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Wednesday, June 7, 2006

DA VERTICALIZAÇÃO

As mudanças sobre a verticalização não vão alterar o panorama da disputa à Presidência da República, essa está irremediavelmente decidida.
O que me resta saber é se o segundo colocado irá ser Alckmin ou Nulo, o macaco tião dessa eleição.
Quanto aos Governos estaduais, prejudica o PT em um estado, beneficia em outro, na média, fica tudo igual.
Agora, o que me chama a atenção nessa eleição é o fato de que, a nível de Congresso Nacional, iremos ter uma das mais altas percentagens de votos nulos e em branco, o que ajuda aos políticos e partidos mais estruturados.
A militância do PT, por ser uma das mais ativas e fortes desse país, deve e tem a obrigação de ajudar seus candidatos com uma conscientização para que se votem nos candidatos do partido. Assim como o PMDB irá fazer.
Os partidos com bases mais fracas, como o PFL e o PSDB, partidos que não têm uma militância tão apaixonada e apaixonante deverão ter muito trabalho para convencer os eleitores a votarem nos seus caciques, a maior parte deles participantes desse Congresso Nacional que, para a maioria da população é sinônimo de espúrio.
Pode-se ter a certeza de que essa eleição trará muitas surpresas, entre elas a alta abstenção com relação ao Legislativo.
O fato de Lula ter sido poupado da crise que abalou o Governo e o poder é significativo: O povo diferenciou a crise DO LEGISLATIVO da tentativa desse; a de imputar ao EXECUTIVO, seus erros.
Lula deverá ter a mesma quantidade de votos que teve nas últimas eleições no segundo turno, podendo ter um aumento percentual dessa votação.
Alckmin está em empate técnico com os brancos e nulos, podendo ser ultrapassado pelo “macaco tião” dessa eleição.
Agora, no campo do Legislativo tudo é possível, inclusive senadores serem eleitos com menos votos do que o “tião”.
Com relação à Câmara dos Deputados, essa enorme abstenção poderá beneficiar aos candidatos de partidos mais organizados.
A verticalização, da forma que se apresenta, beneficia ao candidato mais forte, já que a maioria dos partidos vai tentar se associar ao que fizer o vencedor; sendo muito mais produtivo para o PMDB, por exemplo, uma aliança com o PT do que com o PSDB.
A afirmativa de Alckmin de que o PPS deverá se aliar ao PSDB irá, com certeza, ter uma grande resistência de setores de militantes do PPS, já que a nível regional, esta aliança poderá representar a perda de votos pela identificação com o próprio Alckmin e FHC.
Não acredito que, se for confirmada essa alteração pelo Supremo, isso poderá ser prejudicial às bases do Governo.
A candidatura própria do PMDB se for inviabilizada, levará o partido para a coligação pró Lula o que passa a ser muito interessante. Desejável até.
Outra coisa, para quem conviveu com Roberto Jefferson, conviver com os setores mais à direita do PMDB é fichinha...

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