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Saturday, September 23, 2006

Ave de Rapina

Minhas costas lanhadas por vergastas
Que disparas, vadio coração.
Amores decompostos viram pastas.
Bebendo mal disfarço a solidão!

Os fortes que lutei dividem castas,
As ruas que marchei, um simples cão!
Se cada vez que nego, mais te abastas,
As pedras construíram meu porão!

Nestas costas sangradas nascem moscas.
Nas feridas estranhas, podres, toscas...
Arranco-te devoras as entranhas,

As dores que provocas são tamanhas!
Gargalhas sem pudores e nem penas.
Das mãos que me torturam nascem penas!

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