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Tuesday, November 7, 2006

ADELAIDE

ADELAIDE: de linhagem nobre.

Mundo cruel, fizeste-me plebeu...
Quem dera se pudesses seres minha...
A noite esconderia o triste breu,
A vida não seria mais sozinha...
Meu coração, outrora vil, ateu,
Encontraria luzes, velas, linha.
Seguiria caminho todo meu,
Distante da gaiola que se aninha...
Ah! Como a solidão, medonha fera,
Esfrega suas garras no meu peito.
O mundo que sonhei se degenera.
Ao menos se pudesse ser alcaide,
Decerto, assim tivesse jeito
De poder vislumbrar bela Adelaide!

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