E, sem colher, da vida, os bens supremos
E sem provar do vinho da amizade,
Esmagamos os sonhos que tivemos,
No alvorecer de nossa mocidade...
Marcos Coutinho Loures
Que mostra minha amiga quantos cardos
Espinhos e torturas, duras cruzes,
Carrego em minha vida tantos fardos,
Caminhos tão difíceis, várias urzes...
Mas sinto que talvez uma esperança
Aponte nesta curva mais fechada,
Deixando vir à tona uma lembrança
De todas essas horas vãs, passadas...
Porém, nesta existência singular,
Pelos caminhos vou, plantando flores,
No incansável mister de versejar...
E posso ver nos versos, que são tantos,
Ir diluindo os muitos desencantos
De vidas que só provam dissabores...
Marcos Loures
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