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Tuesday, September 19, 2006

Porões

Não estou preparado para a morte!
A boca escancarada espera o riso.
Nem quero provocar o teu sorriso,
Apenas não me deixe sem meu norte.

Vencido por cruel sonho, indeciso,
Vagando pelos campos vou sem sorte.
A parte que me cabe, roto, liso;
No fundo é a que permite o fundo corte!

Nos porões tenebrosos da saudade,
Morei por tanto tempo, sem esperas.
No cárcere profundo, nas crateras

Por onde procurei felicidade,
Os tempos que passei, por outras eras ,
Não me deixaram ver a liberdade!

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