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Sunday, February 21, 2010

25246

A vida bem melhor de ser vivida
Na paz que tanto quero e já não vejo.
Às turras com as tramas do desejo
Persisto nesta sanha que duvida

E nela muitas vezes dividida
Entre o que penso e temo e não prevejo
Fazendo do pensar algum lampejo
E dele me protejo sem guarida.

Escusas emoções, rastros que sigo
E tanto quanto eu quero; sem abrigo
Vasculho nas entranhas da verdade

E teimo em perceber novo matiz
Enquanto o que é mais claro contradiz,
Mesmo até quando o explícito já brade.

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