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Sunday, February 27, 2011

Entre atos
Erros
Sonhos e palavras
As avenidas lotadas
O rush, o blush e o vazio...
Minha alma percorrendo sem sentido
Bares e sonhos,
Bocas e motéis.
Tempos entre enredos
Perdidos e profanos.
Enganos, lençóis de seda, cetim e noites vãs.
Amor.
Ardores e sensações diversas
Dispersas conversas e nada após,
Apenas o frio e a vontade da fuga,
A ruga a dita,
A luta e o medo.
Mas no fim valeu a pena.
Ou apenas foi mero neon?
Só sei que me dei, e nada cobraria do tempo
Senão esta certeza do gozo prometido
E nunca recebido,
Somente a mera sombra da ilusão rondando a cama,
A chama sem nexo,
O olhar sem reflexo
No espelho dos sonhos...


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Querido amigo
O tempo
Velho tempo
Contratempos
E marés
Sei do quanto
Espero e nada
Ainda em fim se poderia,
A luta traça
A sorte escassa
Fumaça e medo
Num arremedo qualquer
Num colo de mulher
No vento que vier,
O amor em plenitude.
Açude da esperança
Criança levada
Arteira, mineiramente olhando
Desconfiada...
Depois
Diz nada
E toma este cenário.
Amor moleque sem juízo,
No quanto é preciso
Arqueiro sem nexo
Sem rumo, reflexo
Do olhar noutro olhar
É como este mar
Que trago, como todo mineiro
Dentro da alma.
Mesmo distante,
Mesmo poente
Mesmo horizonte
Em belo cenário.
Amor dita o rumo
Seduz e acostumo
Com suas trapaças
Cachaça, diz graça
E também desgraça,
Às vezes passa,
Outras não
E aí se reproduz
Em filhos e netos
Em nova seara
Colheita diversa,
Expressa o que volta e meia
Traduziria a eternidade,
A terna idade lanterna e interna
O coração.
Viver o que possa
E tanto mereça
Na luta em magia
No quanto teria
Além do que trame,
Amor diz enxame
Colméia e mel,
Mas veja bem
Que sempre tem
Também ferrão...
Marimbondo, vespeiro
Um gozo feroz
Atroz e ao mesmo tempo
Doce e fraterno.
Etéreo e sincero
Apenas traduzo
O quanto é confuso
O passo sem rumo
Sem tempo e sem prazo.
Amar é saber
Da liberdade
E, sendo cativo
Por ele hoje eu vivo
E sei quanto altivo
Pudesse vibrar
Em consonância
Em harmonia,
Gerando e parindo
Ao fim: poesia!


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