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Thursday, September 21, 2006

Estrofes

Nas estrofes que tento, meu tempo urge.
Marcas de tuas patas não saíram...
Os dentes antes fortes, já caíram,
Antes o sempre bravo já nem turge.

Vai solitariamente, a dor ressurge...
As aves que voavam, descaíram,
Os tempos que sonhara já se expiram...
Da poeira noturna nem luz surge!

Nas estrofes que tento, nada faço.
Não tenho mais canção nem serenata.
A mão que acaricia me maltrata.

O resto que deixei, forjou abraço...
O rosto que t’amei nem ouro ou prata.
A noite vai vencendo meu cansaço!

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