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Tuesday, February 23, 2010

25392

Cantando o nada ter seguindo em frente
Destroços que recolho dos meus passos
E neles novos dias, velhos traços
O quanto se queria diferente

No fundo não se sabe nem se sente
Sequer nestes momentos bem mais lassos,
Os gozos entre dores e cansaços
Medonhas ilusões, pobre demente,

Arrisco-me e sabendo desta queda,
Pagando com a mesma vã moeda
A dor que me trouxeste como brinde,

Sem ter qualquer beleza que deslinde
A vida se perdendo em turbilhões
Aos quais os meus caminhos logo expões.

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