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Sunday, July 30, 2006

Soneto

Trazendo meu silêncio concebido
No momento fatal da despedida,
Sangro tanto, meu tempo já perdido,
Na procura da minha própria vida...

Eu não quero saber se tem havido
A que nunca mais fora percebida,
Nem amada no tempo sem sentido,
No gosto amargo, fruta apodrecida.

Vagando só, sem tempo e sem espaço,
Vou lavrando a paz, vendo meu cansaço
Nesse momento torpe do senão,

Vivendo por viver, meu coração,
Procurando limites, neste abraço.
Por onde vou, vagueia essa amplidão!

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