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Sunday, May 21, 2006

DO HERDEIRO DOS DESGOVERNOS E DO PROCON

”A violência do PCC transformou a construção do programa de governo de José Serra (PSDB) para a segurança no perigo real e imediato de sua campanha ao Palácio dos Bandeirantes e abriu caminho para um de seus principais adversários, Aloizio Mercadante (PT), encaixar um discurso de oposição aos 12 anos da gestão tucano-pefelista em São Paulo.

Para líderes do PSDB ouvidos pela Folha, Serra, historicamente ligado aos direitos humanos e à luta contra a repressão, terá dificuldades na construção de um projeto que contemple a defesa da ação policial do Estado (107 civis mortos até sexta-feira) e, ao mesmo tempo, reafirme sua posição de combate ao crime...”
JOSÉ ALBERTO BOMBIG
MALU DELGADO
da Folha de S.Paulo

Como se vê, a nudez explicitada pelas crises que se acumulam e se sobrepõe diariamente nos veículos de comunicação, embora contidas até a algum tempo, mas de tão volumosas estão arrebentando todos os diques possíveis e imagináveis para obnubilar os olhos da população.
Temos nesse 21 de maio outra denúncia sobre o governo tucano em São Paulo : “Nos dois últimos anos do governo Geraldo Alckmin, pré-candidato tucano à Presidência, a Sabesp abasteceu com R$ 1 milhão de sua verba publicitária a editora e o programa de TV do deputado estadual Wagner Salustiano (PSDB).

Dos R$ 522 mil que a Sabesp destinou à mídia "revistas" em 2004, nada menos que 46,5% jorraram para a revista "DeFato", produzida pela W.A.S. Editora Gráfica e Comunicação Ltda. A Sabesp pagou à empresa de Salustiano valores mais elevados do que os despendidos com peças semelhantes veiculadas nas revistas "Exame-SP", "Isto É Dinheiro", "Trip" e "Municípios".

A preferência pela revista de Salustiano reforça a suspeita de que parlamentares da base aliada do governo tucano foram beneficiados com o direcionamento do dinheiro de estatais, como a Folha revelou em 26 de março. O objetivo seria garantir a votação de projetos de interesse do governo.” Fonte – folha de são Paulo.

Essas manifestações diárias de incompetência, corrupção, desgoverno e falta de caráter mesmo, expostas como um câncer intratável, gerado nesses anos de podridão em São Paulo, desnudando uma série de escândalos; associados a outros como o financiamento de campanhas eleitorais do PSDB no Mato Grosso, cuja exposição na mídia foi contida, na marra mesmo ,por FHC e outros líderes tucanos.
Não nutro nenhuma simpatia pelo “aristocrático e culto” José Serra, aliado ao seu péssimo desempenho enquanto Ministro da Saúde, somente mantido por uma propaganda bem feita, mas omisso muitas vezes e criminosos mesmo, ao tentar transferir a culpa da falta de investimento e de reajustes dos serviços médicos para nós, profissionais da saúde.
Agora, convenhamos, a herança de Serra é tão maldita quanto a que ele mesmo recebeu de FHC.
Nas duas situações, os desmandos tucano-pefelista, que se auto-inspiram e disputam a primazia pela forma absurda e leviana que administram o bem público, é carga demais para alguém poder carregar sobre os ombros.
No caso atual, temos além das “lambanças” de FHC, o árduo peso da insegurança pública, herança EXCLUSIVA do Governo Alckmin.
O que temos em São Paulo me lembra o que ocorreu aqui no Espírito Santo. Com a diferença que Marcola não tem, ainda, nenhum mandato político, enquanto aqui, seu correspondente Gratz era, sob os olhos complacentes de Fernando Henrique e Miguel Reale Jr., o todo-poderoso no estado, senhor de 28 dos pouco mais de 30 deputados e detentor do poder de vida e de morte, conforme observamos nos assassinatos de quem ousou atravessar na sua frente.
Já está na hora do Estado de São Paulo começar a recuperar a dignidade pública, com a eleição de um homem probo como Mercadante, íntegro e coerente.
Ouso dizer que Mercadante possui o equilíbrio necessário para poder contornar a situação, além de ter uma visão mais socialista e menos marketeira do que Serra.
Ao contrário do que diz a Folha colocando como “discurso” uma realidade, Mercadante pode e, aliado ao Governo Federal, agir com coerência e atacar não só o efeito, como também as origens desse caos social que fomenta o crime em São Paulo.
Não é questão de discurso somente, e sim , principalmente de uma ação diária e coordenada, aliada a solidariedade, fator primordial para a solução desses problemas, o que, segundo observamos nas ações com relação a Cláudio Lembo é palavra inexistente no dicionário dos tucanos.
A empáfia de Serra também atrapalha e muito, pois não percebo e nem nunca percebi no Economista, a humildade inerente dos que têm sabedoria.
A criação de programas sociais e o aprofundamento e extensão desses, muitos iniciados na administração de Martha Suplicy tem que ser estimulada e posta em prática.
No pouco tempo em que ficou à frente da prefeitura de São Paulo, mesmo com o apoio integral do Governo do Estado, Serra teve parca atuação sobre os problemas sociais; ficando famoso o “método” usado para acabar com a mendicância sob os viadutos da cidade.
A construção faraônica de obras como no Governo Maluf, com o principal intuito, subjetivo, mas primordial de superfaturamento não pode e nem deve ser imputada ao próximo governador paulista.
A atuação desastrada tanto preventiva quanto repressiva em relação à Segurança Pública não pode ser repetida.
A dignificarão por meio de melhores de salários e condições de trabalho para os agentes da Segurança Pública também, e urgentes.
Os princípios neoliberais tucanos e pefelistas foram e serão fatores do agravamento da crise em São Paulo, tanto moral quanto da capacidade de gerir o bem público.
Mercadante, em ação conjunta com o Governo Federal permitirá essa mudança, pois ela é programática e marca registrada das administrações populares, (atenção – EU DISSE POPULARES E NÃO POPULISTAS, DESSAS O MALUF É CAMPEÃO).
Outra coisa muito importante que não pode ser esquecida é a coerência.
Serra, o herdeiro eleitoral das lambanças tucanas, tem por marca registrada, a PROPAGANDA, e essa NÃO funciona isoladamente, as vítimas da epidemia da dengue agradecem.
Sua atuação na área da saúde demonstra do quanto ele é INCAPAZ.
Povo paulista, já está mais do que na hora de vocês mostrarem ao país que não vivem atados mais ao proselitismo e ao engodo dos agentes da mentira e da INCOMPETÊNCIA.
Está na hora da reviravolta, e de São Paulo retornar a ter, dentre outras coisas, a primazia não só econômica, mas também recuperar a importância política que vai se desvaindo e desviando nos seus caóticos governantes dos últimos anos.

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