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Wednesday, September 20, 2006

Cordial Coração

Um tento, tanto tempo sem ter tempo
Tempestades temporais, têmporas e temperos...
As algozes são atrizes, meus deslizes minhas vozes...
As mentiras que me atiras são as tiras que me cortam.
As cordas que acordas são as côdeas do meu pão.
Nasço e faço meu abraço, meu cansaço e solução.
Soluço em vão nos teus braços,
Sou um verso sem canção.
Sou um urso sem disfarce.
Nada fácil vir comigo.
Meu perigo é constate.

Minha estante meu conserto,
Meu cometa perde cauda.
Meu piano nunca teve...
Ando sem saber se sou
O que vou por onde fui,
O mundo todo se rui,
Se ri desta balela,
A cela que me cabe
Não cala nem revela.
Se faca fosse fala
Esfaqueava Maria.
Não se ria, não seria séria sina.
Assas asas assassinas...
As partes que enfartas são fartas e falazes.
São capazes sem ter ases de alçarem altos vôos,
Alçapões e soluções.
Insalubres úberes santas.
As forças que me encantas
Nas fossas que me atiras
As piras que me queimas,
As teimas que me dás.
As hastes que ostentas,
Se tentas são tenazes.
Quero descobrir meu gesto,
Se me empresto ou não presto,
Prestativo pensativo, ativo penso
Nas moendas quero rendas e tendas.
Por favor vê se aprendes
Onde tenho e onde vedes se não vedes não verei...
Verdes olhos da mulata
A cor da mata
Acórdão.
Cardio,
Cordia,
Cordial
Coração!

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