certamente/
Basta à luz clarear nas madrugadas/
A mensagem fala forte singra os tempos/
É como furacão há sempre entrada/

Basta à porta redentora está aberta/
A mão ofertar a palma vem vitória/
As vontades se unirem amor desperta/
E tudo se renova o campo é glória /

A vida é mais sublime quando amamos/
Tudo ao redor floresce plenamente/
As nuvens até olham sorridentes/
É só a busca na alma amor vertente/

Quando o crepúsculo emergir na madrugada/
Lembrarei deste amor que em mim é alvorada/



Amor não permitindo mais engano,
Nem mesmo a fantasia que desande,
Repara da tristeza qualquer dano,
Tornando-se maior em feito grande,
Amor que se demonstra soberano,
Não sabe de ninguém que nele mande
Seguindo vai incólume adiante,
De todos os maiores, o gigante!

SOGUEIRA
ML
Publicado em: 12/01/2008 18:06:30
Última alteração:22/10/2008 19:42:12


AMAR, AMAR
Em meu canto, me espanto e te procuro.
Me curo em tua cura e teu decoro.
A lua em seu encanto me faz coro.
Clareia e me incendeia nega escuro.

Vencido tenho sido mas não ligo.
Me abrigo do perigo em tuas mãos!
Os chãos que da amplidão perecem vãos,
Disfarçam noutra face do perigo...

Vorazes as audazes asas, ases,
Sem freio sem receio, caçam meio
Encontram seus encantos no teu seio.
Os versos que enveredo são mordazes.

Mentiras quando atiras sobram tiras.
Tiaras e searas são serpentes.
Os pentes nos repentes quando sentes
Se entranham e se estranham, ledas liras.

Meu mote neste pote forte fica.
Fortifica quem liça faz a festa.
Me resta tão somente frágil fresta.
Amor que não se entende, não se explica!
Publicado em: 24/04/2008 19:35:31
Última alteração:21/10/2008 13:28:35


AMAR, AMAR
No vasto mar amar é onda
Abissal, abismal ventarola...
Remansos e tempestas
Festas Netunais...
Carnavais e montarias...
Sereia espera cavalo marinho...
Celacanto provoca tsunami.
Ame e não deixe, espere e reveja...
As águas as mágoas...
Mariazinha foi pro mar,
Cadê Mariazinha
Que não sabe amar?
Se não sei nadar
A culpa é dos peixinhos
Que marinheiro só
Nunca fez verão....
Publicado em: 26/04/2008 18:21:11
Última alteração:21/10/2008 13:36:47


AMAR
AMAR

Exposto à loucura
Caído no chão
Sarjetas.
Um cão vadio
Seguindo pegadas.
Farejo o prazer
Em cada rabo de saia...

Num pano vermelho
De nylon, algodão
Desfilas teus paraísos
Escondidos, ou quase.

Miragem?
Álcool?
Alucinação!

Castigos em promessas
Fustigas minhas taras
Caras e bocas
Locas, amarras
E garras profundas.
Bandas e bunda,
Bondes perdidos.
Tempos passados
Camas revoltas.
E a vontade de adentrar
A paisagem-miragem.

No ar tão pesado
Dos dias que passo,
Talvez no compasso
Aberto das coxas
Coragem e ventania.
Aragem, valentia,
Traduzindo salvação.
Publicado em: 22/09/2008 17:31:05
Última alteração:02/10/2008 19:34:45


AMAR
Aurora sempre traz uma esperança.
O dia se renova com um brilho
Permite que se trace novo trilho,
A noite se perdendo, sem lembrança.

Não faça desta noite teu tormento,
O sol compensará escuridão.
Portanto não se esqueça do perdão,
Não deixe dentro da alma esse lamento.

Permita-se viver outra aventura
A cada novo dia, nova história.
Apague essa tristeza da memória
E viva, com prazer e com ventura.

A força com que encaras novo dia,
Refeita a cada novo amanhecer.
Viva em tua vida, teu prazer,
Libere no teu peito, a fantasia!!!
Publicado em: 22/10/2008 18:49:32
Última alteração:02/11/2008 21:47:08


AMAR
Eu não conheço o medo nem a dor
Disfarço o sentimento mas não mudo.
Por vezes me imagino quase mudo
Mas sempre me pretendo um sonhador.

Amor me faz gigante e temerário,
Não sinto mais a noite nem o frio
O vaso não se quebra e vou vadio
Em busca do meu mundo solidário.

Invisto meus desejos, mas me calo,
Não posso mais fugir, por isso encaro,
Quem traz um sentimento assim tão raro
Não pode receber o duro estalo

Que faz de todo açoite seu carrasco,
Nas borrascas perdido nunca ganha
Nem mesmo a tempestade não assanha
E passa a ter da vida nojo e asco.

Eu guardo meus desejos, não espalho,
Pois sinto que talvez torne profano
O maior dos delírios, soberano
Que cobre quem me trouxe o agasalho.

Porém assim percebo cada dia
Um novo se transforma sem delongas
As noites não se passam, ficam longas
E cada verso mostra a fantasia.

Porém, neste milagre mais sagrado,
O tempo não demora e me maltrata
O corte tão profundo me arrebata
E lega ao meu futuro um duro fado.

Te peço não me deixes, estou farto
Das dores que latejam sem descanso,
Se fores o meu peito calmo e manso
Desaba e obscurece todo o quarto.

Portanto, minha amada, me perdoe
Se não consigo mais ficar calado,
O vento que me trouxe pr'a o seu lado
Empurra as minhas asas pr'a que voe...
Publicado em: 05/11/2008 13:11:29
Última alteração:06/11/2008 11:58:46



AMAR
Amor
Tola coceira
Deu bobeira
Lá vem; crau.
Depois
A noite inteira
É goteira
Em festival...
Publicado em: 02/01/2009 14:41:04
Última alteração:06/03/2009 13:29:21


AMAR
Amar seguindo ritos
Mitos métricas e senhas
Não venha me dizer
Do desprazer de ser tão só
Se tudo vira pó
Apóio-me nos ermos
Sem termos nem parada
Sequer grades.
Volto ao silêncio
E soletro solidão...
Publicado em: 10/02/2009 15:32:43
Última alteração:06/03/2009 06:49:26



Amar
Minha alma
Hemorrágica
Trágica trafica
Porfia e desafia.
Afoita engrenagem.
Quer visagem
Morre torpe
Entope-se de vinho
Adiando a solução.
Veremos se as veredas
Se abrirão em luminescências
Essenciais a quem conhece
Os mananciais da sorte...
Porto seguro
Apuro e apupo
Da cúpula das fantasias
Alegorias diversas.
Erráticos e fugazes;
Sequer rastros...
Evaporo-me...
Publicado em: 12/05/2009 19:31:18
Última alteração:17/03/2010 19:34:31



AMAR, AMAR //

Contigo meus sonhos não são feros
São sonhos que trazem calmaria
São sonhos que te revelam
Como homem da minha vida

O homem que sempre sonhei
O homem que sempre espero
No meu coração, na minha cama
O homem que completa meu universo

Mil sonhos que me levam ao teu lado
E moldam um porvir bem mais risonho.
Vivendo em harmonia cada sonho
Eu sinto-me por ti apaixonado.

Ouvindo o coração em seu recado
Um novo amanhecer eu te proponho,
Juntinho, adormecida do meu lado,
Meu barco no teu mar, amada, eu ponho.

E vejo num sorriso, a calmaria
De um rosto tão bonito em plena paz.
Tua beleza, amada, sempre traz

O gosto delicado da magia
Que invade, de mansinho, a poesia
Em cada novo verso que se faz...

GELIS
MVML
Publicado em: 11/08/2007 13:21:00
Última alteração:05/11/2008 16:21:27


AMAR, AMAR //

Nestas sonho
Já derrapo...
Não escapo,
Da euforia...
Sedução
Da fantasia
Me extasia...
Sou Maria...
E no teu corpo
No conforto
Doce porto
No delírio
Me alucino
E te agarro
Meu menino
E me arrimo...
Te enlaço
No meu corpo
Neste jogo
Mar afoito
No recôndito
Do teu peito
Suo, gemo
Me comprimo
Bebo o sumo
Da alegria
Que me enche
Da magia,
Nossa dança,
Poesia!

Em contradança encontro nossa dança
Que trança as pernas plenas num bailado,
Quando alças nossos sonhos mão avança
E toca sutilmente o bem guardado.

Se exprimo o meu desejo de criança
Amanso o coração que cora ao lado,
Meus víveres se fazem da lembrança
Da dança que esqueci, tempo passado.

Mas suo em cada passo com vontade
De ter sem ter disfarces diapasão
Batendo bem mais forte o coração

Que sabe seduzir felicidade.
Menina, fases, frases, fazes festa,
Amor tocando a mente, gozo atesta...

ANA MARIA GAZZANEO
MVML
Publicado em: 22/08/2007 16:43:35
Última alteração:05/11/2008 14:22:18


AMAR, AMAR //


REPETIREI UMA
DEZ
MIL VEZES
QUE TE AMO
ATÉ QUE DE TI SE AFASTE MEDO INSANO,
E POSSAS ENFIM, SEM TEMOR, ME ACOLHER...
FICAREI ASSIM
AOS TEUS PÉS E ALMA DISPOSTA
A VENCER O MEDO QUE TE ARROSTA
DE UM DIA ME PERDER...
NÃO HÁ PORQUE,TEU MEDO, MEU AMOR...
QUANDO JÁ , ALMA DESNUDA TE MOSTREI
SER VOCÊ, E SÓ VOCÊ,MEU GRANDE BEM
O AMOR QUE EU BUSQUEI...

De um amor que em amor tanto se deu
Fermento de emoções e de vontades,
Almejo ser completamente teu
Sabendo que estes sonhos são verdades.

O vento realçando as liberdades
Permite te dizer o que ocorreu
Manhãs antecipando quentes tardes
Depois, a noite invade em negro breu.

Bem sei que quando a lua se apresenta
A negritude logo se apascenta
E traz no lusco fusco, maravilhas.

Eu quero e necessito mesmo crer,
Que a luz persistirá no amanhecer,
Dourando eternamente nossas trilhas...

ANA MARIA GAZZANEO
MVML
Publicado em: 27/08/2007 06:23:57
Última alteração:05/11/2008 12:57:29


AMAR, AMAR //

Meio dia, o sol à pino
E eu pensando em você, menino...
Anjo alado,
Que em sonhos, encantado,
Muda todo o meu destino...
Um riso fortuito em minha face me denuncia...
Ah, imensa alegria de te amar...
Volto a ser menina apaixonada...
E não desejo mais nada,
Além de dançar contigo esta delícia...
Na terna sensação de ser amada,
E de te amar sem medida,
E sem hora marcada!

Amor é feito em sonho e quer partilha,
Da qual ao receber um forte enlace,
Em solidez jamais quer que se esgarce
A força que o tomando, maravilha.

Arando um bom jardim, roseira e tília
Amor não permitindo um só disfarce
Mostrando em alegria, a sua face,
Navega uma emoção, distantes milhas.

A par do sentimento que não cala,
Desnuda uma esperança em bela flor,
Na senda que se mostra pura e terna,

Adentra o pátio, a casa, quarto e sala,
E trama a boa sorte a se propor
Àquela que se faz amada, eterna...

ANA MARIA GAZZANEO
MVML
Publicado em: 03/09/2007 14:33:42
Última alteração:05/11/2008 12:13:47


AMAR, AMAR /

De que espinhos tu falas?
Se nosso amor é só alegria
Ele já é pura verdade
Não é apenas fantasia

E o amor quando é verdadeiro
Nele não se encontra espinhos
Só prazeres meu doce mel
Nos faz livres, passarinho...

Alçando em liberdade um novo mundo,
Um pássaro jamais se prenderá,
Tal qual o sentimento mais fecundo,
Aos poucos com certeza brilhará

E novas esperanças, tão profundo,
Nos braços deste sonho aqui ou lá
Virão nos povoando num segundo,
E a paz em nosso ninho moldará

O quanto de desejos e prazeres,
Descendo uma vereda de esperanças,
Vagando em amplitude, belas danças,

A festa prometida, mil talheres,
O riso da menina demonstrando
A sorte deste amor se desfraldando...

GELIS
MVML
Publicado em: 28/08/2007 22:15:18
Última alteração:05/11/2008 12:50:27


AMAR, AMAR /



Sou a passageira clandestina
Sou a tua segunda pele...
Sou o teu segredo...
Sou o teu verdadeiro amor...
Aninha-se no teu coração...
Rouba-te o sossego e o sono...
Sem mim....
Quem és tu????

Nós somos passageiros da alegria
Atados um ao outro eternamente,
Vivendo esta paixão que a cada dia
Se torna mais divina e envolvente.

Embora possa crer ser fantasia
Eu sei o quanto eu quero veramente
Beijar a tua boca em poesia
Sentir teu corpo aqui, deveras quente.

Assim vamos vivendo o nosso amor
Que é mágico e sincero, sem disfarces
Tocando com meus beijos tuas faces

Não deixo de saber que a boca é perto,
Arando com ternura e com fulgor
Deixando este caminho sempre aberto...

MARTA TEIXEIRA
MVML
Publicado em: 12/09/2007 17:41:09
Última alteração:04/11/2008 17:41:37


AMAR, AMAR /


Sonhos que tive
Te embalaram
Com tanto mimo...
E ao teu sorriso
Foi-se o meu siso
Em desatino...
Pus-me a bailar...
Nadei no mar
Dos teus carinhos
Beijos de amora...
E vivo agora
Perdida em sonhos...
Seguindo à esmo
Ermos sem volta
Buscando a escolta
Do teu abraço
Meu doce laço
Que me conforta
Comporta e ceva
Doce paixão!

À noite prometo
Um sonho cometa
Que faça poeta
Quem ama demais.
Atrás do quem fui
Vivendo o que espero
Vencendo a demora
No laço mais firme,
Afirmo meu canto
Em tantas loucuras
Em curas e cores
Amores, amoras.
Romãs feito seios
Receios distantes
Instantes de paz
Palavras benditas
Desditas distantes
Romances completos
Em vales e montes
Nas fontes mais puras
Ternuras que trazes
Em frases e faces
Amor sem disfarces
Eu quero bem mais.

ANA MARIA GAZZANEO
MVML
Publicado em: 14/09/2007 21:54:33
Última alteração:04/11/2008 16:42:11


AMAR, AMAR /


Ah, amor, amor...
O tempo passou e nem sequer eu ví...
Fiquei assim, a pensar em nós...
Te esperando voltar pra mim!
Sonhando o momento esperado,
De matar louca saudade...
Ansiedade me invade estou assim,
Louca para te beijar...
Não te demores mais...
Pois que estou a te esperar!


À sombra da esperança feita em flor,
Aguada com as lágrimas sentidas
Na ausência deste enorme e doce amor,
As dores dominando nossas vidas.

Mas saiba que voltando, renasci.
E agora partirei junto contigo
Ao mundo que sonhei viver aqui
E há tanto tempo, amada já persigo.

Beijando tuas mãos, a tua pele,
Alçando em cada verso uma alegria.
Que o tempo agora, amada se congele
E aqueça eternamente a noite fria

Jamais me abandonar, isto eu te peço,
Amor enorme eu tenho e te confesso...

ANA MARIA GAZZANEO
MVML



AMAR, AMAR /

Não a nada mais real
Quando estou em seus braços
Eles não têm segredo,
Me faz eu perder o medo.
Me faz eu perder o fôlego.
É só você me abraçar,
O mundo todo se gira,
Em harmoniosa sintonia.
Se puder me aceitar
Em seus braços irei me jogar,
Eternizado nosso amor.
Em seus braços irei ficar...

Tocado pelo vento deste amor
Que traz em cada verso uma emoção,
Outrora tão somente um sonhador,
Entrego-me aos apelos da paixão
Mergulho nos teus braços, teu calor
E sinto neste vento, um furacão.

O mundo não descansa sempre gira,
Perfeito e deslumbrante carrossel,
Eternamente acesa, a bela pira
Trazendo para nós, amada, o céu.
Meu sonho nos teus braços já se atira,
Bebendo em bela fonte, o doce mel

Que torna a nossa vida mais feliz,
Amor em explosão, tudo o que eu quis...


LUCIANA DIAS
MVML
Publicado em: 27/10/2007 11:08:29
Última alteração:03/11/2008 18:51:28


AMAR, AMAR -

Este vento forte...
Atira-me para o teus braços...
Impedes-me de tropeçar e cair..
Abraças-me....Sentes que tenho frio....
Envolves-me mais no calor do teu corpo..
Moldo o meu...
A tua mão procura-me...
Com as costas em arco.......
Abandono-me aos teus beijos..............

Encontro em tua pele o meu calor
E sinto-me aquecido a noite inteira.
Tocando no teu corpo com ardor
Eu quero nossa sorte alvissareira

Perfeita sensação que nos invade
Dos beijos e carinhos sem receios.
Encontro assim amor, felicidade
Ao vislumbrar; sedento, os belos seios

No fogo deste inverno tropical
Desnudo-te e afogo teus desejos
Com toda esta volúpia sensual
Marcada pelos lábios, relampejos

E assim enlouquecidos sem juízo
Vislumbro neste instante o paraíso...

MARTA TEIXEIRA
Marcos Loures
Publicado em: 21/07/2007 13:59:24
Última alteração:05/11/2008 18:33:01


AMAR, AMAR, AMAR
Não deixe que assim fuja
O amor que conseguiste
Se o coração vai triste
O gozo é de lambuja
À noite que ressurja
Num beijo mais sacana
A boca da morena
Voraz jamais me engana.
Repita então a cena
Que mesmo sendo suja
Já faz da dita cuja
Uma delícia plena.
Cascatas, chafarizes,
Trovões , fogos, foguetes,
Antigos cacoetes
Fizeram mais felizes
Bem mais do que os confetes
Perdões pelos deslizes.
Açucarando a vida
Delícia consumida
Com gula e sem limites.
Nos sonhos acredites
E faças novamente
Que a moça de contente
Jamais te esquecerá..
Publicado em: 30/07/2008 11:00:56
Última alteração:19/10/2008 21:52:47



AMAR, AMAR, AMAR
Amor
Diz mãe
Marés
Idas e vindas
Vidas deslindas
Decifras
Cifras
E ceifas
Cifrões
Alheio
Ao vazio
Amor coagula
Sem gula
Sem gola,
Mas degola..
Assola
E constrói
Luta
E descansa
Prende
E liberta
Senda
Deserta
Etéreo
Eterno
Errôneo.
Errante.
Atento
Delirante...
Publicado em: 31/07/2008 14:14:49
Última alteração:19/10/2008 22:03:49


amar, amar, amar
Espero,
espero,
e ele não vem ...
Meu beijo
não apareceu,
somente a manhã,
que chega,
depressa
demais ...

(ivi)

Quem dera se pudesse ter no sol
Um aliado a mais nesta vigília
Sozinho sem destino e sem farol,
O amor vagando cego perde a trilha...

Publicado em: 05/09/2008 15:19:51
Última alteração:08/09/2008 00:21:34



AMAR, AMAR, AMAR
Procurei meu amor da mocidade
Esquecida e perdida nos alvores
Neste inverno fatal, nos estertores
Finais, quando me resta só saudade...

