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Monday, February 22, 2010

25324

Dilacera, sangrando esta navalha
Que há tanto se fizera companheira,
Quem traz uma esperança passageira
Por velhos descaminhos não atalha

A vida se perdera sem ao menos
Teimar em perceber alguma chance
E tendo a fantasia que se alcance
Momentos podem ser bem mais amenos,

Fragilizado então, perdendo o prumo,
Vasculho nas gavetas e não vejo
Sequer a sombra amarga de um desejo
Que agora, pós tempestas, logo assumo,

Não deixe que esta luz se apague agora,
No instante em que esperança em vão se ancora.

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