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Wednesday, November 8, 2006

Bernarda

Eu ando a mendigar pelas estradas
Buscando por amparo e nada vem...
Ninguém a me sorrir, noites geladas,
Anseio por carinhos mas, ninguém!
As rosas se morreram, desfolhadas,
Os cálices de vinho, quero alguém!
As ondas se passaram, naufragadas
Distantes dos meus sonhos. Perco o trem...
Não tenho mais saída, sou revés.
Rastejo pelo mundo, quebro os pés.
A morte, redentora, não se tarda!
Uma esperança frágil inda resta,
Quem sabe voltarei de novo à festa
Da vida, nas mãos santas de Bernarda!

2 comments:

  1. Os teus poemas têm que ser divulgados.

    "A nossa casa, amor, já não existe...
    Procuro meus quintais, não mais os vejo.
    Meu bem, a vida queda-se tão triste!
    A morte vem chegando, em seu cortejo!
    Um frágil coração jamais resiste
    À ausência dolorosa do teu beijo!"

    Este, um poema que poderia ter sido assinado por Florbela Espanca.

    Marcos, por favor, regista os teus poemas. Protege-os!

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