Agora em meu jardim, as flores mortas,
Somente erva daninha sobrevive.
São restos que carrego d’onde estive
Penetram minha casa, abrem as portas,

Tomando minha sala, entram no quarto,
Deitam-se nessa cama e já me abraçam.
Envolvem meu pescoço se entrelaçam
E tentam sufocar. Da vida farto

Espero o desenlace deste abraço,
Aos poucos apertando mais e mais
Até que sofrimento e dor, jamais!
Ao fim deste namoro nem um traço

Do que fui restará mais neste mundo.
Coberto pelas folhas, sufocado,
Nesta agonia tudo terminado
Trazendo a liberdade, num segundo...

De tais folhas e galhos, sinto o gosto
Agridoce da vida que se vai...
Em momento algum nada me distrai
Nem mesmo a cicatriz mascara o rosto.

Recordo-me que um dia fui feliz,
Eu tinha todo amor que se deseja.
Meus irmãos, minha mãe, a vida beija
De forma tão sutil... Tudo o que quis

Se perdendo nas curvas do caminho,
A cada dia, aos poucos, foi morrendo
A esperança que tinha. Corroendo
A minha sorte, até ficar sozinho...

Não tenho sequer medo, a dor levou...
De tudo que guardei apenas vento
Da saudade me traz contentamento.
A solidão foi tudo o que restou.

Agora em meu jardim esta quimera
Crescendo pouco a pouco e me matando
Nos galhos e nas folhas me mostrando
Tal qual fosse o sorriso duma fera.

Da venenosa amiga e seus tentáculos
O carinho final que tanto espero.
Em momento algum, nunca desespero,
Talvez sejam meus últimos obstáculos.

A sombra da mortalha que virá,
Nas costas minhas asas já não pesam,
Sem ar, as minhas pernas se retesam
E sinto que minha hora chegará

Nos braços desta amada e doce planta
Que sabe que me cura quando mata
No derradeiro beijo em serenata
O frio dentro d’alma se agiganta

E sigo meu caminho, agora em paz...
Porém quando te vejo do meu lado,
O abraço como fora um apertado
Nó pressinto que amar não fui capaz!...
Publicado em: 14/09/2008 21:27:05
Última alteração:17/10/2008 13:31:55



AMAR, AMAR
Vencido pelo medo de perder
Quem por toda a vida sempre quis
Espero viajar no ser feliz
E, enfim rever vontade de viver...

Negro cavaleiro sem corcel
Em plena madrugada me perdi
Estrelas dos amores que vivi
Espreitam nas escadas lá do céu.

Mas deixe estar, a lua voltará
E me trará nos raios que perdeste;
Dos medos que te trouxe, conheceste
A luz que para sempre brilhará.

A mansa vastidão deste universo
Diverso do que sempre imaginastes,
Por mais que liberdade desejastes
Não sabes como é livre esse meu verso!
Publicado em: 29/04/2008 13:29:26
Última alteração:21/10/2008 14:26:41



AMAR, AMAR
Dês meu ninho em desalinho.
Dês meu linho que te aninho,
Dês meu solo, sou sozinho
Dês meu passo,
Passarinho...
Publicado em: 01/05/2008 13:53:14
Última alteração:21/10/2008 14:30:32



AMAR, AMAR
Abandono
minh'alma
à ausência
que se
enche
da tua
presença ...
(ivi)


Não quero e nem pergunto aonde e quando
Somente vou mais fundo no mergulho,
Não temo mais espinho ou pedregulho,
As matas deste amor, sigo explorando.

Se a terra vai depressa desabando
Apenas vou falar do meu orgulho
De ter bem junto a mim concha e marulho
Delicias que eu prossigo desvendando.

No mote repetido muitas vezes,
Os olhos caçadores viram reses
No pão bela fornada que se anseia.

Chegando à minha cama, soberana
No vento que depressa a chama abana
Amor vem devagar e me incendeia
Publicado em: 20/05/2008 17:20:50
Última alteração:21/10/2008 15:09:39



AMAR, AMAR
AMAR, AMAR...
Um sonho que eu tivera, sepultado,
Distante da alegria, em duro ocaso,
Deixando a fantasia assim de lado,
Trazendo para a vida, amargo atraso,
Agora que encontrei, divino fado,
Amor que não me cobra nem faz caso,
Percebo que talvez inda consiga
A sorte em que esperança já se abriga...
Publicado em: 23/09/2008 13:16:55
Última alteração:02/10/2008 19:22:47


AMAR, AMAR
Se o meu verso assim, pudesse
Te falar tudo o que sinto,
Coração fazendo prece,
Na verdade eu nunca minto

Eu sou teu, e nada importa,
Tu és minha companheira,
Venha logo abrir a porta,
Balançar esta roseira.

Meu afago eu te proponho,
Teu carinho é todo meu,
Com teu corpo eu sempre sonho,
Teu amor me convenceu

De que a vida só se dá
Pra quem sabe o que é amor.
Nossa estrela brilhará,
Seja lá por onde for.
Publicado em: 19/11/2008 16:54:07
Última alteração:06/03/2009 18:59:21


AMAR, AMAR
Amar
O mar
Que tanto
Naufraguei
E ser
Além do ser
O que sonhei.
Vertendo
Meus pedaços
Nesta areia
Que tanto
Movediça
Inda incendeia.
Alheio às tempestades
Nada temo,
Remos
E poemas
São meus lastros.
Dos astros
Rastros
Mares
E mergulhos.
Publicado em: 26/11/2008 19:20:57
Última alteração:06/03/2009 16:37:39


AMAR, AMAR
Meu pensamento
Traçando um dia
Meu sentimento
Que te pediu
Um tal segredo
Que não se fez
Meio de banda
Que nunca mais se viu.
Agora eu vejo
O manso beijo
Que dei no fim
Quase tropeço
No meu desejo.
Como ficar assim?
Se mais desando
Nunca fui tanto
Meio desando
Mas não vou achar.
Sequer a fresta
Do que não resta
Se tanto bem
Irei procurar
Nem mais eu vejo
Se te desejo
Não será meu fim
Ao mesmo tempo
Se me protejo
Vou me perder de mim.
Agora a tarde
Me traz saudade
Vou tão vazio,
Nem conhecia
Quem me beijava
Já não queria,
Senão meus restos, que vão expostos.
Agora eu sonho, aquele sonho
Te afastou de mim.
Era o começo do que não tenho
E me perdi no fim.
O teu amor,
Vago e distante
E tão mutante
Não me deixou saber de mim.
Mas faço o tempo
Viver do tempo
Que tanto tempo
Existiu em mim.
E não mais restos que são propostos
Tramo os risonhos, sei que risonhos,
Encontrei em mim.
O recomeço do que proponho
E vou até meu fim.
No teu amor,
Vago e distante
Que foi mutante
Agora calo, sempre que falo.
Do mesmo tempo
Vivo no tempo
Que sem ter tempo
Resistiu enfim...
Publicado em: 05/12/2008 10:02:53
Última alteração:06/03/2009 16:01:32


AMAR, AMAR
Faço de meu verso um canto leve
Escuto a tua voz que me acalenta,
Levado à fantasia em que se enleve
Imensa esta emoção que me apascenta.
Cismando de buscar novas palavras
Invento outros lugares e países,
Demonstro em alegria ricas lavras,
Almejo novos dias mais felizes.
Dona de meus sonhos, minha amante,
Espero que te encontre, amor constante...
Publicado em: 08/12/2008 19:06:58
Última alteração:06/03/2009 15:24:39


AMAR, AMAR
Amar é na ferida cutucar,
Sangrar a cicatriz sem pena e dó,
Voar e ser feliz e ser tão só,
E nada mais precisa, nem voar...

É ser beira do mar e ser areia,
É concha que se abriu em multicor,
No gozo tão oculto deste amor,
E ver em cada cais uma sereia.

Serei o que quiseres; serra e vale,
Montanha, aço; punhal e doce mel,
Arando meus desejos no teu céu,
Amor queimando intenso sempre vale...
Publicado em: 04/01/2009 20:03:44
Última alteração:06/03/2009 13:25:47


AMAR, AMAR

Sou resto
Quase rito
Riso solto,
Arrasto meu olhar
E nada vejo.
Somente
O que não sei
E nem desejo
Surgindo
No horizonte
Dos meus olhos.
E bebo deste suco
Sumo e gomo.
Amar é
Mar
Maré
E nada mais.
Após
O nada devo
Nem queria,
Vasculho
Uma gaveta
E lá encontro
Retrato há tanto tempo
Amarelado
Do quanto
Que eu amei
E foi deixado
Nas pedras e nas urzes
Do caminho.

Refaço cada traço
E já realço
Os erros cometidos
Os percalços
Descalço
Entre estrepes,
Tanto espinho
Quem sabe
Poderei
Amar em paz?
Publicado em: 06/01/2009 15:48:53
Última alteração:06/03/2009 12:14:25



AMAR, AMAR
Nesta noite fatal em solidão
Saudade de quem foi pra não voltar
Apenas no meu peito esta emoção
Na minha noite escura, sem luar
Não faça; meu amor, jamais assim,
Eu peço, por favor: pena de mim...
Publicado em: 17/01/2010 08:59:01
Última alteração:14/03/2010 20:35:06





AMAR, AMAR, AMAR - /

Amor, amar, amar...
Já não penso em outra coisa
Todos os dias todas as horas
Parece insanidade coisa louca

Doença bem sei, sem cura
Não há antídoto pra tal veneno
Também Alegre é tão distante!
Para cada quilometro um tormento

Alegre, o coração deveras fica
Ao ter tua presença mesmo em verso.
O mundo sem te ter queda perverso,
A noite em solidão já se complica.

Amor que não precisa de pelica,
Pois sabe transgredir todo o universo
Sentindo este desejo mais disperso,
Não quer e nem precisa, ele se explica.

Curtido com palavras mais audazes
Em frases, fases faça o que quiser.
Os lábios tão sedentos e vorazes

Procuram toda a fonte de prazer,
Tu és, mesmo distante, uma mulher,
Que é sempre tão gostosa de se ter...

GELIS
MVML
Publicado em: 29/08/2007 19:35:24
Última alteração:05/11/2008 12:38:47


AMAR, AMAR, AMAR *

Sou uma ave rara…
Esvoaço no teu espaço…
Descubro os teus segredos.
Sei o nome da tua amada…
Curioso..o meu nome..
Tão parecido com o dela ser……………………….

O mar que nos separa – que ironia-
Também nos traz profunda sensação
Da dor de uma distância e da alegria
Que traça com mais força esta união.

Parece que o destino nos faria
Atados em diversa concepção
Enquanto a noite cai, e aqui se esfria
A tua cama esquenta-se em verão.

Olhando para as ondas, adivinho
Que do outro lado está quem tanto eu quero
Perambulando a esmo e tão sozinho

Quem dera se pudesse entrar no mar
E refazer a rota em que eu espero
Sabendo conjugar o verbo amar....

MARTA TEIXEIRA
Marcos Loures
Publicado em: 24/07/2007 17:20:32
Última alteração:05/11/2008 18:25:49


AMAR, AMAR, AMAR /

Por te amar vivo intensa poesia
Sensação de um céu em minha alma
Sonhos e fantasias surgem quais visões
A trazer-me em suas mãos, tanta alegria...

Povoais meu deserto, amor perfeito
Tenho o peito a arfar, doce ventura
Com ternura, te atraco no meu cais
E desprender-me de tí, já não desejo...

Nos teus beijos, que quero sempre mais,
A delícia do mel, de laranjeira.
Nesta instância das doces sensações,
Vou viver e te amar a vida inteira.

Amar a vida inteira é meu destino
e tenho com certeza uma parceira
que canta tão sincera e verdadeira
fazendo deste amor um sagrado hino.

Um coração moleque, qual menino
encontra nesta flor de laranjeira
perfume tão sutil, e mais divino,
paixão que espero ter a vida inteira.

Não deixe que este canto um dia cale,
é nele que embasei felicidade,
caminho que me leva à divindade.

Teu braço toda noite já me embale
e seja assim eterna juventude
amor que se faz pleno e amiúde...

ANA MARIA GAZZANEO
MVML
Publicado em: 17/08/2007 20:26:15
Última alteração:05/11/2008 15:00:22


AMAR, AMAR, AMAR /

Se tua vida antes foi deserto
Agora se transformou em paraíso
Sou o amor que tanto esperava
Um amor louco sem juízo
Agora me responde doce mel
Tu quer casar comigo?

Nós casaremos meu bem
Só mesmo na imaginação
Moraremos no infinito
Tu serás meu guardião
E nossa lua de mel
Será no mar na sua imensidão

Me responde agora mesmo meu anjo
Queres casar comigo ou não?

Nas almas que se querem, casamento
Que é feito simplesmente sem palavras,
Se a vida nos permite o mesmo vento,
Amor já se permite em raras lavras

Falar desta vontade que resiste
E guarda a proporção de um infinito.
Andar sem ter destino e sempre triste,
Encontra um lenitivo ao peito aflito

Nos braços que se abrindo, nos acolhem,
E fazem dum amor, eternidade.
Arando as belas plantas, se recolhem
Os frutos de um amor feito verdade.

Assim alados sonhos nos atando,
Há muito já nos vejo acasalando...

GELIS
MVML
Publicado em: 29/08/2007 09:38:54
Última alteração:05/11/2008 12:38:34


AMAR, AMAR, AMAR /


Minha flor está encharcada
Pelo mel do teu prazer
Foi uma noite inesquecível
A que eu vivi com você
Lembro de todos os detalhes
Sei que jamais vou esquecer

Mas como poderei esquecer
Dos nossos longos beijos molhados?
As palavras ditas sem pudor?
Do meu corpo envolvido em teus braços
Estará sempre nas minhas lembranças
Este momento encantado

Bem sabes que te amo tanto
Que meu amor é imensurável
Que meu castigo é imerecido
Minha sina pura maldade
O que eu fiz meu amor
Pra não ficar do teu lado?

Será que mereço ser castigada
Por ter tanto amor dentro de mim?
Como posso reagir à fatalidade
Deste sofrimento sem fim?
São todas estas indagações
Que me fazem sofrer assim

Acho mesmo que somente a morte
Poderá aliviar meu sofrimento
Mas enquanto ela não vem
Vou navegando contra o vento
Pedindo a Deus que te proteja
E pra mim pedindo alento


Marcando no meu corpo tuas garras,
Profundas e profanas, solução.
Ao mesmo tempo firmas e me agarras
Com fúria e com vontade, furacão.

Teu fogo na fornalha quando esbarras
Uma avalanche imensa, qual tufão,
Rompendo dos pudores, as amarras,
Vibrando em nossa cama com tesão...

Latejo de vontade de poder
Deitar o meu prazer em tua cama.
Fazendo neste amor, tudo romper,

Arcando com as tramas, orações.
No altar que incendiamos, fumo e chama,
Nas hordas incontidas das paixões....

GELIS
MVML
Publicado em: 13/10/2007 15:59:46
Última alteração:03/11/2008 21:35:35


AMAR, AMAR, AMAR /

Saudade vem, mas logo passa
Do que não mais pode ressurgir
E vem saudade da hora que laça
Vontade de guiar te seguir
Nas tardes que a palavra é graça
E a juventude está sempre aqui
Na mensagem do amor é taça
Com sabor de amizade e porvir

Não deixe que a saudade empreste à dor
Um gosto feito em medo e solidão,
Receba com carinho cada flor
Que brota nos jardins desta emoção
Refaça cada verso em pleno amor,
Decerto vencerás esta amplidão
Dos sonhos mais distantes e falazes,
Mudando o coração em novas fases.

SOGUEIRA
MVML
Publicado em: 13/11/2007 15:52:26
Última alteração:31/10/2008 15:03:44

AMAR, AMAR, AMAR -/


Nada mais me importa...
Se chegas, de repente,e me surpreendes,
Me atiro feito louca nos seus braços,
Fechando a porta, sei flutuo em teus carinhos...
Nem vejo as horas...
Junto contigo sei que o tempo nem existe...
E só retorno à consciência, em despedida...
Quando tentando te reter, para que fiques,
Vejo-me aflita, implorando, mas resistes...

Chegando em noite clara
Tão manso adentro o quarto
Encontro-te dormindo,
No mesmo instante eu parto

Mas ouço o teu suspiro
Mais forte, num momento
Eu tento resistir
Porém eu não agüento

E deito do teu lado,
Abraço-te e sorris...
Aí nós começamos...
Depois eu quero bis...

E assim vamos passando
As horas mais felizes.
No céu de nosso amor
Rebrilham mil matizes...

ANA MARIA GAZZANEO
Marcos Loures
Publicado em: 23/07/2007 21:35:17
Última alteração:05/11/2008 18:11:08


-AMAR, AMAR, AMAR AINDA
AMAR, AMAR, AMAR AINDA


Coragem para amar é necessário,
às vezes vem a mágoa, de repente,
e feras nos machucam com seus dentes:
perdemos nossa rota no estrelário.

O medo de amar é complacente
e deixa pensar, enfim, se a gente
quer deixar a cruz nesse cenário
ou quer seguir, decrépito, drástico fadário.

Mas te amei tanto, tanto e tanto...
me mostra a vida agora novo rumo;
teus braços me estreitaram em acalanto
e os vórtices do amor, do grão e grumo

levam-me hoje ao édem que perfumo.

GOLBERY CHAPLIN


Amar é permitir-se. Nada mais.
Singrar qualquer deserto imaginando
Oásis que se mostre manso e brando
Servindo ao sonhador qual fosse um cais.

Em meio a tantos ventos, temporais,
Arribação de sonhos. Vão num bando
Tão pérfido e voraz, anunciando
O fim dos pesadelos magistrais.

Desígnios mais diversos, sorte/azar.
Caminho que teimamos em trilhar
Sabendo que ao final, a solidão...

Amar, amar, amar... Ah! Quem me dera,
Ainda houvesse flor e primavera,
O inverno inda veria algum verão...
Publicado em: 09/12/2008 13:37:30
Última alteração:06/03/2009 15:43:21



AMAR, AMAR, AMAR -

Janela aberta..
Sons de Verão...
Escondidos na brisa...
Que entra e saí..desesperada...
Num desafio, num convite...
Desdenhado...desprezado...
Para uma festa de Verão...
Mas para quê?
Se estamos juntos.........................

Inverno aqui no Sul, verão no Norte
Hemisférios diversos, mas atados
Em sentimento verdadeiro e muito forte
Fazemos nossa festa, enamorados...

Aqui de paletó, lá roupa esporte
Caminhos diferentes, mas fadados
A terem num momento a mesma sorte.
Lancemos, pois, assim, os nossos dados.

E vamos ao banquete da existência
Tomados pelo amor, em seu convite
Amando sem fronteira e sem limite

Em cantos de emoção sem penitência.
Dançamos nossos corpos, louco cio,
Aqueces com certeza inverno frio...

