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Wednesday, November 22, 2006

Espreitas meu cadáver, disso sei.

Espreitas meu cadáver, disso sei.
Necrófagos mistérios deste amor!
Envolta na promessa, novo alvor;
A morte dolorosa, tua lei,

Na lívida figura me encontrei,
Sem gosto perfumado, morre a flor,
Os olhos que demonstras, de torpor,
No pavor que traduzem, mergulhei!

As larvas generosas companheiras,
Na temperança, amantes mais fiéis.
Nos lábios destas bocas derradeiras,

Um beijo mais soturno e demorado,
Do látego, o castigo, sina e fado.
Na abelha que me pica, doces méis...

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