Sonhando com teus lábios, ternamente
Vivendo do que fora luz e agora
Distante dos meus olhos não decora
A vida que deveras já desmente.
E sinto neste amor, cruel e ausente
A força que me toma e revigora
Na luta desmedida e sem ter hora,
Teimando num futuro mais contente.
Audaciosamente eu sei que nada
Resume nossa história e abandonada
A senda que sonhara minha e tua,
Do todo que passamos; nada resta
Somente sobre as folhas e a floresta
Ainda soberana e plena lua.
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