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Saturday, December 2, 2006

O que um homem deseja, ele também imagina ser verdade. Demóstenes

Desesperadamente creio em ti,
No teu amor, em tudo o que me dizes!
Desejo que sejamos mais felizes
Depois de tanta dor que já sofri!

Eu creio nas palavras que disseste
Na noite em que juramos nosso amor.
Vento da solidão, pleno pavor,
Desvia seu caminho para leste

E me deste carinho e liberdade
No gozo do prazer que desfrutamos.
Eu mal posso entender, mas nos amamos;
Prefiro acreditar nessa verdade!

Quando estamos tão pertos, tudo some,
A vida se transcorre como um rio
Que, indo para o mar, trama nosso cio
E mata nossa sede e nossa fome...

Acredito nas luzes que iluminam
As beiras das estradas que fizemos
Com sangue e com suor que já bebemos
Nas noites que devoram e alucinam!

Eu creio em nosso caso de loucura
Que traz a faca exposta quando beija
Que traz a lua ingrata se deseja
E mata ao mesmo instante que me cura!

Eu creio em nossa vida entreaberta
Não posso duvidar deste teu seio
Exposto nessa noite sem receio
No gozo que me fere e que me alerta.

Eu creio em tuas mãos tão delicadas
Percorrendo os caminhos sem paragem,
Eu creio que no fim desta viagem
As mãos que se procuram, mãos de fadas
Depois de tantas grutas e mergulhos,
Rolando pelos seixos e cascatas
Entrando pelos bosques, pelas matas,
Subindo e derrubando pedregulhos,

Não possam se dizer mais inconstantes
Não deixam de viverem nossos sonhos,
Momentos de prazer bem mais risonhos,
Vértices abissais de dois amantes!

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