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Sunday, September 17, 2006

Virgens

Teu amor, sutilmente vem e doma.
Ronrono feito um gato, domesticas.
Mansidão me envolvendo, tudo toma...
Minhas garras, sutilezas, repicas...

Penetraste vazios, alma, estroma...
Os restos que cultivo, cedo esticas,
Somos gomos iguais, perfeita soma...
Notícias que provoco, tu publicas.

Crescemos mentirosos, mas amantes...
Nos leitos que dormimos, tão profanos.
Sentimos o que nunca fomos antes.

A vida nos permite tais enganos,
Por certo tantas camas dividimos,
Mas virgens, cada noite, nos sentimos...

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