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Wednesday, February 24, 2010

25453

Sem ter tua presença eu perco o cais
E abandonado ao vento, não mais creio,
Exposto aos vagalhões e vendavais,
Apenas nos meus olhos o receio

De um dia em que este amor diga jamais
E nele se desmancha o belo veio
Que tanto desejara e nunca mais
Eu saberei em paz, gozo e recreio.

Vasculho nas gavetas da memória
E vejo a mesma luz tão merencória
Que um dia fora a tônica de um sonho,

E quando relembrando a imagem estúpida,
Quimera que se fora mansa e cúpida
Agora traduzindo um ar medonho.

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