MARTA TEIXEIRA
Marcos Loures
Publicado em: 18/07/2007 18:03:41
Última alteração:05/11/2008 19:10:46



AMAR, AMAR, AMAR

Quando achava que sabia de tudo, vi que nada. Nada sabia mais
Sentindo teu toque vi que tudo renasce no toque.
Toque do vento, da voz, das palavras, do mundo e do mar.
Toque da música, da canção, do canto do encanto
Do toque do sonho que não vai permitir que nunca se saiba.
Não vejo mais medo segredo degredo enredo desenredo.
Vejo desejo arquejo versejo beijo e sexo.
Cadê nexo, complexo? Só côncavo, convexo e carne.
Acidez e agudez da carne, armada e desejosa.
Do cerne da rosa, da borboleta, do cometa que cometa
A loucura que salva, que selva, que preme e que lume
Sem treva, com trova sem entrave.
Que se lave e que me leve nas lavas
Nas almas
Nas chamas
Nos cajados
Nos olhos mareados
E corpos marcados
De sol e de sal
Do sal da alma.
Que nunca acalma
Apenas trama
E espera a vinda
Do novo e renovado amanhecer.
Prezes o prazer e
Veja a maravilha de não ser ilha
VIVER!
Publicado em: 31/12/2006 11:34:41
Última alteração:28/10/2008 11:14:11


Amar, amar, amar

Quantas vezes fomos os mesmos
Os esmos e os pensamentos.
Perdidos no fundo dos nossos olhos.
Molhos e flores.
Cores e antolhos.
Nos profundos olhos
A tristeza de se saber
De não te ter
E de viver.
Meio à deriva
Mas sempre sem ancorar.
Amar, amar, amar,
Se me coubesse amar,
Saberia deste mar.
Saberia do ar,
Do mar, ar, amar.
Mas é poesia
Que destilo.
E sem estilo ou sem rumo.
Vou deitar na rede dos teus braços...
Que não seriam e se riam não são meus...
Publicado em: 02/01/2007 18:22:40
Última alteração:28/10/2008 10:36:08



AMAR, AMAR, AMAR


Nas pernas entreabertas
Adivinho o paraíso..
Na gula própria dos amantes.
A boca gargalhando num sorriso
Que em volúpia engole
Desengole e depois ri.
Gargalhando em êxtase...

Pompoirismo à parte
Não parta no meio
Que tem segundo tempo!
Publicado em: 12/09/2007 10:51:53
Última alteração:23/10/2008 18:07:18



AMAR, AMAR, AMAR

Amor que traz coragem.
Permite que se creia
Na força insuperável
De um frágil sonhador.

Enfrenta até
A fera acuada,
Sem medo,
Sem limites.
Temerário...
Publicado em: 23/05/2008 14:13:35
Última alteração:21/10/2008 06:40:54


AMAR, AMAR...

Amar
Sentir
Viver
Pecar?
Quem disse que estas coxas tão morenas
Divinas da mulher que rebolando
Passando na calçada em belas cenas
Traz o pecado em si?
Boçal!
Estúpido eunuco
Que não sabe
Nem sequer
Mais discernir
Pecado
De delícia
Prazer
De penitência.

Falo deste amor
Carnal, erótico.
Exótico é não amar,
É se deixar ao vago,
Vazio.

E cabeça vazia
Oficina do capeta!
Publicado em: 10/10/2007 21:11:57
Última alteração:23/10/2008 18:46:13


AMAR, AMAR...
Um sonho que eu tivera, sepultado,
Distante da alegria, em duro ocaso,
Deixando a fantasia assim de lado,
Trazendo para a vida, amargo atraso,
Agora que encontrei, divino fado,
Amor que não me cobra nem faz caso,
Percebo que talvez inda consiga
A sorte em que esperança já se abriga...
Publicado em: 26/10/2007 19:17:01
Última alteração:23/10/2008 18:49:45



AMAR, AMAR...

O sonho da alegria se derrama,
Mostrando esta beleza que eu prevejo,
Mudando num momento a minha trama
Dourando a rara glória num desejo
De dar felicidade pra quem ama,
Futuro mais feliz; decerto almejo
E vejo o que sofri no meu passado,
No amor tenho meu sonho extasiado...
Publicado em: 09/11/2007 21:15:31
Última alteração:23/10/2008 18:56:00


AMAR, AMAR...

Amor bateu na porta e deu recado,
Entrando mais depressa trouxe abrigo,
Depois do dia frio e tão nublado,
Amor fez renascer o canto amigo,
Deixando as dores todas no passado,
Agora não concebo mais perigo,
De toda esta tristeza e da agonia
O vento deste amor fez alegria...
Publicado em: 10/11/2007 07:58:00
Última alteração:23/10/2008 19:57:43




AMAR, AMAR...


Moeda tem nas faces tão diversas
Sentidos antagônicos, querida.
Assim como as palavras desferidas,
Feridas ou remédio? Isto varia.
A cria tem dois pais, e com certeza
Recebe em seu genoma deles dois.
O que nós já dissemos, no depois
Parece muitas vezes distorcido.
Assim como na faca cada gume
Permite fetidez ou bom perfume,
Desculpe se te disse alguma vez
Do amor que me liberta e aprisiona.
Pegando uma carona neste verso,
Meu mundo se completa e se repleta
Do teu, embora díspare universo.
Publicado em: 16/11/2007 19:13:15
Última alteração:23/10/2008 17:11:27


AMAR, AMAR...

Recebo da boca da noite
o beijo suave e sensual,
trazendo teu rosto e gosto;
Foste companheira fiel,
amiga e amada,
luz da minha madrugada,
corte e sangue.
Nas minhas andanças,
foste a primeira
e fiel companheira,
última de tantas...
Vinhas, diariamente
aos meus pensamentos e angústias,
cansados os passos
Inatingível porto,
longínquo mar,
meu mar
enclave de esperanças...
Nas ruas do Rio,
nas curvas do rio,
na seca e plantio,
fiel camarada...
Te quis e te quero,
não me perdeste de vista,
muitas vezes fragilizada,
Mas sempre comigo,
a cada nova batalha
contra tudo e todos.
Amiga, tentaram teu corpo,
tentaram extingui-la,
tentaram matá-la.
Quando te ergueste,
ressuscitada, foste atingida.
Teus pés
afetados por violência sem par,
quase quebraste. Mas percerbo-te sorrindo,
com sorriso matreiro,
me irritaste no começo,
agora, não,
já consigo te compreender,
menina sapeca.
A mão que te apedrejava era podre,
mais podre que tudo.
Engabelava a todos, menos a ti,
e a todos os que amaram na vida.
Não do amor erótico inerente,
mas o amor altruísta de quem sonha,
De quem respeita e congrega,
nunca segrega.
Minha vida passa num átimo,
num ótimo momento de luz
Seduzida por ti,
cara tatuagem da minha alma
Tua calma me atrai,
me distrai e me revigora.
Agora,
tua hora é minha e nossa hora,
alvorada,
hora amada.
Saber-te revivida e contagiante,
saber-te rejuvenescida
na minha maturidade
Saber-te assim, coerentemente forte,
nunca inerte, meu norte,
sem desnorteio.
Sem mudar um centímetro,
ao contrário de mim,
pobre errôneo pela vida.
Mas, em última análise,
fiel a ti, frase por frase,
fase por fase...
Quero-te tanto,
nunca mais poderia
fugir do teu manto,
vives no recanto da alma,
calma e firme,
aderida,
nunca à deriva,
sempre atada,
Amarrada a cada reentrância da alma,
da esperança.
Chamar-te à luta é fácil,
nunca oscilas
sempre cativante nunca cativa,
Nunca vacilas,
amiga de tantas lutas,
de todas as lutas,
de eternas lutas,
Das ondas desse mar,
mesmo com tsunamis,
mesmo com tempestades.
Em todos os lugares por onde andei,
por onde passei ou ouvi falar,
existem tantas quantas poderiam existir,
fortes aliadas, forças atadas
Entre si, que resistiram e resistirão,
contra aqueles que são ou tolos
ou canalhas,
os que querem tua morte, nunca vencerão,
Nunca passarão,
estarrecidos com a tua resistência,
Na impossível convivência,
tentam te exterminar.
Mas amiga, és mais forte,
até contra o nosso cansaço,
muitas vezes tua gana é maior.
Agora entendo teu riso maroto,
no âmago garoto, resistes...
Não mais te resisto,
a rua me clama,
a lua me chama
o amanhã já vem.
Venceste meu medo,
meus segredos conheces,
não temo a guerra,
Na eterna batalha,
meu peito não falha,
não nega ou sonega,
Simplesmente ama.

Publicado em: 29/12/2007 10:33:06
Última alteração:22/10/2008 21:22:15


AMAR, AMAR...
Amor, apaixonante teu carisma...
Beleza, representas Afrodite...
Teus olhos repercutem todo o prisma,
Quem foi teu criador? Peço palpite...
Nas noites te procuro, velho cisma,
Tanta candura assim, nunca se admite...
Amar-te é conhecer cada sofisma,
Procuro-te, rainha Nefertiti,

Akhenaton, procuro tal beleza,
Encontro a solidão como promessa...
Não posso te negar a realeza...
A dor que se tramar não se confessa
Loucura tatuada, ferro e lança
A vida nunca teve tanta farsa
No fundo cultivando uma vingança
A morte me servindo de comparsa.
Publicado em: 18/09/2008 11:49:53
Última alteração:03/10/2008 13:55:51


AMAR, AMAR, AMAR
Poeta meu companheiro,
Que acompanho o tempo inteiro
Que sei do orgulho primeiro
De escrever, se libertar.
Não negue este paraíso
Que se esconde no sorriso
Que nos chega sem aviso
E que jamais vou negar...

Neste canto mais preciso
É preciso ter juízo
Mesmo sabendo que o riso
Também nos põe a chorar.
Sentimento verdadeiro
Na mancha deste tinteiro
No rosto meigo e faceiro
Uma alegria a pintar.

Minha luta por justiça
Essa batalha, essa liça
Minha saudade se atiça
Dá vontade de ficar.
Mas a dor, o sofrimento,
Rajando forte qual vento
Faz parte do sentimento,
Que é doce e vira tormento
Sem ter hora de parar...

Nas horas de tanto sono,
Na ameaça do abandono,
Nessa sensação de dono,
Que não quero carregar.
As pedras todas da rua
A sensação que flutua
Uma beleza tão nua
Que não canso de cantar..

Meu companheiro poeta
A vida em si se completa
Na companhia dileta
Que nos faz assim, sonhar.
Perdoe se tanto insisto
A verdade é que se existo
Companheiro; não resisto,
Tanta vontade de amar!
Publicado em: 17/09/2008 19:21:57
Última alteração:17/10/2008 13:52:38


AMAR, AMAR, AMAR
Sem cátedra
Sem astros
Sinistros
Medra
O coração
Ao ver
O mesmo vão
Aonde andei
Em vão...
Firmamento
Mente
E semente
Gora.
Amor, estupidez,
Quem dera cupidez
Do nada que se fez,
Festejo esta ilusão...
Temperos
Esmeros
Esperas
E as velhas
Primaveras
Jamais verão...
Arrastas as correntes
Cadeiras,
Esteiras
Morteiros...
Riscos
À parte,
O amor inda ilude
Fiz tudo o que pude
E nada encontrando,
O vento de brando
Virou tempestade...
Publicado em: 25/11/2008 18:59:08
Última alteração:06/03/2009 16:41:06


AMAR, AMAR, AMAR
As horas senhoras da vida...
Passam e não voltam
Nem se revoltam
Apenas se esgotam.
E a primavera
Se faz tão distante
No outono que cai
O tempo não pára
E a gente é que pesa...
Amor que se preza
Não sabe das horas
Nem sabe do tempo
Descansa...
E cansa...
E canta
E chora...
Depois revigora,
Renasce e ressurge
Na dança da vida
Trazendo este estio
Regozijo e cio
Anúncio de festa
E a porta que se abre
Permite, de novo,
Que o novo renove
E trague este sol
Que a primavera perdeu...
Ah! Tempo que nunca pára,
Faz carinho em meu amor
Que ele hoje acordou
Com vontade de chorar...
Chorar de amor demais
Que a vida sonegou
Botou debaixo da saia
Da senhora da vida...
Agora?
Meu amor e as horas
Tão de bobiça...
Que nasce disso?
Eternidade?
Publicado em: 05/12/2008 12:02:47
Última alteração:06/03/2009 16:00:54


AMAR, AMAR, AMAR
Cinderelas
Velas
Cruas
Belas ruas
Ladrilhadas
Por cristais
E diamantes.
Amor puro
Que a adolescência
Cultivou
E a verdade matou.

Um Romeu banguela
Bate na porta
Da Julieta esquálida
E anorética.
Depois vão à festa
E nada de sapatinho,
Nem sapos nem cristais.
Apenas a virulência
Dos lábios e das mãos
Que depois de satisfeitas
Dizem somente não.

Quase que dormi com a abóbora,
Temporais e temporadas
Depois.
Eis que a encontro
Carruagem?
Fazendo ponto,
À espera do príncipe
Que já vem, que já vem, que já vem...
Publicado em: 06/12/2008 22:51:04
Última alteração:06/03/2009 15:27:02

AMAR, AMAR, AMAR
Amor bicho inocente e sem juízo
Não pode ver as pernas da morena.
Da dor que me gelava nem notícias
Que o gozo deste amor de novo acena.
Vou logo, neste jogo, qual babaca
Que tampa o rosto e finge não ver nada.
Desanca novamente em minhas costas
Sudário deste amor feito em porrada.
Mas vale sempre a pena ser assim,
Um roto que procura por emenda.
Nas pernas que se abriram e convidam,
Segredo desta vida se desvenda...
Publicado em: 06/01/2009 18:58:49
Última alteração:06/03/2009 12:11:49




AMAR, AMAR, AMAR
Festas
Noites
Realces
E brilhos...
Janelas abertas
Almas nem tanto...
Encanto do riso
Do juízo distante
E do gozo constante;
Carícias, visgos
Esgares...
Volvo
Vulvas
E valências.
Antecipo
Precipito,
E repito...
Publicado em: 08/01/2009 10:53:41
Última alteração:06/03/2009 11:47:50

AMAR, AMAR, AMAR... /

Tênue fio de luz, não mais
Mostrasse a saida da caverna
Esperança por certo luziria...

Poesia nascida ao limbo dos astrais
Caducando à perfídia, insânia, escara
Fosse um transe, novo jacto de esperma

Novos céus, num florão, recobririam
Do negror, de noite escura, u´a cratera
Nova vida, surgiria nas américas...

Fálica conjunção, astros diversos,
Em ectoplasmas vagam infinitos.
Raiando em plenitude os universos
Tocados por esplêndidos conflitos.

Angelicais poderes mais perversos,
Enxames de corpúsculos benditos,
Unindo diferenças vagos versos,
Enaltecendo eternos, belos ritos.

Numa penetração fantástica uma vida
É feita em tresloucadas convulsões.
No úmido labirinto é percebida

Enchente que mergulha em profusões.
E do óvulo parado, este esquizóide
Planeta traga um espermatozóide....

ANA MARIA GAZZANEO
MVML
Publicado em: 06/11/2007 20:53:47
Última alteração:31/10/2008 17:35:04



Adoro quando me fazes rir....
Cócegas....
Na planta dos pés...
Beijos no umbigo....
Até às lágrimas eu rio.......
Mais séria fico quando me deitas...
Suavemente....
E ao teu desejo correspondo.........

No jogo deste amor, na sedução,
Beijando tua pele arrepiada,
Deitando com total sofreguidão,
Bebendo cada gota derramada.

Sentindo todo o fogo da paixão
Na lúbrica vontade extasiada,
Teu corpo do meu corpo uma extensão,
Tua nudez tão bela, penetrada...

Jogamos sem limites, sem segredos,
Vitória repartida em nossos gozos,
Traçamos nesta cama bons enredos,

Crianças sem juízo, adolescentes,
Fazendo dos momentos preciosos
Brinquedos fascinantes e tão quentes...

MARTA TEIXEIRA
Marcos Loures
Publicado em: 21/05/2007 12:11:57
Última alteração:05/11/2008 23:06:14


AMAR, AMAR, AMAR...


Meu rastro se perdeu no infinito
Aonde alada, em sonhos, te busquei...
Mas meu amor,jamais ouviste o grito...
Gemido tão dorido triste ai ,
Em pranto tão sentido, que chorei...
Mas ouço enfim teu canto tão aflito
Da dor eu rasgo o manto, amor, voltei!
E volto assim, trazendo uma vontade,
De em beijos sufocar essa saudade!
Contigo viver só felicidade!

Felicidade eu sei
Nos braços deste amor,
Bem mais do que pensei.
Um sonho encantador
De ser amor a lei
Regando cada flor

Que encontro no jardim
De todas as vontades,
Aguando dentro em mim,
No seio das verdades,
Trazendo num festim
Nossas saciedades...

Contigo eu irei ver
O sonho renascer...

ANA MARIA GAZZANEO
Marcos Loures
Publicado em: 12/07/2007 16:33:52
Última alteração:05/11/2008 19:31:09


AMAR, AMAR, AMAR...
Roubei da velha estrela cada brilho,
Talvez fosse preciso. Não devia.
Estrela morredoura, fria, amarga
Na draga que se fez em noite inútil;
Um fútil desfilar de falsas pedras,
Bijuterias fingem diamantes
Os dentes e os sorrisos já postiços
Os viços esquecidos no passado
Ao lado do cadáver, silicones
Em cones e carpetes multicores
Corbelhas esquecidas na ante-sala
A fala tartamuda e sem sentido.
O vidro se espatifa, canastrão
E cada caco mostra uma verdade.
Sem asco vou pisando o podre chão
Carrasco desta estúpida boçal.
Velhaco, num sorriso de ironia
Sarcástica impressão deixando à toa,
À tona numa orgástica expressão
A pedra se esfacela e já se mostra
Desnuda de qualquer satisfação
Espelha minha face enregelada,
As rugas de minha alma se aflorando
Queimando assim meu rosto em escaldante
Licor feito entre mágoas e mentiras.
Um simples mercador faz da ilusão
O seu melhor produto em farta venda.
Acendo o meu cigarro, assim cultivo
O câncer que será meu companheiro;
E a moça que se ilude em gargalhada
Aplaudirá meu último espetáculo.
Tentáculos tocando o que me resta
Na festa inesquecível, viperina
A noite se alucina e dança leve
Dizendo tão somente um: até breve!
Publicado em: 16/02/2008 22:51:25
Última alteração:22/10/2008 17:23:30


AMAR, AMAR, AMAR...
Por vezes entre cardos caminhamos,
E a dor em tempestade sempre rega
Jardim das ilusões matando os ramos
Aonde uma emoção audaz se nega.
Nos sonhos em que tristes navegamos
Uma alma solitária se faz cega.
Procuro por teus rastros, teus sinais,
E sei- não te verei, amor – jamais...
Publicado em: 05/01/2009 12:37:01
Última alteração:06/03/2009 12:34:36


AMAR, AMAR, AMAR....

A voz que em belo canto se insinua
Louvando em alma plena a bela lua,
Soluça quando sente o raro trilho,
Aonde a madrugada irá buscar,
Num último lampejo, um calmo brilho
Na espera deste sol que irá raiar.

Assim amor se faz qual fosse um hino,
Perfeita maravilha em desatino,
Num mundo em claridade, mais bonito,
O sol emite em raios, força tanta,
Que neles vai soltando imenso grito,
No amor que amanhecendo já me encanta...
Publicado em: 03/09/2007 21:45:48
Última alteração:23/10/2008 21:07:07


AMAR, AMAR, DEMAIS.../


E você se engana em quê sentido?
Com o que já foi,
Com o que há,
Ou com o que hás querido?
De minha parte,
Sequer vejo em você alguma culpa...
Talvez, seja o meu modo de conceber o amor, que te preocupa...
Mas deixe tudo para lá...
Não quero mais te ouvir falando e erros...
Não sou justiceira que a tua alma ausculta...
Apenas alguém que te ama, e mais nada!
Feito o acordo,
Prossigamos almas aladas,
Lado a lado,
Bela estrada!

