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Tuesday, May 23, 2006

SANGUE, SUOR E LÁGRIMAS

Da derrocada do Império Norte Americano e suas conseqüências.
A queda da Bolsa no Mundo Inteiro ontem, teve um aspecto extremamente preocupante a curto e médio prazo, mas ao mesmo tempo serve de alerta a todos os “irresponsáveis” que lutam ferozmente contra o socialismo, trazendo uma bandeira “neoliberal” como “forma de transformação e melhoria de vida”.
O caos administrativo de Bush, ao comprar guerras que não lhe pertencem , levando os EUA a um Vietnã mil vezes ampliado, está levando seu país à bancarrota, com uma sangria diária tanto moral, quanto política e, pior econômica.
Todo gigante quando cai, trás, nessa queda, destruição e tremores de terra, e a queda do gigante americano não está sendo diferente.
Tivemos, nesses dias, uma pequena demonstração do que isso pode e irá causar sobre o equilíbrio econômico político da humanidade.
E isso será, num primeiro momento, catastrófico, como podemos observar durante esses dias.
No dia 22 de maio, por exemplo, as bolsas chegaram a cair em até 10 e 11 por cento na Índia e na Rússia, no Brasil, essa queda foi em torno dos 4 por cento, grande, mas relativamente menor.
A Guerra do Iraque, sem fim e sem final previsto, enquanto não se tornar uma guerra civil franca e extremamente sangrenta, por conta da inadmissível e injustificável intervenção dos EEUU e da Europa, ferindo o direito da autodeterminação dos povos, consome cada vez mais dinheiro e vidas.
O povo americano, cada dia que passa está pagando uma conta que não é sua, simplesmente para alimentar o sonho belicoso de um débil mental sem nexo e coerência, em troca de votos ou de uma “vingança” contra um terrorismo criado e alimentado pelos desgovernos republicanos.
A idéia de acabar com o comunismo no mundo, iniciada no “cow-boy” classe B Ronald Reagan, depois continuada por George pai, criou pelos apoios “estratégicos” dado a Saddam, na guerra contra o xiísmo iraniano e a Bin Laden contra os soviéticos nas décadas passadas, gerou um desequilíbrio ímpar na região do Oriente Médio, onde a religião se mistura com política, necessariamente.
A luta incessante, muitas vezes com razão, como no caso da autodeterminação palestina, gerou, ao longo das décadas, um sentimento anti-semita e anti-norteamericano de gravíssimo teor.
Ao se imiscuir nesse barril de pólvora, sem ter ao menos o respeito às diferenças regionais e religiosas, transformou um barril de pólvora em nitroglicerina pura e com seus agravantes econômicos e sociais.
Toda e qualquer violência, além de espúria, gera um reação, mesmo que tarde, porém nunca tardia.
E isso ocorreu no 11 de setembro, nada mais nada menos que uma reação , em menor escala, diga-se de passagem, à violência impetrada pelos Estados Unidos no decorrer das décadas anteriores.
O pânico gerado pela agressão, feita a um povo que tem por costume agredir, sem nunca ter sido agredido em seu solo anteriormente, CRIOU um FANTOCHE espúrio e inconseqüente, com teor intenso de paranóia e esquizofrenia moral: o fantasmagórico Bush.
Sua intervenção no AFEGANISTÃO, contra aqueles que protegera e ajudara , associou-os aos já rancorosos antes destruídos pelos mesmos EUA e, volta e meia temos ações contra soldados e agentes americanos que, a cada trapalhada contra civis aumenta o rancor e alimenta o ódio antiyankee.
Já no Iraque, as coisas chegaram às raias do absurdo. Sob uma desculpa esfarrapada e nunca comprovada, contrariando e desmoralizando a ONU, esse mesmo “aprendiz de Forte Apache”, invadiu um país, cujo equilíbrio religioso e bélico é extremamente frágil, se associando com alguns puxa-sacos de sempre e, a esmo, tentando impor um modelo ocidental sobre uma cultura difícil de ser compreendida, por quem não pertence a ela.
O desrespeito gera a reação e essa está no dia a dia estampada nas manchetes dos jornais.
O número de mortos ainda se avoluma e a Guerra Civil que ocorrerá após a saída inevitável das “Forças de Ocupação”, ainda nem começou. Essa lambança de Bush gerará um dos maiores genocídios da História, inevitavelmente.
Enquanto isso, ao ladrar contra o Irã sem, efetivamente, ter forças para poder encarar mais essa Guerra, Bush demonstra que sua fragilidade está cada vez maior e, inevitavelmente terá que capitular.
Enquanto isso não ocorre, vivemos o começo do desmoronamento do Grande Império do Século 20, formado sobre ideais democráticos e morrendo sob a tutela de um oligofrênico.
Quem poderia prever que um país como os Estados Unidos, baseado na importação e fomentação de seus próprios gênios em todos os setores, desde os culturais e esportivos aos científicos e econômicos viessem a capitular e desmoronar sob a orquestração de um débil mental.
Devemos nos preparar para esse novo capítulo da História, de capital importância para a evolução do ser humano, com a morte do liberalismo e capitalismo nos moldes norte americanos, com o nascimento obrigatório do Socialismo democrático e Ocidental, essa transformação custará, parodiando Churchill, LÁGRIMAS, SUOR E SANGUE, mas é necessário, embora cruel.
O Brasil terá tudo, por fatores energéticos e estratégicos para, ao lado da China e Rússia, capitanear esse NOVO MUNDO.
Quem viver, verá, sofrerá, mas resistirá.

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