Search This Blog

Thursday, March 4, 2010

25619

Ruidosas esperanças, não floreio
Com verso que talvez não mais traduza
A sorte que deveras tão obtusa
Esgota da ilusão a fonte e o veio,

E quando nos meus charcos banqueteio
Com lúbrica emoção que reproduza
Uma alma tantas vezes tão escusa
Deixando no passado o velho anseio.

Recreio-me com posta apodrecida
E dela se refaz a minha vida
Antraz que ora carrego dentro da alma.

Esmero-me em poder ver no holocausto
Apenas tão somente algum infausto
E a imagem produzida já me acalma...

No comments:

Post a Comment