Percebo em cada passo que nós damos
Em direção ao bem tão absoluto
Que amor que não permite que tenha amos
Bendiz a cada dia o raro fruto

Que é feito em cada passo que sonhamos
Impede que haja morte ou mesmo luto.
No dia em divindade que traçamos
Jamais conheceremos jogo bruto.

Mas amor é doído e causa danos
A quem não se percebe enamorado.
Por vezes se povoa em desenganos

Distante do caminho já traçado.
Por isso é que ao passar de tantos anos,
Eu continuo sempre do teu lado...

ANA MARIA GAZZANEO
MVML
Publicado em: 18/08/2007 18:12:51
Última alteração:05/11/2008 14:58:06


AMAR, AMAR... /


E venho
Me embrenho
No sonho
Na dança
No gozo
Festança
Criança
Nem penso
Se certo
Ou errado,
Pecado
Ou não
É só coração
E paixão do desejo
Meu corpo fremente,
Buscando a convulsão
Do amor latente
Potente vulcão,
O explodir enfim,
Do teu gozo em mim...


Amor
Beijos
Ferozes
E felizes
Entranhas
Descobertas
Aberto
O peito.
Do jeito
Mais audaz
Que for capaz
De ter
Prazer e gozo,
Riso solto.
A noite
Sem açoite
Simples vento
Batendo
Nas janelas
Nos umbrais
Nus corpos
Copos, copas
Roupas
Soltas.
Vontades
De querer
Sempre demais.
Assim
Ao conceber
Beber teu vinho,
Que traz
Embriagues
E enfim vicia,
Fazendo
De nós mesmo
Sinfonias
Que varam
Noite afora,
Ensandecem,
As bocas
Se procuram
E se mostram
Escancaradamente
Bem dispostas.
As costas
Descobertas,
Pernas, coxas.

Roçando
E se tocando
O tempo inteiro.
Tramando
Um verdadeiro
Paraíso...

ANA MARIA GAZZANEO
MVML
Publicado em: 20/08/2007 16:12:14
Última alteração:05/11/2008 14:53:34



AMAR, AMAR... /

Veja só o meu estado, querida.
Lágrimas sobre minha ferida...
O ar está pesado demais...
Só lamento murmurando ais...

Saudades dos momentos mais felizes,
Do amor, dois pequeninos aprendizes
Na procura de um dia em ilusão,
Vertendo sobre nós toda a paixão...

Imploro ao Deus da infância
Só a doce infanto felicidade
Quiçá minha última ganância
Poderá me trazer tranqüilidade.

Assim eu poderei alçar liberto
Os sonhos de viver em mundo incerto
Com passos bem mais firmes e as certezas
De enfim poder vencer as correntezas...

LEON DEL BARGO
MVML
Publicado em: 15/10/2007 17:32:09
Última alteração:03/11/2008 20:55:35


AMAR, AMAR...

Estou parecendo adolescente
Deslumbrada com a primeira paixão
Progesterona a flor da pele
Em cada palavra uma sensação
E em cada beijo que mandas
Mas aumenta meu tesão

Se mandas beijo de língua
Meu corpo vira fornalha
Se mandas abraços apertados
Meu corpo fica em brasa
Se falas que me amas
Fico logo assanhada

Meu corpo deseja o teu
Teu corpo deseja o meu
E nesta troca de desejos
Esquecemos a sensatez
Fazemos amor publicamente
Neste canto meu e teu

Gostoso te poder fazer carinho,
Sem medo e sem pudores, sem juízo.
Em meio a tal platéia desfilamos
Exemplos de Adões, Evas, paraíso...

Eu falo e se preciso até repito
Que amor não é pecado ou safadeza,
O sexo se bem feito maravilha
Também se come em cama, chão ou mesa.

Mas deixa de conversa e vamos nessa
Que a noite se promete em alegria.
Vencendo a timidez; o que nos resta,
Arder nesta fogueira em harmonia!

GELIS
MVML
Publicado em: 22/09/2007 17:47:42
Última alteração:04/11/2008 15:04:00



Em tua boca, quente
Eu bebo do teu vinho
Atada ao teu carinho
Eu perco o meu norte...

Embriagada, eu fico
Lasciva, em teu poder..
E bebo mais um pouco
Até enlanguescer...

Desmaio, no abraço.
Desfaço o meu querer...
Murmuro em teu ouvido...
O gosto do prazer...

Depois, mais nada sei...
Acordo, do teu lado...
E fico a me lembrar...
Do amor, que a gente fez...

Sentindo o cheiro bom de tua pele
Colada com meu corpo. Que prazer!
A boca te procura e se compele
A pesquisar inteiro; quer te ler...

Roçando o teu pescoço, o vento frio
Nos lábios a promessa de delírio.
Teu corpo tremulando em arrepio,
Vontade tão voraz vira martírio...

E roubo teu silêncio, num gemido,
Palavras se perdendo na loucura.
Decoro cada rumo percorrido
Entrego-me aos teus sonhos com ternura...

Amar se embriagando no desejo
É raio que nos corta, num lampejo...

ANE MARIE
Marcos Loures

Publicado em: 12/03/2007 21:53:52
Última alteração:06/11/2008 11:38:30


AMAR, AMAR...

Ferros, aços
Cortes e crostas.
Berros braços,
Mortes e ostras.
Somos tomos
Pomos gomos
Restos.

Vejo o teu retrato
Parede e rumo,
Sumo e prumo...

No fundo sou teu.
Meu beijo, sexo
E maravilha...

Ilhas distantes
Antes e depois
Dois somam
Domam
Comam
E se satisfaçam...

Assim se foi
Assim será
Mais uma vez.

Noites, holofotes
Fotos e procuras.

Luz e marcas
Magas luzes.
Reproduzimos
Pecados
Em hotéis,
Motéis
E néons...
Publicado em: 11/05/2007 16:17:20
Última alteração:26/10/2008 20:28:41


Amar anos a fio
Anjos em ebulição...
Mas a água do rio
Não repete a margem
Toda viagem
Empecilhos
Cílios longos da ilusão
Cedendo a alopecia
Da verdade.
Publicado em: 24/05/2007 15:42:56
Última alteração:23/10/2008 20:30:


AMAR, AMAR...

Amor vem sem aviso a quem padece
da sorte mais airosa em vento frio.
É noite que ilumina em lua clara,
entorna um coração antes vazio.

Amor não é bobagem, te garanto,
espanta a solidão e traz os medos.
Amar é ser perfeita imperfeição.
É se perder sem tréguas ou segredos.

Amar é ser assim, tal fortaleza
que mostra no final, fragilidade.
É mesa que se põe, raro banquete
que nunca mata a fome, na verdade...
Publicado em: 21/09/2007 20:07:32
Última alteração:23/10/2008 21:07:22


AMAR, TÃO SIMPLES ASSIM...

Quero viver um segundo,
Deste pouco que me falta
Na verdade quando exalta
Coração domina o mundo,
O meu sonho, um giramundo,
No sacrário ou nesta malta
O desejo que me assalta
Nele tanto me aprofundo,
Vou bebendo cada gole
Da saudade quando bole
Machucando devagar
E de noite cada noite,
O teu corpo já me açoite
Neste louco navegar.
Publicado em: 23/07/2010 13:42:56


AMAR, TÃO SOMENTE AMAR


Amar é ter o cetro
Do reino da esperança
Que enquanto a noite avança
Amealha estrelas
E borda um céu sublime....

Publicado em: 31/07/2008 19:18:25
Última alteração:19/10/2008 22:07:06



AMAR, TÃO SOMENTE AMAR
Sim, eu minto
E não omito
Os falsos guizos
De um palhaço.
Sem ilusões...
Estúpido quem crê
Que o poeta sente
O que escreve.
Mata Pessoa
Ou personifica
Sem exorcizar
O personagem.
À margem da vida
Viagens em mim mesmo.
Esmo, ecos longínquos.

Mas, quem sabe,
Talvez quando escreva
Traduza uma verdade
Mesmo que em lusco-fusco,
Mesmo sombria.
Quem cria
Foge.
Ou forje
Alforjes que trago
Há tempos no sub-consciente.
Ciente disso,
Creio ser possível mergulhar,
Por maior que seja o abismo,
Sobreviverei.
Sem ser rei, ou talvez o sendo
No imaginável castelo
Aonde os versos
São os tijolos...
A realidade cimenta
Senão. Rui...

Falo do amor
Da dor
Da cor
Do acordo
Mal acordo
E começa o comichão....

Preciso escrever antes que eu exploda.
Parir.
Alma parturiente
Ejacula palavras
E nelas se retrata.
Tentáculos à mostra.
Nu.
Estou inteiramente nu.
Mas. E a falsidade?
E a mentira?
E a troça?
Dirijo a carruagem
E beijo Cinderelas....
Publicado em: 20/08/2008 14:54:36
Última alteração:19/10/2008 20:19:55


AMAR,AMAR /

A vida às vezes torna-se aventura temerária,
Quando não pensamos duas vezes antes de agir,
Mas quem não arrisca não petisca diz o ditado
Corremos o risco de nos impedir a progredir
Acho que tudo mesmo não passa de fatalidades
O que tem de acontecer já está por vir

Viver é ter mil riscos a correr,
Saber que existem curvas nesta estrada,
Caminhos tão difíceis percorrer,
Na busca pela luz de uma alvorada.
No amor que assim nos move posso ver,
Promessa de uma vida iluminada.
Beijando a tua boca, sou feliz,
A sorte em meu destino assim prediz.

GELIS
MVML
Publicado em: 29/10/2007 22:10:38
Última alteração:03/11/2008 18:41:57



AMAR,AMAR, AMAR / XVI

No jardim onde resido
Sou apenas a haste de uma rosa
Comprimida entre espinhos
E entre rosas maravilhosas
Acanhada e sempre triste
Por não ser rosa formosa

Por este jardim voa um zangão
Que se chama Marcos Valério
Tentando roubar o néctar
Destas rosas vem discreto
Quem me dera ser uma rosa
O alimentaria por decerto

Mas quem sabe se um dia
Poderei ser pelo menos um botão
Não o alimentarei com néctar
Mas lhe darei meu coração
Adornarei a sua casa
Com plena satisfação


Colibri beijando o lábio
Da menina melindrosa,
Beija-flor é bicho sábio
Reconhece a bela rosa.

Moça traz no seu perfume
Alegrias e calor.
Meu amor seguindo o lume,
Vagalume e beija a flor.

Sabe o gosto desta moça,
Reconhece seus encantos,
Numa casa, uma palhoça,
Vai rondando pelos cantos

Até chegar ao jardim
Mais bonito em arrebol,
Coração dentro de mim,
Te procura, um girassol.

GELIS
MVML
Publicado em: 06/10/2007 19:32:38
Última alteração:04/11/2008 11:43:48



AMAR,AMAR, AMAR
Quantas vezes fomos os mesmos
Os esmos e os pensamentos.
Perdidos no fundo dos nossos olhos.
Molhos e flores.
Cores e antolhos.
Nos profundos olhos
A tristeza de se saber
De não te ter
E de viver.
Meio à deriva
Mas sempre sem ancorar.
Amar, amar, amar,
Se me coubesse amar,
Saberia deste mar.
Saberia do ar,
Do mar, ar, amar.
Mas é poesia
Que destilo.
E sem estilo ou sem rumo.
Vou deitar na rede dos teus braços...
Que não seriam e se riam não são meus...
Publicado em: 18/09/2008 20:25:23
Última alteração:03/10/2008 13:06:18


AMAR,AMAR... /

Mote – De minha embriaguez, cada mulher foi a taça..

Meu vício, vejam vocês,
Foi bênção e foi desgraça
Pois, de cada embriaguez,
Cada mulher foi a taça...

Embriagado na vida,
Com prazer na embriaguez,
Tanta Rosa e Margarida,
Meu amor, é tua vez...

MARCOS COUTINHO LOURES
MVML
Publicado em: 18/10/2007 16:58:16
Última alteração:03/11/2008 20:30:32


Se contigo aprendi esta verdade
Que amor só necessita liberdade
Para fazer feliz a quem se adora,

Desculpe minha amada se prossigo
Vivendo sem tentar e nem consigo
Jogar meu sentimento todo fora...

Se sou um pecador, sou egoísta
Não quero te perder, amor, de vista
Preciso ser cativo do desejo.

Não quero ser tão livre quanto queres,
Esqueço que há no mundo outras mulheres,
Somente o teu olhar, amor, eu vejo...

Só quero a liberdade de querer
Vivendo simplesmente por te ter
Amada que sonhei por tanto tempo...

Não quero ser de ti somente enfeite,
Só quero que tu queiras e me aceite
Bem mais do que um simples passatempo...
Publicado em: 26/02/2007 04:04:25
Última alteração:23/10/2008 21:02:45


AMAR, AMAR...
Procurei as frases feitas, as festas e frestas...
A noite me nega um novo dia...
A poesia, a posse, o poço e o fosso, são fósseis.
As asas e os corcéis.
Os meus dias, mel e mal, mãe...
A trama desanda, a vida anda andor e dor. Condor!
Conforto e carinho, ninho e certidão.
Bodas, cordas, colas, compras, colméias...
Mesas, salas, copas, berços, filhos...
Ilhas filhas, milhas e milho. Manhas e manhãs...
Cãs, cães, chão, repouso e pouso, fossa e conversa.
Aço penetra, aço corta, corta a luz, a água, mágoa, penso
Pensão.
Parto, marte, morte, sorte ressurreição...
Natação, menino, hino, escola, cola, bola, fome e tráfego.
Moto, carro, escola, cola, estrada, fado, sina, tino, barba.
Namoro, filho, neto, remeto e não comento.
Espero e não desminto, belos velos, velozes os triciclos,
Os ciclos se refazem. Refazendo a fazenda, a velha lenda.
Cordas, pescoço, imensas prendas, velhas rendas,
Mentiras e verdades, sangue e corte.
Suor, andor,
Amor
Ar
A vida recomeçará.
Conforto e carinho, ninho e certidão....
Publicado em: 28/11/2008 13:00:05
Última alteração:06/03/2009 16:30:13


-AMAR, NEM TANTO NEM...
AMAR, NEM TANTO NEM...

Permita-se voar no amor, na trilha
escumarenta de uma doce nave
que singra e salga o ló, a quilha,
o branqueio esvoaçante de uma ave.

Embora um temporal a uma milha
se aproxime e o trovão espreite, grave,
Iemanjá protege a nau como uma filha
e chega-se ao amor em pauta e clave.

Netuno nos empolga: Avante, mais bebida!
Cupido, meio tonto, erra o alvo
e lá nos vamos aportar num outro cais.

A cada inverno a gente busca uma acolhida;
novo porto, novo amor, mas sãos e salvos...
Estações a gente encontra; verdadeiro amor, jamais!

GOLBERY CHAPLIN

Disseram-me, não sei se isto é verdade,
Que alguém por um momento, foi feliz.
Amor prenúncio doce da saudade
Determinando sempre a cicatriz

Que mostra quão cruel realidade
Semente que abortiva, contradiz
Gerando tão somente a falsidade,
Deixando o céu deveras triste e gris.

Vereda que termina em triste abismo,
Teimoso, ainda insisto e mesmo cismo
Tentando vislumbra um horizonte.

Porém amor se empresta ao cadafalso,
Procuro o diamante; estou no encalço
Da falsa pedraria em podre fonte...
Publicado em: 09/12/2008 15:25:18
Última alteração:06/03/2009 15:42:54



AMAR, SEMPRE!!!

Ame!
Nunca pense que tudo se acabou
Acredite em ti, tempo não passou...

Deixe
Que toda essa tristeza vá embora,
É preciso sonhar! Amar é sempre agora!

Veja
Que tudo nesta vida, tem duas faces...
É preciso saber. Não use teus disfarces...
É preciso viver toda tua fantasia
Se esse amor nunca veio? Virá, um dia...

Sonhe!
Essa tal solidão é tão vazia...
Viva o pleno amor. Em tudo, poesia...
E sempre amar...

Cabem
Todos os nossos sonhos nessa vida.
Seja então feliz. Então: missão cumprida!
E sempre amar...
Publicado em: 30/12/2006 12:04:56
Última alteração:28/10/2008 11:23:14



AMAR, SIMPLESMENTE AMAR -


Chegaste e num momento
Vejo sorrir a vida,
Cantiga preferida
Se fez, ouvir, tua voz...

Minha alma tão festiva
Te abraça comovida
Meu coração contente
Promove o riso ausente...

Enfim, amor te abraço...
Refaço o meu versinho
Contigo neste amasso
Certeza de um carinho!

Calor em doce ninho,
Não vou mais te deixar...
Sofrí, andei sozinha
Eu quero só te amar...

Amar a cada verso que eu fizer
Além de todo o cais onde aportar.
Amar além de tudo o que eu quiser
E simplesmente, sempre e tanto amar.

Amar tua malícia de mulher,
Amar tua delícia, ser teu mar,
Amar demais, bem mais do que puder,
E novamente amar até sangrar

E nesta hemorragia, renascer
Para poder de novo ter teu braço.
Voltar e refazer cada prazer

E decorar caminhos, todo traço.
É tudo o que resume o meu querer,
E cada vez mais forte; assim, renasço...

ANA MARIA GAZZANEO
Marcos Loures
Publicado em: 30/07/2007 16:38:29
Última alteração:05/11/2008 17:38:22


AMAR, SIMPLESMENTE AMAR DEMAIS...


Aos teus beijos insanos
Bandeirante em conquista
Vasculhando o mapa
Adentrando a ilha
Nadando em marés
Perco a galhardia...
Mergulho em acordes
Loucas sinfonias
Vejo a geografia
Do teu ser em mim...
Em mil aventuras
Loucuras, ternuras
Sonho e fantasia
Mergulho em teu corpo
Esqueço de mim!

Amar além da vida, do infinito
Num cais que é feito em terras não tocadas,
As mãos que se aventuram, desfraldadas
Neste profundo pélago bonito.

Ourives que se faz em cada rito
Perfeitas as imagens peroladas
Das horas que se foram demarcadas
Em horizontes santos que assim fito.

Mergulho em sondas, sendas abissais,
E vejo o teu retrato em cada passo.
Não sei se inda consigo, nem disfarço,

Eu quero deste bom e sempre mais,
Em minha carne exposta, fome e verso,
Em cada nervo e músculo. Universo...

