De Paulo Sotero
"O governador de Minas Gerais, Aécio Neves, reúne-se hoje
"O momento é de definir estratégias", disse Aécio. "É claro - e digo isso com muita franqueza - que todos nós gostaríamos que o Alckmin estivesse com o dobro do que está nas pesquisas."
Numa linguagem que traz no mínimo apreensão diante do mau desempenho do candidato tucano até agora, Aécio afirmou: "É hora de ter muita serenidade, para que possamos executar uma estratégia que possa nos levar à vitória."
Segundo Aécio, "a candidatura Alckmin tem um grande potencial de crescimento". Ele conta que baseia seu otimismo, por exemplo, no fato de haver pesquisa mostrando que apenas 65% do eleitorado conhece o candidato, enquanto 99% sabe quem é o presidente Lula.
E pesquisas qualitativas, prosseguiu, indicam que, quanto maior o índice de conhecimento de Alckmin, maior a intenção de voto nele. "Isso não ocorre em relação ao presidente Lula.""
Interessante a afirmativa de Aécio Neves sobre a candidatura Alckmin, baseando seu baixo índice nas pesquisas ao fato de que esse não é muito conhecido.
Se basearmos essa análise pelo fato de ser ou não conhecido, teremos outra visão sobre esse assunto, o fato de, termos em Alckmin um candidato com aspectos únicos, associando total incompetência administrativa com uma apatia natural, sem feeling, sem sal, acredito que o fato de se tornar mais conhecido terá um resultado antagônico ao que proclama Aecinho.
Vejamos bem os seguintes aspectos: em primeiro lugar, a maioria das pessoas de classe média conhece Alckmin, não administrativamente, o que está ocorrendo, para decepção de muitos, agora.
Alckmin é um fenômeno paulista, tendo como principal artífice e mantenedor Mario Covas, que era muito respeitado pela população do estado, e suas 4 eleições como vice ou como Governador se deve a isso.
Realmente, Alckmin é o governante brasileiro com mais tempo no governo, mostrando a par disso, um total despreparo para encarar de frente os graves problemas que afligem o Brasil.
Para quem, num estado rico como São Paulo não conseguiu e; pelo contrário, viu o agravamento dos graves problemas desse povo sofrido mantendo, inclusive oito anos desse longo governo, em total harmonia com o correligionário Fernando Henrique, essa exposição deverá ser catastrófica.
Nos moldes de FHC, Alckmin fez privatizações, inclusive do BANESPA, entre outros, aumentou a dívida pública e arquivou toda e qualquer denúncia de irregularidades com relação ao mandato seu e de seus aliados, gerando um clima insustentável de impunidade.
Outra coisa que deve ser lembrada é que, a bem da verdade, Alckmin é muito conhecido entre os seus prováveis eleitores, pertencentes a uma classe média e elitista que lê jornal e tem notícias diárias sobre o que ocorre no Brasil, como um todo.
No seu provável eleitorado, que o está conhecendo mais a fundo agora, através das denúncias de associação indireta ao crime ou por omissão ou por acordos feitos como os de agora, inegáveis para o final da crise de segurança paulista, com aspectos de imoralidade mesmo e demonstrando total inoperância.
As denúncias feitas sobre as compras de votos através do sistema financeiro estadual, via Nossa Caixa, que são impedidas a todo custo de serem investigadas a fundo é outra pedra no sapato do ex-governador tucano.
Agora, no eleitorado de Lula, de quem vota em Lula, contra quem aparecer, o que representa trinta por cento de fiéis eleitores, Alckmin não tem a menor chance de conseguir nada.
Com os ex-petistas arraigados no PSOL, a história se repete, esses pregarão o voto nulo, mas não apóiam Alckmin, sob a pena de não mais se elegerem a nada.
Garotinho, mesmo com todas as denúncias tem maior capacidade de penetração que Alckmin, pois sua candidatura tem a consistência de um longo período de campanha política, feita através das últimas décadas em todos os meios de comunicação.
E ainda pode ultrapassar novamente Alckmin nas pesquisas, apesar de tudo, embora o PMDB não deva ter candidato próprio, se o tiver, Alckmin é o principal candidato ao terceiro lugar.
Resta o que Aecinho proclama como potencial de crescimento, as camadas mais simples da população; e é nesse campo mais vasto que Lula cresceu com o seu mandato visando à diminuição das diferenças sociais.
A simples indexação do nome de Alckmin ao PSDB, ou seja, ao partido de Fernando Henrique leva pânico à maior parte da população carente desse país.
Portanto, toda essa história alegada por Aécio, parece “história para inglês ver”, já que nem o próprio Aécio irá, sob pena de perder a reeleição, entrar “de cabeça” na campanha de Alckmin.
Afinal, além de neto da raposa Tancredo Neves ele sabe, como bom mineiro, que quem for macaco velho não coloca a mão nessa cumbuca não.
Ela tá mais do que furada...
Esses jornalistas tucanos do jornal Estado de Sumpaulo não respeitam nem os pronomes de tratamento pelos quais se deve tratar os membros da igreja.Chamar tucanos de cardeais é um sacrilégio!
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