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Friday, November 10, 2006

Creuza

Amor marmorizado na lembrança,
Em todo seu primor, se destruiu...
No pedestal erguido pela esperança
O meu peito artesão; o amor buril...
Teu corpo contornado de pujança,
Alumbrando meu sonho mais viril.
Eterno reviver desta aliança,
Do amor mais vigoroso e dor sutil...
No páramo tristonho, solitário,
As mãos tão delicadas, maltratei...
Desejo se tornou totalitário,
Ferindo ferozmente a minha deusa...
Assim quem, tolamente, achou-se rei,
Em prantos vem pedir: retorne Creuza!

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