ANA MARIA GAZZANEO
Marcos Valério Mannarino Loures
Publicado em: 02/08/2007 19:53:10
Última alteração:05/11/2008 17:15:45


- AMAR, SIMPLESMENTE AMAR


Vivendo o nosso amor mais satisfeito
Embarco meu desejo nesta nave
Amar eu sei foi sempre o meu direito,
Achei do coração a tranca, a chave...
A vida se deslinda em tal beleza
Que sempre persegui e quero mais,
Amor quando viveu em fortaleza
Aos poucos me domina sem ter dó,
Eu sei que vou te amar, é bom demais
Saber que nosso amor é ouro em pó...
Publicado em: 18/08/2007 22:01:17
Última alteração:23/10/2008 21:06:53


AMAR, SIMPLESMENTE AMAR
Amor que tantas vezes, a voz solta
E grita sem disfarces, mostra a cara,
Ampara quem se fez em passo tíbio,
Tribulações? Esquece, pois liberta.
Libélulas tão frágeis foram larvas
Vorazes em momentos mais distintos.
Nas reticências medos e fantasmas.
Floresta impenetrável da ilusão.
Se te quero e tu queres meu querer
Jamais um vendaval fará estrago
Na paz que me incendeia posso ver
Afagos e carinhos sem ter fim.
Afins, os nossos cantos são equânimes
E vamos, passo a passo, sempre assim...
Publicado em: 12/06/2008 13:07:18
Última alteração:20/10/2008 21:41:33



amar, simplesmente amar
Tenho a certeza nos olhos,
horizonte e esperança,
tenho a força nas mãos,
calejadas e na alma esperançosa.
Tenho a vida na luta
e a memória de meus mortos,
num espaço de tempo
que mais parece uma eternidade,
tenho o porto e o barco, o campo e a cidade.
Cidade de tantos guetos e favelas,
de gritos e aflitos, nos morros e nas ruas.
Tenho o sangue dos meus pais, avós e camaradas,
correndo nas minhas veias,
pelas artérias do meu corpo e continente.
Tenho a angústia do que não vi,
do que não vivi e, na verdade anseio.
O seio da morena forte,
os dentes cravados na carne macia,
o amor louco e voraz das manhãs de preguiça.
Tenho o gosto que atiça os ventos das mudanças,
nas mãos o tempo que nunca veio,
mas estás se aproximando.
Tanto tempo perdido,
mas a vida se vinga e traz novo sabor,
um cheiro de terra molhada,
de fruta levemente apodrecida,
derretendo na boca.
Meu canto de amor à essa Terra,
diversa e una, única e plural;
do gado no curral,
na infância sofrida entre enxada e ancinho.
Tento meu canto insolente e insone,
por meio de um resto de luz
atravessando a porta.
Inundando o quarto
Acordando meus desejos e sensibilidade.
Merguho no brilho da luminosidade calma e constante,
recebo o beijo da manhã
seducente e obscenamente lúdica.
Me banho na cachoeira do final do arco-íris, na cútis da moça bonita, cabocla voraz, audaz e desnuda.
Minhas palmeiras se foram,
deixaram o eucalipto,
mas o grito de libertas ainda ecoa,
forte ressoa e invade a manhã.
Meninos, eu vi;
no canto dos passarinhos,
o canto dos aflitos que, ecoava oco,
mas hoje é respondido,
de forma ainda tímida, mas tenaz;
Nas senzalas restantes,
nos quilombos e aldeias,
nas mãos dos sofridos e discriminados.
No berro dos sem-terra, sem-teto,
mas com esperanças,
ouço o grito dos açoitados,
massacrados, prostituidos,
exilados na própria terra,
cultivada e cultuada, com suor e dignidade.
Mas também ouço o alarde,
o alarme soando, vem vindo um bando,
tentando calar.
A mordaça e o tronco renascem lá longe,
na mão dos capitães do mato,
dos senhores de engenho,
nos donos da terra.
De forma canalha, caluniam, vadios,
tentam conter a turba dos desvalidos que,
silenciosamente se soerguem e se aproximam.
Maioria faminta das merendeiras,
faxineiras, engraxates, domésticas,
que invadem as escolas, os sonhos, a esperança.
Mártires se foram,
hoje não são mais tão necessários,
por serem muitos;
pelo furor dessa mudança na dança do poder,
pela mulher que cresce e ocupa os espaços,
pela sensibilidade do amor, da fragilidade da paz
e da solidariedade dos pobres.
Meu amor se banha no rio,
vermelho, mar vermelho,
atravessado;
em busca do refúgio do futuro
Como me orgulho do socialismo!
Como estou aprendendo a amar esse país!
A entender meu povo,
minha gente, meus irmãos;
Aos Dom Hélder Câmara,
aos Pedros Tierra, aos homens de bem.
A Frei Betto, a Betinho,
a todos os que foram e estão e virão.
Muito obrigado,
o sonho se aproxima da realidade
e nessa estaremos em corpo e alma,
com a calma dos sábios,
do povo sábio que se sabia sabiá;
feito pra cantar livre, sem medo de ser feliz.

em homenagem a PABLO NERUDA
Publicado em: 09/09/2008 12:55:10
Última alteração:17/10/2008 14:35:00



AMAR, SIMPLESMENTE AMAR
Pois eu tanto quisera ser feliz,
Ninguém mais, com certeza, merecia,
Tantas dores carrego, nego o bis,
A vida me deixando a poesia,
Tudo que falo, nada mais me diz,
Me deixando, somente, fantasia...

Quem me dera viver a fantasia,
De cavalgar solene e tão feliz,
Mas a saudade, cega, vem e diz,
Quem amou assim, tanto merecia,
Mas de tanto viver na poesia,
Felicidade deixou, sem seu bis...

Perdido pela sorte sem ter bis,
Nem chance de tentar, sem fantasia,
Me perco, vago mundo e poesia,
Ness’altar que sonhei, viver feliz,
Hoje, enfim eu percebo, merecia
Bem mais que essa tal sorte vem e diz...

Não quero mais saber o que é que diz,
Quem me negou poder, num novo bis,
Achando que jamais eu merecia,
Só por acreditar na fantasia,
Que me fez incapaz de ser feliz,
Por viver impossível poesia...

Quem, portanto, acredita poesia,
Quem por ela morrendo, tudo diz,
Acreditando nela ser feliz,
Mesmo tendo na vida, todo o bis,
Por ela viverá da fantasia,
Sem ao menos saber se merecia...

Mas talvez, melhor sorte merecia,
Quem amou vida afora a poesia,
Eu sou seu prisioneiro, fantasia...
Vem; chega devagar, então me diz:
Pelo amor do Senhor, último bis,
Me deixe, num segundo, ser feliz...

Eu quero ser feliz, bem merecia,
Amor eu peço bis, na poesia;
Vem correndo e me diz: é fantasia
Publicado em: 23/10/2008 11:09:28
Última alteração:02/11/2008 21:45:31

AMAR, SIMPLESMENTE AMAR
AMAR, SIMPLESMENTE AMAR


Vivendo o nosso amor mais satisfeito
Embarco meu desejo nesta nave
Amar eu sei foi sempre o meu direito,
Achei do coração a tranca, a chave...
A vida se deslinda em tal beleza
Que sempre persegui e quero mais,
Amor quando viveu em fortaleza
Aos poucos me domina sem ter dó,
Eu sei que vou te amar, é bom demais
Saber que nosso amor é ouro em pó...
Publicado em: 06/01/2009 14:39:02
Última alteração:06/03/2009 12:11:00

AMAR, SIMPLESMENTE AMAR
Batatinha quando nasce,
se esparrama pelo chão,
coração quando vê o seu,
fica numa grande satisfação.

LUZIA MONIQUE

Coração não tem juízo
Perde logo o rebolado
Quando vê o Paraíso
Bem juntinho aqui do lado,
Teu amor é o que preciso
Senão morro apaixonado,
Tão gostoso o teu sorriso
Com jeitinho bem safado,
Se o amor vem sem aviso
Para quê ser avisado,
Tendo tudo o que preciso,
Ando bem acompanhado,
Nesta terra agora piso,
Com firmeza e bem guiado,
Se o terreno for mais liso
É preciso ter cuidado,
Meu amor desejo e biso,
Ser ter por ti sempre beijado...
Sem teu beijo o prejuízo
Fica sempre assinalado,
No teu corpo climatizo
Só calor nunca gelado,
No teu cheiro, aromatizo
Beijo bom e perfumado.
Faz perder qualquer juízo,
mas amar nunca é pecado...
Publicado em: 15/01/2010 21:06:38
Última alteração:14/03/2010 21:03:29

AMAR, SIMPLESMENTE AMAR
1

Diviso com os medos que guardara
Durante a minha vida, simplesmente,
Volvendo ao meu passado de repete
A sorte num poema se declara.
Por mais que a tarde surja bela e clara,
Uma alma não se mostra transparente
E tendo quem deveras me acalente
Jamais esta amargura desampara.
Vivendo por saber quanto é possível
Vibrar num tempo novo e perecível
Aonde o meu caminho se Fez manso.
O quadro se define e num segundo,
Nas sendas deste encanto me aprofundo,
A paz de um grande amor; mais cedo alcanço...


2



A paz de um grande amor; mais cedo alcanço
Enquanto sonhador em mar tranqüilo,
Se a minha poesia aqui desfilo
Procuro após a guerra algum remanso.
Vibrando de emoção eu me esperanço
Mudando a cada verso meu estilo,
O mundo que imagino segue aquilo
Que em sonhos mais fecundo já me lanço.
Não posso conviver com tempestades
Tampouco mais suporto tais saudades,
Resíduos de um amor que não deu certo.
Viver para o futuro, simplesmente,
É tudo o que mais quero; o que apascente
O tempo dos temores eu deserto...


3


O tempo dos temores eu deserto
E enfrento os dissabores com sorrisos,
Já não comportaria os prejuízos
Mantendo para tanto o peito aberto,
O rumo de quem sonha sendo incerto
E os dias serão todos imprecisos,
Porém em versos claros e concisos,
O amor que desejara enfim desperto.
Viver a fantasia tão somente?
Sabendo que ela é falsa e o quanto mente
É como um suicídio em ilusão,
Por isso um caminheiro segue em paz,
Bebendo tão somente o que lhe traz
As cordas que comandam coração...

4


As cordas que comandam coração
Vão tesas entoando melodias,
E quando as esperanças; cedo, urgias
Tramando algum sentindo e direção.
Vivendo sob as cores da paixão
O quanto se desfila em alegrias
Fugindo das fatais melancolias
Dedilho com prazer o violão,
E faço deste sonho realidade,
O quanto de prazer agora invade
Mudando este amargor em doce sonho.
Vencer as tempestades, temporais,
Chegando mansamente ao porto e ao cais
No mundo que deveras te proponho.


5



No mundo que deveras te proponho,
A sorte se mostrando imaculada
Trazendo a nossa noite enluarada,
Moldando na existência um belo sonho.
No verso que deveras eu componho,
A vida sempre clara e iluminada,
Depois da vida inteira em quase nada,
O barco em mares calmos ora ponho,
Seguindo a direção do manso vento,
O gozo que nos ritos eu invento
Expõe um novo tempo: ser feliz,
Deixando para trás o que era dor,
Vibrando em alegrias e louvor,
Sequer deixando alguma cicatriz...

6



Sequer deixando alguma cicatriz
Supero os dissabores de uma vida,
Aonde uma esperança em despedida
Trouxera um sonho amargo, o que eu não quis.
E quando de ilusões a sorte diz,
Por mais que a realidade venha e acida
Não dando a caminhada por perdida,
Retorno à mesma estrada e peço bis.
Seria redentor este momento
Aonde em paz suprema já me alento
E volto a ser quem era no passado,
Amor ditando as ordens que obedeço
Não quero e nem percebo mais tropeço,
Trazendo a fantasia do meu lado...

7

Trazendo a fantasia do meu lado
Já não suportarei a solidão
Envolto com os braços da paixão
Seguindo um dia sempre abençoado,
Não deixo que me falem do passado,
As águas vão descendo o ribeirão
Até que em plena foz, numa explosão
Num oceano enorme, dita o Fado.
Assim uma esperança que me move,
E a cada novo dia se comprove
Permite que eu consiga prosseguir,
Olhando os descaminhos que passara,
A vida se tornando bem mais clara,
Tramando com beleza o meu porvir...

8

Tramando com beleza o meu porvir
Jamais esquecerei erros antigos,
Os dias que virão serão abrigos
Deixando em calmaria prosseguir,
Quem tanto desejou só conseguir
A paz entre diversos inimigos,
Vencendo com ternura estes perigos,
Já sabe os dissabores impedir.
Naufrágios? Não pretendo nem os quero,
O amor quando se molda amargo e fero
Transforma-se em terrível desamor.
Por isso é que pretendo esta esperança
Ao qual minha alma livre já se lança
Vivendo com ternura e sem rancor...

9


Vivendo com ternura e sem rancor
Expresso em esperanças o que sei
Virá depois de tudo o que passei
Lutando pelas cores de um amor,
Apenas um eterno beija flor
Vagando sem destino grei em grei,
Sem medo do sofrer eu me entreguei
Vencendo em alegria qualquer dor.
Agora um simples calmo jardineiro
Que cuida com carinho do canteiro
Aonde semeara a fantasia...
Depois de certo tempo eu conheci
Felicidade enorme que há em ti,
Razão que move toda a poesia...


10




Razão que move toda a poesia
Nas mãos desta esperança a mensageira
De um tempo em que a razão mais costumeira
Derrama-se em loucura e fantasia.
No quanto o coração com amor cria
A sorte não se mostra passageira,
Por mais que outro caminho ainda queira
Somente num amor vejo alegria.
E quando se dourando em sol imenso,
No encanto que me trazes sempre penso
E moldo este soneto nesta espera.
Viver o grande amor sem ter perguntas,
As almas se procuram e andam juntas,
Vencendo com ternura uma quimera.


11


Vencendo com ternura uma quimera
No olhar uma esperança interminável,
O quanto se pensara mais amável
A sorte superando qualquer fera,
O amor dizendo tudo o que se espera
Tornando a solidão abominável,
Além do que se fez imaginável
O sonho nos domina e já tempera
A vida de um poeta enamorado,
Um mero trovador que tendo ao lado
A bela criatura que deseja,
Fazendo da viola a companheira,
Ponteia à lua cheia a noite inteira
Enquanto a poesia cedo almeja...

12


Enquanto a poesia cedo almeja
O velho coração de quem se entrega
A vida noutros rumos já navega
Além do que ilusão tola preveja,
Mergulho no passado e assim lampeja
A glória que julgara amara e cega,
Enquanto à esperança amor se apega,
Minha alma sem parada segue andeja
E vasculhando ponto sobre ponto
Estrelas que encontrei deveras conto
E bebo desta luz inebriante.
Vivendo sem temores nem rancores
Desfilam-se no céu diversas cores,
No olhar de quem desejo um diamante...

13


No olhar de quem desejo um diamante
Prismática beleza iridescente
O amor quando se faz assim urgente
Tomando a nossa vida num rompante,
Por mais que se prossiga sempre avante
No fundo uma esperança se pressente
Dizendo deste encanto que envolvente
Permita que se creia a cada instante

Na luz que iluminando o amanhecer
Trará com toda a glória este prazer
Do qual eu não escapo e nem pretendo,
O amor sendo sincero e mais profundo,
Trazendo esta beleza em que me inundo,
Produz numa alegria, o dividendo...

14


Produz numa alegria, o dividendo
Uma esperança amena, calmos dias,
Além do que talvez o que querias
O amor nos conduzindo ou envolvendo
Permite amanhecer que ora desvendo
Por mais que as noites sejam sempre frias
No gozo destas belas fantasias,
O tempo mais feliz; prossigo vendo.
Fazendo do meu verso um simples canto
Abrindo o coração a tal encanto,
Sabendo ser a sorte muito clara,
Mas quando me encontrando em solidão,
Sentindo sob os pés abrindo o chão,
Diviso com os medos que guardara
Publicado em: 25/01/2010 18:35:37
Última alteração:14/03/2010 18:14:28


AMAR, SIMPLESMENTE AMAR

O dia renascendo em alvorada
Florida, nos convida para a vida
Ávida dessa luz. Sentindo cada
Flor como uma esperança revivida
Minha alma vai liberta, reinventada
Nas belas cores da árvore florida
Mostrando seus desejos: ser amada
E refazer-se em pólen, mais sentida.
A beleza renasce multicor,
Com isso, ressurgindo meu cantar
Espalhando alegria, vem compor
O cenário perfeito para o sonho
De renovar vontades... Quero amar,
Refazer, ressurgir... É o que proponho...

Publicado em: 08/05/2010 13:18:36


Rolando na noite
O gosto sombrio
Queimando em açoite
O gesto tão frio...

A fome expressada
Nos olhos vazios
A noite passada,
Os gestos tão frios...

Ao ver a miséria
Calada no canto,
A dor é tão séria
Que cala meu canto.

Não vejo saída
Senão por amor,
Tentar outra vida
Sonho salvador,

Da noite cumprida
Na fome e no chão,
Só resta a saída
O vinho e o pão.

Amigo não deixe
Que a noite repita,
Que se vida se queixe
De ser tão aflita.

Pra aquela criança
Já prostituída,
Sem ter esperança,
Amor: a saída.

A porta da frente
De toda essa vida,
Amar, simplesmente,
Impede a saída...

Saída dos sonhos
Saída da paz,
Pois dias risonhos
Somente amor traz.

Amar simplesmente
Sem nada pedir,
Quem a si já mente
Não pode impedir

Que a noite sombria
Impeça a certeza
Do sol d’outro dia...
Publicado em: 21/02/2007 07:52:05
Última alteração:26/10/2008 20:26:54


Sussurra a gaivota que, aqui abrigo procurou….
Que os Deuses uma mensagem me deixaram……….
O que será? Tranqüila, está a minha consciência…
Nada fiz para que me castiguem………….
A não ser este amor inexplicável por ti…………
Este amor saudável,
sem pesados ciúmes ou brutal desconfiança…
Completo com ternura, com sorrisos abertos………
Talvez os Deuses tal não entendam……………………


Não temas, minha amada, tal mensagem,
Os Deuses já nos amam totalmente,
Pressentem a beleza da visagem
Que, aos poucos, vai tomando nossa mente...

Na mansidão segura da viagem
Um coração que voa nunca mente,
E sabe que encontrou melhor paragem
No coração que encanta, simplesmente...

Confio em cada verso que me traz
O vento benfazejo da esperança.
Por isso, em nosso amor, sou bem capaz

De mergulhar tão manso e tão profundo.
Envolto nos teus braços, sem tardança;
Sou o ser mais feliz que há nesse mundo!

Marta Teixeira
Marcos Loures

Publicado em: 05/03/2007 18:56:01
Última alteração:06/11/2008 11:31:04


AMAR, SIMPLESMENTE AMAR...
Desde quando
Alçando vôo
Pudesse corcel
Alado
Atado
Aos braços
Dos teus mares
Ares, arcos
Barcos
Esperança
Legado.
Cego
Sigo
Sinto
Sou
Sêmen
Semente
E mentira.
Me atiro
A esmo
E ao mesmo tempo
Arrebento grilhões...
Publicado em: 10/06/2008 18:21:44
Última alteração:20/10/2008 21:07:45


amar, simplesmente
Recebo no mote da sorte o gosto amargo
E no trago, no afago e não largo,
Nem que a noite não venha...
Sei de nada que vaga e chega,
Se apega e não trama
Apenas chama o gosto
Agosto e sei termos
Amar não tem lote
Em tantos desenhos
De giz.
Do gim e do fim que se aproxima
Do final de meu mundo.
Mudo e sem gosto
Exposto sem rosto
Sou o fim da sorte
Da luta sem ganas
O medo do nada
Nas dívidas pagas e cumpridas.
Quero o vago e o manso
O remanso do colo que não tive.
A restinga que não veio
O tempo que não pedi
E o manto que não vestia.
Apenas obedecia
Ao gosto do vento.
Liberto sem amarras, olhos explodindo,
E envolvido no vazio, no vazio do tempo...
Que sofre todas as variações.
Vibrações e ações das tempestades.
Vamos pelas luas e pelas estrelas.
Que a vida não espera.
Tempera...
Publicado em: 18/09/2008 17:56:43
Última alteração:03/10/2008 13:07:28






Cada sonho é um sonho...
Cada sorriso é um sorriso...
Sorrio quando em ti penso...
Alegre, feliz...
Sorrio quando me amas...
Prazer, paixão....
Sorrio quando me olhas...
Enigmático, misterioso....
E quando me beijas?????????????
Ah, meu amor...
Não sei como....

