Search This Blog

Tuesday, September 19, 2006

Porcelana

Não há sonoridade que repita
As dores que senti. Ó minha amada!
Tu foste a maior gema, uma pepita;
Ao me deixar, sobrou bem pouco ou nada...

As cores que roubaste, dor aflita,
Desmaiam-se no fim da madrugada...
Tempestuosamente a vida agita
Os leques, minha luta abandonada...

Perdi os meus resquícios de hombridade,
Verti as minhas pátrias pelo esgoto...
Meu mundo decepado, nem um coto

Restou para trazer felicidade...
Nas lutas que ganhaste, soberana...
Nos vasos que quebraste, porcelana...

No comments:

Post a Comment