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Friday, February 5, 2010

24212

Espreito da janela e vejo o fim
Ao qual me conduziste vida insana,
A morte que deveras já se emana
Apodrecendo as flores do jardim,
Crisântemo, roseiras, e o jasmim,
Petrificado sonho não se engana
O corte se desdenha e a voz humana
Reverberando um mundo mais chinfrim,
Esqueço o que se fez nirvana e gozo,
O tempo se mostrando belicoso
Intempestivamente sigo ao nada,
Por onde caminhante de outras eras
Ao menos neste rastro recuperas
A sorte há tanto em vão já desviada...

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