Ao ter o teu sorriso
Querida, com prazer
Encontro em paraíso
Vontade de viver

Num beijo mais preciso
Num fogo a nos arder
Perdendo o meu juízo
Encontro o bem querer...

Um amor tão magnético
Muita vez enigmático
Não permitindo ao cético

Ficar sozinho, estático.
Desejo tão eclético
Se torna bem mais prático.

Amar, somente amar...

MARTA TEIXEIRA
Marcos Loures
Publicado em: 28/07/2007 12:13:44
Última alteração:05/11/2008 17:44:25




Querido...
Nunca percebeste,
Que o meu amor, por ti,
Nasceu sem anúncio?

Sem hora marcada?
Sem quê,
Sequer suspeitasses?
Sem que soubesses de nada?

Mas não te preocupe,
Uma ou qualquer,
Resposta...

Aceita apenas,
O meu ser
Como o sol,
Iluminado...
Em amor por você!

Sem perguntas,
Sem promessas...

Apenas vives,
Como se esse amor,
Estivesse já,
Há muito,
Reservado prá você...

Esperando apenas...
O momento certo,
De nascer...

Nosso encontro marcado desde sempre
Qual fosse reservado para nós
Por um deus pela vida enamorado,
Atando nossa vida em fortes nós.

Viver essa alegria sem ter fim
De amar e ser amado, com certeza,
Fazendo da harmonia em nosso canto
A sorte, nosso fado, sem tristeza...

No riso, na euforia e na saudade
Mil versos espalhados correm livres
Dizendo da harmonia de verdade
Que sempre foi a marca deste canto.

Querida, como é bom saber que existes,
Querida; estou aqui a te esperar...
Os dias que se foram, antes tristes;
Agora já se adornam neste amar...

ANNE MARIE
Marcos Loures
Publicado em: 24/08/2007 18:44:03
Última alteração:05/11/2008 13:09:00


AMAR... -

Assim como o mar conhece seus peixes
As borboletas o jardim
O céu as suas estrelas
O beija-flor um jasmim
Alimento-me com a esperanças de ter você prá mim.



Assim como tu queres meu amor
Também desejo imenso; por ti, tenho.
Deitando em tua boca um beija flor
Com sede que querer, amada eu venho.

Estrelas que roubamos lá do céu
Enfeitam nossa cama, salpicadas.
Galopas nosso amor, louco corcel
Que vaga nas cobertas cravejadas

De raios e de brilhos sem igual.
Porém com forte lume, qual um sol,
Desfilas maravilhas, sensual.
E emanas tanta chama, meu farol.

A madrugada chega e o dia vem,
Amanhecendo intenso o nosso bem...

GELIS
Marcos Loures
Publicado em: 20/07/2007 15:55:21
Última alteração:05/11/2008 19:08:10

AMAR... AMAR
Um sonho todo azul, em brilho raro
Tomando os meus sentidos, gera um sonho
Carinho sem limites, denso e caro
Trazendo alvorecer sempre risonho.
Amar, ilha fantástica, divina
Palavra sedutora que fascina...

PARA A MARAVILHOSA POETISA SONHOAZUL
Publicado em: 29/03/2008 14:49:31
Última alteração:21/10/2008 20:35:31




AMAR... AMAR
Perdoe meus erros,
São berros de minha alma
Eternamente inquieta,
E ternamente afoita.
Nos coitos e coités
Nas cordas da viola,
A sola do sapato
Há tanto destruída,
Amar-te talvez...
Quem me dera
A fera morresse
Sem tréguas
Entregue às tempestades
Geradas a cada novo engodo.
Publicado em: 26/11/2008 22:09:06
Última alteração:06/03/2009 16:36:12


AMAR... SIMPLEMENTE AMAR
Nunca mais eu falaria
Do vento que me levou
De tudo o que me restou
Na curva que não faria.
O tempo que se passou
No sonho do novo dia.

Dia que trama futuro
Em marcas do que passei.
No mundo que já sonhei
Porta, sala, quarto muro,
Na saudade que carrego
Desse beijo que procuro.

Mas nada vejo. Ninguém
Amor que talvez exista.
Tristeza que não insista
Senão eu chamo meu bem.
Depois vou dançar na noite
Que a noite mansa já vem...
Publicado em: 09/12/2008 17:19:28
Última alteração:06/03/2009 15:42:26



AMAR... SIMPLESMENTE AMAR! /

Poder que não resista a um vento breve
Vaidade que se escoa na ampulheta
A mocidade é bela como a neve
E abraça a brasa pra que se derreta...

Depois que passa o viço quem se atreve
Peitar de frente agora toda seta?
É frágil a coragem é mais leve
Procura-se a estrada mais dileta

Que possa perfazer sacro caminho,
Porém amor se mostra de veneta
E ao mesmo tempo curva em linha reta

Na ponta dos meus dedos, já se enceta
Vontade de encontrar, mas perco o ninho
Qual rosa que se perde em frio espinho.

GONÇALVES REIS
MVML
Publicado em: 21/08/2007 19:52:40
Última alteração:05/11/2008 14:23:40


AMAR... SIMPLESMENTE AMAR
Amar é ter certeza
Dos passos que se dão,
Saber que a sobremesa,
Já vale a refeição,
É crer nesta beleza
Que envolve uma paixão...

Eu quero te sentir,
Deitada em minha cama,
Desejos a pedir,
Acendendo esta chama,
Que vem nos invadir,
Mostrando o quanto se ama.

Nos astros que nos cobrem,
Prazeres se descobrem...
Publicado em: 29/05/2008 17:03:45
Última alteração:20/10/2008 19:34:51


AMAR... SIMPLESMENTE AMAR
Do teu colo beleza em opulência
De tanta maciez, lubricidade
Vivendo essa serena santidade
Pedindo teu favor numa clemência
Que salve meu amor de tal demência.

Desejo tuas luas desnudadas
Cerejas espalhadas sobre o bolo,
Amar pra quem sofreu é meu consolo
Buscando minhas noites mais sonhadas
Nos campos do prazer, enluaradas...

Em plena maciez clara e marmórea
Mergulho meus desejos sem tortura
Amando deste amor em tal alvura
Permite-se em botão de rosa, flórea.

Teus olhos e teu colo meu caminho
De pompa e de festejos divinais.
Aporto nos teus seios, doce cais,
E neles vou fazendo um manso ninho...
Publicado em: 17/09/2008 15:58:48
Última alteração:17/10/2008 13:35:28


Nessas nuvens tão lentas, segue o céu,
Com vestido de chumbo, vai pesado.
Molemente descansas sozinha
Este calor imenso chama enfado...

Na transparência vejo a morenice
No contraste da blusa com a pele.
Nessa quase nudez, quente mormaço;
O colo me convida e me compele...

As chuvas carregadas já desabam
Molhando esse canteiro, rega a flor
Que sorrindo se entrega em alegria.
Ela fecha a janela, o sonho, amor...
Publicado em: 21/02/2007 16:00:27
Última alteração:26/10/2008 20:27:06



Pergunto-me, às vezes, se pecado não será
Sentir-me assim........
Com esta vontade imensa de, às vezes
Chorar..............
Por medo,
ter da intensidade do sentimento que o meu corpo doma....
Sinto as mãos suadas, a boca seca...
Sinto-me distraída, confusa, louca.......
Mas depois, sinto a boca desenhar-se num sorriso....
O olhar a ultrapassar o horizonte..............
Um prazer imenso a passear-se pelo corpo............
E, sei então........

Pecado é não sentir a sensação
De ter o paraíso em plena vida;
Negar a imensidade da emoção
Nesta vontade louca e distraída

De ter asas, voar pela amplidão,
Transbordando em prazer, sem ver saída,
Senão a que nos manda o coração,
Minha alma se encontrando; em ti, perdida...

Um arrepio intenso me domina,
E sinto-me suado, a boca seca,
A força do desejo não termina,

Vontade de te ter e sempre estar.
E sei então, quem ama nunca peca,
Adentra o paraíso; por amar...

Marta Teixeira
Marcos Loures

Publicado em: 09/03/2007 12:58:47
Última alteração:06/11/2008 11:39:26


Pó em cio
Pó vicia
Cio e Cia
Anseio o seio
Sem receio...

O pão e o café
A fé o frio
A mão
Macia
Da mãe
E do eterno
Vai e vem
Das pernas...

A vida não me cansa
O que cansa é a avidez
Pela vida...

Será que sou aquém
De mim mesmo?

Poesia em noite de verão,
Versão do verso
Nunca é o som original.
Pecado.
Safado e cobertor...

Abre o templo
Fecha os olhos
Rima dor e amor

Convulsiona
Anestesia
E depois?

Cerro os dentes,
Cravo a língua
E sem míngua
Na minguante
Ou na plena

Prenúncios de delitos

Confluências
Indecências
E as pernas
Voam...

O par e o mar
Armar amar
Marés, ondas
Crescendo
Maremoto!

Depois a calmaria
Aí está o segredo
Para se descobrir
O caminho de um porto
Talvez seguro
Talvez não.
Mas delicioso...
Publicado em: 11/03/2007 17:55:01
Última alteração:23/10/2008 21:04:06


AMAR...

Tranqüila nos teus braços…
Meu amor, eu estou…
Desce a noite...
O sol parece relutante em nos deixar…
Ainda procura contrariar o destino…
Fugir para o outro lado do mundo e ceder o reino à lua...
Profundamente abraçados…dessa luta não nos apercebemos…
Abrimos apenas os nossos corpos à vontade louca…
De amar sem medos e sem pressas……………….

O sol, qual companheiro de viagem
Deitado nos teus braços, ciumento,
Impede meu carinho em abordagem,
Não quer mais te deixar um só momento.

Guardando nos seus raios, tua imagem,
Neste astro relutante; o sofrimento.
Embora noutro porto uma ancoragem
Virá quer ou não queira o pensamento.

Após esse sol-pôr, enfim sozinhos,
Podemos sem ter pressa mergulhar,
Bebendo em nossos corpos tantos vinhos,

Singrando a noite inteira sem parar.
Aproveitamos todos os carinhos,
Pois ele, amanhã cedo, irá voltar...

MARTA TEIXEIRA
Marcos Loures
Publicado em: 08/05/2007 23:14:15
Última alteração:06/11/2008 07:48:32



Olho teu retrato,
Não te conheço...
Te imagino um Deus grego, quem sabe...
Homem, para meus sonhos realizar;

Pareces fortaleza, ou sensível talvez
Cada dia, te conheço um pouco mais;
Palavras que encantam,
Te torno real dentro de mim, por demais...

Estamos em caminhos opostos
Cada um traçando seu destino;
Mas aqui em pensamento,
Te carrego comigo...
Meu cigano, amado, amigo;

Te ter por perto
Seria para mim, encantador
Queria com toda minha vontade...
Tê-lo comigo e quem sabe, um grande amor;

Há um turbilhão de sentimentos
Confusos, dentro de meu ser,
Já nem sei o que penso...
Não queria de ti tão longe, viver!

Amada te tocando em pensamentos,
Sentindo o teu perfume, a tua cor
Meus olhos te sentindo, beijos lentos
Em plena fluorescência deste amor.
Querendo te saber, tantos momentos,
Meus versos, nossos toques... Tentador...

Vencendo tantas léguas, mares, milhas,
Traçando novo rumo em teu destino,
Querendo conhecer as belas ilhas
Do sol que sempre brilha cristalino,
Morena, em ti promessas, maravilhas...

Eu quero amor amigo aqui, bem perto...
Oásis mavioso num deserto...

ISABEL NOCETTI
Marcos Loures
Publicado em: 01/05/2007 13:05:24
Última alteração:06/11/2008 08:15:18

Tristonha e solitária
Vivendo a fantasia
Do amor, pura magia
Preencho este vazio,
De sua triste ausência,
Com os meus devaneios...

Recheio com teus beijos,
Carinhos que desejo,
Com sonhos que amenizem,
Realidade fria...

Amor sempre amortiza a solidão,
Desfralda estas bandeiras mais falazes.
Repleta nossa vida de emoção
Viaja por desejos mais audazes
E faz de toda a vida, em tantas fases
Vontades com certeza, mais capazes.

Nós somos testemunhas deste fato,
Pois tão somente amor é nosso guia.
Nos olhos de quem amo, eu me retrato,
No vértice da sorte, uma alegria
De sermos o que somos. Quero mais
Amar a vida inteira em plena paz...

ANNE MARIE
Marcos Loures
Publicado em: 06/06/2007 18:19:01
Última alteração:05/11/2008 21:44:34





AMAR...


Amor que a gente faz
Gostoso, não termina
Em luz se reproduz
Nos olhos da menina

Se olhares bem, verás
Um gozo que alucina
Riso de alegria
Já brilha em purpurina

Te adoro, doce amado
E vou ao teu encontro
Na noite que chegar
Te amo, e fim e ponto.

Amar é tão gostoso
Não nego minha cara,
Carinho mais zeloso
Na cama nunca pára,
Corpo delicioso
Um coração dispara....

A festa que alucina,
De amor e de prazer,
Brilhando na menina
Vontade de fazer
Do amor certeza e sina,
Sentindo o bom de ter

Desnuda em minha cama
Revigorando a chama...

ANA MARIA GAZZANEO
Marcos Loures
Publicado em: 12/07/2007 20:06:13
Última alteração:05/11/2008 19:30:41


AMAR...

Deixei nas curvas tolas do caminho
Alguns pedaços que jamais busquei.
O rio, o riso, preciso e mesmo audaz;
Amigos, cavalos, riscos e quedas.
Tantas imagens,
Ricas e embaçadas.
Deixei as curvas das morenas
Das mulatas
E de tantas outras
Que nem me lembro
Apenas sei que
Tudo ficou,
Esgotado o tempo,
Outonal desconfiança
De que tudo foi um sonho.
Apenas e nada mais.
Coração é matreiro
Faz das artimanhas
Sua diversão...
Agora, insuficiente
E quase indo embora
Resolve dar uma de menino
E cisma em subir em outras coxas...
Vai cair,
Tomar pileque
E se danar...
Enfarte À vista.
Hospital à prazo.
Publicado em: 12/09/2007 10:29:37
Última alteração:23/10/2008 18:17:53



AMAR...


Meu amor se escondendo faz doer,
O que jamais senti por essa luz.
Amor só, sem amores, não seduz,
Nem mesmo me dá forças p’ra viver...

Num barco se navego, sou distante;
Na vida sem ciúmes tenho medo.
Quem sabe do meu parto, meu degredo,
É quem me permitiu ser inconstante...

Na mata tem palmeiras, tem Palmares,
No campo tenho flores impossíveis.
Amores são deveras insensíveis,
Procuro por amor, noutros lugares...

Setembro já me trouxe primavera;
As flores que brotaram nessa mata,
Misturam-se no belo da cascata.
Amores de verdade, quem me dera!

Tenho mudanças nessa minha vida;
Que não consigo máximo nem tédio,
A vida transbordou esse remédio,
Amor é uma cantiga despedida...

No beijo de Maria sei Dolores,
Nem quero pressentir tanta mudança;
Quem me dissera lúdica esperança,
Murchou num triste vaso sem ter flores...

Num momento de glória quis Jesus,
Que o perdão fosse enfim, uma verdade,
Por isso meu amor, por caridade.
Perdão te peço, em nome dessa Cruz...

De tantas valentias que menti,
Não peço nem pergunto por que queres,
Se sabe Tiradentes, foi alferes,
Esferas são as feras só por ti...
Publicado em: 26/09/2007 14:14:31
Última alteração:23/10/2008 18:26:04




AMAR...


Amor, quando acontece sempre traz
Um gosto de ilusão audaz e ardente,
Nem sempre o meu destino satisfaz,
Nem sempre amor se mostra sabiamente
Amor de tantas dores é capaz
Porém em nossa vida, este regente
Em setas sem juízo, vem; dardeja
E o que Deus bem quiser; amada seja...
Publicado em: 18/10/2007 19:41:23
Última alteração:23/10/2008 18:51:27


AMAR...

Quem dera se eu pudesse ser herdeiro
Do sonho que se mostra em lua clara,
Amor que tanto eu busco, verdadeiro,
Adoça a minha senda, outrora amara.
Alçando ao infinito um cavaleiro
Encontra esta rainha, perla rara,
E canta seu amor quase impossível,
Matando a solidão, cruel, terrível...
Publicado em: 25/10/2007 17:21:01
Última alteração:23/10/2008 18:50:19


AMAR...


O tempo vai passando manso e lento,
Momentos mais felizes se desejam,
Tomado por desejo, atrevimento,
Desnudas as vontades já se almejam
O fogo da paixão que num momento,
Permite que os prazeres sempre sejam
Vorazes, sem limites dentro em mim,
Hedônico: prazer- princípio e fim...
Publicado em: 26/10/2007 12:19:29
Última alteração:23/10/2008 18:50:08



AMAR...

Amor que num momento se levanta
Trazendo em emoção a artilharia
Nem mesmo a tempestade, o aquebranta,
Vencendo com carinho, uma agonia.
A dor, ao ver amor logo se espanta
E deixa em claridade vir o dia.
Amor em emoção, perfeito gozo
De um sonho mais feliz e venturoso...
Publicado em: 27/10/2007 12:30:39
Última alteração:23/10/2008 18:49:25


AMAR...
Tocando na ferida, rasgo exposto,
Tomando meus foguetes busco o céu
O vento vai sangrando no meu rosto,
Destila uma esperança feita em fel.
De tudo o que sonhara, contragosto,
Amor perdendo o tempo, sem corcel.
O gosto em tua boca, doce e sal,
Amor jamais será, de novo, igual...
Publicado em: 16/11/2007 15:04:44
Última alteração:23/10/2008 18:56:44



AMAR...

Demônios que me entranham, vou exposto
Entre as minha jóias que não tive
Cadáveres guardados na memória.
Barcos negros seguindo a tempestade,
Olhares tão distantes e vazios.
Mendigo cada gozo que não vem,
Alguém que se perdera não se busca
Na brusca sensação do nada ter,
Sublimes explosões mais sanguinárias.
Mas tento disfarçar em beijos cálidos,
Insólitas mortalhas que carrego.
Publicado em: 24/11/2007 12:00:18
Última alteração:23/10/2008 17:35:30


AMAR...


Não quero a liberdade sem te ter,
É breve meu caminho e quero festa.
Amor; pois, com certeza é o que me resta,
Decerto sem amor, cadê prazer?

Idade vai passando e sem motivos,
Não posso cultivar mais esse engano,
O tempo cruelmente aumenta o dano
Em corações diversos e emotivos.

Correndo sempre atrás de uma esperança
Alcanço, mal disfarço, meu começo,
Percebo que nascendo, meu tropeço,
Ao mesmo tempo caço e já me alcança;

Pressinto que viver sem ter amor,
É mais que uma opção, é minha sina.
Como posso, sou cego, um esplendor
Saber, se escuridão já me destina?
Publicado em: 18/12/2007 07:49:18
Última alteração:23/10/2008 08:56:45


AMAR...

Não quero falar de amores tontos,
Nem quero perceber quais foram os sonhos...
As madrugadas parecem mais risonhas,
Os meus dias são pétreos abandonos...
Queria navegar teu horizonte.
Da fonte dos desejos, uma moeda;
A mordaça cansaços e delírios.
As crisálidas que fomos não vingaram...
Quero o defeito de não ter solução,
Quero o direito de não ter mais meu fracasso.
Aço fraco, frascos, ascos e escusas...
As blusas abertas, o blues que tocas..
As tocas onde deixo meus degredos e segredos...
Meus medos, sutis medos, temerário...
Meu salário que recebo, um passo sem estrada...
Uma escada sem degraus. Um mar sem ter naus...
O caos absoluto...
Me enluto e não te esqueço. Tropeço, vou do avesso...
Me arremesso, não peço nem prossigo.
Se persigo não consigo consistência. A ciência
Da consciência esparsa, farsa...Belas taças
Jogadas num vago espaço...
Trago o aço da batalha, navalha, falhas e pecados...
Quero o acero da alma, a chama, acalma e tramas sem nexo...
Quero o frio gosto do rosto exposto sem rugas...
As rusgas as tropas e as trôpegas pegadas...
As pegas, os rogos, os lagos e barcos.
Arcos, areia, marcos, penteia a sereia os cabelos...
A morte não traíra nem traria uma traição.
Ação e coragem, aragem e sertão.
As serralhas e as fornalhas, acendidas.
As mãos descansadas, o peito aberto.
Meu medo completo, a nau, o sol...
Quero teu prazer e tua lei.
Quero poder ser teu rei
Quero o que não sei,
O seio, o veio,
O meio
Um mar
Distante mar,
Luz e luar, plenilúnio
Quero saber teu infortúnio.
Quero nada mais que minha sina.
Um frágil delírio, um vício, um principio.
Um banal gesto trazendo um desencontro louco,
As tarde sem Marina. Saudades fúteis e inúteis, fétidas...
Se ainda me quisesses não poderias dizer adeus...
Quem sabe os sonhos meus te trariam de novo.
O gosto amargo da saudade... Olhos tristes,
A vida resiste e não insiste, existe. Exige!
A face da esfinge se finge ágil e frágil.
As horas não passam, nem peço.
Meus passos, tropeço.
Me apresso
E não
Vou....
Publicado em: 28/12/2007 20:01:48
Última alteração:22/10/2008 21:25:07


Se contigo aprendi esta verdade
Que amor só necessita liberdade
Para fazer feliz a quem se adora,

Desculpe minha amada se prossigo
Vivendo sem tentar e nem consigo
Jogar meu sentimento todo fora...

Se sou um pecador, sou egoísta
Não quero te perder, amor, de vista
Preciso ser cativo do desejo.

Não quero ser tão livre quanto queres,
Esqueço que há no mundo outras mulheres,
Somente o teu olhar, amor, eu vejo...

Só quero a liberdade de querer
Vivendo simplesmente por te ter
Amada que sonhei por tanto tempo...

Não quero ser de ti somente enfeite,
Só quero que tu queiras e me aceite
Bem mais do que um simples passatempo...
Publicado em: 26/02/2007 04:04:25
Última alteração:23/10/2008 21:02:45


Na mão que me acarinha e crucifica
A faca que escondeste, fugitiva,
Linhagem deste amor, solene e rica,
Mostrando-se feroz e tão altiva.
Jamais uma alegria frutifica
Quem vem de uma emoção leda e furtiva.
Por mais que te pareça compassivo,
Amor que nos envolve, sempre vivo.

Mas tramas as vinganças sem demora,
Aguardo ( ansiedade) mais constrito
Sabendo que virá em qualquer hora
O que, dentro de ti, guardas, escrito.
Na intemperança à larga que se aflora
Não resta-me sequer um vago grito.
Amar se percebia meu direito,
Que morre sem ser nunca satisfeito.
Publicado em: 29/05/2007 17:54:52
Última alteração:23/10/2008 20:30:49


AMAR.
Em versos
Aços
Seios
E senões.
Somas
E sermões
Seremos
Remos
Na busca
Do mar.
Amar
Armar
Aroma.
Teu corpo
Um porto
Seguro.
Augúrio
E delícia.
Vício
Princípio
Remédio
Meio e
E
Fim.
Publicado em: 22/09/2008 08:57:41
Última alteração:02/10/2008 19:55:55


AMAR..

Na mão que me acarinha e crucifica
A faca que escondeste, fugitiva,
Linhagem deste amor, solene e rica,
Mostrando-se feroz e tão altiva.
Jamais uma alegria frutifica
Quem vem de uma emoção leda e furtiva.
Por mais que te pareça compassivo,
Amor que nos envolve, sempre vivo.

Mas tramas as vinganças sem demora,
Aguardo ( ansiedade) mais constrito
Sabendo que virá em qualquer hora
O que, dentro de ti, guardas, escrito.
Na intemperança à larga que se aflora
Não resta-me sequer um vago grito.
Amar se percebia meu direito,
Que morre sem ser nunca satisfeito.
Publicado em: 30/11/2007 21:50:00
Última alteração:23/10/2008 17:36:16



AMAR... /

Quando a brisa roçar-te, mansa, a fronte,

E o vento balançar os teus cabelos,

Olhando para frente, no horizonte,

Teus olhos fulgurantes; quero vê-los!



Quando olhar nos meus olhos brilhantes

Verás meus estigmas e meus segredos

Então por mais que os vejam fulgurantes

Saberás dos meus enigmas e dos meus desejos



Estrelas transformadas em sorrisos,

Vertentes de esperança, lagos plenos

Repletos de carinhos mais concisos,

Guardando teus momentos mais serenos.



Dos momentos mais serenos eu preciso

Na proteção dos seus braços, meu abrigo

Diante das galáxias e do seu sorriso

A certeza dos teus carinhos para comigo



Viajo pelos astros, rumos, lumes

Que emanas de teus olhos deslumbrantes,

Meus olhos são pequenos vaga-lumes

Nos trilhos, teus faróis, fortes. Gigantes.



Teus olhos conhecem minha luz

Porque tu és viajante guerreiro amante

Pelas jornadas infinitas de anos-luz

Conhecedor de uma vida intrigante



E assim, apenas sou um sonhador

Que encontra neste brilho, imenso amor...



Um sonhador nos teus versos infinitos

Revelando o brilho do teu amor mais bonito...

MVML
HELEN DANTE
Publicado em: 26/09/2007 17:28:37
Última alteração:04/11/2008 13:29:04


AMARGURA...


Distante da alegria de outras eras,
Assim como vivesse em outra vida,
As dores que me tomam, tão severas,
Preparam minha noite sem saída,
Quem dera se encontrasse primaveras,
A vida poderia ser querida,
Mas nada do que tenho, me convence
E esta tristeza imensa sempre vence.

Quem sabe uma esperança recompense
Os dias que passei, farta tristeza,
Não tenho mais ninguém em que inda pense,
A noite vai caindo sem beleza.
No final desta história a dor já vence
E nada sobrará por sobre a mesa,
Nem mesmo um resto podre do que fui,
O rio feito esgoto sempre flui...

Lágrimas no rosto vão salgando,
O sangue se escorrendo pela boca,
Malditas as imagens me tomando,
Sonhos desgraçados, vida louca,
De tudo o que quisera quando e quando,
Não resta quase nada, a dor se aloca
E toma cada parte do meu ser,
Até que possa enfim, apodrecer.

Bebendo do veneno que me dás
Com teu sorriso falso, mentiroso.
Quem busca na batalha achar a paz,
Não pode conhecer o fino gozo
Que o amor em fantasia sempre traz
Num sonho delicado e fabuloso.
Porém só tenho o nada como herança,
Distante, nem percebo a louca dança;

Formada pelos sonhos de esperança
Atada em maviosa redenção,
A vida nada mostra na lembrança,
Apenas o vazio, a solidão.
Somente da tristeza esta fiança
Que grita no meu peito, em aflição.
Rasgado pelas garras da tristeza,
A vida se perdendo em incerteza.

Falena que se perde em triste lume,
Jogado pelas ruas, botequins,
Distante da beleza e do perfume,
Morrendo em dura seca os meus jardins
Apenas me restando este queixume
Os meios justificam tristes fins?
Aguardo no meu canto a fria morte,
Quem sabe não demore, espero a sorte.

Transformado no nada, sem remédio,
Eu não tenho outra opção senão morrer
Num tiro, solidão, ou simples tédio,
E nada poderá mais me conter.
A dor já se aproxima, em seu assédio,
Não posso prosseguir. Sem ter prazer
Me resta tão somente um verso insano,
Mostrando em meu caminho, o abandono.

Adeus, palavra amarga e repetida,
Qual fosse um estribilho, meu refrão,
Perdendo uma razão, esqueço a vida,
Deixando para a morte a solução.
Até que meu destino se decida,
Arrasto os pés feridos pelo chão.
E marco com meu sangue esta jornada,
Espero ao fim da tarde a derrocada.

Sem ter amigos, sonhos, esperanças,
Sigo vazio, amargo em puro fel,
Meus olhos vão perdidos, duras lanças
Alçadas sem destino pelo céu,
As águas que já foram bem mais mansas,
Recebem ventania tão cruel
E nessa tempestade, ventania,
Meu peito se esvaindo na sangria.

Um dia, com certeza, mais feliz,
Os vermes me beijando com carinho,
Terei a paz que tantas vezes quis,
Guardado nesta campa, belo ninho.
A morte mostrará novo matiz,
Quem sabe nela encontro o meu caminho.
No túmulo terei, tenho a certeza,
Um único lampejo de beleza.

Morto, renascendo em outro espaço,
Deixando uma tristeza para trás,
Percebo finalmente um belo traço
De um tempo mais feliz, já feito em paz.
Depois de tanto tempo, sem cansaço,
Concebo noutro espaço ser capaz
De pelo menos ter algum sorriso,
Talvez isso denote paraíso.

Meus rastros pela vida? Não deixei,
Apenas o sorriso me tocando,
De tanto que na vida eu já chorei,
Agora em minha morte, relembrando,
Pressinto que talvez nela eu terei,
O dia que se foi, sempre sonhando
Com festas, alegrias, amizades,
Na escuridão da campa, claridades...

Perdoe se demonstro esta agonia,
De quem só conheceu farta tristeza,
Morrendo pouco a pouco a cada dia,
Deixando para trás qualquer beleza,
Amargura invadindo a poesia
Solidão colocando então a mesa,
Não deixa mais que eu cante de outra forma,
Se a vida por si só já me deforma.

No quanto pude crer, eu te garanto,
Que até sonhei possível ser feliz.
Nos olhos vai rolando farto pranto,
E o nada me tomando já prediz
Distante da magia de um encanto,
Restando tão somente a cicatriz
No peito que se fez apaixonado,
E há tanto tempo, triste, abandonado...
Publicado em: 22/10/2007 17:30:00
Última alteração:23/10/2008 18:50:37


AMARGURA...


Não posso mais dizer: muito obrigado,
A vida não me dá qualquer sossego,
Andara por divino e belo prado
Agora caminhando ledo e cego,
Deixando esta alegria no passado,
Em mares tenebrosos já navego.
Quem da ilusão buscou um doce mel
Encontra na verdade um puro fel...
Publicado em: 24/11/2007 17:49:24
Última alteração:23/10/2008 17:35:43


AMAR...

Ócios e ossos, ofícios...
Oficio meu vazio cio,
Se não sou
Quem me dera...
Se não vou
Nada espera.
Sou
Servo
E conserva.
Sirvo de mote.
Bote e fardo.
Trote e mansidão.
Ocos os ossos, ofícios.
Cruz fixa, frouxa.
Crucifixo,
Fixos os olhos.
Bote e morte.
Naufrágios!
Sufrágios
Elegi-te
Elegia,
Letargia
E adormeço...
Publicado em: 03/01/2008 15:22:28
Última alteração:22/10/2008 19:59:10


AMAR...


Quanta imaginação aflora a mente/
Na escultura da beleza da mulher/
Que aos olhos é colírio entorpecente/
Na realidade tens o culto que quiser/

Segue a imaginação na noite adentro/
Nos lençóis perfumados em alforria/
Só sonho? Nem saber nem fantasia/
Amor que assim se faz é covardia/

Deveras? O amor só quer amar/
Na choupana no castelo ao luar/
Na pele que o contato faz criar/
A sensação de ser amada e revelar/

Que, o mundo é todo feito de ilusão?/
Não! Há duo mesmo em sua imperfeição/




Quando estás solitária e tão tristonha,
Envolta em tempestades violentas
As nuvens se aproximam, chegam lentas
Do belo dia em treva mais medonha!

Tuas lágrimas formam forte chuva,
Se evaporam e voltam nas tempestas.
Não deixam neste espaço sequer frestas,
Inundam o teu leito de viúva...

Tristes nuvens tomando todo o céu...
O sol, envergonhado, não desponta.
O mundo num dilúvio se dá conta
E manda a mansa noite como um véu...

Porém nem tanta estrela e plena lua
Não conseguem vencer o negro manto
Que cobre o teu olhar perdendo encanto.
A dor, em plena noite continua...

Um dia, o sol virá com claridade
Absoluta, vencendo o sofrimento.
O tempo vence tudo: esquecimento.
Não restará sequer uma saudade...

Aí, com força plena de seu brilho,
O sol invadirá o teu sorriso,
Trazendo p’ro teu mundo o mais preciso
E belo rumo, um sempre claro trilho.

Verás então estrelas, lua e sol,
Com toda a fantasia que merecem,
Os amores, as dores, sempre tecem
No fim da tempestade um bel farol.

Não deixes que essa dor, essa tristeza,
E o medo de sentir raio solar
Impeçam a tua alma de voar
Nos céus que nos envolvem em beleza.

Amiga, ser feliz é simplesmente
Deixar que o sol rebrilhe em tua vida
A sorte que julgavas já perdida,
Retorna num segundo, de repente!


SOGUEIRA
M L
Publicado em: 09/01/2008 15:50:21
Última alteração:22/10/2008 19:38:57


AMAR...


Amar
Marés
Mergulhos
Versos
Cios.
Cimos
Sismos
Sesmarias
Sentimentos.
Tempo
Temporal
Têmporas
Frontes
Fontes
Pontes.
Eu e você
Vozes unas
Estribilhos
Refrão.
Espontaneidade
Idade de ser
Felicidade
Além de simplesmente:
Contemporaneidade.
Publicado em: 24/04/2008 20:34:36
Última alteração:21/10/2008 13:29:33



AMAR...
Procurei as frases feitas, as festas e frestas...
A noite me nega um novo dia...
A poesia, a posse, o poço e o fosso, são fósseis.
As asas e os corcéis.
Os meus dias, mel e mal, mãe...
A trama desanda, a vida anda andor e dor. Condor!
Conforto e carinho, ninho e certidão.
Bodas, cordas, colas, compras, colméias...
Mesas, salas, copas, berços, filhos...
Ilhas filhas, milhas e milho. Manhas e manhãs...
Cãs, cães, chão, repouso e pouso, fossa e conversa.
Aço penetra, aço corta, corta a luz, a água, mágoa, penso
Pensão.
Parto, marte, morte, sorte ressurreição...
Natação, menino, hino, escola, cola, bola, fome e tráfego.
Moto, carro, escola, cola, estrada, fado, sina, tino, barba.
Namoro, filho, neto, remeto e não comento.
Espero e não desminto, belos velos, velozes os triciclos,
Os ciclos se refazem. Refazendo a fazenda, a velha lenda.
Cordas, pescoço, imensas prendas, velhas rendas,
Mentiras e verdades, sangue e corte.
Suor, andor,
Amor
Ar
A vida recomeçará.
Conforto e carinho, ninho e certidão....
Publicado em: 26/04/2008 11:56:37
Última alteração:21/10/2008 13:32:58



AMAR...
Não poderia ver o vale...
O mundo não deixaria outra escolha.
Cola e cavalo, casa e casal... Casamento!
Pergunta que não se responde,
Bonde vai, bonde vem...
Ninguém poderia saber
Ao certo se duvidoso.
Nascido e criado, talvez morto
No vale que jamais deixaria.
Ria e chorava, rio e riacho,
Diacho de vida!
Maria e casamento.
Momento difícil de escolha.
Escola distante, futuro traz fruto
Semente e sêmen, momento de glória.
Sem ismos e achismos, marcas e marchas.
Festa e refastelo.
Cama e chama
No final, moleque,
Um leque que não abre,
Um mundo que não cabe
Na curva deste rio
Nas ruas da viela,
No vale onde nascera.
Mundo comprido e tão distante.
A cada instante novidade.
O vento da liberdade
Vencido pelo morro,
Trazendo seu socorro,
Maria do Socorro...
Rebentos à vontade.
Qualidade e quantidade,
Eta gurizada bonita!!!
Novilha e cabrita, café e cafuné, resultado: menino!
A vida se passa e se comparsa.
Tem farsa,
Mas disfarça que o cavalo ao vale vem...
Antes tinha trem
Agora ninguém vem,
Somente a vida, trem
Danado de bom...
Não sabe de São Paulo,
Nem Rio nem Belzonte,
O belo do horizonte
Termina ali na curva,
Nas curvas do socorro,
Ancas de Socorro.
Resultado: mais guri...
A mão que se quebrou
O breu logo curou,
Um canto curioso
Na serra curió.
A vida deu um nó,
Nasceu tanto menino...
Na ponta do cipó,
Na curva do destino.
Saudade desse tempo
Do vento em minha nuca,
A vida é arapuca
Não bole nem remexe.
Vazando pelos pastos,
Nos gostos e nos gastos.
Sementes de esperança
Plantadas no quintal.
Do seu canavial, havia novo aval
Ser feliz!
Publicado em: 01/05/2008 16:38:47
Última alteração:21/10/2008 14:30:46


amar...
Alma perdida
Pedindo meu mar
Espera encontrar
As luzes que tinha
O brilho que vinha
A toda manhã.
Na boca da noite
Coiote e açoite
Por certo perdido
Canto o chão
Que cai.
Vendi meus planetas
Anéis e cometas
Estrelas da noite
Em barcos que vivo.
Minha alma
Procura
A cura em tua alma
Mas sabe, coitada
Que nada esperas
A não ser um cais.
Volto pro mar
Sem ter quem amar
Sem mar que fascina
Publicado em: 19/09/2008 16:10:38
Última alteração:02/10/2008 21:07:53


AMAR...
AMAR...


O tempo vai passando manso e lento,
Momentos mais felizes se desejam,
Tomado por desejo, atrevimento,
Desnudas as vontades já se almejam
O fogo da paixão que num momento,
Permite que os prazeres sempre sejam
Vorazes, sem limites dentro em mim,
Hedônico: prazer- princípio e fim...
Publicado em: 23/09/2008 12:21:24
Última alteração:02/10/2008 19:23:35


AMAR...
Vozes do passado
E a ladainha recomeça...
O amor tem pressa e toma posse.
Fossa e fosse, reforça e desaba.
Trava e crava,
Lava e penetra
Chafariz e redemoinho.

Além do fui
E do seria
Servindo de anteparo
Disparo...
Não repare na janela aberta
Convite para o vôo ou para o mergulho...
Publicado em: 26/05/2009 15:21:48
Última alteração:17/03/2010 18:59:22


AMAR...
Na beirada deste rio
Eu pescava sossegado
Quando a moça em desafio
Vem chegando aqui pro lado,
Coração entrando em cio
É melhor tomar cuidado,
Não prepara algum desvio
Que o negócio está molhado
Do novelo pego o fio
Entro neste emaranhado
Lambari no tempo frio
Só é bom se for pescado,
A novidade eu não crio,
Muito bom fazer pecado
Num corpinho tão macio
E um jeitinho mais safado,
É melhor não dar um pio
Eu aceito de bom grado,
Acendendo este pavio,
O incêndio é deflagrado,
O pior é se o vadio
Pelo pai já for flagrado,
Fui pescar naquele rio
E saí de lá pescado...
Publicado em: 15/01/2010 15:06:27
Última alteração:14/03/2010 21:00:20


Amar...

Amar é calar
O que grita por dentro
Enamorar-se de encontro ao vento
Chorar a alegria da magia
Rir sem ressentimentos
De tudo e de todos
E se descobrir
Se descobrindo...
Te descobrindo...
Amar
Sonhar
Sorrir
Se encantar
Com seu canto
Puro encanto
Em seu recanto
Em seus lindos pensamentos

karlinha

amar é reviver
sonhos diversos
em versos
imersos
nos sóis
que sois
brilhas e dominas
fascinas
desatinas...
somos laços
aços
unos
ímãs
almas
entrelaçadas
entre laçadas
alçando o Paraiso...
Publicado em: 23/01/2010 21:06:20
Última alteração:14/03/2010 18:22:53



AMAR...SIMPLESMENTE

Rebobinando minha alma
Enveredei pelo vazio
No cio das esperas
Estrelas desabando
Senões e sertões
Certezas à vista
Amores a prazo.
Atrasos constantes
Recuos estratégicos
E a gente presságios
Publicado em: 08/12/2007 13:58:55
Última alteração:23/10/2008 17:37:06



AMAR...SIMPLESMENTE
Quero viver um amor
Sem cobranças, sem passado
E que vá por onde eu for,
Sempre, sempre do meu lado.

A vida me trouxe o sonho
E depois, cedo, cobrou,
Amor que fora risonho,
Era vidro e se quebrou...

De papel, a fantasia,
Qual balão de São João,
Acabou com alegria,
Entristeceu coração.

Chove chuva pequenina,
Vai molhando o meu quintal
Todo amor dessa menina
Enchendo o meu embornal.

Menina que bom te ver,
Sempre estou apaixonado
Contigo quero viver,
O resto, deixa de lado...

A chuva foi apertando,
E eu ficando aqui com medo,
Meu amor foi se acabando,
Que pena, que era tão cedo...

Mas espero sua volta
Cada dia mais espero
A mão do coração solta
Tanto amor que já venero.

Um dia passa depressa
Um mês demora a passar
Trair é qual sarna, começa,
E nunca mais quer parar.

Por isso, moça bonita
Acorde e bem ligeiro
Pois de outro laço de fita
Comecei sentir o cheiro.

Meu amor não faz mais isso
Eu te peço, por favor,
Amor que tanto cobiço
Cobiçando um novo amor...

Não vejo mais a saída
Tudo, tudo não me importa.
Esperando noutra vida
Encontrar a velha porta.

E sair devagarinho
Em busca do novo sol,
O meu amor, coitadinho,
Transformado em girassol.

Nas penas do passarinho
Minhas penas batem asas.
Procurando por um ninho,
Queimou as asas nas brasas...

E de novo sem sentido
Meu amor pesa de lado.
Por isso está resolvido
Entre nós, tudo acabado...
Publicado em: 06/05/2008 18:41:43
Última alteração:21/10/2008 14:32:04



AMAR...SIMPLESMENTE
Não,
eu não sei
o que realmente
estou aqui
a sentir ...
Se eu pudesse
escolher
a minha vida,
contigo queria ficar ...
(ivi)

Prepara ao fim da noite o nosso abrigo
O gozo da alegria sem limites.
Eu peço meu amor, jamais evites
O franco riso intenso que persigo.

Às vezes quando negas, nada eu digo,
Apenas aceitando os teus palpites
Embora a culpa inteira me debites
Não vejo neste jogo mais perigo.

Transformas brisa em forte tempestade,
Distante da mais pura realidade,
Suporto, com certeza, a falsidade.

Deixando para trás fatalidade,
Eu sinto que este riso, na verdade
Promete para amor, fertilidade.
Publicado em: 21/05/2008 20:43:56
Última alteração:21/10/2008 15:14:11


MAR...SIMPLESMENTE
Amor, quando acontece sempre traz
Um gosto de ilusão audaz e ardente,
Nem sempre o meu destino satisfaz,
Nem sempre amor se mostra sabiamente
Amor de tantas dores é capaz
Porém em nossa vida, este regente
Em setas sem juízo, vem; dardeja
E o que Deus bem quiser; amada seja...
Publicado em: 22/09/2008 17:47:16
Última alteração:02/10/2008 19:31:36



AMAR...SIMPLESMENTE
Deus está sempre a meu lado
E, na subida, me ajuda;
Mas peço, quando embalado,
Que na descida me acuda!


N’ embalo da minha vida
Eu deixei muita saudade.
Na subida e na descida,
Foi tanto amor de verdade...

MARCOS COUTINHO LOURES

MVML
Publicado em: 25/09/2008 10:27:13
Última alteração:02/10/2008 14:23:48


MAR...TÃO SOMENTE AMAR
Quem dera élan
Cetim ou lã
Seda ou veludo
Com tudo cego
Contudo mudo
Apenas prego
O fim do mundo.
Do vinho branco
Da poesia
Eu bebo pinga
E me dou
Por satisfeito.
Quem dera ouro
Pura esmeralda
Rubis, diamantes
Ou até águas marinhas.
Meu verso
É bijuteria.
Quem dera amor
Com texturas de nobreza
De sobremesa
Castelos e reinos.
Mas o que faço
Se sobre a mesa
Apenas traço
Sem ter nobreza
Amor vulgar
De sexo e cama
Nudez patética
E nada heróica.
Nem mesmo estóica
Sem Tróia ou trono.
Publicado em: 10/06/2008 20:39:43
Última alteração:20/10/2008 21:09:22




Tu fazes teu miché em cada esquina
Propinas que recebes quando vendes
Os ventres que vomitas, alucinas
Esplêndidas as carnes alugadas.
Verdugos são risonhos e canalhas,
Vestidos de polícia ou cafetãs
Nas sanhas arreganhas tuas pernas
Encharcam tuas coxas com obuses.
Nas luzes que entranhaste mil abortos,
Abertos os caminhos para o podre.
Nos odres e nos karmas risos, gozos,
Falácias e falsários sentimentos.
Mas amo tua pele que se esgarça
Rompendo com as velhas tradições
As gralhas que te lambem e devoram
Crocitam em sorrisos os jargões
Nas fardas e nas fodas fardos tantos.
Depois da tempestade, uma menina
Deitando em minha cama, riso franco
Moldando a nossa tela um quadro branco...
Publicado em: 13/11/2007 22:12:47
Última alteração:23/10/2008 17:11:09



Falaram do tempo
Serenado tempo
Em serenatas tantas
Em desejos tontos,
Momentos santos
Em heresias...

Falaram destas pernas
Abertas cenas
Velhas penas
Luzes plenas
Noites amenas
Em poesia...

Cabelos feitos
Bocas peitos,
Nos trejeitos
Satisfeitos
Desejos
Alegria...

Misturas
De curas
Patuás
Sangue
E juras,
Gozo...
Publicado em: 11/05/2007 14:16:32
Última alteração:23/10/2008 20:29:08



Amares e marés, ondas gigantes
Em ondas
de solidão
e muita saudade,
eu te encontro
e te amo ...
(ivi)

Amares e marés, ondas gigantes
Quebrando desde sempre, preamar.
Tomando toda a cena a divagar
Vagando entre as areias escaldantes.

Mergulho nos teus braços fascinantes,
O vento se esparrama devagar,
Agarro cada estrela, vejo o mar
Fumaças se formando por instantes.

Esgueiras entre as ondas qual sereia
E enquanto a vida chega e me incendeia
Escuto o teu cantar e me inebrio.

Fagulhas ganham força no cenário,
E o velho coração tão solitário
Esquece o seu passado ausente e frio...
Publicado em: 22/04/2009 17:47:54
Última alteração:17/03/2010 20:47:26




Esperança diz teu nome
Cada dia mais distante,
Tua imagem me consome,
Perdida, tão inconstante...

Mas, a cada dia vejo,
Que amar mais do que pude,
Faz viver esse desejo,
Amar-te tanto, amiúde...
Publicado em: 18/04/2007 18:03:17



Última alteração:23/10/2008 20:26:54




Amar-te....
Abandonar-me....
Ás tuas mãos que escorregam...
Contornam...
Fluem pelo meu corpo...
Ao teu encontro ele vai...
Passa a perna pela tua...
E chama por ti...inteiro..........

Dois corpos se tocando, com luxúria,
Sentindo belos seios, duros pomos,
Da sílfide divina. Doces gomos
Da fruta preferida, fome e fúria.

Visão extasiante de uma lua
Que adentra em nosso quarto, voyeurista.
Prateia uma escultura semi nua,
Com mãos tão delicadas de uma artista.

Deitada no teu lânguido abandono,
No gozo perfumado, doces sumos,
Fustiga meus desejos, rouba o sono,
A noite se propõe em outros rumos...

Ecoam fantasias, turbilhões,
Devastadores fogos, mil vulcões...

MARTA TEIXEIRA
Marcos Loures
Publicado em: 24/05/2007 12:47:13
Última alteração:05/11/2008 23:02:16



Ah, amar-te...
Dizer-to...
Sem sombras...
Com a paixão...
Que em mim desenhas...
Despertas...
Vives e sonhas....


Desenho nosso nome em nuvens alvas
Que passam em desfile pelo céu,
Montanhas tão distantes, belas calvas,
Azulam horizonte em claro véu.
Percebo as alegrias todas salvas
Distantes de um vazio mais cruel.

Nas sombras que derramas pelas ruas,
Os rastros dos meus sonhos desfilando.
Na claridade imensa, sóis e luas,
Belezas e magias redobrando.
Quais pássaros, teus passos... Tu flutuas;
Despertas meus desejos. Até quando?

Pergunto a cada nuvem sem resposta,
Deixando uma esperança assim, exposta...

MARTA TEIXEIRA
Marcos Loures
Publicado em: 28/05/2007 20:48:41
Última alteração:05/11/2008 21:51:14




Teu silêncio me maltrata...
Aliás, quase me mata!
Não compreendo este teu jeito,
De festejar o amor sozinho...
Procuras ninho,
E logo voas...
Planta uma flor,
E logo abandona...
Pareces um louco...
Creio mesmo, ser só medo...
Degredo de algum amor antigo...
Que tanto mal te fez...
Mas te digo...
Por favor, meu amor...
Acredite no amor!
Em meu amor...
Tente outra vez!

Amada, se me calo alguma vez
A culpa é dos meus olhos sonhadores.
De tanto amor a vida assim se fez
Que fico embevecido vendo as cores.

Tu sabes que eu andei adoecido,
Cansaço me tomando por inteiro.
Mas sigo sempre em ti tão decidido
Na busca deste amor mais verdadeiro.

Desculpe se pareço mais distante,
Meu corpo está, portanto; bem mais frágil.
Eu quero ser de ti o par constante,
Mas sinto: não estou assim tão ágil.

Amar-te é ter um bálsamo divino,
Tu és a minha sorte, o meu destino...

ANNE MARIE
Marcos Loures
Publicado em: 29/05/2007 17:59:03
Última alteração:05/11/2008 21:49:55


Amado!
Querido!
Namorado...

Tão bom,
chamar-te, assim!

Percorrer ao teu lado,
Despreocupada,
Belos jardins...

Olhar as flores...
Ouvir os pássaros...
Viver a vida...
E ser feliz!

Olhando para as flores no jardim
Eu lembro-me de ti, flor amorosa.
Perfume deslumbrante qual de rosa
Tudo aromatizando dentro em mim.

Na rubra sensação do carmesim
Vontade de te ter deliciosa.
Paixão que nos tomou voluptuosa,
Recende a brejeirice do alecrim.

Amar-te é decifrar felicidade,
Por certo te amarei por toda a vida.
Distante de teus olhos, a saudade

Se faz sempre mais forte e dolorida.
Contigo eu encontrei prosperidade.
Pras dores de minha alma, uma saída...

ANNE MARIE
Marcos Loures
Publicado em: 08/06/2007 21:31:04
Última alteração:05/11/2008 21:29:26



Não fugirei mais de teus braços
Me jogarei contigo ao mar
Apenas lamentaremos o tempo que foi perdido

Onde não estávamos a nos amar
Diante do sol ou da lua
Nos entregaremos sem receios
Será volúpia,Loucura
Saciaremos nossos desejos
Por ti amor tenho tanto a ofertar
Entrego minha vida e vontade à ti
Vamos nos pertencer
E para sempre nos amar...

Amar-te para sempre e sem juízo
Vou bêbedo de ti, louco e sedento.
Tomando em tua boca o paraíso,
Vibrando dentre em nós tal sentimento
Que aos poucos, nos roubando todo o siso,
Se faz em mansidão, tão violento....

Vivendo esta vontade que não passa
De ser o teu amante, amado amigo,
Sabendo que serei pra sempre a caça
Na luta sem vencidos, eu prossigo,
Teu corpo sedutor, vitória e taça
Ofertas de prazer em doce abrigo.

Volúpias e desejos soberanos
Nos gozos e nos risos mais insanos...

ISABEL NOCETTI
Marcos Loures
Publicado em: 10/06/2007 21:07:28
Última alteração:05/11/2008 21:26:07


AMAR-TE

Os somos
Nada mais
Que tombos,
Cachoeiras
Riscos
E farturas.
Planuras,
Cordilheiras,
Mares
E montanhas.
Sanhas,
Serenatas...

Sou o que tentara
Sou quem te buscara
Nas fontes e cascatas.
Pratas e luares.
Antares e bromélias.
Folhas e fornalhas,
Paixão e rebeldia.

Vértice
Vórtice
Cálice
E colméia.

Méis derramados
Bocas e dentes.
Óleos e olhares.

Amor,
Simplesmente
Amor...
Publicado em: 03/10/2007 17:25:23
Última alteração:23/10/2008 20:44:54


AMAR-TE

Memórias de outras horas gloriosas,
Aos poucos meus caminhos vão tomando,
As horas se passando desairosas,
Saudades no meu peito devastando.
Das mãos que eu encontrei, mais carinhosas,
Apenas as lembranças, maltratando.
Amor a gente encontra em toda a parte...
Porém o que fazer senão amar-te?
Publicado em: 25/10/2007 20:01:44
Última alteração:23/10/2008 18:50:14


AMAR-TE
E nas noites
de intenso luar,
sinto tua presença
também ...
As estrelas
vão brilhando
presenciando
o nosso amar ...
(ivi)


Navego no teu corpo meus anseios
Percorro tua bela geografia
Meus lábios vão tocando os belos seios
A noite se promete em alegria,
Respingos e carinhos sem receios,
Amor que se mostrando em montaria
Permite que se chegue logo ao Céu,
Uma amazona bela em seu corcel...
Publicado em: 01/04/2008 21:57:55
Última alteração:21/10/2008 16:48:51



AMAR-TE /


Continuo louca...
Todos o dizem...
E, eu...tonta acredito..........
Mas o que fazer...
Se me apaixonei....
Se confessei aos meus sentidos...
O meu prazer, o meu amor...
Se tos divulguei...
Se contigo os vivo........................


Teu corpo sensual, um atrativo
Ao qual eu não consigo resistir,
Divulgo meu amor que é sempre vivo
E trama em mil desejos repetir

As sanhas que saciem nossa fome
À margem do que possa parecer,
Eu peço que em teus braços já me tome
E modele este amor, fino prazer.

Amar-te é sempre ter em privilégio
Riquezas e tesouros, maravilhas.
Amor nunca se aprende no colégio,
É necessário andar por várias trilhas

Para saber o quanto se faz lindo,
Amor ao qual domino e vou servindo...

MARTA TEIXEIRA
MVML
Publicado em: 30/08/2007 17:35:14
Última alteração:05/11/2008 12:25:39



AMAR-TE /

Entregue-se totalmente a mim
Não chores mais minha louca paixão
Não suporto vê-lo tão triste assim
Por favor não te percas em vão!

Chega bem perto meu amor
Senti o meu imenso calor
Desfruta dos meus beijos
Vem comigo aonde eu for

Seja meu guardião
Serei tua fortaleza
Juntinhos venceremos
Pra que então tanta tristeza?

Vamos continuar sonhando
Fazendo deste sonho realidade
Embora em todas as despedidas
Tenhamos que chorar de saudades

Mas tudo vai passar
Amanhã será um novo dia
Quando novamente aqui nos encontrar
Será uma nova alegria

Somos unidos de fato
Mesmo com a cruel distancia
Mas do que valia vivermos juntinhos
E não dançar a mesma dança?

Irei junto contigo par a par
Cantando cada verso em noite clara,
Sabendo o quanto é bom poder te amar
Que a vida no teu lado se antepara

E nada neste mundo vai secar
A fonte em que este sonho já se ampara
Deixando para trás a sempre amara
Estância onde a saudade faz brilhar

O medo de viver em liberdade,
O medo de cantar amor sincero,
Teu sonho na verdade o que mais quero,

O teu querer gostoso de sonhar,
Vem logo me trazer a claridade
Deitando em tua rede sob luar...

GELIS
MVML
Publicado em: 15/09/2007 21:26:16
Última alteração:04/11/2008 16:31:23




Amar-te...
Fantasia..não é....
Certezas.....na alma...
Desejos...do coração...
Vontades...do corpo...
Sentidos...à flor da pele...
Amar-te...é....
Simplesmente amar-te.............

Amar-te é simplesmente ser feliz,
Nos córteces sublimes da emoção.
Reflito o paraíso em que me diz
Amor em plenitude. Tentação.

Astutas minhas mãos, por onde eu quis
No dia em que te vi. Tal sensação
Moldando no meu céu outro matiz
Causando em minha vida um turbilhão.

Desejos satisfeitos, nosso jogo
É feito nos buris de um escultor,
Usando para tanto ardente fogo

Do amor que a gente vive, um arsenal,
Criando com ternura e com vigor
Imagem tão sublime e sensual...

MARTA TEIXEIRA
MVML
Publicado em: 09/10/2007 17:06:11
Última alteração:04/11/2008 11:20:48


AMAR-TE/


Encontro-te nos meus sonhos...
Encantas-me com a tua voz...
Amar-te não é demais...
É estar alerta e sentir-te...
Com toda a minha energia...
Dar-te o que sinto...
Em absoluto....
Amar-te simplesmente...................

Amar-te simplesmente e nada mais
Viver a cada sonho mais feliz,
Querendo nosso amor, perfeito cais
Embora eternamente um aprendiz.
Não quero te perder, amor, jamais.
Felicidade plena é o que me diz
Um coração que sabe o que bem quer
Alerta contra tudo o que vier...

MARTA TEIXEIRA
MVML
Publicado em: 12/11/2007 20:33:47
Última alteração:31/10/2008 15:32:48

Adoro...
Amar-te assim....
Tranquilamente...
Com o eco a repetir os nossos nomes...
A paixão que escorre como mel...
Os beijos suaves e ternos...
Brindes na minha boca...
Amante total da tua........

Amar tranquilamente, doce sonho
De bocas que se buscam tão suaves.
Os corpos que se tocam são quais naves
Onde o desejo imenso eu sempre ponho.

No verso que te faço em que componho
Retiro do caminho velhas traves.
No céu de nossos mundos voam aves
Libertárias num mundo mais risonho.

Brindamos com carinhos, a paixão,
Que é dona dos meus passos, dia a dia.
Nas forças incontidas da emoção,

Espalho em nosso mundo a fantasia
Que é mote que nos leva, em tentação,
Amor que a gente faz com maestria..

MARTA TEIXEIRA
Marcos Loures
Publicado em: 25/05/2007 08:39:52
Última alteração:05/11/2008 21:53:29

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